terça-feira, 28 de dezembro de 2010
A maioria das pessoas (pelo menos 90% da humanidade) não sabe que a finalidade da vida terrena é o aprimoramento espiritual.
A maioria acredita que a finalidade da vida, aqui na Terra, é crescer, estudar, formar-se em alguma profissão, trabalhar, namorar, casar, ter filhos, comprar a casa própria, ter um carro, viajar nas férias ou nos finais de semana, ir à praia no verão, etc.
E ainda podemos dizer que a finalidade da vida para a maior parte desses 90% se resume em estudar, namorar, arranjar um bom emprego, casar, ter filhos, netos e se aposentar. Pronto: a pessoa está realizada.
Teve uma vida normal, uma vida correta, como ditam as regras socioculturais.
Mas não é nada disso.
Tudo aqui na Terra é importante, mas não é a finalidade, não é o principal.
Tudo aqui na Terra são meios de se aprimorar espiritualmente.
O estudo, o trabalho, o casamento, o lazer, etc., são meios da pessoa evoluir.
Através do estudo a pessoa evolui, porque desenvolve o raciocínio e adquire cultura para poder, assim, compreender melhor a obra divina.
Em outras palavras, um analfabeto não tem acesso à literatura religiosa, às obras espiritualistas que falam de sabedoria.
Em geral, uma pessoa que só tem o curso primário não tem vocabulário para entender certas obras que falam dos mistérios da vida.
Por isso o estudo ajuda na evolução da pessoa ou, pelo menos, deveria ter essa função.
A finalidade principal do casamento é fazer com que o casal desenvolva as qualidades necessárias à boa convivência, em geral.
O casamento é, antes de tudo, uma escola de amor, tolerância, paciência, compreensão, solidariedade, confiança, etc.
Mas, a maioria não sabe que o casamento é, antes de tudo, uma escola.
Acha que o casamento não passa de um acontecimento social, cultural, sexual, procriador.
O carro que a pessoa compra não é só para ir à praia, passear com a família ou, até mesmo, para esnobar diante da vizinhança, mas também para facilitar o acesso da pessoa ao trabalho, à faculdade, socorrer um vizinho que passou mal, etc.
Ser pai, ou mãe, não é sentir-se orgulhoso porque o filho só tira notas boas na escola, porque o filho é bonito, porque o filho ganhou uma medalha na natação, porque o filho se formou em engenharia, porque o filho fez um casamento bonito e promissor.
Ser pai é, antes de tudo, ser um educador.
O bom pai evolui com a experiência de criar e educar um filho.
E é isso o que Deus espera da pessoa, ou seja, que ela evolua através dessa experiência.
Fazer amigos é importante, mas a finalidade principal da amizade não é ter companhia para ir ao cinema, à praia, ao teatro, viajar, papear, etc.
A principal finalidade da amizade é a ajuda mútua que conduz à evolução.
Porém as pessoas, em geral, só se aproximam das outras, na qualidade de amigas, por interesses que não são a amizade verdadeira (ajuda mútua, união, solidariedade, apoio).
A finalidade do trabalho não é propriamente ganhar dinheiro.
É, antes de tudo, servir, construir, produzir, ser útil.
E, por acréscimo, a pessoa ainda desenvolve a honestidade, o bom relacionamento, o respeito, a solidariedade, etc.
Por isso, a finalidade principal de qualquer trabalho é o mesmo, não importando se é o trabalho de um gari ou o de um médico.
É por isso que todo trabalho tem que ser feito com amor, honestidade, boa vontade, gratidão, alegria, etc., porque é isso que está em primeiro lugar.
É isso que faz a pessoa evoluir.
É o aprimoramento espiritual através do trabalho.
E através de tudo que há na Terra.
Não importa que você erre.
Não importa que você tenha momentos de desânimo.
O importante é que você vá eliminando o maior número de defeitos que você tem.
Você não vai conseguir eliminar todos os seus defeitos até o fim de sua vida, mas se eliminar, pelo menos, um, já é negócio.
Não desperdiçou (tanto) a vida.
O mal é que as pessoas, em geral, passam a vida toda com os mesmos defeitos.
A pessoa morre aos 80 anos com os mesmos defeitos que tinha aos 20 anos.
A pessoa passou a vida toda sendo egoísta, por exemplo, ou intolerante e preconceituosa, ou desonesta, agressiva, ciumenta, fofoqueira, medrosa, ingrata, revoltada, esnobe, invejosa, etc.
Enfim, jogou a vida fora, perdeu a oportunidade de se livrar desses pesos que só prejudicam a pessoa, que impedem a pessoa de ser (mais) feliz. Isso é o que mais acontece.
A vida passou e a pessoa não mudou.
Porque estudar, casar, trabalhar, ter filhos, se divertir, fazer sexo, comer, beber, ver televisão, festejar aniversário... são coisas banais, corriqueiras, que todos fazem.
Não há nada de especial nisso.
Mas imagine uma pessoa aos 40, 50 ou 60 anos, por exemplo, aprender a ser grata à vida, a tudo e a todos.
Imagine-a, num determinado momento de sua vida, percebendo a importância desse sentimento: a gratidão.
Imagine uma mulher, depois de 15 anos de casamento, deixar de ser ciumenta em relação ao marido, porque ela percebeu, através da busca da verdade, que não tem nada a ver ser ciumenta, que ela não ganha nada com isso, que ninguém é de ninguém neste mundo, etc.
Imagine um homem que sempre foi desonesto em seus negócios deixar de ser assim, porque, num belo dia, uma luz (a verdade) brilhou em sua vida.
Imagine uma pessoa que sempre foi triste e pessimista, de repente, se tornar uma pessoa alegre e otimista.
Imagine uma pessoa que nunca ajudou ninguém, um dia, perceber que não pode levar uma vida assim e, então, passa a ajudar as pessoas.
A Terra é uma escola, mas uma escola espiritual.
Por trás de tudo o que acontece e que vivenciamos, aqui neste planeta, está o espiritual.
E tudo deve visar ao aprimoramento espiritual.
O que não visa ao aprimoramento espiritual não beneficia, é estéril, é seco, morre.
É bom lembrar que quando falo em aprimoramento espiritual, não quero dizer que isso esteja ligado ao religioso.
Pode ou não.
Mas está sempre ligado ao bem.
Muita gente se aprimora espiritualmente sem ter consciência disso.
São pessoas que procuram agir corretamente e com boas intenções em relação à vida e a tudo.
É um sentimento, ou uma percepção, que elas têm, naturalmente, dentro de si.
Resumindo: a vida só vale a pena se você se aprimorar espiritualmente, pois essa é a única finalidade da vida.
Autor Desconhecido
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