sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Já percebi que muitos que chegam a este blog estão confundindo consciência
expandida com consciência alterada.
Já falei sobre a primeira, portanto hoje vamos falar
sobre consciência alterada.
A consciência humana ainda é um assunto inexplicado pela ciência.
Há muito bla bla bla a respeito e múltiplos conceitos.
A atual neurociência quer explicar tudo pelo cérebro, contudo
para aqueles mais familiarizados com o chamado transcendental, muito do assim
explicado não passa de babaquice.
Vejamos alguns
conceitos relativos à consciência:
1- definição neuropsicológica – sentido de
estado vigil, que iguala a consciência ao grau de clareza do sensório.
Consciência é estar desperto, acordado, vigil, lúcido.
Fala-se, nesse caso, de nível de consciência.
2- definição psicológica – soma total das experiências
conscientes de um indivíduo em um determinado momento.
É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se
volta para a realidade.
Na relação do eu com o meio ambiente, a consciência é a capacidade
de o indivíduo entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os seus
objetos.
3- definição ético-filosófica – consciência se
refere, aqui, à capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir as
responsabilidades, direitos e deveres concernentes a essa ética.
A consciência ético-filófica é um atributo do homem desenvolvido e
responsável.
Segundo Henri Ey consciência é “a organização da experiência sensível atual que
integra a presença no mundo, a representação atual da ordem objetiva e
subjetiva,e a construção do presente.”
Para se falar em estados alterados de consciência, primeiro devemos recapitular o que são ondas cerebrais: são formas
de ondas eletromagnéticas produzidas pela atividade elétrica das células
cerebrais.
Elas são medidas pelo aparelho eletroencefalográfico (EEG) e foram assim divididas:
a) Ondas Beta é quando o
cérebro humano está pulsando entre 13 e 25 ciclos por segundo.
Este é o estado da vigília, homem acordado, frequência acelerada.
b) Ondas Alfa é quando o
cérebro esta pulsando na freqüência que oscila entre 8 e 12 ciclos por segundo.
É um estado de grande paz, ocorre na hipnose, na meditação e no
período transitório um pouco antes de dormir.
c) Ondas Teta é quando o
cérebro humano está pulsando na freqüência que oscila entre 4 e 7 ciclos por
segundo.
Ocorre na hipnose profunda e sob efeito de algumas drogas
psicotrópicas. Aqui o tempo e o espaço não existem.
Neste estado o ser humano tem acesso a ferramentas como a
telecinésia, a “saída em corpo astral” e até a bilocação.
d) Ondas Delta é quando o
cérebro esta pulsando entre 0,5 e 3 ciclos por segundo.
É o estado de sono profundo.
É em delta que o ser humano se refaz em energias para todo o dia.
Tudo aquilo chamado de paranormal ocorre durante estados em que
as ondas Alfa ou Teta estão atuando; aqui se identificam os estados alterados de
consciência.
Entre estes se encontram os chamados êxtases dos místicos e
santos e muito provavelmente tudo aquilo que acontece com os que dizem ter “falado com
Deus” (atualmente estão se replicando feito erva daninha) rsrs
Pois bem, um famoso psicólogo e neurocientista (Michael
Persinger), durante os anos 1980, realizou experimentos no sentido de provar
que a experiência religiosa derivava de estímulos cerebrais.
Os pesquisados de Persinger foram
submetidos a estímulos magnéticos e responderam com a sensação de presenças
etéreas.
Os sujeitos não foram esclarecidos sobre o propósito exato do
teste; só que o experimento era para relaxamento.
Segundo os relatos, 80% dos participantes disseram
sentir algo quando os campos magnéticos foram aplicados.
Persinger chama a uma das sensações comuns como “presença
sentida”,
como se alguém estivesse no quarto com o sujeito.
Posteriormente, o Dr Persinger foi apresentado a um dos
ateus mais renomados da Grã-Bretanha, o Prof Richard Dawkins.
Ele concordou em testar suas técnicas em Dawkins para ver se
ele poderia lhe dar um momento de sentimento religioso.
Após uma sessão que durou 40 minutos, Dawkins relatou que
os campos magnéticos em torno de seus lóbulos temporais afetaram sua respiração
e seus membros, mas que ele não encontrou Deus.
Bom, Persinger não se deu por satisfeito e comentou que as pessoas reagem
diferentemente.
Que mania que esse povo tem de achar que tudo o que vivenciamos é
produto do cérebro!
“Muitos autores demonstram uma falta total de deslumbramento e parecem
considerar que a vida é meramente um fenômeno fisioquímico”.
(Jeremy Narby)
Na próxima postagem irei detalhar, dentro do possível, o que
acontece quando estamos em estados alterados de consciência.
Imagem: osbaratasalbinas.blogspot.com
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