quinta-feira, 18 de março de 2021

DANIEL DANGUY E LUÍS ROSTWOROWSKI “QUANTO MAIS AUTOCENTRAMENTO, MAIS SOFRIMENTO”

DANIEL DANGUY E LUÍS ROSTWOROWSKI
“QUANTO MAIS AUTOCENTRAMENTO, MAIS SOFRIMENTO”
QUINTA FEIRA 18 DE MARÇO DE 2021

Você já deve ter conhecido pessoas que falam só de si mesmas,

reclamando e evocando pena como principal sentimento.

Essas pessoas nos mobilizam pois há nelas um sofrimento intenso e transbordante, o que faz com que elas pensem somente nas suas necessidades quase 24h por dia!

Quanto mais autocentrado, mais sofrimento, porque existe uma distorção da realidade.

Há uma bolha que encobre a visão, tornando a pessoa crente que ela é a mais importante do mundo.

Com isso, há também uma carência, uma necessidade de aprovação constante, que é um modo de ter seu sofrimento diminuído pelo outro.

Ela se torna obcecada por falar sobre seus problemas e ser ouvida,

acolhida, amada pelos outros.

O grande problema disso é que aumenta a possibilidade de frustração, que costuma ser, inclusive, mais fonte de sofrimento:

“as pessoas não me entendem”, ou “as pessoas não se importam com minha dor”.

A ela poderíamos perguntar, “mas e você, se importa com a dor do outro, ou só com a sua?”.

Com o tempo, tal pessoa acaba achando que as pessoas precisam pensar como ela e que suas ações são as mais corretas.

Ela se sente vítima de todos e planta ainda mais sofrimento ao não se responsabilizar pelas suas próprias escolhas.

E, convenhamos, todos nós temos um pouco disso, não é?

A nossa cultura estimula essa segregação, comparação, esse narcisismo doentio.

E ficamos, assim, o tempo todo buscando o nosso bem-estar,

ignorando e até repudiando a busca por felicidade das outras pessoas.

Precisamos lembrar que nós também transformamos a cultura, se enxergarmos a vida através de um ângulo mais amplo.

Precisamos sair da nossa bolha, da visão estreita que bate só no nosso umbigo.

Se nos voltarmos também para o mundo do outro, olhando a partir da visão e das necessidades do outro, o mundo seria muito mais bonito e iríamos sentir a leveza da renúncia à autoimportância obsessiva.

Que possamos experimentar a leveza e a alegria de voltar nossas mentes para o auxílio a quem está próximo e, quem sabe, distante também.

Nossos corações se abrem, o amor flui e de repente as coisas já não são tão trágicas.

Um grande abraço,

Daniel Danguy e Luís Fernando Rostworowski/

https://dharmadourado.com.br

https://www.sementesdasestrelas.com.br/2021/03/quanto-mais-autocentramento-mais-sofrimento.html

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