QUARTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2013
Muitos acham para o contato espiritual
com seres que vivem em outros planos ou mundos dimensionais somente pode ser
feito através do processo mediúnico, isto dentro dos ensinamentos da doutrina
espírita, porém, existem outras formas para contatá-los.
A ciência esotérica ensina que há
muitas outras formas de comunicação espiritual além dos processos da
mediunidade clássica.
Os cinco sentidos têm extensões que
são classificados pelo esoterismo, desentidos ocultos ou canais.
O contato espiritual está se tornando
cada vez mais comum e o esoterismo moderno o classifica de canalização
espiritual consciente, o que revela que está havendo uma
nova expansão da consciência no ser humano, por isso, os canais espirituais
estão começando a se abrir gradualmente na humanidade,
independente da religião ou crença de
cada um.
O problema é que muitos estão confundindo canalização com
mediunidade; há
médiuns que são canais e não sabem, e há pessoas que são médiuns, mas se julgam
canais.
Segundo o espiritismo, médium é o
intermediário entre os vivos e as pessoas que desencarnaram.
Ora, quando existe a morte do corpo
físico, a alma deixa o mundo físico e passa para o mundo astral para continuar
sua jornada e, mais tarde, deixa também este plano para passar ao mundo mental.
Quando completa sua jornada no mundo
mental, vai para o primeiro plano da alma, que em esoterismo tem o nome de
búdico, para retornar a reencarnar.
Não podemos esquecer que é a alma que
encarna, por isso, nunca é demais repetir o que o esoterismo oriental ensina que:
“somos uma
alma que tem um corpo e não um corpo que tem uma alma”.
Assim, o médium é aquele que se coloca
como intermediário entre dois planos ou dois mundos, o físico e o astral.
Enquanto cumpre esse objetivo, há uma
contração da atividade mental, da vontade, do sentimento e da consciência, o
médium pode perder de forma parcial ou total sua consciência, e pouco ou nada
se recordar quando termina o trabalho espiritual.
Isto porque na mediunidade a entidade
pode incorporar, utilizando-se dos corpos físico e astral do médium.
Contudo, mesmo quando a entidade é de
nível superior, um verdadeiro Guia,
por exemplo, pode não haver
incorporação mas a utilização dos canais psíquicos; neste caso, o médium pode
sofrer perda parcial ou total da consciência, mas na continuidade de sua
espiritualização, e por orientação do Guia, ele se desenvolve até que se torne
consciente.
Aqui, ele estará canalizando.
Deste modo, há uma evolução na própria
mediunidade.
Os Guias e outras entidades que
trabalham para a Grande Luz Divina, as que estão temporariamente servindo no
Mundo Astral, atualmente não estão incorporando no médium; geralmente ficam ao
lado dele, do lado direito ou esquerdo, por detrás ou por cima dele, mas não
dentro de seu corpo.
Isto leva o médium a ter uma
consciência parcial ou total do que se passa durante seu trabalho espiritual.
Já na autêntica canalização
espiritual, que é sempre consciente, existe uma expansão do sentimento, da mente, da consciência e da vontade.
Neste caso, o canal é um intermediário
temporário entre vários planos,
podendo canalizar qualquer ser que
esteja num dos planos superiores ao físico, sem perda de consciência.
Na mediunidade comum só se consegue
atingir o plano ou mundo imediatamente a seguir ao físico, o plano astral.
Na mediunidade tradicional, a perda de
consciência é uma característica marcante, muito embora todo médium possa se
tornar consciente e, como já disse, existe uma evolução neste tipo de trabalho;
assim, a tendência dos médiuns é de se transformarem em verdadeiros canais
conscientes, psíquicos e mentais.
Quando o médium busca e aceita a ajuda
de seus verdadeiros Guias, segue suas
instruções, ele se desenvolve espiritualmente e mais rápido alcança um nível
superior de consciência.
Um dos objetivos principais dos
verdadeiros Guias é levar o médium ao seu Mestre de Alma, e isto depende de um
correto desenvolvimento espiritual, da transformação da mediunidade em
faculdade psíquica ou mental, mas consciente.
Na canalização espiritual não há a incorporação, como pode
ocorrer na mediunidade.
No momento da canalização há uma fusão
ou união energética de nível superior com um Ser de Luz quando se trata de um
canal espiritualmente desenvolvido, e nesse instante o canal é como uma parte
desse Ser e o Ser é como uma parte do canal.
Isto se dá nos níveis búdicos e
átmicos (alma), utilizando a mente superior e os chakras cardíaco e coronário como
pontes até à consciência física do canal;
por isso, é uma união de almas e não
de corpos.
Há, sim, uma dinamização e expansão
energética dos corpos sutis do canal, da consciência, do sentimento e da mente
que, muitas vezes, atinge o próprio corpo físico provocando sensações de paz,
amor universal, serenidade,
segurança, além de ocasionar, por
vezes, mudanças na fisionomia do canal,
em virtude da tônica e das energias do
Ser que está sendo canalizado se-rem muito fortes.
Deste modo, a canalização é um
processo de comunicação energético-espiritual consciente com seres que vivem e
evoluem em outros planos,
mundos, estrelas e universos
multidimensionais, que acontece porque existiu uma expansão da consciência, por
menor que ela seja.
Paz e Luz
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