A
meditação é totalmente científica
A oração não é científica, mas a meditação é totalmente científica.
Assim como o cientista acompanha e observa o fenômeno objetivo, o meditador
observa o fenômeno psicológico.
É o mesmo
processo: uma observação distanciada, imparcial, sem conclusões,
porque, se você já tem uma conclusão, não há motivo para
observar.
Nesse caso, você terá o objetivo de comprovar sua conclusão, e
todo o processo será não-científico.
O mesmo processo de observação tem de ser voltado para sua
mente.
Você se torna um laboratório, um grande experimento de observação:
observa seus próprios pensamentos, desejos, lembranças, raiva, ganância,
luxúria, sem conclusões precipitadas, sem julgamentos do tipo "isso é bom, isso é ruim"... sem julgar.
Quando você não julga, quando não tem preconceito ou conclusão,
quando sua observação é pura, simples, inocente, aquilo que você
observa começa a desaparecer.
É aí que a ciência e a religião começam a divergir:
quanto mais você observa, na ciência, mais real se torna o fato.
Ele não era tão real antes da observação.
Talvez você o tenha perdido, mas agora não pode perdê-lo; ele
está lá, torna-se mais sólido.
Quando você observa sua mente, esta é a diferença: se você
observa sua raiva,
Ela começa a evaporar, não pode existir.
Lentamente, lentamente, toda a mente cessa.
E, quando não há mais uma mente para observar, o observador se
volta para si mesmo
Esse é o momento da realização, autorrealização, samadhi.
Essa é a meta final de todas as abordagens místicas.
Osho, em
"Meditações Para o Dia"
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