domingo, 28 de maio de 2023

QUEBRANDO O CICLO DA IMPOTÊNCIA

QUEBRANDO O CICLO DA IMPOTÊNCIA
QUINTA FEIRA, 30 DE MARÇO DE 2023

Deixe-me perguntar: com que frequência você se sente impotente em apenas um dia – oprimido por obrigações e expectativas irreais, preso em situações que parecem impossíveis de mudar ou vitimado por pessoas ou emoções que não pode controlar?

No entanto, nascemos com um potencial ilimitado para crescer, nos adaptar e ser bem-sucedidos, o que nos torna naturalmente poderosos.

Só o fato de termos aprendido a engatinhar e depois andar, de saber como usar a boca e as cordas vocais para formar palavras que os outros conseguem entender e de desenvolvermos habilidades para nos relacionarmos com o mundo ao nosso redor prova que somos naturalmente poderosos.

Então, quando e como acabamos perdendo esse poder?

Apesar (ou talvez devido aos) dos enormes avanços tecnológicos das últimas décadas, as exigências da vida moderna tornaram-se cada vez mais desafiadoras.

Conforme vamos avançando em nossas semanas ocupadas, impulsionados por uma pressão intensa para obter segurança e trabalho, manter um determinado estilo de vida ou apenas pagar as contas, resta pouquíssimo tempo para relaxar, refletir e revigorar.

 Adicione desafios globais sem precedentes, como mudanças climáticas, violência, armas, COVID-19, inflação e guerras, e não é de se admirar que o estresse, a ansiedade e a depressão tenham sido chamados de “a epidemia do século XXI”.

O papel do nosso protetor interno

Por causa deste nível de opressão, nosso protetor interno, a mente subconsciente, corre para o resgate.

Para nos ajudar a lidar com os desafios da vida, essa parte mais profunda da nossa mente emprega dois modos de sobrevivência: evitar e agradar.

Ambas as estratégias visam nos proteger do que o subconsciente considera ameaças perigosas, como críticas, fracasso e abandono.

Os modos de sobrevivência de evitar e agradar consistem em seis padrões de sobrevivência distintos: a vítima, a invisibilidade, o procrastinador, o camaleão, o ajudante e o amante.

A mente subconsciente desenvolveu esses padrões de sobrevivência no início de nossas vidas, quando dependíamos inteiramente dos adultos ao nosso redor.

Não é preciso que haja algum trauma significativo, negligência ou abuso para que o protetor interno duvide de nossa segurança. 

Podemos ter tido uma educação completamente normal, e nossos irmãos ainda podem relembrar dos bons tempos.

Ainda assim – talvez porque alguns de nós são mais sensíveis

 – provocações implacáveis, olhares desapontados quando não tiramos notas boas ou um amigo pisando na bola significa que a vida é assustadora e que precisamos tomar cuidado para evitar que nos machuquemos.

Nosso subconsciente usa essas memórias carregadas de emoção como pontos de referência para o futuro, condensando-as em crenças que definem nossas perspectivas de nós e do mundo ao nosso redor.

As mais comuns são: “Não estou seguro”; “Não sou bom o suficiente”; “Não pertenço”; “Não sou digno de ser amado”; e “O mundo não é um lugar bom/seguro”.

Como a mente subconsciente nos sabota

Devido ao estresse crônico com o qual vivemos, nosso subconsciente fica em alerta máximo continuamente, procurando por qualquer perigo em potencial que seja semelhante ao que vivenciamos no passado.

Quando uma ameaça é detectada, nosso subconsciente cruza as referências das experiências atuais com memórias de eventos semelhantes e nos arremessa no modo de sobrevivência, usando crenças limitantes antigas para nos convencer de que estamos prestes a ser abandonados e envergonhados.

Presos neste ciclo de sobrevivência, deixamos de ser adultos competentes para nos comportarmos como quando éramos crianças.

Nos encolhemos como crianças quando nos sentimos criticados, nos esforçamos demais para obter aprovação e nos escondemos embaixo do cobertor para evitar tarefas desconfortáveis.

Mesmo que consigamos entender racionalmente como devemos lidar com os desafios, nossos padrões de sobrevivência subconscientes continuam substituindo qualquer lógica ou raciocínio.

A curto prazo, voltar aos velhos padrões pode nos dar uma sensação de segurança ou pertencimento.

Mas quando os padrões de sobrevivência se tornam os parâmetros de quem somos e nos fazem abordar a vida em constante autodefesa, enfrentamos duas desvantagens significativas:

• Ficamos ainda mais impotentes, pois acreditamos que nossa segurança e bem-estar dependem dos outros, em vez de encontrar paz, força e validação dentro de nós;

• Já que não desaceleramos para ouvir nossos pensamentos, enfrentar nossas emoções ou fazer perguntas profundas, como “O que realmente quero?”; “Qual é o meu propósito?”; ou “Qual é o sentido da vida?”, nunca desenvolvemos autoconsciência, autoaceitação e autoestima fortes.

Acabamos nos tornando mais do que impotentes – nos desconectamos de nós mesmos.

A depressão e a desesperança surgem quando percebemos que não importa quantas pessoas ou situações evitemos ou quanta aprovação recebamos, ainda terminamos presos, impotentes e inseguros sobre quem somos e se somos importantes.

É por isso que os padrões de sobrevivência, ao contrário das intenções deles, não aliviam nossas lutas contra o estresse, a ansiedade e a baixa autoestima; eles as intensificam e prolongam.

Maneiras de escapar do “ciclo de sobrevivência”

Agora, a notícia boa: podemos sair do ciclo de sobrevivência para sempre.

Não somos impotentes e, na verdade, nunca abrimos mão do nosso poder.

Vamos dar uma olhada em alguns exemplos comuns de como podemos sentir que entregamos nosso poder quando estamos em modo de sobrevivência:

• Nos importamos mais com as opiniões dos outros do que com as nossas;

• Seguimos conselhos dos outros, mesmo quando não queremos;

• Preferimos ficar quietos e passar despercebidos;

• Deixamos as pessoas nos maltratar sem nos defender;

• Nunca dizemos não ao que os outros querem que façamos.

Embora tudo isso pareça profundamente incapacitante, devemos levar em consideração o seguinte: estamos abrindo mão do nosso poder ou não estamos afirmando nosso poder?

Se acreditamos mais no que os outros dizem, é porque não descobrimos o que acreditamos.

Se preferimos ficar sem voz, é porque não acolhemos totalmente os dons que nos tornam únicos.

E se não respeitamos nossos limites, é porque não nos tornamos nossa própria fonte de segurança.

Em nenhum destes exemplos cotidianos, abrimos mão de alguma coisa.

Nos sentimos impotentes porque nosso subconsciente continua contando com padrões de sobrevivência que nos são familiares, presumindo que ainda somos pequenos e indefesos.

E como nosso subconsciente acredita que somos impotentes, nosso eu consciente também acredita.

Antes de colocar a culpa no seu subconsciente, lembre-se de que ele continua tratando você como criança porque as únicas referências que ele tem são as memórias e crenças limitantes da sua infância.

Mas, como usar um mapa de 1965 para se orientar em Nova York, navegar pela vida com crenças ultrapassadas não levará você a um lugar de felicidade e realização.

Além disso, essas velhas crenças limitantes normalmente não se baseiam no que você é, mas em como você foi tratado pelos outros, o que geralmente diz mais sobre eles do que sobre você.

“…como usar um mapa de 1965 para se orientar em Nova York, navegar pela vida com crenças ultrapassadas não levará você a um lugar de felicidade e realização.”

A solução para o empoderamento não é retomar nosso poder, porque não podemos abrir mão dele.

A solução é tornar o acesso e o aproveitamento de nosso poder inato nossa forma padrão de ser.

Para isso, precisamos atualizar nosso sistema de crenças para que o subconsciente não reaja mais apenas para se defender.

Para sair do modo de sobrevivência e nos fortalecer, precisamos aprender a conhecer, valorizar e amar o que é autenticamente nosso.

Assim que o fizermos, conseguimos criar uma vida cheia de significado, escolhendo liberdade em vez de segurança, integridade em vez de invisibilidade e propósito em vez de conforto.

 Afinal, considerando o estado precário do nosso mundo, não podemos permitir que a ansiedade, a insegurança e a impotência tomem conta de nós.

Autor: Dr. Friedemann Schaub, PhD

Fonte: https://www.spiritualityhealth.com/breaking-the-cycle-of-powerlessness

Fonte secundária: https://eraoflight.com/

Tradução: Sementes das Estrelas/Mariana Spinosa

https://www.sementesdasestrelas.com.br/2023/03/quebrando-o-ciclo-da-impotencia.html

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