Professor Claro Calazans Rodrigues e professor
Ondemar Dias apresentando as ânforas gregas
descobertas na Baía da Guanabara em 1975
Revista Manchete -
fev, 1978Ondemar Dias apresentando as ânforas gregas
descobertas na Baía da Guanabara em 1975
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Um dos mais intrigantes mistérios da
arqueologia subaquática de nosso país, uma descoberta que poderia mudar a
história do Brasil!
Em 1976 um mergulhador anônimo encontrou em águas
próxima a Pedra do Xaréu, Ilha
do Governador, Estado do Rio de Janeiro, fragmentos do que seria um vaso de cerâmica e duas ânforas intactas.
Segundo a
pesquisadora americana, Elisabeth Will, as peças possuíam características romanas e
poderiam ser do século III antes de Cristo.
Já os especialistas
brasileiros se mostraram céticos a descoberta.
Em 1982, o pesquisador e escritor americano Robert Marx, resolver por conta própria fazer novas explorações na região onde
encontrou vários fragmentos de ânforas.
Porém sua maior
descoberta foi o casco de uma embarcação romana provavelmente do século III.
- Tudo indica que
este barco de madeira estaria transportando as ânforas, desviou-se de seu curso
e chegou ao Brasil bem antes de Cabral.
A partir deste
momento iniciou-se um conflito de interesses:
Marx acusou o
governo brasileiro de esconder provas que poderiam tirar de Cabral o título de
descobridor do Brasil.
Por outro lado, a
Marinha acusou o pesquisador de ser um farsante:
- Os objetos não
eram tão antigos assim, eles pertenciam a uma caravela portuguesa do século
XVI, naufragada na região.
A falsa descoberta
teria como intuito valorizar ainda mais as peças que Robert Marx pretendia contrabandear
(versão da marinha).
Como resultado deste
conflito, Robert Marx foi expulso do Brasil.
Para complicar ainda
mais a história, um milionário chamado Américo Santarelli, alegou ser o dono da ânforas:
-
Elas teriam sido produzidas neste século e foram enterradas no fundo do mar
propositalmente para ganhar um aspecto envelhecido.
O Pesquisador Francisco Alves, da CNANS de Lisboa, chegou a declarar
no ano de 2003, após rever documentos relativos ao caso; que uma embarcação
romana pequena com apenas um mastro, navegando contra o vento, sem lugar para
armazenar água potável suficiente para uma viagem tão longa, não poderia atravessar
o oceano e chegar até o
Brasil.
Se esta descoberta,
sendo autêntica, mudaria ou não a história.
Se tudo não passou
de uma farsa, segundo a Marinha.
Se o milionário Américo Santarelli era realmente o dono das ânforas...
Acho que nunca
conheceremos a verdade, afinal as ânforas desapareceram misteriosamente e até
hoje ninguém sabe por onde elas andam.
Fontes:
Revista Manchete - O Mistério das ânforas gregas - 4/3/1978
Jornal do Brasil - Ânforas provam presença de fenícios no Brasil - 1° Caderno, 25/09/1982
Primeiro de Janeiro - Romanos no Brasil antes dos Portugueses - 7 /10/1982
Diário de Notícias - Romanos chegam ao Brasil antes de Pedro Álvares Cabral - 22/10/1982
Revista Mergulhar - O Mistério das Ânforas - dezembro/1982
Correio da Manhã - Romanos no Brasil 17 séculos antes de Cabral - 21/12/1982
Diário de Notícias - Romanos no Brasil antes dos Portugueses - 26/02/1983
Manchete -
Ânforas
são falsas - 9/04/1983
Oceanic
Society - Ancient
Amphorae Found in Brasil -July/1984
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