QUARTA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2013
Segundo a NASA, rezar é a melhor solução
Ilustração:
Gério Ganimedes
Por Gério Ganimedes
Chefe da Agência Espacial Americana diz que rezar é a
melhor solução no caso de um asteroide estar vindo em rota de colisão com a
Terra.
Em razão
do incidente meteórico de Chelyabinsk no mês passado nos Urais na
Rússia, autoridades acordaram para um problema que a muito não é preocupação
dos governos, no entanto parece que o Congresso Norte Americano acordou e está
fazendo cobranças no que diz respeito à segurança da população.
Em reunião no Capitólio nesta terça-feira (19) membros do
congresso perguntaram para a NASA, Casa Branca e para os oficiais da Força
Aérea o que eles estão fazendo com relação à ameaça real dos asteroides.
Com uma
resposta, no mínimo desanimadora ao Deputado Bill Posey,
quando ao perguntar sobre o que a NASA iria fazer se um grande
asteroide dirigindo-se em rota de colisão com a Terra fosse descoberto hoje,
com apenas três semanas antes do impacto, o chefe da Agência Espacial Charles
Bolden disse:
“Se ele está vindo em três semanas,
reze”.
Penso
que, na verdade, a resposta originou-se de uma real, total e inevitável
“impotência tecnológica” diante da situação apresentada
e que há décadas já deveria ter sido tratada, mas talvez não tenha,
simplesmente por total descaso dos cientistas, mas principalmente por falta de
investimento financeiro.
Creio que o pensamento sempre tenha sido:
“A probabilidade é muito pequena de acontecer não precisamos nos
preocupar”.
O assunto foi tratado na reunião como sempre, com a ajuda de “especialistas” que
disseram que os eventos interligados do dia 15 de fevereiro de 2013, na Rússia
e nas fronteiras além de nossa atmosfera envolvendo asteroides (Asteroide
2012 DA14 e o Meteorito Chelyabinsk), foram
apenas uma “coincidência” e que a chance de um impacto
catastrófico em breve é muito remota.
(Deu para perceber que é remota!)
Diante de um quadro de aparente
impotência da Agência Espacial, os congressistas salientaram sua preocupação
dizendo que a situação “não era nada tranquilizadora”, pois
a NASA em sua tarefa de rastreamento de rochas potencialmente perigosas,
havia detectado até agora apenas cerca de 10% dos objetos com dimensões que
colocam o planeta em alto risco.
Percebe-se aqui, que está parecendo
mais o "jogo da batata quente", quando na verdade é uma "pedra
bem grande e incomensuravelmente quente"
Começou o jogo de responsabilidades.
Neste
cenário de preocupações e cobranças político-administrativas fica claro que o
maior problema da NASA é o orçamento limitado dedicado ao projeto.
O chefe da NASA disse que era impossível
cumprir a tarefa solicitada em 2005 pelo Congresso (quando
foi feito o pedido de rastrear as pedras espaciais com mais de 140 quilômetros) com o
atual orçamento.
Bolden criticou os legisladores, dizendo que eles estariam
retardando a NASA através de cortes de orçamento:
“Vocês nos disseram para fazer algo, e entre a
administração e o Congresso, a linha de fundo que é o financiamento não veio”
Mais
além da arena científica da Agência Espacial, o general William Shelton,
o atual comandante do Comando Espacial da Força Aérea dos EUA
falou ao comitê que todos os cortes orçamentários adicionais poderiam ter
conseqüências terríveis.
Orçamentos limitados na área militar, também colocam em xeque as
forças tarefas do exército norte americano, dificultando a capacidade dos
militares para monitorar objetos próximos da Terra e ameaças espaciais, tais
como cadáveres de satélites, estágios de foguetes e outros detritos ou lixo
espacial que a orbitam o planeta.
Diante
do exposto, se nós avaliarmos a situação tecnológica, a conduta dos
legisladores, a ação reclamatória dos responsáveis pelo monitoramento cósmico e
o quadro de investimento financeiro nesta área de segurança espacial, como o
próprio chefe da NASA disse:
“Reze”.
Entretanto, se cair um meteorito na cúpula do
capitólio em Washington, ou no Kremlin na Rússia, como o raio que atingiu a
basílica de São Pedro no Vaticano (como uma espécie de
sinal), vocês vão ver se o presidente e o Congresso Americano
não tomam medidas rápidas e mágicas, para injetar dinheiro em projetos urgentes
de prevenção a ataques cósmicos.
Como acontece na segurança pública, enquanto não
ocorrer uma tragédia de grandes proporções, nada é feito e muito pouco dinheiro
é investido.
Não sou defensor da NASA, pois penso que existem
outros fatores por trás de tudo isto, mas diante do que está acontecendo, a
nível financeiro, concordo com o chefe Bolden.
* Postagem Programada
Texto e ilustração: Gério Ganimedes
Gério Ganimedes
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