Queridas Almas
companheiras de Jornada, convido as todos vocês, que lerão essas memórias, a
sentirem no coração o que faz ressoar em vocês essas palavras, que soltas
nestas páginas, descrevem a história de uma humanidade que conheceu a dor da
ilusão de separação da Fonte, uma humanidade que por eras foi escravizada na
inconsciência da própria grandeza.
São as histórias de
muitos de nós, de muitos de nós que conseguiram encontrar o caminho de volta
para casa, como também são histórias de muitos que ainda estão presos naquela
ilusão, em que a dor e o medo eram provados na pele.
Compartilhar essas
memórias da velha energia, ou terceira dimensão, é falar do maior evento
cósmico na vida dos seres humanos neste Planeta, principalmente depois que
atravessaram as passagens secretas do próprio inconsciente, desvendando os
emaranhados das emoções que vieram experimentar, reconhecendo as prisões
energéticas, no campo da matrix pessoal.
Atravessamos esses
portais sombrios dentro de nós, reconhecendo que tudo foi regido pela Ordem
Sincrônica com o Universo, e assim descobrimos a chave para nossa liberdade.
E nada poderia ter
sido diferente do que foi.
Essa compreensão, em
aceitar que tudo como foi, facilitou bastante o caminho, tendo em vista que,
querer mudar a ordem das coisas é resistência, e essa energia de resistência
não faz parte da vida de quem quer fluir na crista das ondas da Nova Energia.
Porém, é importante
observar que a resistência não está só em quem não quer a mudança, a
resistência pode se esconder também na fala do mostrador do caminho, que
insiste na mudança do outro, com a desculpa de achar que esse ou aquele caminho
seja melhor.
Quem deseja mesmo estar nessa Nova Energia, segue sem os apegos.
Chegar a essa Nova Dimensão, confesso
não ter sido fácil, mas foi gratificante, não só por acessar as Lembranças
Divinas da minha Fonte em Serviço, mas também por compreender todo esse teatro
e poder agora facilitar o olhar, para quem desejar entrar nesses portais.
Foi exatamente essa
compreensão que me inspirou a relatar aqui, de forma clara e objetiva, o que
foi viver na terceira dimensão, e, por isso mesmo, agora poder sugerir algumas
orientações, na forma de olhar para tudo o que se apresenta fora de si.
Uma dessas orientações é
observar constantemente como a programação mental consome a nossa energia sem
percebermos, se não ficarmos atentos.
Quem já atravessou esses
portais, sabe que, se tivéssemos tido essas informações, nossa Jornada teria
sido muito fácil.
Mas a história era para
ser como foi, e acabou dando certo.
Assim como eu, outros
também já podem contar a suas formas de travessia, considerando que muitos
estão prontos para mostrarem esse novo caminho, que acaba sempre sendo dentro
de cada um.
Embora cada um tenha o
seu tempo para que as asas comecem a se formar, algumas percepções, que
relatarei aqui, poderão auxiliar na forma correta de olharem para si mesmos.
Isso é um bom começo,
pois tudo muda, quando mudamos o olhar sobre nós.
O segredo do universo
está na forma como olhamos para nós.
Então vamos lá!
Experimentar a
dimensão tridimensional de separação, em que a dualidade imperou, foi sem
dúvida uma “odisseia”. “Viajamos” a incríveis lugares, dentro
e fora de nós.
Como crianças, em um
grande parque de diversão, soltamos a imaginação em busca de aventuras que nos
preenchessem.
Aventuras
extraordinárias, em geral dramáticas, uma série de imprevistos e
acontecimentos, que podemos comparar com o que naquela dimensão era muito usado
para relatar a vida real de todos nós.
Dramas, tragédias,
comédias, teatros, filmes e novelas definiam bem tudo o que experimentamos.
Era impressionante o
quanto aquilo a que assistíamos, como apenas uma distração, era carregado das
nossas próprias dores, com muita precisão.
E o mais interessante
ainda é que essas histórias que falavam da nossa própria vida, muitas vezes,
faziam-nos chorar, como se estivéssemos no papel do personagem.
Ficávamos
identificados com a dor dos atores, mas não percebíamos que eram nossas
próprias dores relatadas e muitas vezes negadas em nós.
Não tínhamos o hábito
de falar sobre nossas emoções, “era um
tabu”, principalmente no meio familiar.
Hoje, compreendendo como
funcionava o jogo no campo familiar, tornam-se aceitáveis tais silêncios e tais
negações.
Falar sobre emoções no
meio familiar era abrir a caixa de Pandora de alguém, considerando que
repetimos padrões e, como ninguém estava preparado para olhar, era melhor não
trazer a informação, então a mente se protegia.
Músicas, filmes e peças
teatrais eram algumas das sugestões como distrações.
Normalmente, muitas
músicas falavam de dor, de apego, de traições, de “amores” não correspondidos.
Os filmes seguiam essa
mesma entoada: traições conjugais, violência, morte, abandono, tragédias,
catástrofes, tudo o que pudesse alimentar o ego, ávido por dor, e assim fazer o
seu trabalho, alimentar a matrix do inconsciente coletivo.
As pessoas mais idosas
tinham tanto apego à dor, que passavam o dia ouvindo ou assistindo a
telejornais, programas de televisão que só falavam em tragédias urbanas da vida
real, mostrando inclusive as cenas. Impressionava ver o quanto ficavam
conectados com aquelas notícias.
Os mais jovens se
identificavam com padrões que tivessem como tema a rebeldia, a pornografia, a
sexualidade exacerbada, a violência, seguindo o mesmo padrão do contexto social
da inconsciência que a própria experiência oferecia.
Tudo projetado para que
sempre estivéssemos prestando um serviço à matrix.
O trabalho que
fazíamos naquela dimensão, sem percebermos e em total inconsciência, era criar
realidades de densidade, com o sistema nos impulsionando para isso o tempo
todo: quanto mais tristeza, mais identificação com inconsciente coletivo e mais
densa a energia era compartilhada.
Assim funcionava o
abastecimento energético do sistema, no campo invisível.
Éramos responsáveis
pelo giro da roda, a energia que deixávamos por onde passávamos servia as
egrégoras com que tínhamos mais ressonância, em termos de comportamentos e
emoções.
Observando de fora
como os grupos, principalmente os familiares, manipulam esses jogos, fica claro
que o teatro é formado sistemicamente, para que as coisas sejam complicadas o
máximo possível, levando as relações à exaustão.
Quanto mais difícil
era a convivência, mais emoções eram criadas, e mais energias densas abasteciam
a quarta dimensão inferior, o inconsciente coletivo.
Por eras
experimentamos as emoções, acreditando que um dia conquistaríamos a falsa
liberdade prometida pela lei cármica, parecíamos cachorro correndo atrás do
rabo, justamente por esse ledo engano.
Se não fosse a Lei da
Graça Divina, a nos beneficiar com o Olhar do Amor e da Compaixão, estaríamos
presos ainda no teatro de horrores ainda por eras.
O que nos possibilitou a
saída foi falar sobre tudo o que sentimos em nosso campo emocional,
principalmente sobre as emoções que negamos, ou das quais nos envergonhamos,
tentando escondê-las até de nós mesmos.
Para sairmos desse jogo,
foi preciso que aprendêssemos a falar com clareza, sem culpa e sem
autojulgamento, sobre nossas dores emocionais e comportamentos.
Esse aprendizado foi uma “chave
precisa”, que mudou a vida de
muitos de nós, lançando-nos fora da prisão do véu do esquecimento.
Quando o Planeta Terra
começou a se movimentar para uma vibração mais elevada de consciência, fomos
convidados a participar juntos com ele e aceitamos o convite de conhecer ou
reconhecer a Verdade, a grande retirada dos véus.
Uma frequência diferente
da que estávamos acostumados começou a transformar a nossa vibração; mas nem
todos estavam preparados para entrar de cabeça nessa história, que até hoje,
para muitos ainda não faz muito sentido.
Energias tão altas, que
não suportaríamos, se não tivéssemos feito toda essa limpeza antes: reconhecer
as emoções que nos prendiam no coletivo inconsciente.
Somente um campo limpo
conseguiria receber essas Novas Energias que começaram adentrar o Planeta.
Ao reconhecermos as
emoções que nos prendiam nos emaranhados cármicos da terceira dimensão,
conseguimos, não só sair desses porões do campo fenomenológico, como também
liberar os personagens a que estivemos ligados energeticamente por éons, em
nosso campo.
Isso foi libertador,
literalmente falando “libertando a dor”.
Reconhecer o contrato
cármico, para encerrá-lo, é deixar o campo que nos acolheu, carregado de velhas
energias, totalmente limpo da nossa carga emocional.
Essa é a forma de
reconhecer esse campo, em Gratidão por aqueles que chegaram antes de nós e
deixarmos Luz (informação
que liberta) nesse campo, para que
possam olhar além do véu.
O mais importante para
que pudéssemos avançar em direção à nossa própria Liberdade e Divindade, sem
dúvida nenhuma, foi tirarmos totalmente o peso que sentíamos sobre as nossas
experiências: o autojulgamento, a culpa e o controle.
Essas energias foram
as maiores responsáveis pelo descaso que praticamos contra nós mesmos.
A experiência de
inconsciência nos trazia a sensação de não sermos dignos, de não sermos
merecedores; essa sensação nos pressionava cada vez mais para baixo, rejeitando
tudo o que de melhor nos era oferecido, muitas vezes até mesmo com
desconfiança.
Quão difícil foi
compreender que somos ligados à Fonte de Abundância Divina. Independentemente
do que fizemos em nossas vidas, nunca deixamos de Ser a Fonte, nunca fomos
julgados por nada, mesmo estando naquela dimensão de separação e densidade.
No entanto, era
incompreensível esse entendimento, pois na ocasião éramos escassos de energias
que pudessem nos aproximar do Amor, não conhecíamos as virtudes da Alma, muito
menos as Leis Universais que regem todo o universo.
Éramos totalmente
iludidos com as nossas histórias limitadas da programação mental, buscávamos
migalhas que pudessem nos preencher de nossos vazios, dávamos tanto valor para
as mesquinharias, que não sobrava tempo nem espaço para reconhecermos a nossa
Grandeza em Luz.
A dimensão dual
possibilitou que experimentássemos situações extremamente constrangedoras em
relação aos nossos valores. Naquela dimensão, as pessoas não reconheciam as
qualidades uns dos outros; pelo contrário, facilmente invalidavam a experiência
alheia sem nenhum pudor.
Críticas, julgamentos e
deboches faziam parte do cotidiano de todos nós.
A diversidade das
experiências, aos olhos do ego, não era aceita, fazendo-nos julgar no outro o
que não reconhecíamos em nós.
Sendo assim, queridas
Almas em Luz, é maravilhoso estar compartilhando com vocês tudo o que
realizamos juntos; e mais que isso, é maravilhoso saber que podemos olhar para
o nosso campo, reconhecendo que tudo o que vivemos naquela dimensão foi o que
nos trouxe as Asas da Liberdade.
Reconhecer a
inconsciência em Gratidão é a Chave da Libertação.
Libertação é “libertar
a ação”, no nosso campo.
Ação é o Amor, que só
podemos conhecer em total Liberdade.
~ Márcia Vasques
Canal/Autor: Márcia Vasques
Fonte: https://oabcdeummestre.com.br/memorias-da-terceira-dimensao/
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2024/09/memorias-da-terceira-dimensao.html
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