SANHIA: Se o agora inclui uma sensação de
dor… perfeito.
Participante Um: Deveria ser bom.
Mas não é.
É doloroso.
Se perfeição é dor, então talvez
seja perfeita.
SANHIA: Se houver
a experiência da dor e o pensamento aparecer, e for mantido no “Gostaria
de não estar sentindo dor”, então será dor sobre a dor.
Desejar
que a dor acabe não torna as coisas melhores.
A ideia
de que não ela deveria existir não muda nada.
Participante Um: Sinto-me muito envergonhado por
estar sobrecarregado pela dor.
SANHIA: Não dá
para mudar o evento que desencadeou a dor.
Não dá
para parar o sentimento de tristeza.
Você pode
optar por não pensar que o evento não deveria ter acontecido ou que deveria
estar reagindo de forma diferente.
Esses
pensamentos não mudam o que é.
Certamente
não te ajudam a se sentir melhor.
Então,
perceba que o pensamento está aqui e solte.
Continue
com os sentimentos em vez dos pensamentos.
O que
quer que esteja aqui agora é real.
Os pensamentos querem te levar para
outro lugar.
Fique aqui.
Se houver dor, permaneça com as
sensações corporais.
Será melhor nem mesmo rotular estes
sentimentos.
Observe o que está sendo sentido e
conviva.
Uma coisa sobre o agora… o agora
está em constante mudança.
Conviva com o sentimento até que ele
mude e depois continue com o que vier. Se você perceber que deseja que os
sentimentos se movimentem em qualquer direção, solte o pensamento e permita que
os sentimentos tenham liberdade para se expressar ou se movimentar da maneira
que desejarem
O corpo é
uma máquina de cura fantástica.
Ele fará
tudo o que precisa ser feito se você apenas deixá-lo trabalhar.
O que
acontece se você simplesmente parar de exercitar aquele músculo que quer que as
coisas sejam diferentes e se recusa a aceitar o que é?
Uma coisa
é certa: se você tentar mudar o que é para o que você quer que seja, irá
falhar.
Participante Um: Mas parece que estou falhando em
tudo.
SANHIA: Este
pensamento vem de uma crença da mente egóica de que é você que está no comando.
Se você não
está no comando, como pode falhar?
As coisas simplesmente são como são.
Você não as criou desta maneira.
Por que faria
isso se tivesse tal habilidade?
Você
teria que ser muito autodestrutivo para criar o que realmente não quer.
Essa
ideia é muito louca!
Você não
pode mudar as coisas; não pode torná-las melhores.
Você nem
saberia o que é melhor.
O que é
agora é perfeito.
Sabemos
disso porque é assim que as coisas são.
Deixe a energia da mente ser
preenchida pelo deixar acontecer, pela descoberta da gratidão ou pela vivência
de qualquer sentimento que pareça estar bloqueando a gratidão.
Participante Um: Mas
parece que devo ter escolhido isso em algum nível.
Não sei
dizer se é uma dádiva ou um desastre.
SANHIA: Justamente.
Você é impotente para mudar uma
situação, mas é capaz de estar presente nela, de vê-la como ela é, sem seus
pensamentos.
Isso é entregá-la a Deus.
Não há necessidade de entender por
que ela está acontecendo para poder vê-la como uma dádiva ou como um desastre.
Ela simplesmente existe e você
vivencia certas sensações corporais junto com ela.
Participante Um: Mas vou
sentir dor de qualquer maneira.
SANHIA: Então aceite que você sente dor.
Tente não dar um rótulo, mas sinta o
que que está sentindo sem tentar mudar ou fazer desaparecer.
Deixe sua vontade pessoal fora
disso.
Participante Um: Posso
fazer muitas coisas para tentar não focar nela.
Posso
trabalhar, assistir a um filme, ligar para um amigo.
SANHIA: Vou falar para uma parte da sua
mente que se lembrará dessa conversa de tempos em tempos.
Haverá um momento em que você vai
perceber que tudo é como deveria ser, que tudo é perfeito, não importa como
pareça, que não há nenhuma parte de você que gostaria que as coisas fossem
diferentes. Você terá a experiência de que tudo o que está aqui agora, sem
exceção, está aqui para te apoiar.
Não há nada além de vida.
Então, de qualquer maneira em que
agora seja capaz de parar de resistir e olhar a vida de frente, como ela é,
você estará se abrindo para ter isso como uma consciência constante.
Por outro
lado, cada vez que você afasta o agora
e diz:
“Tire de mim este cálice”, ou
quando quer outra coisa, você está prolongando o período de dor e agonia.
A dor é
transitória.
Se você
simplesmente senti-la, ela dura um pouco, se transforma e depois desaparece.
Caso não
enfrente e tente evitar ou afastá-la, a dor apenas permanecerá.
Você
prolonga o sofrimento por muito tempo.
Estou plantando estes pensamentos
para que, a qualquer momento, eles possam vir à tona.
Talvez você se pergunte por que está
dando um tiro no pé ou, em vez disso, acolha o que quer que esteja ali.
Participante Um: Gosto da
imagem da água que acompanha o número do meu Caminho de Vida no meu mapa
numerológico.
Sinto
como se estivesse na praia vendo a água passar.
Porque simplesmente não entro no mar?
Talvez eu
possa entrar.
Posso
sentir a alegria e o medo de entrar.
SANHIA: Tenho compartilhado algumas
histórias do “Michael” com você ultimamente.
Uma coisa que se pode notar nelas é
que as coisas que o encorajaram a abandonar a mente egóica, mais do que
qualquer coisa, foram os períodos mais difíceis de aceitar.
Ele não evoluiu tão rapidamente
quando as coisas funcionaram do jeito que ele queria.
Essas
experiências também sempre tiveram o valor delas, mas os benefícios tenderam a
ser mais temporários.
As coisas
mais dolorosas, aquelas que ele não queria que acontecessem, foram as que se
revelaram ser as maiores dádivas. Neste momento, você pode expressar gratidão
pelo presente sem ter ideia que qual é a dádiva; pode tirar um tempo para olhar
para o presente e senti-lo, em vez de afastá-lo.
Participante Um: Entendi.
SANHIA: Você pode escolher parar de lutar
com o que é.
No século XIX, o cacique de uma
tribo indígena do noroeste americano conhecido como Chief Joseph, depois de ver
seu povo ser repetidamente enganado e massacrado pelo governo dos EUA,
finalmente se rendeu, afirmando: “Não vou mais continuar em uma luta
eterna”.
Ele parou de lutar e aceitou o que
era. Deus/Espírito removerá tudo que estiver no caminho do seu despertar, se
necessário.
Nada real pode ser perdido.
Para algumas pessoas, é necessário
muita perda, dor e sofrimento para decidirem não continuar em uma luta eterna.
Participante Um: (lágrimas)
SANHIA: Você
pode lutar para sempre, mas pode parar de lutar num instante.
Participante Um: Posso sentir onde está esse espírito
de luta:
exatamente onde a dor está.
SANHIA: Vamos
brincar um pouco com isso.
Digamos
que você sinta algo que chama de tristeza.
Se
possível, deixe este rótulo de lado e observe a sensação.
Agora é
outro momento e você percebe que a sensação ainda existe e você a sente no
chakra cardíaco.
Sua mente
quer assumir o controle e explicar por que você está triste.
Você está
numa situação terrível e qualquer um ficaria triste.
Você
agora perdeu a noção do que está presente e, em vez disso, está
assistindo/ouvindo um repetidamente à sua história.
Esta visão mental é tudo que você
está se permitindo vivenciar no agora.
Ninguém está te forçando a manter
sua atenção voltada para sua história.
É a sua vontade pessoal agindo.
Em vez de vivenciar o frescor que o
presente sempre traz, você fica preso neste ciclo sem fim.
É um pouco como prender a
respiração.
Isso não é bom para a saúde.
Tente prestar atenção ao novo
pensamento que surgir, bem como ao novo sentimento.
Observe, mas não se apegue.
Existe uma brincadeira infantil
chamada batata quente.
Uma batata assada é jogada para
você.
Se segurá-la, queimará as mãos,
então você a joga para outra pessoa, que a joga para outra e assim por diante.
Seus sentimentos são como batatas
quentes.
No agora, você não as seguraria, ou
seria queimado.
Participante Um: As
pessoas ficam me lembrando da minha história quando as encontro.
É difícil
para mim falar sobre o que estou passando.
SANHIA: Você não precisa compartilhar com
elas o que está sentindo, apenas com você mesmo – observe.
Elas estão te lembrando de observar
o seu agora.
Se parece que elas te tratam como um
“coitadinho”, este é o seu espelho.
Em todo o caso, você pode
agradecê-las por perguntar, mas compartilhe apenas se se sentir guiado.
O agora é seu.
Não há que você deva fazer.
Faça o que se sentir guiado a fazer.
Se sentir necessidade de decidir
alguma coisa, saiba que sua vontade pessoal é ação.
Quando o
Espírito estiver pronto para agir, você saberá.
Não
haverá decisão a tomar.
Não é seu
trabalho fazer com que os outros sintam que você está bem.
Seu
trabalho é ainda mais simples: apenas estar presente com o que está se
movimentando agora.
Caso
contrário, você não terá nada para dar aos outros, a não ser dor e medo.
Você nem sempre terá
sua dor, mas se estiver disposto a senti-la,
vivenciá-la e ir aonde ela te levar,
ela terá cumprido o propósito dela.
A luz brilhante do amor sempre está
do outro lado.
A dor é necessária para dissipar as
nuvens das suas ilusões, as inverdades sobre si mesmo e sobre a vida que você
mantém.
Deixe-a fazer o trabalho valioso e
insubstituível dela.
A dádiva está sempre aí.
Você merece sentir a verdade da sua
Divindade, que só pode ser encontrada neste agora.
Bom Agora
Sanhia/Espírito
Canal: Michael Hersey
Fonte: https://channelswithoutborders.com/
Fonte secundária: https://eraoflight.com/
Tradução: Sementes Das Estrelas/Mariana Spinosa
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2024/07/sanhia-como-pode-a-dor-ser-uma-dadiva.html
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