DOMINGO, 6 DE
ABRIL DE 2008
EDGARD ARMOND
Segundo
a crença espírita, milhares de anos atrás, um grupo de seres oriundos de uma
estrela longínqua foi degredado para o nosso planeta.
Algumas tradições afirmam que essa estrela se chama
Capela e, desde a chegada desses seres, ocorreram profundas
transformações, delineando novos rumos para a civilização que começava a se
formar no globo terrestre.
Já entramos no terceiro milênio, e começamos a
experimentar as turbulentas manifestações do expurgo a que terá de se submeter
o planeta Terra para atingir sua nova fase evolutiva.
Para a doutrina espírita kardecista, esta é uma fase de
mudanças; ela explica que os espíritos aqui instalados passaram por terríveis
provações e adversidades ao longo de inúmeras encarnações, e todos tiveram o
apanágio do livre-arbítrio.
Muitos aprimoraram a inteligência, em detrimento do amor
incondicional; outros se tornaram seres amáveis e humildes, mas
intelectualmente atrofiados.
Enfim, todos seguiram por caminhos diferentes, mas tiveram
oportunidades para aprender as mesmas lições.
Muitos acreditam que, chegado o fim deste ciclo de expiações e
provas, os espíritos cujos corações continuam bloqueados pela presença da
maldade, não poderão acompanhar os demais, que se encontram em estágio superior
e, dessa forma, não poderão compartilhar da nova fase de regeneração.
Teoricamente, eles irão constituir a nova leva de seres que
serão deportados para outro orbe, inferior a este, para se misturarem às raças
autóctones locais,
passarem por novas dificuldades e edificarem uma nova
civilização, até que alcancem o nível evolutivo de sua nação terráquea.
Da mesma forma, acredita-se que há milhares de anos, quando os
primatas terrestres começavam a esboçar os primeiros sinais de hominização,
tenha ocorrido a vinda dos exilados de Capela.
A Perda do Paraíso
“(...) Depois
disse Iahweh Deus:
“Se o homem já é como um de nós,
versado no Bem e no Mal, que agora ele não estenda a mão e colha também da
árvore da vida e coma e viva para sempre!
E Iahweh Deus o expulsou do jardim de
Éden para cultivar o solo de onde fora tirado.
Ele baniu o homem e colocou diante do
jardim de Éden, os querubins e a chama da espada fulgurante para guardar o
caminho da árvore da vida”.
(Gênesis, Cap. 3, Vs 22-24. Bíblia de Jerusalém, Paulus, 2002)
Esse episódio do Gênesis, que narra a “perda do paraíso”, é uma das passagens bíblicas
mais conhecidas e comentadas.
Existem diversas interpretações para esse mito, versões que
procuram elucidar as mensagens codificadas pela linguagem alegórica da Bíblia (Gilberto,
você vê necessidade de colocar a palavra Bíblia em itálico? Eu tirei.)
Os católicos mais ortodoxos defendem que essas histórias são
reais, tendo existido, de fato, um casal original que cometeu um
pecado, herdado por toda humanidade.
No entanto, semioticistas famosos, como Joseph
Campbell, interpretam essa narrativa como o mito da separação do Homem
com o Todo Universal,
caracterizando a perda do sentimento de unidade com Deus.
Para Campbell, o “pecado
original” de Adão e Eva foi quebrar essa harmonia plena com a natureza,
simbolizada pela árvore do conhecimento, o que resultou na divisão do
Todo entre Bem e Mal: a condição de dualidade subjacente a toda e qualquer
experiência humana.
Campbell acredita que Deus, então, seria a transcendência alcançada pelo
Homem quando vence seus medos e seus desejos – a dupla de querubins que guardam
a árvore da vida – e atinge a Imortalidade ou a Iluminação do Buda.
Contudo, existe uma outra versão, compartilhada por muitas
pessoas no meio espírita.
No livro A Caminho da Luz, o espírito Emmanuel diz, no
capítulo em que fala sobre a época dos antepassados do homem:
“Onde está Adão com sua queda do paraíso?
Debalde nossos olhos procuram,
aflitos, essas figuras legendárias, com o propósito de localizá-las no Espaço e
no Tempo.
Compreendemos, afinal, que Adão e Eva
constituem uma lembrança dos Espíritos degredados na paisagem obscura da Terra, como Caim e
Abel são dois símbolos para a
personalidade das criaturas”.
Em concordância com essa explicação, o livro
Os Exilados da Capela, escrito por Edgar Armond – esotérico que se
converteu ao espiritismo –, também interpreta esse conto bíblico como um relato
das reminiscências de um povo que, há muito tempo, foi exilado de um lugar
maravilhoso, onde a evolução daquela humanidade atingia níveis morais e
intelectuais inconcebíveis pela imaginação terráquea.
A grosso modo, Armond divide a história humana em
três ciclos.
O primeiro "(...) começa
no ponto em que os Prepostos de Cristo, já havendo determinado os
tipos dos seres dos três reinos inferiores e terminado as experimentações
fundamentais para a criação do (...) tipo
de transição entre os reinos animal e humano, apresentaram, como
espécime-padrão, adequado às condições de vida no planeta, esta forma corporal (...). O
ciclo prossegue com a evolução, no astral do planeta, dos espíritos que
formaram a 1ª Raça-Mãe; depois com a encarnação dos homens primitivos na 2ª
Raça-Mãe, suas sucessivas gerações e selecionamentos periódicos para
aperfeiçoamentos etnográficos; na 3ª e 4ª, com a emigração de espíritos
vindos da Capela; corrupção moral subseqüente e expurgo da Terra com os
cataclismos que a tradição espiritual registra".
O segundo ciclo "(...) inicia-se
com as massas sobreviventes desses cataclismos;
atravessa toda a fase consumida com a formação de novas e mais
adiantadas sociedades humanas e termina com a vinda do Messias Redentor".
E o terceiro "(...) começa no Gólgota, com o
último ato do sacrifício do Divino Mestre e vem até nossos dias, devendo
encerrar-se com o advento do Terceiro Milênio, em pleno Aquário, quando a
humanidade sofrerá novo expurgo – que é o predito por Jesus, nos seus ensinos,
anunciado desde antes pelos Profetas hebreus, simbolizado por João no
Apocalipse e confirmado pelos porta-vozes da Terceira Revelação – época
em que se iniciará na Terra um período de vida moral mais perfeito, para tornar
realidade os ensinamentos contidos nos evangelhos cristãos”.
Aprendizado na Terra
Segundo afirma Emmanuel no livro A Caminho da Luz,
haveria uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do
Universo, em cujas mãos estariam as rédeas diretoras da vida de todas as
coletividades planetárias.
Esses “obreiros” de
Jesus seriam os responsáveis pela Criação do orbe terrestre e pela evolução dos
seres que aqui se desenvolveram.
Emmanuel explica que há muitos milênios, um dos orbes da Capela – que
guarda muitas afinidades com o globo terrestre –, atingiu a culminância de um
de seus ciclos evolutivos.
Viviam ali povos já purificados física e moralmente, coexistindo
com legiões de espíritos rebeldes e atrasados, não havendo mais sentido em
continuarem habitando o mesmo espaço. Nessa etapa de transição, ocorreu o que
chamamos de “separação do joio e do trigo”, tal
como está começando a ocorrer aqui na Terra.
As grandes comunidades espirituais diretoras do Cosmos
deliberaram o exílio desses espíritos aqui na Terra, onde, afirma Emmanuel, “aprenderiam a realizar,
na dor e nos trabalhos penosos do seu
ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o
progresso dos seus irmãos inferiores”.
Estes “irmãos” aos
quais Emmanuel se refere eram os homens primitivos, que caracterizaram a
transição do reino animal para o hominal, configurando as raças autóctones que
ficaram conhecidas no meio espiritualista como “pré-adâmicas”, ou
seja, anteriores à vinda de Adão.
Para Amauri Costa, coordenador do curso de evangelização do
Centro Espírita A Luz Divina, a melhor analogia para esse processo evolutivo de
trânsito entre mundos é o método aplicado por nossas escolas.
“O aluno, quando está atrasado em
relação ao resto da classe, é retirado e posto numa outra sala para fazer
recuperação, e lá ele irá encontrar outros alunos que estão no mesmo nível que
ele ou num grau de aprendizagem inferior, até podendo ajudá-los a melhorar”, diz Amauri, exemplificando o que ocorre no Universo
com toda a Criação.
“É uma situação drástica, porque o
natural seria que todos se desenvolvessem ao mesmo tempo e caminhassem juntos,
mas cada um escolhe o caminho que quer seguir”, observa.
Aqui, portanto, caberia a máxima de que “todos os caminhos levam a Deus”,
embora alguns sejam mais longos e dolorosos
Emmanuel explica que todos os seres foram criados para se tornarem
entidades angelicais, e que todos os homens primitivos se tornarão anjos;
alguns mais cedo,
outros, mais tarde.
A descida desses espíritos, segundo Edgar Armond, teria
sido simbolizada na Bíblia pelo surgimento de Adão e Eva no planeta, cuja
descendência
– Caim, Abel e Seth – seria
uma representação dos perfis de espíritos que encarnaram no globo, provenientes
de Capela.
Caim e Abel, desse modo, personificam as duas
tendências de caráter dessas legiões emigradas que, em parte, eram formadas por
“espíritos rebeldes, violentos e orgulhosos”, que
ficaram por muito tempo na terra cultivando o solo
até que se redimissem de seus erros; e, por outra, por espíritos
cujo temperamento mais pacífico e submisso às vontades de Deus os fez voltar
logo ao orbe de origem.
Já Seth foi gerado à imagem e semelhança de Adão, e
constituiu a corrente familiar que chegou até Noé, sendo, então, a única “linhagem” sobrevivente ao dilúvio.
É interessante lembrar, também, que Enós, primeiro filho de
Seth, foi o primeiro a invocar o nome de Iahweh Deus, segundo conta a Bíblia, o
que poderia ilustrar a crença de que esses povos foram os responsáveis pelo
despertar da espiritualidade nos ignorantes e primitivos homens terrestres.
Seth representaria,
então, a raça que semeou a chama divina nos corações dos homens,
progrediu,
sobreviveu ao cataclisma por vontade de Deus e deu origem à
atual humanidade.
Os Quatro Grandes Povos
Emmanuel não fala em ordenação de raças, mas explica que as atuais raças
brancas são descendentes daquelas oriundas de Capela, que encarnaram nos
principais locais terrestres, onde as concentrações de tribos primitivas eram
mais numerosas e evoluídas, e aí se misturaram aos terráqueos.
A maioria, prossegue Emmanuel,
estabeleceu-se na Ásia, de onde atravessou o istmo de Suez para a África, na
região do Egito, encaminhando-se igualmente para a Atlântida.
“Grande percentagem daqueles
Espíritos rebeldes, com muitas exceções, só puderam voltar ao país da luz e da
verdade depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros, porém,
infelizes e retrógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias que correm,
contrariando a regra geral, em virtude do seu elevado passivo de débitos
clamorosos”, conclui Emmanuel.
Essas raças adâmicas teriam se reunido, de acordo com suas
afinidades sentimentais e lingüísticas, em quatro grandes povos da antiguidade:
a civilização do Egito, o grupo dos árias, o povo de Israel e as castas da
Índia.
Os egípcios eram os que traziam mais vivas na memória as
lembranças da antiga morada.
Formaram a civilização mais evoluída e que menos débitos tinha
no tribunal da Justiça Divina.
Como espíritos possuidores de insondáveis segredos a respeito da
vida e da morte, logo saldaram suas “dívidas” e
regressaram a Capela, tendo muitos deles permanecido no astral terrestre com o
intuito de contribuir para a evolução da humanidade, reencarnando
periodicamente.
Às margens do Rio Ganges, formou-se a civilização hindu, formada
pelos arianos puros.
Apesar de seus elevados conhecimentos espirituais, dos quais
provém grande parte da sabedoria espiritual do mundo de hoje, a civilização
hindu espalhou-se pela região dominando os autóctones descendentes dos “primatas”, que possuíam uma pele escura, dos quais se diferenciavam
física e psiquicamente.
Os que ficaram na Índia organizaram uma sociedade de castas, que
não se constituía num sentido apenas hierárquico, mas com a significação de uma
superioridade orgulhosa e absoluta.
Em vez de se integrarem às raças locais, impulsionando sua
evolução de maneira humilde, os arianos da Índia viram
nos aborígenes os párias da sociedade, a ralé de todos os seres.
Outra parte dos árias asiáticos, formada na sua maioria por
espíritos descontentes e revoltados com as condições de seu degredo, migrou
para outras terras à procura de novas emoções.
Deles descenderam as famílias indo-européias como a sociedade
dos gregos,
eslavos, celtas, germanos e latinos.
Se, por um lado, estabeleceram as bases da propriedade privada,
que gerou tantos conflitos até os dias de hoje, por outro lado sua maior
virtude foi a assimilação de elementos de todas as tribos que foram encontrando
pelo caminho.
Diz Emmanuel que, de todos os espíritos degredados na Terra,
foram os hebreus que constituíram a raça mais forte e homogênea, mantendo
inalterados os seus caracteres através de todas as mutações.
No entanto, à semelhança do povo hindu, o paradoxo da comunidade
de Israel foia grandeza de sua fé na existência do Deus único em proporção ao
seu orgulho e seu sentimento de superioridade espiritual.
Controvérsia
Entre as correntes espiritualistas e espíritas propriamente
ditas, ainda existem muitas versões e divergências no que diz respeito às raças
que povoaram a Terra;
de onde vieram, de que maneira, para onde foram, e a ordem
cronológica em que os fatos se deram.
O que deveria ser apenas uma discussão de idéias e de suposições
– afinal, como se sabe, há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que pode supor nossa
vã filosofia – chega a se transformar numa luta de egos, uns querendo impor
suas opiniões e verdades aos outros.
O que se depreende de todas essas histórias – relatadas de
formas diferentes por inúmeros povos ao redor do globo –, é que a evolução é o
destino inexorável do ser humano, do qual ninguém pode escapar. Jesus, ao longo
de sua encarnação na Terra, só nos falou sobre amor, paz e igualdade.
Sabia que, se nem mesmo essas mensagens ainda haviam sido
compreendidas pelos humanos, o que dizer das extensas
e complexas explicações sobre as transmigrações planetárias?
Que ligação pode haver entre a mais brilhante estrela da
constelação do Cocheiro,
distante 45 anos-luz do nosso planeta, e o alvorecer da humanidade terrestre?
Qual foi o ponto de transição que
permitiu aos descendentes dos primatas australopitecos desenvolver a
civilização inteligente?
Quantas vezes a raça humana viu
desaparecerem seus rastros de civilização com o afundamento espetacular de
continentes inteiros?
Que causa suprema arrastou o Messias para
o convívio direto com esta humanidade, ainda tão distante do Bem que levou seu
Redentor ao infamante suplício da cruz?
Que tempos são estes que vivemos agora, de tão velozes e
profundas transformações, aliadas a tão
angustiantes expectativas do coração?
‘Os Exilados de Capela’ é uma
obra extraordinária que trata destas questões chegando a inquietante assertiva:
a evolução espiritual de uma humanidade extraterrestre teve sua continuidade em
nosso primitivo e obscuro planeta.
INTRODUÇÃO
A Constelação do Cocheiro apresenta uma grande estrela
que recebeu o nome de Cabra ou CAPELA.
A constelação é formada por um grupo de várias estrelas com
grandezas diferentes, entre as quais se encontra CAPELA, que é
de primeira grandeza, ou seja, a alfa da Constelação.
CAPELA é muitas vezes maior que o nosso Sol e se ele trocasse de lugar
com Capela, nós mal o perceberíamos devido á distância que nos separa do
Cocheiro.
A constelação do Cocheiro dista cerca de 45 anos-luz da Terra, que
transformados em quilômetros nos levaria ao número 4.527 seguido de 11 zeros,.
CAPELA está situada no hemisfério boreal e limitada pelas constelações
da Girafa,
Perseu e Lince, e, quanto ao Zodíaco, sua posição
é entre Gêmeos e Touro.
Conhecida desde a antigüidade, CAPELA é uma
estrela gasosa, de matéria tão fluiídica que sua densidade pode ser confundida
com a do ar que respiramos,
segundo afirmou o astrônomo e físico inglês Arthur Stanley
Eddigton (1882-1944)
A caminhada do homem em seu processo evolutivo tem sido longa e
árdua.
Para atingir o complexo de suas perfeições biológicas na Terra,
teve o concurso de Espíritos exilados de um mundo melhor para o orbe terráqueo,
Espíritos esses que se convencionou chamar de componentes da raça adâmica, que
foram em tempos remotíssimos desterrados para as sombras e para as regiões
selvagens da Terra,
porque a evolução espiritual do mundo em que viviam não mais a
tolerava, em virtude de suas reincidências no mal.
Naquela época a Terra era habitada pelos "Primata hominus", vivendo dento de cavernas,
usando instrumentos de sílex e por seu aspecto se aproximavam bastante do "Pithecantropus erectus".
Foram então, as entidades espirituais que levando em
consideração a necessidade de evolução do planeta, imprimiram um novo fator de
organização às raças primigênias, dotando-as de novas combinações biológicas,
visando o aperfeiçoamento do organismo humano.
Quando essa operação transformadora se consumou fora da Terra,
no astral planetário ou em algum mundo vizinho, estava criada a raça humana,
com todas as características e atributos inciais, a PRIMEIRA
RAÇA-MÃE, que a tradição espiritual oriental definiu como:
"espíritos ainda inconscientes,
habitando corpos fluídicos, pouco consistentes"
A SEGUNDA RAÇA-MÃE o planeta já se encontrava no final do seu
terceiro período geológico, e já oferecia condições de vida favoráveis para
seres humanos encarnados, uma vez que o trabalho de integração de espíritos
animalizados nos corpos fluídicos já se processara.
A SEGUNDA RAÇA- MÃE é descrita pela tradição
esotérica como:
"espíritos habitando formas mais
consistentes, já possuidores de mais lucidez e personalidade", porém
ainda não fisicamente humanos.
Esta segunda raça deve ser considerada como pré-adâmica.
Eram ainda grotescos como seus antecessores símios,
animilizados, peludos,
enormes cabeças pendentes para a frente, braços longoss que
quase tocavam os joelhos, andar trôpego e vacilante e olhas inexpressivo, onde
predominavam a desconfiança e o medo.
Alimentavam-se de frutas e raízes; viviam isolados, escondidos
nas matas e rochas, fugindo uns dos outros.
Não havia ainda laços de afetividade entre eles e procriavam-se
indistintamente- ainda não eram humanos.
Sua evolução durou milênios, até que houvesse adaptação ao meio
ambiente e um lento e custoso desabrochar da inteligência.
Não havia ainda noção de família, não possuindo ainda qualquer
noção de construção de abrigos, viviam em grutas e cavernas.
Mais, tarde a necessidade de defenderem-se das feras e ou de
outros grupos,
levou-os a criar laços mais fortes entre aqueles que
compartilhavam a mesma caverna ou grupos de cavernas e grutas, vindo assim a
surgir a primeira noção de tribo ou grupo familiar.
Regras começam a ser estabelecidas para o convívio visando a
subsitência,
procriação e defesa comum.
Em pleno período quaternário, ocorreu um resfriamento súibito da
atmosfera,
formando-se geleiras que cobriam a Terra.
O homem ainda mal adaptado ao ambiente hostil, teve seus
sofrimentos agravados com o frio intenso que adveio.
Passou então a cobrir-se com peles de animais que abatia.
Foi então que o institnto e as inspirações dos Assistentes
Invisíveis levaram o homem à descoberta providencial do fogo.
Esse elemento precioso ofereceu ao homem novos recursos de
sobrevivência e conforto.
Prosseguindo o homem em sua caminhada evolutiva,,
aperfeiçoando-se, deu ensejo ao surgimento da TERCEIRA RAÇA- MÃE, - com
características físicas diferentes- porte agigantado, cabeça mais bem
conformada e mais ereta, braços mais curtos e pernas mais longas, que
caminhavam com mais aprumo e segurança
Em seus olhos surgem aogra mais acentuados lampejos de
entendimento.
Nasceram eles principalmente na Lemúra e na Ásia, eram nômades,
prevalencendo entre eles a lei do mais forte.
Porém, formavam já sociedades mais estáveis e numerosas, com
chefes ou patriarcas.
No que diz respeito ao aspecto religioso, eram ainda
absolutamente ignorantes e fetichistas, pois adoravam por temor ou superstição
as forças ou fenômenos que não podiam explicar, transformando-os em elementos
bons ou maus- a serem idolatrados ou temidos.
Com a identificação de núcleos de homens primitivos já
biologicamente apurados e prontos para receber os capelinos, foi iniciada então
a série de "reencarnações punitivas" dos
capelinos que veio a provocar sensível modificação no ambiente terrestre e o
contraste material e intelectual entre os recém-encarnados e os homens , levou
estes últimos a considereram os capelinos como super-homens,
semideuses e este passaram a dominar os "terrícolas".
No entato, o impulso trazido pelos capelinos logo se fez notar
em toda a incipiente civilização terrestre.
Cidades começaram ser construídas, costumes mais brandos foram
adotados,
primeiros rudmentos de leis surgiram, utilização dos metais,etc.
Extraído do livro "Os Exilados da Capela",
Edgar Armond, Editora Aliança.
As raças adâmicas
Os Exilados de Capela
O
SISTEMA DE CAPELA
Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em
seus estudos,
observa-se desenhada uma grande estrela na
Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela.
Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na
sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de
mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado.
A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra,
considerando-se,
desse modo, a regular distância existente entre a Capela e o
nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com avelocidade aproximada de
300.000 quilômetros por segundo.
Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram
física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o
homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras
pré históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos
guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco
realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do seu infeliz orgulho.
UM MUNDO EM TRANSIÇÕES
Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas
afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus
extraordinários ciclos evolutivos.
As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas,
como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX,
neste crepúsculo de civilização.
Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da
evolução geral,
dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles
povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os
alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a
edificação dos seus elevados trabalhos
As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos,
deliberam, então,
localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no
crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos
trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e
impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
ESPÍRITOS EXILADOS NA TERRA
Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de
justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes.
Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas
desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de
solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas.
Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na
Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem
limites.
Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os
sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a
sua vinda no porvir.
Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si
todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática
do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam
desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no
seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos
firmamentos distantes.
Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas
trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa
misericórdia.
FIXAÇÃO DOS CARACTERES RACIAIS
Com o auxílio desses Espíritos degredados, naquelas eras
remotíssimas, as falanges do Cristo operavam ainda as últimas experiências
sobre os fluidos renovadores da vida, aperfeiçoando os caracteres biológicos
das raças humanas.
A Natureza ainda era, para os trabalhadores da espiritualidade,
um campo vasto de experiências infinitas; tanto assim que, se as observações do
mendelismo fossem transferidas àqueles milênios distantes, não se encontraria
nenhuma equação definitiva nos seus estudos de biologia.
A moderna genética não poderia fixar, como hoje, as expressões
dos "genes",
porquanto, no laboratório das forças invisíveis, as células
ainda sofriam longos processos de acrisolamento, imprimindo-se-lhes elementos
de astralidade, consolidando-se-lhes as expressões definitivas, com vistas às
organizações do porvir.
Se a gênese do planeta se processara com a cooperação dos
milênios, a gênese das raças humanas requeria a contribuição do tempo, até que
se abandonasse a penosa e longa tarefa da sua fixação.
ORIGEM DAS RAÇAS BRANCAS
Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram,
proporcionalmente, nas regiões mais importantes, onde se haviam localizado as
tribos e famílias primitivas,
descendentes dos "primatas", a que
nos referimos ainda há pouco.
Com a sua reencarnação no mundo terreno, estabeleciam-se fatores
definitivos na história etnológica dos seres.
Um grande acontecimento se verificara no planeta É que, com
essas entidades,
nasceram no orbe os ascendentes das raças brancas.
Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o
istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente
para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam
assinalados vestígios.
Não obstante as lições recebidas da palavra sábia e mansa do
Cristo, os homens brancos olvidaram os seus sagrados compromissos.
Grande percentagem daqueles Espíritos rebeldes, com muitas
exceções, só puderam voltar ao país da luz e da verdade depois de muitos
séculos de sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e retrógrados,
permanecem ainda na Terra, nos dias que correm, contrariando a regra geral, em
virtude do seu elevado passivo de débitos clamorosos.
QUATRO GRANDES POVOS
As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação
pregressa, tecendo o hino sagrado das reminiscências.
As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações,
até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.
Aqueles seres decaídos e degradados, a maneira de suas vidas
passadas no mundo distante da Capela, com o transcurso dos anos reuniram-se em
quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo
às afinidades sentimentais e lingüísticas que os associavam na constelação do
Cocheiro.
Unidos, novamente, na esteira do Tempo, formaram desse modo o
grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.
Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família
indo-européia nessa descendência, porém, é necessário incluir os latinos, os
celtas e os gregos, além dos germanos e dos eslavos.
As quatro grandes massas de degredados formaram os pródromos de
toda a organização das civilizações futuras, introduzindo os mais largos
benefícios no seio da raça amarela e da raça negra, que já existiam.
É de grande interesse o estudo de sua movimentação no curso da
História.
Através dessa análise, é possível examinarem-se os defeitos e
virtudes que trouxeram do seu paraíso longínquo, bem como os antagonismos e
idiossincrasias peculiares a cada qual.
AS PROMESSAS DO CRISTO
Tendo ouvido a palavra do Divino Mestre antes de se
estabelecerem no mundo, as raças adâmicas, nos seus grupos insulados, guardaram
a reminiscência das promessas do Cristo, que, por sua vez, as fortaleceu no
seio das massas,
enviando-lhes periodicamente os seus missionários e mensageiros.
Eis por que as epopéias do Evangelho foram previstas e cantadas
alguns milênios antes da vinda do Sublime Emissário.
Os enviados do Infinito falaram, na China milenária, da celeste
figura do Salvador,
muitos séculos antes do advento de Jesus.
Os iniciados do Egito esperavam-no com as suas profecias.
Na Pérsia, idealizaram a sua trajetória, antevendo-lhe os passos
nos caminhos do porvir; na Índia védica, era conhecida quase toda a história
evangélica, que o sol dos milênios futuros iluminaria na região escabrosa da
Palestina, e o povo de Israel, durante muitos séculos, cantou-lhe as glórias
divinas, na exaltação do amor e da resignação, da piedade e do martírio,
através da palavra de seus profetas mais eminentes.
Uma secreta intuição iluminava o espírito divinatório das massas
populares.
Todos os povos O esperavam em seu seio acolhedor; todos O
queriam,
localizando em seus caminhos a sua expressão sublime e
divinizada.
Todavia, apesar de surgir um dia no mundo, como Alegria de todos
os tristes e Providência de todos os infortunados, à sombra do trono de Jessé,
o Filho de Deus em todas as circunstâncias seria o Verbo de Luz e de Amor do
Princípio, cuja genealogia se confunde na poeira dos sóis que rolam no
Infinito.(*)
__________________________________________________________________
(*) Entre
as considerações acima e as do capítulo precedente, devemos ponderar o
interstício de muitos séculos.
Aliás, no que e refere à historicidade das raças adâmicas. será
justo meditarmos atentamente no problema da fixação dos caracteres raciais.
Apresentando o meu pensamento humilde, procurei demonstrar as
largas experiências que os operários do Invisível levaram a efeito, sobre os
complexos celulares, chegando a dizer da impossibilidade de qualquer cogitação
mendelista nessa época da evolução planetária.
Aos prepostos de Jesus foi necessária grande soma de tempo, no
sentido de fixar o tipo humano
Assim, pois, referindo-nos ao degredo dos emigrantes da Capela,
devemos esclarecer que, nessa ocasião, já o primata hominis se encontrava
arregimentado em tribos numerosas.
Depois de grandes experiências, foi que as migrações do Pamir se
espalharam pelo orbe, obedecendo a sagrados roteiros, delineados nas Alturas.
Quanto ao fato de se verificar a reencarnação de Espíritos tão
avançados em conhecimentos, em corpos de raças primigênias, não deve causar
repugnância ao entendimento.
Lembremo-nos de que um metal puro, como o ouro, por exemplo, não
se modifica pela circunstância de se apresentar em vaso imundo, ou disforme.
Toda oportunidade de realização do bem é sagrada.
Quanto ao mais, que fazer com o
trabalhador desatento que estraçalha no mal todos os instrumentos perfeitos que
lhe sãoconfiados?
Seu direito, aos aparelhos mais preciosos, sofrerá solução de
continuidade.
A educação generosa e justa ordenará a localização de seus
esforços em maquinaria imperfeita, até que saiba valorizar as preciosidades em
mão.
A todo tempo, a máquina deve estar de acordo com as disposições
do operário,
para que o dever cumprido seja caminho aberto a direitos novos.
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