quinta-feira, 11 de abril de 2024

NEALE DONALD WALSCH “A PEQUENA ALMA E O SOL A LIÇÃO DO PERDÃO”

NEALE DONALD WALSCH 
“A PEQUENA ALMA E O SOL 
A LIÇÃO DO PERDÃO” 
QUINTA FEIRA 11 DE ABRIL DE 2024

” – Eu sei quem sou!

E Deus disse:

– Que bom! Quem és tu?

E a Pequena Alma gritou:

– Eu sou Luz!

E Deus sorriu.

– É isso mesmo! – exclamou Deus. – Tu és Luz!

A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.

– Uauu, isto é mesmo bom! – disse a Pequena Alma.

Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava.

A Pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era.

Então foi ter com Deus (o que não é má ideia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É) e disse:

– Olá, Deus!

 Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?

E Deus disse:

– Quer dizer que queres ser Quem já És?

– Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo.

Quero sentir como é ser a Luz! – respondeu a Pequena Alma.

– Mas tu já és Luz – repetiu Deus, sorrindo outra vez.

– Sim, mas quero senti-la! – gritou a Pequena Alma.

– Bem, acho que já era de se esperar.

Tu sempre foste aventureira – disse Deus com uma risada.

Depois a sua expressão mudou.

– Há só uma coisa…

– O quê?

– perguntou a Pequena Alma.

– Bem, não há nada para além da Luz.

Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és.

Por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.

– Hã?

 – disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.

– Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol.

Estás lá sem dúvida.

Tu e mais milhões, zilhões de outras velas que constituem o Sol.

E o Sol não seria o Sol sem vocês.

Não seria um sol sem uma das suas velas… e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto.

E, no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz? – eis a questão.

– Bem, tu és Deus.

Pensa em alguma coisa! – disse a Pequena Alma mais animada.

Deus sorriu novamente.

– Já pensei.

Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão – disse Deus.

– O que é a escuridão?

perguntou a Pequena Alma.

– É aquilo que tu não és – replicou Deus.

– Eu vou ter medo do escuro?

 – choramingou a Pequena Alma.

– Só se o escolheres.

Na verdade, não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas.

Porque estamos inventando tudo.

Estamos fingindo.

– Ah! – disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

Depois, Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exatamente o oposto.

– É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é – disse Deus – Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento.

Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois.

E por isso, – continuou Deus – quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão.

Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então, saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão.

Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!

– Então posso deixar que os outros vejam que sou especial?

 – perguntou a Pequena Alma.

– Claro!

 – Deus riu-se.

 – Claro que podes!

Mas lembra-te de que “especial” não quer dizer “melhor”!

Todos são especiais, cada qual à sua maneira!

Só que muitos se esqueceram disso.

Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!

– Uau – disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando.

 – Posso ser tão especial quanto quiser!

– Sim, e podes começar agora mesmo – disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma

 – Que parte de especial é que queres ser?

– Que parte de especial?

 – repetiu a Pequena Alma.

 – Não estou entendendo.

– Bem, – explicou Deus – ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes.

É especial ser bondoso.

É especial ser delicado.

É especial ser criativo.

É especial ser paciente.

Conheces alguma outra maneira de ser especial?

A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.

– Conheço imensas maneiras de ser especial! – exclamou a Pequena Alma – É especial ser prestativo.

É especial ser generoso.

É especial ser simpático.

É especial ser atencioso com os outros.

– Sim!

 – concordou Deus – E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento.

É isso que significa ser a Luz.

– Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! – proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo.

 – Quero ser a parte de especial chamada “perdão”.

Não é ser especial alguém que perdoa?

– Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.

– Está bem.

É isso que eu quero ser.

Quero ser alguém que perdoa.

Quero experimentar-me assim – disse a Pequena Alma.

– Bom, mas há uma coisa que devias saber – disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente.

Parecia haver sempre alguma complicação.

– O que é?

 – suspirou a Pequena Alma.

– Não há ninguém a quem perdoar.

– Ninguém?

A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.

– Ninguém! – repetiu Deus.

Tudo o que Eu fiz é perfeito.

Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta.

Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que tinha se aproximado.

Outras almas tinham vindo de todos os lados – de todo o Reino – porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava tendo uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles diziam.

Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar.

Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela.

Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.

Então, perdoar quem?

– perguntou Deus.

– Bem, isto não vai ter graça nenhuma! – resmungou a Pequena Alma – Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa.

Queria saber como é ser essa parte de especial.

E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.

Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:

– Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te – disse a Alma Amiga.

– Vais?

 – a Pequena Alma animou-se.

 – Mas o que é que tu podes fazer?

– Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!

– Podes?

– Claro! – disse a Alma Amiga alegremente.

 – Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.

– Mas por quê?

Por que é que farias isso?

 – perguntou a Pequena Alma.

 – Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito!

Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti!

O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça?

O que é que levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?

– É simples – disse a Alma Amiga.

– Faço-o porque te amo.

A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.

– Não fiques tão espantada – disse a Alma Amiga – tu fizeste o mesmo por mim.

Não te lembras?

Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes.

Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas.

Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos lugares.

Só que tu não te lembras.

Já fomos ambas o Todo.

Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita.

Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois.

Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau – fomos ambas a vítima e o vilão.

– Encontramo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos.

- E assim, – a Alma Amiga explicou mais um bocadinho – eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a “má” desta vez.

Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.

– Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível?

 – perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.

– Oh, havemos de pensar em alguma coisa – respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.

Então, a Alma Amiga pareceu ficar séria, e disse numa voz mais calma:

– Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?

– Sobre o quê?

 – perguntou a Pequena Alma.

– Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não-muito-boa.

Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim.

E, por isso, só te peço um favor em troca.

– Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres!

 – exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar:

 – Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!

Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.

– O que é?

 – perguntou a Pequena Alma.

– O que é que eu posso fazer por ti?

És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!

– Claro que esta Alma Amiga é um anjo!

 – interrompeu Deus, – são todas!

Lembra-te sempre:

Não te enviei senão anjos.

E, então, a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.

– O que é que posso fazer por ti?

 – perguntou novamente a Pequena Alma.

– No momento em que eu te atacar e ferir, – respondeu a Alma Amiga – no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento…

– Sim?

 – interrompeu a Pequena Alma – Sim?

A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.

– Lembra-te de Quem Realmente Sou.

– Oh, não me hei de esquecer! – gritou a Pequena Alma – Prometo!

Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.

– Que bom, – disse a Alma Amiga – porque, sabes, eu vou estar fingindo tanto, que eu própria vou me esquecer.

E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo.

E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas.

Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar as duas de Quem Somos.

– Não vamos, não!

– prometeu outra vez a Pequena Alma.

 – Eu vou lembrar-me de ti!

E vou agradecer-te por esta dádiva – a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito.

E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão.

E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível.

E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza – principalmente se trouxesse tristeza – a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito:

– “Lembra-te sempre,” – Deus aqui tinha sorrido – “não te enviarei senão anjos”.

E que não nos esqueçamos que todos são Anjos, representando papéis…”

~ Neale Donald Walsch ~

Canal: Neale Donald Walsch

Fonte: https://www.cwg.org/

Formatação – DE CORAÇÃO A CORAÇÃO 

https://www.sementesdasestrelas.com.br/2024/04/neale-donald-walsch-a-pequena-alma-e-o-sol-a-licao-do-perdao.html?

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