TRECHO
DE UM LIVRO…
QUARTA FEIRA, 08 DE MARÇO DE 2023
Na sociedade,
existe uma profunda expectativa de que você se comporte exatamente como todos
os demais.
No momento em que
se comporta de forma um pouco diferente, você passa a ser um sujeito estranho,
e as pessoas têm muito medo de estranhos.
As pessoas sempre
querem participar de um grupo ao qual se ajustem.
No instante em que
você se comporta de um jeito um pouco diferente, o grupo todo fica desconfiado;
alguma coisa está errada.
Eles conhecem você,
podem ver a mudança.
Eles o conheciam
quando você nunca se aceitava, e agora eles veem de repente que você se aceita…
Nesta sociedade,
ninguém aceita a si mesmo.
Todo mundo se
condena.
Esse é o estilo de
vida da sociedade: condenar-se.
E, se você não está
se condenando, se está se aceitando do jeito que é, você tem que se afastar da
sociedade.
E a sociedade não
tolera ninguém que saiu do rebanho, porque ela vive de números; é uma política
de números.
Quando há muitos
números, as pessoas se sentem bem.
Números grandes
fazem com que as pessoas sintam que tem de estar certas
— elas não podem estar
erradas, milhões de pessoas estão com elas.
E, quando ficam sozinhas, grandes dúvidas começam a
vir à tona:
ninguém está
comigo.
O que garante que estou certo?
É por isso que eu
digo que, neste mundo, ser um indivíduo é o maior sinal de coragem.
“Para ser um indivíduo, é preciso o mais destemido
dos treinamentos:
“Não importa que o mundo inteiro esteja contra mim.
O que importa é que a minha experiência é válida.
Eu não me importo com os números, com quantas
pessoas estão comigo.
Eu me importo com a validade da minha experiência —
se estou simplesmente repetindo as palavras de outra pessoa, como um papagaio,
ou se a fonte das minhas afirmações é a minha própria experiência.
Se é a minha própria experiência, se isso é parte
do meu sangue, dos meus ossos, do meu âmago, então o mundo inteiro
pode pensar de outro jeito; ainda assim, eu estou certo e eles estão errados.
Não importa, não preciso da aprovação deles para
sentir que estou certo.
Só aqueles que dependem das opiniões de outras
pessoas precisam do apoio dos outros.”
Mas é assim que a
sociedade humana tem sido até agora.
É assim que ela
mantém você no rebanho.
Se os outros estão
tristes, você tem que ficar triste; se sofrem, você tem que sofrer.
O que quer que eles
sejam, você tem que ser também.
Não se permitem
diferenças, porque as diferenças acabam levando para o indivíduo, para o único,
e a sociedade tem muito medo do indivíduo e da unicidade.
Isso significa que
alguém ficou independente do grupo, que essa pessoa não dá a mínima para o
grupo.
Seus deuses, seus
templos, seus sacerdotes, suas escrituras, tudo ficou sem sentido para ela.
Agora ela tem seu
próprio ser e seu próprio jeito, seu próprio estilo — de viver, morrer,
celebrar, cantar, dançar.
Ela chegou em casa.
E ninguém pode
chegar em casa junto com a multidão.
Só se pode chegar
em casa sozinho.”
Trecho
traduzido do livro “Courage:
The Joy of Living
Dangerously”, Rajneesh Osho.
(Por @despertarodivino)
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