sábado, 11 de dezembro de 2010

Conversar com os espíritos: Questão religiosa ou uma realidade espiritual?

Conversar com os espíritos: Questão religiosa ou uma realidade espiritual?


 Conversar com os espíritos: Questão religiosa ou uma realidade espiritual?



:: Osvaldo Shimoda ::

Muitas pessoas me mandam e-mails me indagando se a TRE é uma terapia espírita pelo fato de os pacientes conversarem com o seu mentor espiritual, recebendo suas valiosas orientações acerca da causa de seu(s) problema(s) e sua resolução, bem como -em sua maioria- com o seu obsessor espiritual (ser das trevas que, movido a ódio e vingança pelo fato do paciente tê-lo prejudicado no passado -desta ou de outras vidas- quer a qualquer custo prejudicá-lo), que lhe causa inúmeros problemas psíquicos, orgânicos -causa desconhecida pela medicina-, de relacionamento interpessoal, ou mesmo financeiro.
Portanto, por acharem que a TRE é uma "terapia espírita", um trabalho filantrópico, de caridade, me questionam por que eu cobro as minhas consultas. Mas por que esse questionamento?
Argumentam que não se pode vender mediunidade nem remunerar os médiuns no exercício de seu ministério, pois defendem a tese "Dai de graça o que de graça recebestes".
Mas quero ressaltar nesse artigo, que não sou um médium ostensivo (bem que gostaria), não incorporo nenhuma entidade espiritual, pois não tenho os canais mediúnicos abertos, aflorados, como muitos têm em ver, ouvir e conversar com os espíritos.
Em verdade, sou apenas um facilitador, um terapeuta que busca abrir o canal de comunicação do paciente para que o seu mentor espiritual possa lhe orientar acerca de seus problemas, sua resolução, bem como sobre a aprendizagem necessária nesta vida.
Desta forma, nesta terapia, quem vai conversar diretamente com o mentor espiritual é sempre o paciente. Por isso, como terapeuta, dependo das informações que o paciente me traz ao regredir, bem como de sua comunicação com o seu mentor espiritual. Neste aspecto, essa terapia revoluciona os conceitos de terapia e terapeuta, pois nas terapias convencionais é sempre o terapeuta que conduz a terapia, buscando a causa dos problemas do paciente, enquanto que na TRE, é sempre o mentor espiritual do paciente que a conduz.
Por outro lado, a psicologia e a psiquiatria, como ciências psicológicas, materialistas, oriundas de séculos de negação e combate às capacidades mediúnicas do ser humano, não levam em consideração a existência dos espíritos e sua influência na gênese dos problemas dos pacientes.
Sendo assim, elas ainda não reconhecem a TRE por achar equivocadamente que os temas reencarnação, plano espiritual e obsessão espiritual são assuntos de caráter religioso e, portanto, não científico. Por isso, a maioria dos psicólogos e psiquiatras ainda não aceita esses temas em seu diagnóstico, bem como em seu tratamento.
Preferem utilizar medicamentos químicos, que atuam apenas nos neurotransmissores dos pacientes, não levando em consideração a tese da reencarnação, ou seja, a existência de nossas vidas passadas atuando em nosso inconsciente, provocando as fobias, os transtornos de pânico, depressão, ou a atuação dos espíritos obsessores nos transtornos bipolares dos pacientes.
Esclareço ainda, que esses assuntos não são necessariamente de caráter religioso, mas são temas, sim, de pesquisa científica, desde 1950, onde a reencarnação vem sendo estudada dentro de uma metodologia científica.
Entre vários pesquisadores que se dedicam ao estudo da reencarnação, três nomes devem ser obrigatoriamente citados porque quando em vida (todos são falecidos), tinham uma reconhecida idoneidade científica, sólida formação teórica, e somente publicavam resultados após profundas pesquisas de campo, isto é, verificavam as evidências dos fatos.
São eles: Dr. Ian Stevenson, que era Diretor do Departamento de Psiquiatria e Neurologia da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia, nos EUA. Ele publicou no Brasil, em 1971, o livro 20 Casos Sugestivos de Reencarnação; Prof. Hemendra Nath Banerjee, ex Diretor de Pesquisa do Indian Institute of Parapsychology. Ele pesquisou mais de 1100 casos de reencarnação em todo o mundo. E o 3º pesquisador é o Dr. Hernani Guimarães Andrade (tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente em 1991) - Cientista brasileiro, respeitado pela comunidade científica internacional, foi Diretor Presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (IBPP) e autor do livro "A Reencarnação no Brasil", entre outros.
Fica evidente, desta forma, o desconhecimento e o despreparo de nossa materialista cultura ocidental em aceitar a natureza espiritual do ser humano, negando-a ou transformando-a em objeto de altar e de santificação, a ponto de mistificar, endeusar quem tem mediunidade, que é um atributo natural e imutável do ser humano. A prova maior disso é que na TRE -conforme acima mencionei-, a maioria dos pacientes se comunica com os seres desencarnados da luz ou das trevas, após eu abrir o seu canal mediúnico e muitos já vêm com os seus canais mediúnicos abertos, aflorados. Desta forma, somos todos médiuns (médium é aquele que intermedia a comunicação entre os desencarnados e encarnados) -desenvolvidos ou não-, portanto, canais dos seres espirituais da luz ou das trevas.
No entanto, muitas religiões ainda mistificam as manifestações espirituais, não como uma realidade espiritual natural, mas como fenômenos atribuídos ao Diabo ou a Satanás. Em verdade, essa crença é fruto, resquício de séculos de Inquisição da Igreja Católica, em que era proibido lidar com os Espíritos, por serem coisas do "Diabo".
Portanto, quero deixar bem claro neste artigo, que essa terapia, a TRE, como método terapêutico de autoconhecimento e cura, apesar de lidar com as manifestações espirituais obsessoras e mediúnicas dos pacientes, não é uma terapia espírita, mas sim uma terapia independente, desvinculada de quaisquer instituição, religião, seita ou grupo espiritualista, pois entendo que, quando o ser humano se apega a um dogma, ou doutrina, se limita, impede sua liberdade de pensamento e evolução.
Por isso, a TER é evolutiva por colaborar na evolução, no aprimoramento espiritual do paciente e também por ser uma terapia progressista, isto é, seu método terapêutico está sempre em evolução, transformação.
Caso Clínico:
Lado profissional e financeiro travado.
Mulher de 30 anos, divorciada, um filho.
A paciente veio ao meu consultório querendo entender por que sua vida profissional e financeira estava travada, não ia para frente. Sentia que havia algo amarrando, bloqueando a sua vida.
O outro motivo que a trouxe à terapia era o péssimo relacionamento com a sua mãe.
Segundo a paciente, sua mãe sempre teve inveja de sua coragem, iniciativa e desenvoltura. Por isso, ela nunca a aceitou como filha, sempre privilegiando o seu irmão. Sentia também que ela era dissimulada, não era sincera. Portanto, não conseguia confiar nela como mãe. Já com o pai se dava muito bem e, por isso, tinha muita saudade dele (ele faleceu 17 anos atrás).
Ao regredir me relatou:
"Meu pai está aqui no consultório, veio me ver (paciente fala chorando). Ele usa uma blusa e calça branca. Seu rosto está bem sereno". (pausa).
- Pergunte se ele tem algo a lhe dizer.
"Ele diz que também sente saudade de mim, mas que está bem (fala chorando copiosamente).
Diz também que os acontecimentos da vida são maiores do que o meu entendimento. Mas revela que ele faz parte de minha família espiritual, ou seja, a minha família de origem do plano espiritual, onde vim antes de reencarnar, e que fomos grande amigos em outras encarnações. Afirma que o meu filho da vida atual faz parte também de nossa família espiritual, e que eu soube educá-lo, orientá-lo bem (seu pai veio a falecer quando o neto tinha um ano de idade).
Por isso, diz que tem muito orgulho de mim. Fala ainda que o meu filho é um ser de muita luz, que vai ser uma pessoa notável nesta vida terrena.
Ele está agradecendo pelas minhas orações, por toda a luz que lhe mandei. Diz que estava se recuperando no hospital do astral. Revela ainda que a minha vida irá mudar". (pausa).
- Pergunte-lhe como ela vai mudar.
"Diz que no tempo de Deus saberei. Diz ainda que me ama muito, e que sou uma mulher de muita coragem e fé. Fala que o pior já passou em minha vida... Agora está se despedindo, me dando tchau. Eu queria que ele ficasse mais tempo comigo... Mas ele foi embora (paciente fala chorando)".
Na sessão seguinte (3ª e última), ela me relatou:
"Vejo um navio grande, antigo... É uma vida passada. Estou dentro dele... ele balança muito. Tem muita gente: homens, mulheres e crianças. Usam roupas de época... Tem um piano dentro do navio, num salão com lustres de cristal, o piso é todo revestido de tapete vermelho... Está tendo uma festa. Sou uma mulher branca, cabelos pretos, presos, uso uma jóia no pescoço, o meu vestido é longo. Devo ter uns 40 anos.
A bandeira do navio é inglesa... Estamos em alto mar. Está todo mundo bem vestido... Estou acompanhada de um homem. Ele é alto, magro, tem uns 50 anos, usa um fraque. Ele é o meu marido nessa vida passada. As pessoas estão dançando, ouço a orquestra tocando. (pausa).
Agora estamos saindo desse salão... subindo uma escada. A gente está indo para a cabine porque não estou me sentindo bem, estou enjoada. Ele briga comigo, diz que estraguei a sua festa, que sempre estrago tudo. Ele está embriagado... Falo para ele voltar para a festa, que vou ficar bem. O meu marido fala que o fato dele perder dinheiro no jogo de pôquer foi por minha culpa.
Ele está bastante alterado. Ele sempre joga, bebe e sai com prostitutas. Casou comigo por causa do dinheiro de meu pai. Diz que quero humilhá-lo... Está procurando bebida desesperadamente; peço para ele não fazer isso, mas ele me empurra. Afirma que não sou mulher nem para lhe dar um filho. Sai batendo a porta. (pausa).
Vejo o navio afundando... Observo de cima, estou em espírito, flutuando... Acho que morri. Escuto muitos gritos, que vão ficando longe, se distanciando. (pausa).
Vejo agora uma freira... está do meu lado. Ela estende sua mão... e me leva". (pausa).
- Veja para onde ela te leva.
"Estou num lugar branco, é um lugar bem claro... Sinto dor nas costas, está doendo muito... Acho que bati no convés do navio na hora do naufrágio. Estou em outro plano, no astral superior".
- Você consegue se ver?
"Sou mais baixa e mais magra do que sou hoje. Uso uma camisola branca de manga comprida. É uma roupa que parece de hospital (a paciente estava descrevendo a roupa do hospital do astral).
Estou sentada numa cama, conversando com aquela freira que me resgatou do naufrágio... Ela diz que é uma socorrista (são espíritos de luz que têm a missão de ajudar os encarnados no momento de seu desencarne para levá-los para a luz).
Ela diz que agora está na hora de eu reencontrar a minha família espiritual. (pausa).
Estou andando num lugar grande, têm muitas portas e janelas. Têm paredes, mas não tem teto. Vejo umas luzes coloridas no lugar do teto. Cada aposento tem uma cor diferente.
Agora estou saindo desse lugar, indo para fora... Tem uma moça me esperando, ela é simpática. Diz que é a minha irmã espiritual. Ela pega na minha mão e me leva para uma casa. Ela me apresenta a uma senhora muito bonita. Fala que é a minha mãe espiritual. Há mais pessoas nessa casa, no total de cinco. Todos estão alegres, fazem uma festa com a minha vinda.
Minha mãe espiritual me serve água, passa a mão no meu cabelo carinhosamente, como uma mãe faz (paciente diz chorando). Todos fazem um monte de perguntas: se estou bem, se ainda dóem as minhas costas... Ela me pega pela mão e me leva para outro lugar. (pausa).
Pergunto-lhe por que a minha vida profissional e financeira está truncada nessa encarnação atual...
Ela diz que é porque me envolvi com energia pesada, mas que o plano espiritual está limpando, que tenho muitos amigos que gostam de mim no astral.
Ela me acalma dizendo que falta pouco para que a minha vida destrave; pede para ter um pouco de paciência, pois estou no caminho certo.
Revela que trabalhar com publicidade é o meu verdadeiro caminho profissional. Esclarece que já trabalhei com publicidade na encarnação anterior à atual".
- Pergunte à sua mãe espiritual em qual tipo de energia pesada você se envolveu...
"Diz que foi no terreiro de candomblé que freqüentei na vida atual. Fala que são energias incompatíveis com a minha, pois o meu grau de evolução é diferente das energias daquele local.
Ela me agradece por ter ajudado o Agnaldo, um amigo também da vida atual. Revela que ele é o meu irmão espiritual, portanto, filho dela".
- Pergunte-lhe por que a sua mãe carnal não a aceita como filha...
"Ela diz que não pode me revelar, mas afirma que ela é um espírito ainda muito imaturo, egoísta. Pede para eu fazer a oração do perdão para minha mãe. Aconselha a não ter raiva dela e que é melhor eu não saber o que houve entre nós na vida passada.
Revela ainda que a minha vida passará por muitas mudanças, principalmente no campo profissional, pois irei expandir-me em meu trabalho". (pausa).
- Pergunte-lhe se isso será breve
"Diz que sim, porém irá ocorrer de forma gradativa. Pede para não esquecer que a família espiritual nunca se perde, que será sempre o meu porto seguro e é para onde irei quando desencarnar".
- Pergunte qual é o nome dela?
"Elizabeth é o nome dela. Afirma que além de ser a minha mãe espiritual é também a minha mentora espiritual. Fala que sempre conversa comigo em pensamento, em minhas intuições -embora não perceba-, bem como quando durmo, nos meus sonhos.
Finaliza dizendo que olha por mim o tempo todo... Ela agora se despede, dando um beijo no meu rosto".
Osvaldo Shimoda é colaborador do Site, terapeuta, criador da Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), a Terapia do Mentor Espiritual - Abordagem psicológica e espiritual breve canalizada por ele através dos Espíritos Superiores do Astral. Ministra palestras e cursos de formação de terapeutas nessa abordagem. Ele atende em seu consultório em São Paulo. Fone: (11) 5078-9051, ou acesse seu Site.http://www.terapiaregressivaevolutiva.com/
Email: osvaldo.shimoda@uol.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor leia antes de comentar:
1. Os comentários deste blog são todos moderados;
2. Escreva apenas o que for referente ao tema;
3. Ofensas pessoais ou spam não serão aceitos;
4. Não faço parcerias por meio de comentários; e nem por e-mails...
5. Obrigado por sua visita e volte sempre.