quarta-feira, 20 de abril de 2022

COMO FUNCIONA A NOSSA MENTE, SEGUNDO O BUDISMO?

COMO FUNCIONA A NOSSA MENTE, 
SEGUNDO O BUDISMO? 
QUARTA-FEIRA, 20 DE ABRIL DE 2022

Em tempos de mudanças, devemos todos estar atentos a condicionamentos cristalizados no nosso cérebro/mente

Abrir uma brecha na nossa e entrar mais profundamente em contato com a consciência do momento presente, requer uma atitude decisiva e bastante difícil para todos nós: o desapego.

Segundo o Budismo Tibetano, a mente é considerada como a base universal da experiência, criadora da felicidade e do sofrimento.

Nessa filosofia, a mente divide-se em muitos aspectos, mas, especialmente em dois: a mente ordinária chamada sem, que na teosofia seria o corpo mental inferior e rigpa a consciência primordial ou corpo mental superior. Sem é dualista, discursiva,

pensante, precisa de um ponto de referência externo para funcionar.

Através dela pensamos, planeamos, manipulamos, expressamos as avalanches de emoções que nos absorvem e também os pensamentos negativos que acumulamos e que continuamos alimentando a partir da fragmentação e conceitualização das nossas experiências.

É através dela que criamos e alimentamos nossa instabilidade, pois ela está, o tempo todo, presa às influências externas, aos nossos maus hábitos e condicionamentos.

Os mestres dizem que sem é como a chama de uma vela em meio a uma corrente de vento, instável e vulnerável.

A sua energia é consumida e lançada aos acontecimentos exteriores.

É dentro desse ambiente mental que passamos pelas experiências de dor, pelas mudanças e transformações.

Já a essência mais profunda da mente é de natureza absoluta e intocável pelas mudanças e crises a que todos nós estamos sujeitos e vulneráveis.

A outra qualidade da mente, rigpa, está obscurecida pela correria do dia a dia e pelos nossos pensamentos e emoções.

Mas, da mesma maneira que uma rajada de vento pode dissipar as nuvens e revelar a luz do sol, algumas práticas específicas ou algum instante de inspiração podem nos revelar vislumbres dessa mente superior.

É claro que esses vislumbres possuem diferentes graus e profundidade, mas, por menor que seja a nossa experiência, ela sempre trará, a qualquer um de nós, maior entendimento, significado e sensação de liberdade.

Rigpa é a consciência primordial pura e ao mesmo tempo é inteligente, criativa, cognitiva e desperta.

Ela é a própria consciência do conhecimento.

A prática diária da meditação possibilita, depois de algum tempo, o controlo da mente inferior e o contato mais efetivo com a mente superior, possibilitando assim a expansão das nossas consciências,

bem como um estado de equilíbrio e bem estar nas nossas vidas.

Fonte: https://portaldobudismo.com/

https://www.sementesdasestrelas.com.br/2022/04/como-funciona-a-nossa-mente-segundo-o-budismo.html

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