Essa crença, alimentada pela sabedoria de nossos ancestrais, nos
convida a olhar além do véu do mundano e vislumbrar o etéreo dentro do
celestial.
Em
meio a reuniões sob a vasta cúpula das estrelas, as histórias compartilhadas
não eram apenas contos de constelações fantasiosas, mas narrativas sagradas que
entrelaçavam vidas mortais com as do divino.
Naqueles tempos, o cosmos não era um reino distante separado dos
assuntos terrenos, mas um santuário onde os espíritos se reuniam, sussurrando
segredos cósmicos para as almas atentas abaixo.
As
estrelas cintilantes eram, para esses ancestrais, marcadores radiantes de
habitantes celestes – guias, guardiões e entidades luminosas que atravessavam
as estradas celestes.
Os próprios padrões que adornavam o céu noturno eram as pegadas
desses seres, suas elaboradas danças, uma sinfonia de mensagens que
transcendiam as barreiras da carne e osso.
Em cada brilho reluzente, eles viram uma corda entre o etéreo e
o material, uma ponte que liga os reinos.
Através
das lendas sussurradas e glifos pintados, os antigos teceram uma tapeçaria que
entrelaçava o celestial com o terrestre,
o numinoso com o humano.
Eles contemplavam os céus com reverência, pois acreditavam que
as estrelas guardavam dentro de si as histórias dos deuses e mortais, criação e
destruição, amor e saudade.
Nesse
cosmos animado por espíritos, os planetas eram mais que esferas distantes; eles
eram personificações de forças cósmicas,
cada uma trazendo a marca de uma inteligência orientadora.
O crescente e o minguante da lua refletiam os ritmos eternos da
vida e da morte.
A majestosa dança dos planetas pelos céus coreografou a essência
da existência, oferecendo vislumbres da sinfonia do destino humano.
A
cada chuva de meteoros, um mensageiro celestial atravessava a tapeçaria do
mundo espiritual, trazendo notícias para aqueles que tinham a sabedoria de
decifrá-las.
Os eclipses eram momentos de profundo significado quando as
fronteiras entre os reinos diminuíam, permitindo que os habitantes celestiais
contemplassem nosso mundo.
Nessa
visão antiga, o céu noturno não era apenas uma tela de beleza cósmica, mas um
testemunho vivo da interação entre o físico e o etéreo.
E embora o tempo e o conhecimento tenham avançado, ainda existe
um anseio dentro do coração humano de abraçar essa perspectiva primordial – uma
crença de que, no abraço do céu noturno, não estamos sozinhos, mas sim
conectados a um reino celestial, onde os espíritos dos cosmos cuidam de nós.
Com
o passar do tempo, o cosmos permaneceu uma tela inflexível,
um testemunho vivo do vínculo terreno e etéreo.
No entanto, o avanço do conhecimento científico ao lançar luz
sobre as leis físicas que regem o universo parecia ofuscar a sabedoria antiga.
As estrelas se transformaram em bolas de gás, as galáxias se
tornaram aglomerados de mundos distantes e o antigo mundo espiritual começou a
deslizar para as sombras.
Mas
talvez, em meio às deslumbrantes maravilhas reveladas pela ciência, haja espaço
para ambas as perspectivas – fundir a sabedoria de nossos ancestrais com as
descobertas de nossas mentes modernas.
O mundo espiritual, sempre presente, mas invisível, poderia
muito bem ser tecido no tecido do universo, esperando por aqueles com corações
abertos a seus mistérios.
E
assim, sob o dossel celestial, enquanto contemplamos as estrelas que
testemunharam as histórias de incontáveis gerações,
lembremo-nos da antiga crença de que o cosmos não é apenas um
reino distante, mas uma ponte que conecta nossa existência terrena ao mundo
espiritual etéreo, onde o passado, presente e futuro se fundem em uma dança
atemporal.
Por: Neil Perry Gordon
Autor: Neil Perry Gordon
Fonte primária: https://substack.com/@neilperrygordon?utm_source=substack&utm_medium=email
Fonte secundária: https://eraoflight.com/2023/08/19/ancients-belief-in-the-celestial-spirit-world/
Tradução: Sementes Das Estrelas/Patricia Leodoro
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2023/08/crenca-dos-antigos-no-mundo-espiritual-celestial.html
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