sábado, 13 de abril de 2013
Sera que os famosos homens de preto existem, e estão
trabalhando para acobertar casos que envolvam UFOS?
Desde
a década de 50 ele vem sendo levado a sério por muitos ufólogos.
A maior
parte das pessoas que assistiram aos filmes Men in Black I e II deve imaginar que
esta é apenas mais uma produção de Holywood baseada em histórias em quadrinhos
clássicas
Na
verdade, os Homens de Preto fazem parte do folclore ufológico americano desde a
década de 50, sendo levados a sério por muitos ufólogos.
Em
uma pesquisa realizada em um site ufológico brasileiro, por exemplo, 78% dos
votantes disseram acreditar que estes misteriosos agentes, que abordariam
testemunhas e pesquisadores de aparições de ÓVNIS, realmente existem.
Será?
O mito
Os Homens de Preto (M.I.B.)
são seres que aparecem em qualquer lugar onde aparições importantes de ÓVNIS
tenham acontecido.
Alguns
dizem que eles são agentes do governo americano, outros dizem que são
extraterrestres.
Ou
então que são agentes americanos que fazem parte de um esquema secreto de
cooperação com os extraterrestres...
De
qualquer forma, sua missão seria a de encobrir avistamentos de naves
extraterrestres.
Para
isso, eles avisam testemunhas e pesquisadores para que não divulguem suas
informações, fazendo diversos tipos de ameaças e apreendendo evidências
materiais.
A
concepção clássica de um M.I.B. é um homem de idade indefinida, de porte médio
e totalmente vestido, obviamente, de preto.
Sua
aparência é descrita como estranha, com uma forma mecânica de falar e andar, o
que fez com que fossem comparados a robôs ou andróides.
O
tecido de seus ternos pretos seria estranhamente brilhante e fino, diferente
dos tecidos conhecidos.
Combinando
com suas roupas, os carros que os M.I.B.dirigem são sempre pretos e em geral
grandes e caros.
Os
carros apresentam símbolos desconhecidos nas laterais e suas placas são
irreconhecíveis.
Em
geral eles andam com os faróis apagados, mas o seu interior é iluminado por
luzes "fantasmagóricas" verdes ou púrpuras.
Os M.I.B. também teriam sido avistados em helicópteros (pretos, é claro) e até mesmo em discos voadores
A
aparência misteriosa dos M.I.B. é complementada por relatos estranhos, como o
de que teriam sido vistos cruzando um campo encharcado após fortes chuvas e
chegando ao outro lado sem nenhum traço de lama em seus sapatos brilhantes.
Ou
então vestiriam apenas um fino casaco em dias de um frio congelante.
Uma
testemunha teria sido visitada por um M.I.B. que apresentava um fio verde
implantado ao longo de sua perna (exposto quando a perna de sua
calça subiu ao sentar-se).
Um
M.I.B. teria desintegrado uma moeda em sua mão, avisando à testemunha que o
mesmo aconteceria com seu coração se ela contasse o que tinha visto.
Talvez a
teoria mais exótica sobre os M.I.B. diz que eles seriam representantes de uma "Nação do Terceiro Olho":
"Baseados
em algumas informações que conseguimos, podemos afirmar que Sírius tem estado
em contato conosco por um longo tempo.
De
acordo com George Hunt Williamson (um dos primeiros contatados), em seu livro “Other Tongues, Other Flesh", os aliados de Sírius na terra, ou
seja, as sociedades secretas, usam o Olho de Hórus como uma insígnia.
Este
também tem sido o símbolo dos M.I.B..
Sociedades
secretas acreditam que há um local na Terra, chamado Shambala, que eles
consideram o centro espiritual do mundo, também conhecido como Grande
Loja Branca.
Agora,
teósofos tais como Alice Bailey dizem
que a Grande Loja está em Sírius.
Se
o "Olho-Que-Tudo-Vê" é um símbolo dos aliados de Sírius na
Terra, e os M.I.B. usam este símbolo, e se Shambala representa a Grande Loja
Branca na Terra - então os M.I.B. são emissários de Shambala.
Sírius
e Shambala
são dois lados de uma mesma moeda.
Isto
é comprovado no livro "The Undiscovered Country", de Stephen
Jenkins.
Jenkins ouviu
de sacerdotes budistas que Shambala se localiza na constelação Órion.”.
As origens
A primeira
aparição registrada dos M.I.B. foi relatada por Albert K. Bender, editor de uma
revista ufológica chamada Space Review.
Em outubro de 1953, ele publicou um comunicado
informando que havia descoberto informações que iriam desvendar o mistério dos
discos voadores, mas não poderia publicá-las por ter recebido ordens contrárias
Bender alertou para que
outros pesquisadores do ramo tomassem muito cuidado e sua revista deixou de ser
publicada após este número
Mais
tarde, Bender relatou, em uma entrevista, que havia sido visitado por três
homens usando ternos pretos que haviam ordenado que ele parasse de publicar
material relacionado a discos voadores
Esta
história foi posteriormente contada em mais detalhes em seu livro "Flying Saucers and the Three Men in Black" (1962).
Em 1956, a lenda dos M.I.B.
foi reforçada com a publicação de "They
Knew Too Much about Flying Saucers", livro escrito por Gray Barker.
Barker era
o investigador chefe da organização ufológica chefiada por Albert
Bender
(o International Flying Saucer Bureau), dissolvida
rapidamente após a suposta visita dos M.I.B.,
e
compilou em seu livro inúmeros relatos de encontros com M.I.B.
(incluindo o de seu colega).
Estes
relatos viriam a ser transformados em histórias em quadrinhos por Lowell
Cunningham,
na
década de 80.
Gray
Barker tornou-se,
ao longo de seus trinta anos de carreira, um dos escritores mais prolíficos da
ala mais fanática da ufologia americana.
Um
de seus colegas foi John Keel,
escritor responsável pela introdução da abreviação M.I.B.
Keel,
que sugeriu a ligação dos M.I.B. com a "Nação
do Terceiro Olho",
escreveu o livro
"The Mothman Prophecies", recentemente
transformado em filme (lançado no Brasil com o título "A
Última Profecia").
Neste
livro, Keel apresenta um relato de supostas aparições que teriam ocorrido em
uma pequena cidade americana, incluindo um misterioso pássaro gigante, ÓVNIS e, é claro, os M.I.B.
Outro
documento interessante na história dos M.I.B. foi o chamado relatório
Krill,
disseminado no final da década de 80.
De autoria de um suposto Dr. O.H. Krill e
entitulado "Um relatório a
respeito de nossa aquisição de tecnologia avançada e de nossa interação com a
cultura alienígena", o relatório Krill faz extensas considerações sobre
os M.I.B., incluindo descrições de relatos e sua ligação com uma civilização
extraterrestre em Sírius.
Segundo este documento, a primeira aparição documentada dos
M.I.B. teria ocorrido em 1947,
nas
ilhas Maury, onde dejetos caídos de um disco voador teriam sido recolhidos por
oficiais americanos e colocados a bordo de um avião que viria a se acidentar
durante a decolagem.
Em 1991, outro
livro sobre os M.I.B. foi publicado:
"The Ufo Silencers: Mystery of the Men in Black", de autoria de Timothy
Green Beckley.
Outro
autor prolífico, a lista de assuntos abordados por Beckley é, digamos, curiosa.
Defensor
da teoria da Terra oca, Beckley
coleciona relatos sobre o assunto em seu livro "Subterranean
Worlds inside Earth".
Um
destes relatos é de um soldador em uma fábrica de automóveis em Detroit que
começa a ouvir vozes misteriosas durante o trabalho.
Investigando
as vozes, ele descobre que elas vêm de uma raça subterrânea chamada "Deros"
(abreviação de "degenerate
robots" - robôs degenerados).
Já
em "Smoky God and Other Inner Mysteries", Beckley relata uma
entrevista com um habitante de uma civilização subterrânea!
Outros
de seus livros abordam as profecias de Fátima e Nostradamus, o fenômeno
ufológico e,
talvez
o mais interessante, o chamado Conde de Saint German, o homem mais misterioso que já
viveu.
A
descrição é bem adequada, já que ele viveria há séculos sob uma variedade de
disfarces que incluem Cristóvão Colombo e Francis Bacon (sob cuja
identidade teria escrito todas as peças de Shakespeare).
Levando em
consideração os outros textos de Beckley, seu livro sobre os M.I.B. talvez não seja a
fonte mais confiável de informações, mas, de qualquer forma, ele oferece um
relato mais detalhado do incidente das ilhas Maury e sugere que estes seres
estariam ativos há séculos.
Por
exemplo, ele cita a "misteriosa" origem do Selo dos Estados Unidos, que
teria sido entregue a Thomas Jefferson, em uma noite em que este andava por seu jardim, por um homem vestindo uma capa preta - um M.I.B?
O
selo seria uma reprodução da cidade perdida de Petra, onde teria vivido uma
raça misteriosa muito avançada tecnologicamente para sua época.
Beckley
também é o autor de uma foto que seria a única existente de um M.I.B., flagrado
em frente à casa de um editor de uma revista ufológica.
O outro lado da história
Existiriam indícios de que os M.I.B. não passam de personagens
fictícios, perpetuados em meio ao folclore ufológico?
Sim,
existem.
Vamos a eles.
Um
relatório sobre as atividades da CIA relacionadas ao fenômeno UFO, elaborado
pelo historiador Gerald K. Haines, revela que esta agência realmente esteve envolvida em
um esforço para encobrir relatos de avistamentos de discos voadores durante a
década de 50.
Em 1955, a CIA deu início aos vôos do U-2
(e, posteriormente, do SR-71),
um avião secreto utilizado para reconhecimento a alta altitude
Voando
a alta velocidade a 60.000 pés e pintado inicialmente na cor prata, o U-2 foi
responsável por mais da metade dos supostos avistamentos de UFOs no final da
década de 50 e início da década de 60.
Além
de não poder divulgar a verdadeira natureza destes avistamentos, para não
expor o U-2,
a
CIA enviou agentes para coletar fotos e gravações obtidas por testemunhas.
Desta
forma, é possível que o folclore do M.I.B.tenha sua origem nestes eventos
reais.
Isto
explicaria sua descrição - homens usando ternos pretos em grandes carros
negros, com uma forma mecânica (ou seria burocrática?) de se portar - o
estereótipo do agente do governo americano daquela época.
Mas
o seu crescimento foi certamente alimentado pela imaginação, desonestidade e/ou
brincadeiras de muitas pessoas.
Tomemos Gray
Barker,
por exemplo, um dos grandes cultivadores do mito.
Segundo
John Sherwood, um de seus colaboradores, Barker atingiu a fama
inventando alguns relatos, aumentando outros e incentivando outras
pessoas a fazê-lo:
"Gray Barker ... não se
importava se as histórias de discos voadores sensacionais que publicava eram
inventadas - desde que elas fossem apresentadas como fato.
Para ele era tudo uma grande
brincadeira."
James
Moseley também
revelou a verdadeira natureza das histórias de Barker, de quem era amigo
desde 1954, após a morte deste em 1984:
"O público tem o direito de
saber quantas fraudes de UFOs existem, como são fáceis de se armar e o que isso
mostra sobre a ingenuidade do campo da ufologia".
Moseley participou
de várias fraudes com Gray Baker,
incluindo a produção de documentos "oficiais" do governo americano
e filmes falsos de UFO.
Suas experiências neste campo são descritas no livro "Shockingly Close to the Truth: Confessions
of a Grave-Robbing Ufologist"
E quanto ao relatório Krill, que além de informações sobre os M.I.B. "explica" vários outros
fenômenos, como as mutilações de animais?
Outra
fraude, uma brincadeira armada por John Lear (filho
do engenheiro aeronáutico Bill Lear, criador do Learjet).
Alegando
que suas conexões com o governo americano haviam permitido que obtivesse
documentos secretos da Força Aérea, publicou este relatório falso em um BBS
voltado para fenômenos paranormais.
Conclusão
Bem, é
claro que apesar de todas as fraudes existentes sobre este assunto, alguém
sempre pode acreditar que os M.I.B. realmente existem e têm feito um excelente
trabalho de encobrir seus rastros.
Por
outro lado, considerando a impressionante freqüência com que relatos de UFOs
são publicados, os M.I.B., se existirem, não me parecem muito competentes em sua
missão principal.
Ou talvez
os M.I.B. sejam tão eficientes que encobrem totalmente todos os avistamentos de
UFOs verdadeiros, o que significaria que todos os casos publicados são falsos.
De
qualquer forma, para saberem exatamente quais são os casos reais dignos de sua
intervenção (supondo que exista algum), os M.I.B. precisariam ter pelo menos um bom
contato com os alienígenas visitantes ou então serem eles mesmos alienígenas.
Neste
caso, sinto-me decepcionada.
Para
uma civilização tão avançada a ponto de conseguir viajar de uma estrela
distante até nosso planeta, eu esperaria métodos mais inteligentes de cobertura
do que mandar agentes com cara de mau fazerem ameaças verbais de porta em
porta...
Máteria
gentilmente cedida por Alexandre T.Castro, do site Projeto Ockham
Veja o Vídeo Abaixo:
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