DOMINGO, 12 DE MAIO DE 2013
As mudanças climáticas já em curso ”vão produzir
centenas de milhões de desabrigados ” no mundo inteiro.
Os níveis de dióxido de carbono indicam
o aumento das temperaturas que poderá levar a agricultura da produção de
alimentos a falhar em continentes inteiros.
É cada vez mais provável que centenas de
milhões de pessoas serão deslocadas de suas terras no futuro próximo, como
resultado do aquecimento global.
Essa é a dura advertência do economista
e especialista em mudança climática
Lord Stern
que é o chefe do Instituto de Pesquisas
Grantham sobre Mudanças Climáticas (Grantham Research Institute on Climate Change) em Londres,
Reino Unido.
Tradução e imagens: Thoth3126@gmail.com
Robin McKie , editor de ciência –
É cada vez mais provável que centenas de
milhões de pessoas serão deslocadas de suas terras no futuro próximo, como
resultado do aquecimento global.
Essa é a dura advertência do economista
e especialista em mudança climática
Lord Stern na sequência da
notícia publicada na semana passada de que as concentrações de dióxido de
carbono na atmosfera atingiu um nível de 400 partes por milhão (ppm).
Movimentos maciços de pessoas são susceptíveis de
ocorrer durante o resto do século XXI, porque as temperaturas globais devem
subir mais até 5º C porque os níveis de dióxido de carbono subiram
ininterruptamente por 50 anos consecutivos, disse Stern, que é o chefe do Instituto de Pesquisas Grantham sobre Mudanças
Climáticas (Grantham Research
Institute on Climate Change) em Londres, Reino Unido.
As mudanças Climáticas estão aumentando
os riscos de mais secas,
inundações, tempestades e a elevação dos
níveis do oceanos.
Photograph: Simon
Maina/AFP
“Quando a temperatura subir a esse
novo nível, teremos perturbações nos padrões climáticos e os desertos se ampliarão”, disse ele.
”Centenas
de milhões de pessoas serão forçadas a deixar suas terras porque suas culturas
e animais terão morrido.
O problema
(maior) no entanto, virá quando tentarem
migrar para novas terras. Isso vai colocá-los em conflito armado com as pessoas
que já vivem nesses locais.
Também não
será uma ocorrência ocasional.
Poderia se
tornar uma característica permanente da vida na Terra “
A notícia de que os níveis de dióxido de carbono na
atmosfera atingiram 400 ppm foi apreendida por especialistas, porque esse nível
traz o mundo perto do ponto (sem retorno) em que se torna inevitável que nossa civilização vai experimentar um
aumento catastrófico das temperaturas.
Os cientistas advertiram durante
décadas sobre o perigo de se permitir que as emissões industriais de dióxido de
carbono subissem sem nenhum controle.
Em vez disso, estas emissões industriais
de dióxido de carbono têm se acelerado, aumentaram.
Na década de 1960, os níveis de dióxido de carbono
aumentaram a uma taxa de 0.7 ppm por ano.
Hoje, elas sobem em 2.1 ppm, à medida
que mais países se industrializaram e aumentaram as emissões de gases tóxicos
de suas fábricas e usinas de energia.
A última vez em que a atmosfera da Terra
tinha 400 ppm de dióxido de carbono, o Ártico (calota polar do
polo norte) estava livre de gelo e o nível do mar era 40 metros
mais alto
(n.t. se isso acontecer novamente, todas as grandes
cidades costeiras deixarão de existir pois serão cobertas pelas águas dos
oceanos).
A perspectiva da Terra retornar a
essas condições climáticas está causando um grande alarme.
Enquanto as temperaturas sobem, os
desertos vão se ampliando e os padrões climáticos de sustentação da vida, como
as chuvas das Monções do Norte poderia ser interrompida.
A agricultura pode falhar na produção
de alimentos em uma base continental e global e centenas de milhões de pessoas
estariam desabrigadas, provocando conflito generalizado.
Existem provavelmente consequências
físicas severas para o planeta (e para quem nele vive)
O aumento da temperatura vai diminuir o
gelo das calotas polares – o Ártico está agora em seu menor nível de cobertura de gelo desde que
os registros começaram a ser feitos – e assim reduzir a quantidade de calor solar que refletem de volta para o
espaço.
Da mesma forma, o descongelamento das
terras PERMAFROST(*) do Alasca,
Canadá e Rússia siberiana poderia liberar ainda mais gases de
efeito estufa,
incluindo o metano, e intensificar ainda
mais o aquecimento global.
{*n.t.PERMAFROST: é o tipo de solo encontrado na região
do Círculo Polar Ártico.
A etimologia
de permafrost vem de perma, de permanent (inglês para permanente), e frost (inglês para congelado), palavra referenciada pela primeira vez
em 1943, por S. W. Muller
É um solo
constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados.
Esta camada é recoberta por uma camada de gelo e
neve que, se no inverno chega a atingir 300 metros de profundidade em alguns
locais, ao se derreter no verão, reduz-se para de 0,5 a 2 metros, tornando a
superfície do solo pantanosa, uma vez que as águas não são absorvidas pelo solo
congelado abaixo.
Zona do Permafrost do Círculo polar Ártico: a cor violeta é permafrost, azul, solo congelado sazonalmente por mais de 15 dias por ano, cor Laranja, solo congelado intermitentemente por menos de 15 dias por ano, linha negra é o limite médio da máxima extensão do
solo coberto com neve.
Recomenda-se
muito cuidado ao erigir edificações ou pavimentação neste tipo de solo, uma vez
que, se a camada de permafrost for rompida, a edificação ou a pista pavimentada
pode afundar no terreno.
Uma grande
reserva de gás metano, um gás gerador do efeito estufa (aumento da temperatura na atmosfera
terrestre) 30 vezes
mais potente que o dióxido de carbono está se fazendo.
Foi feita
uma descoberta através da perfuração da camada de gelo que era tido como
impermeável.
Pesquisadores
da Universidade do Alasca descobriram que se a liberação do gás metano (CH4) para a atmosfera não for interrompida,
poderá haver uma mudança climática ainda mais drástica do que as já estudadas
até aqui.
Wikipédia}
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