“AUTOCONSENTIMENTO:
UMA
PRÁTICA DE AMOR-PRÓPRIO”
DOMINGO, 26 DE
JUNHO DE 2022
O
amor-próprio não é dado, é praticado.
É um conjunto de
comportamentos que se somam ao longo do tempo.
E o
autoconsentimento é uma dessas práticas de amor-próprio quando começamos a
implementá-lo, podemos começar a gerar mudanças poderosas.
Em geral,
consentimento é a ideia de que devemos ser capazes de dizer sim ou não às
coisas que acontecem aos nossos corpos
Costumamos falar de
consentimento no contexto do outro: pedir um abraço, por exemplo, ou preencher
um formulário de consentimento médico.
As práticas de
consentimento permitem que nos sintamos seguros e respeitados, cultivando
confiança no contexto dessa relação.
Muitas vezes, não
pensamos nisso como uma dinâmica interna, mas é.
Quando aprendemos a
ouvir nossos corpos e nossos próprios sinais internos de “sim” e “não”, estamos
cultivando o hábito de respeitar nossas próprias necessidades, limites e
desejos.
Essa prática é boa
para todos, mas é especialmente útil para pessoas que passaram por uma
experiência traumática.
O trauma quase
sempre vem com a experiência de ter a escolha ou poder retirados de alguém em
algum nível.
Quando podemos
retribuir isso de pequenas maneiras – por exemplo, comendo quando estamos com
fome e parando quando estamos cheios – estamos cultivando uma experiência
interna de escolha e poder, o que faz com que nos sintamos mais seguros e
poderosos em nossas vidas cotidianas.
Autoconsentimento e comida
Uma das maneiras
mais poderosas e simples de praticar o autoconsentimento é com a comida.
A fome é um sinal
de desejo – é um “sim” à comida.
Estar satisfeito é
um sinal de “não”, uma sensação interna de “é
o suficiente”.
Muitos de nós
ignoramos esses sinais ou temos dificuldade em ouvi-los porque temos o hábito
de, por exemplo, não deixar nada no prato porque foi isso que nos ensinaram, ou
comer por gosto ou conforto em vez de fome.
Pode ser uma
estratégia maravilhosa praticar o autoconsentimento com comida e, ao mesmo
tempo, usar da alimentação consciente e da alimentação intuitiva.
Alimentação
consciente significa, essencialmente, desacelerar o suficiente para de fato
prestar atenção à experiência de comer – nos sabores, nos cheiros e também nos
sinais internos que seu corpo está dando com relação à comida.
E alimentação intuitiva
é a prática de ouvir o que e como seu corpo quer comer, aprendendo a confiar
nesses sinais.
Nem sempre são
fáceis de praticar, principalmente quando se tem um histórico difícil com
alimentação, mas fazem parte dessa prática de amor-próprio e autoconsentimento
que pode, com o tempo, fazer uma diferença enorme em sua autoestima e vivências
diárias de prazer.
Não é só com comida
que podemos experimentar o autoconsentimento.
Podemos tentar nos
momentos de descanso e de sono, na socialização, até mesmo quando tentamos
perceber quais pessoas em sua vida lhe dão uma sensação de “sim” e quais lhe dão uma sensação de “não”.
Não se trata de
estabelecer regras rígidas, e sim de prestar suficiente atenção ao seu corpo
para conseguir sentir como ele responde a qualquer coisa que esteja fazendo,
respeitando essa resposta interna.
Em alguns momentos,
essa prática parecerá simples e fácil de fazer, e em outros parecerá mais
complicada.
A questão não é
acertá-la todas as vezes que tentar.
A questão é ensinar
ao seu corpo que a maneira como você se sente, o que você quer e seus limites
são importantes.
Estabelecer isso
internamente torna fazer isso com outras pessoas um milhão de vezes mais fácil
e, assim, nossos relacionamentos com os outros também melhoram.
Autor:
Julie Peters
Fonte
secundária: https://eraoflight.com/
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