De fato,
diz-se que Maria Madalena terá
passado longos dias e noites e horas na caverna.
Tal como também os Cátaros terão passado.
Tal como
os Essênios fizeram, e ainda fazem nos Himalayas e noutros lados.
Pois quando efetivamente se procura silencia e solidão, irá se
ser confrontado com os seus maiores medos, as suas maiores inseguranças, tudo
que alguma vez acharam ser verdade, e mais do que isso, o vosso próprio lado
sombra – e tudo que nunca amaram, nem reclamaram como vosso, nem perdoaram
dentro de vocês e dos outros.
Acrescentem
a isso tudo, vergonha, censura e culpa.
De facto, quando já não existe mais para onde ir, e vocês se
encontram completamente expostos na Luz da Onipresença Divina,
para onde vão fugir?
Não podem
fugir de vocês próprios, por muito que tentem.
No entanto, simultaneamente, a caverna transforma-se num lugar
sagrado de nutrição, num lugar onde nos sentimos seguros no ventre da Mãe
Terra, um lugar de gestação, o lugar onde as sementes gestam e brotam em forma
e vida.
É um lugar onde, na mais profunda contemplação, se encontra a
maior alegria, o maior amor incondicional e, de fato, aqui se começa a
experimentar o Amor Divino na sua forma mais elevada e pura.
Nestes momentos, existe apenas Amor. Existe uma fusão no Amor
Onipotente e, assim, tudo se dissolve.
Existe
apenas UM CORAÇÃO, UMA ALMA, UM AMOR.
A mente está quieta.
As
palavras deixam de existir.
Um está
no espaço além do espaço.
Um é de
fato o UM.
Sem fim e
sem começo.
Apenas
um.
Nesses momentos, o Espírito Santo desce e, assim, os dons da
alma e do espírito se fundem.
De
repente, as visões vêm, os tons sagrados ganham vida, os textos sagrados
emergem, a Linguagem da Luz brota em crescendo.
Todo o ser se torna uma Música de Amor.
Uma Música de Música.
Uma Exultação.
Um é exaltado.
A caverna transforma-se em Templos de Luz, Amor e Sabedoria, na
verdade, os Santos dos Santos.
Agora estaremos a experimentar a Companhia dos Céus e a
Onipresença em formas sublimes e exaltadas, que vão além do conhecimento ou
expressão humana e, portanto, estão além das palavras e limitações humanas.
A caverna de facto torna-se num espaço de transfiguração!
No entanto, para se chegar a esse lugar, é necessário primeiro
colocar sobre o altar sagrado, tudo o que está bloqueando ou impedindo – todo o
velho ego negando tudo, os velhos medos, o velho Adão e a Velha Eva e toda a
programação ancestral, o sistemas de crenças terrenas e falsos ideais e falsos
conhecimentos.
Para que quando se experimente a mais alta exultação, também se
fique humilde, pois percebe se da vastidão de experiências, de conhecimento, de
pura Presença, da qual realmente não se tem sequer uma vaga idéia, mas a alma
de fato pode se expandir para isso, via Onipresença em si.
Na verdade, a pessoa está experimentando o Amor Divino expandido
que vai além de toda compreensão, todo sentimento,
todo
pensamento e tudo mais.
Só é possivel tornar se Amor Incondicional quando finalmente se
deixa cair toda a separação dentro de si mesmo, tudo o que separa o eu do eu e,
na verdade, tudo o que esteja a aprisionar terrivelmente a alma quando o
coração está endurecido.
Quando o coração se abre, e o Amor Divino o permeia, há
lágrimas:
não de
dor, mas de alegria!
Alegria
além da alegria, amor além do amor.
Êxtase.
Felicidade.
Santo, santo, santo.
Sagrado, sagrado, sagrado.
A caverna de fato se torna o Templo da Luz, O Templo do Amor e O
Templo da Sabedoria – pois toda a verdadeira Sabedoria é o Conhecimento Eterno
do Divino e da Divindade, abraçando a eterna Árvore da Vida e as Águas Vivas da
Vida.
Este é o sublime presente da caverna. ”
Direitos de autor : trecho do livro que estou a escrever.
Canal/Autor: Judith Kusel
Fonte: https://www.judithkusel.com
Tradução: Sementes
Das Estrelas/António Bompastor
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2021/03/a-caverna.html
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