DOMINGO, 23 DE
JUNHO DE 2013
O EIXO SÍRIUS-PLEIADIANO E GAIA
Se
olharmos com atenção para a posição da constelação Oríon no espaço percebemos
que fica entre Sírius (estrela alfa da constelação Cão Maior) e a constelação de
Touro.
Na
cauda desta última ficam as Plêiades, as sete
irmãs, filhas de Atlas e Plêione: Alcíone, Astérope, Electra, Maia, Mérope,
Taígete e Celeno.
A
posição do guerreiro de braço direito erguido segurando uma moca, por vezes
representado com um escudo no braço esquerdo (outras vezes com uma pele de leão) e com um cinturão de
três estrelas obliquas ao equador celeste (as três
Marias: Mintaka, Alnilam, Alnitak) é por demais conhecida, emblemática até.
Quem era este bravo guerreiro?
O
seu nome era Oríon.
Diz
uma das lendas conhecidas, que Oríon era um gigante caçador, filho de Poseidon com uma
mortal, amado por Artemisa, com quem quase se casou.
O
irmão de Artemisa, Apolo, por sua vez, aborrecia-se com tal aproximação entre
os dois, chegando a censurar diversas vezes sem nunca obter resultado.
Certo
dia Apolo teve a oportunidade de se ver livre de seus aborrecimentos,
percebendo
que Oríon vadeava pelo mar apenas
com a cabeça fora d’água desafiou sua irmã, outra exímia caçadora, a acertar o
alvo que distante se movia.
Impecável
em sua pontaria ela atingiu em cheio seu amado, que fugia de um escorpião que
Apolo havia enviado para matá-lo.
O
corpo, já moribundo, de Oríon foi conduzido à praia pelas ondas do mar.
Percebendo
o engano que havia cometido, Artemis, em meio às lágrimas,
pediu para Zeus colocar Oríon e o escorpião entre as estrelas: o gigante
trajado com um cinto, uma pele de leão, armado de uma espada e de sua clava,
acompanhado por Sírius, seu cão, fugindo de seu inimigo escorpião.
A
linha de três estrelas do cinto de Oríon fornece uma orientação útil para as
outras estrelas e um eixo: estendendo-se para
sudeste,
leva-nos a Sírius na constelação de Cão Maior e para noroeste conduz-nos à estrela Aldebarã, em Touro.
Continuando
nessa direção aparecem as Plêiades.
Todas estas estrelas têm uma mitologia muito rica não só inspirada nos
seus movimentos na esfera celeste mas também em algo mais...
Djed de Osíris
Oríon
tem Osíris como seu equivalente na mitologia
egípcia, e a Câmara do Faraó, na grande pirâmide, está com o canal virado para
Oríon, o que permitia ao Faraó morto reunir-se com Osíris, ascendendo assim aos
céus.
(Fuso
de Frigga).
Como
a constelação está no equador celestial, vários intérpretes sugerem que as
estrelas que giram no céu da noite podem ter sido associadas com a roda girando
da deusa Frigga.
Frigga, é a Deusa-Mãe da dinastia de Aesir.Esposa
de Odin e madrasta de Thor, é a deusa da fertilidade, do amor e da união.
É
também a protetora da família, das mães e das donas-de-casa, símbolo da doçura.
A
palavra 'áss' de
Aesir, possivelmente significa
'feixe'
ou 'correio' na língua nórdica
arcaica.
Ainda
na mitologia nórdica um gigante chamado Ymir era feito de gelo.
À
medida que derretia, o seu lento gotejar ia formando as coisas do mundo.
Os
sumérios enalteciam as façanhas de Gilgamesh, também chamado
"O Esquecido".
Também
um gigante, Gilgamesh enfrentou bravamente o touro Gutanama,
auxiliado
por seu companheiro Enkidu.
Resistiu
ao assédio da deusa Ishtar e atravessou o mundo conhecido em busca de
Utnapishtim, o único sobrevivente do Grande Dilúvio.
Suas
proezas são contadas na Epopéia
de Gilgamesh, possivelmente o livro
mais antigo do mundo.
Os
chineses lembravam os feitos de Tsan, o supremo comandante, enquanto no Brasil
pré-colonizado, existia a figura de Zilikawai, o grande homem.
Mas o que todos esses personagens tem em comum?
Órion,
Osíris, Gilgamesh, Ymir, Tsan e Zilikawai
estão todos presentes no céu, representados pela mesma constelação, não por acaso chamada Órion
A nebulosa de Órion, M42 ou NGC 1976
Em
1959, o Prof. Julio Minham, membro da Associação Brasileira de Astronomia, testemunhou o seguinte
sobre a Nebulosa de Órion e os escritos de Ellen G. White:
O
observatório de Monte Palomar na Califórnia, na época um dos mais sofisticados
observou que em Órion parecia ter um “túnel”
“Uma
escritora e vidente americana, E.G. White, que nada sabia de astronomia e que,
provavelmente, nunca ouviu falar na Nebulosa de Órion em um de seus livros
traduzidos para o português com o título de Vida e Ensinos, depois de comentar
esta luminosidade escreveu:
“(...) Isto dito tão
simplesmente por quem nunca olhou um livro de astronomia nem sonhava com bur a
co s em parte alguma do céu só pode ser creditado a dois fatores: histerismo ou
inspiração.
“(...) Para ser histerismo,
parece científica demais a afirmação de que toda uma cidade [a nova Jerusalém] tenha livre passagem
pelo túnel de Órion.
A
escritora não sabia do túnel nem que ele é tão largo ao ponto de comportar 90
sistemas solares.
Terá sido revelado a esta escritora uma verdade que os
astrónomos não puderam descobrir?
Betelgeuse
significa Porta da Casa de Deus segundo
alguns etimologistas.
Ainda
não sabemos toda a verdade, mas tudo isto são pistas para um dia descobrirmos a
nossa história como Sementes de
Estrelas.
Deixo-vos um filme, no mínimo interessante:
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