Não importa o que esteja ocorrendo na vida externa de uma
pessoa, a VERDADEIRA medida de como a nossa alma é desenvolvida é
o quanto somos integrados e incorporados, e isso é refletido para nós pela
forma como REAGIMOS às
circunstâncias comuns do dia a dia, por nossas reações emocionais (ou supressão) e com
que facilidade somos provocados, e, assim,
culpamos os outros e as condições externas.
O
objetivo do trabalho esotérico, espiritual, psicológico e somático não é
eliminar os desafios (mesmo
que eles possam ser aliviados até certo ponto), mas
sim, como mudamos, transmutamos e nos transformamos ao enfrentar a vida e a
realidade diretamente; nos tornando mais objetivos conosco e com o mundo.
Esse é também o acesso para o verdadeiro amor.
O amor infantil e imaturo é condicional e exige atenção e
validação dos demais.
Se não se obtém o que deseja, a culpa recai sobre os outros, por
isso, ou se culpa por não “ser bom o suficiente”, ficando
aprisionado na autopiedade, culpa e vergonha.
O
amor maduro é incondicional, assume responsabilidades e ama mesmo que não
consiga o que se quer ou prefere.
Todos nós temos uma criança imatura dentro de nós, agindo em
diversos momentos.
Se conseguirmos identificá-la, é uma chance de curar essa
criança ferida, que também pode estar relacionada com os traumas de vidas
passadas e não necessariamente relacionadas à sua infância atual de sua
existência presente.
É importante que criemos um recipiente seguro para que essa
criança experimente, expresse e sinta emoções de tristeza,
rejeição, medo, raiva, abandono, vergonha etc. sem que projete
isso externamente.
Esse processo só pode acontecer somaticamente – através do
corpo.
Você não pode pensar nisso, porque só resulta em mais
autoengano.
O reconhecimento intelectual de seus “problemas” não é
suficiente e é apenas o começo de um processo interno emocional e somático
muito mais profundo.
Consequentemente,
você pode avaliar a própria mudança no progresso ao testemunhar as mudanças em
suas reações aos problemas e dificuldades que enfrenta.
A vida segue em frente e se expande, nos entregando desafios de
acordo com a lei da subida e descida, lições que são diferentes para cada um de
nós.
Faz parte de se escolher esta experiência 3D de dualidade e
essencialmente não se apegar a experiências “positivas” ou “negativas”, indo além da esperança e do medo, da sede e
do apego, do prazer e da dor.
Quanto mais você estiver incorporado e integrado no nível da
alma,
mais esses desafios da vida não terão mais o poder de enganá-lo,
aborrecê-lo, deixá-lo estressado, temeroso, preocupado etc.,
você poderá processar melhor o que surge no momento.
Seu
único referencial de progresso é sua reação a qualquer coisa que esteja
acontecendo em sua vida. Isso se relaciona com o significado de “estar neste mundo, mas não fazer parte dele”.
Esse estado de ser não pressupõe que não haverá mais desafios,
mas que você saiba como reagir a eles e reconhecer sua função
pedagógica.
É como se tornar como a água e adaptar-se a qualquer lugar para
onde o rio da vida o levar, enquanto permanece ancorado em si mesmo e na sua
orientação interna enraizada no corpo.
Também se relaciona a permanecer na consciência não reativa do
ponto zero.
Todavia, também podemos nos enganar para estar na consciência
não reativa do ponto zero e ficar presos na pseudo-calma superficial e na falsa
consciência não reativa.
Por exemplo, pessoas muito centradas na cabeça e desconectadas
de seus corpos e das experiências somáticas internas podem não reagir
emocionalmente aos desafios externos e manter uma “cara de blefe”
dissociando-se, à medida que a reação emocional real é suprimida no
inconsciente e racionalizada.
Essa
é uma reação mecânica que pode ser o resultado de muitas existências de
supressão ou trauma grave no passado.
Ou a pessoa pode sentir o atrito internamente, mas negar os
sentimentos e emoções que surgem (ou
julgá-los como “ruins”) e,
portanto, reprimi-los ainda mais.
Muitas pessoas, então, mantêm uma máscara superficial de “calma” que
resulta em mais armadura e rigidez no corpo onde as emoções reprimidas são
armazenadas.
O medo de sentir emoções é pior do que realmente senti-las.
Isso pode resultar em viver uma vida não autêntica externamente,
enquanto sua experiência interna é suprimida e impelida para o
inconsciente, criando apenas um amortecedor e um curativo, dando a ilusão de “felicidade” em um nível superficial que criará mais dor
a longo prazo.
De
fato, a maioria das pessoas do mundo vive nesse estado desencarnado, tendo se
tornado insensíveis à vida e a si mesmas.
Em outras palavras, elas estão sofrendo, mas não sabem que estão
sofrendo, porque estão emocionalmente desconectadas.
É também por isso que a compaixão e a empatia são tão
importantes em relação a nós mesmos e aos outros (não apenas de forma intelectual, mas genuinamente sentindo isso), sem cair
na compaixão cega/ignorante, quando os limites precisam ser estabelecidos
Tudo o que foi reprimido dentro de si, emocionalmente, precisa
ser sentido e transmutado em algum momento, seja nesta existência ou nas
próximas.
A única maneira de sair é entrar e passar.
Esse processo também depende da “maturidade” da
alma/psique e quando ela estiver pronta para “ir para lá”.
Quanto mais sincero você for consigo mesmo e com seu trabalho
interno, mais poderá “acelerar” o
processo de evolução de sua alma.
Entretanto, nenhum passo pode ser ignorado e não há atalhos.
Bernard Guenther
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2022/02/como-mensurar-seu-progresso.html
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