SUAS TECNOLOGIAS E CAPACIDADES
quarta-feira,
14 de agosto de 2013
Ilustração
de como poderia ser uma cidade alienígena com tecnologia avançada.
Há muito tempo, Arthur C. Clarke escreveu:
“Qualquer tecnologia suficientemente
avançada é indistinguível de mágica“.
Neste artigo, damos uma olhada no que poderia estar lá fora e
que tipo de tecnologia avançada eles poderia possuir.
“Logo, a humanidade poderá enfrentar
um choque existencial, pois a lista de dezenas de planetas extra-solares do
tamanho de Júpiter cresce para centenas de planetas do tamanho da Terra, quase
gêmeos idênticos de nossa vizinhança celestial.
Isto pode trazer uma nova era de nossa relação com o universo:
nunca veremos o céu noturno da mesma
forma novamente,
percebendo que os cientistas podem finalmente
compilar uma enciclopédia identificando as coordenadas precisas de talvez
centenas de planetas como a Terra“, disse
Michio Kaku.
Nesses planetas parecidos com a Terra, podem haver seres vivos
similares a nós, ou talvez totalmente diferentes, e talvez até anos luz à nossa
frente em tecnologia.
Assim, naturalmente poderíamos imaginar o quão avançada a física
de civilizações extraterrestres poderia ser.
Vários cientistas, entre eles o Dr. Michio Kaku, têm
debatido como classificar as civilizações extraterrestres.
“Embora seja impossível prever as
características precisas de tal civilização avançada, sua linhas gerais amplas
podem ser analisadas pelo uso das leis da física. Irrelevantemente de quantos
milhões de anos nos separam deles, eles ainda devem obedecer as leis da física,
que agora são avançadas o suficiente para explicar tudo, desde partículas
subatômicas, até as estruturas de larga escala do universo, através de 43
incríveis ordens de magnitude“,
disse o Dr. Kaku.
Especificamente, podemos classificar as civilizações por seu
consumo geral de energia, usando os seguintes princípios:
As leis
da termodinâmica.
Até as civilizações mais avançadas estão sujeitas às leis da
termodinâmica, especialmente à Segunda Lei, e podem assim ser classificadas
pela energia ao seu dispor.
As leis
da matéria estável.
A matéria Bariônica, que é baseada em prótons e nêutrons, tende
a se agrupar em três grandes grupos: planetas, estrelas e galáxias.
(Isto está bem definido pelo produto da evolução estelar e galáctica,
pela fusão termonuclear, etc.)
Assim, a energia dessas civilizações também será baseada em três
distintos tipos, e isso coloca limites superiores em sua taxa de consumo de
energia.
As leis
da evolução planetária
Qualquer civilização avançada deve aumentar seu consumo de
energia mais rapidamente do que a frequência das catástrofes que ameaçam a vida
(por exemplo: impactos de meteoros, idades do gelo, explosões de
supernovas, etc.)
Se elas crescerem mais lentamente, elas estão destinadas à
extinção.
Isto coloca os limites matemáticos mais baixos na taxa de
crescimento destas civilizações.
Num documento seminal, publicado em 1964 no Jornal de Astronomia
Soviética, o astrofísico russo, Nicolai Kardashev,
teorizou que civilizações avançadas devem
assim estar agrupadas de acordo com três tipos:
Tipo I,
II, e III, as quais têm dominado as formas de energia planetária, estelar e
galáctica, respectivamente.
Ele calculou que o consumo de energia destes três tipos de
civilizações estaria separado por um fator de muitos bilhões.
Don Goldsmith, um astrônomo de Berkeley, nos
lembra que a Terra recebe aproximadamente um bilionésimo da energia solar, e
que os humanos utilizam aproximadamente um milionésimo disso.
Assim, consumimos aproximadamente um milionésimo de bilionésimos
da energia total do Sol.
Atualmente, a produção de energia de todo o nosso planeta é de
aproximadamente 10 bilhões de bilhões de ergs por segundo.
Mas o nosso crescimento energético está crescendo
exponencialmente, e assim podemos calcular quanto tempo levará para alcançarmos
o status de Tipo II e
III.
Goldsmith
diz:
“Veja o quanto aumentamos nossos usos
de energia, uma vez que descobrimos como manipulá-la, como realmente começar a
obter combustíveis fósseis, e como criar energia elétrica de uma hidrelétrica e
assim por diante; aumentamos os usos de energia para uma quantidade
extraordinária, em somente um par de séculos, comparado com os bilhões de anos
que o nosso planeta tem existido… e este mesmo tipo de coisa pode aplicar às
outras civilizações“.
O físico Freeman Dyson, do Instituto para Estudos Avançados,
estima que, dentro de mais ou menos 200 anos, devemos atingir o status de Tipo I.
Na verdade, crescendo à taxa moderada de 1% ao ano, Kardashev estima
que levaria 3.200 anos para alcançarmos o status de Tipo II, e 5.800 anos para Tipo III.
Vivendo
em uma civilização de Tipo I, II, ou III:
Uma civilização Tipo I é verdadeiramente
planetária, e dominou a maioria das formas da energia planetária.
Sua produção de energia pode estar na ordem de milhares de
milhões de vezes maior do que nossa atual produção planetária.
Mark Twain uma vez disse, “Todo
o mundo reclama do clima, mas ninguém faz nada a respeito disso”.
Isto pode mudar com uma civilização Tipo I, a
qual possui energia suficiente para modificar o clima.
Ela também possui energia para alterar o curso dos terremotos,
vulcões, bem como construir cidades sobre os seus oceanos.
Hoje, nossa
produção de energia nos classifica com o status de Tipo 0.
Extraímos nossa energia, não das forças globais, mas pela queima
de plantas (petróleo e carvão).
Porém, já possuímos a semente de uma civilização Tipo I.
Já vemos o princípio de uma linguagem planetária (Inglês), um
sistema de comunicação planetário (a
Internet), uma economia planetária (a União Européia) e até mesmo o início de uma
cultura planetária (através
de TV, música rock, e filmes de Hollywood).
Por definição, uma civilização avançada deve crescer mais rápido
do que a frequência de catástrofes que ameaçam a vida. Já que impactos de
grandes meteoros ocorrem uma vez a cada milhares de anos, uma
civilização Tipo I deve dominar a viagem espacial, a fim de desviar os fragmentos
espaciais dentro deste intervalo de tempo. Idades do gelo podem ocorrem dentro
de uma escala de tempo de milhares de anos, assim, uma
civilização Tipo I deve aprender a modificar o clima dentro deste período de tempo.
Catástrofes artificiais e internas devem também ser negociadas.
Mas o problema da poluição global não é a única ameaça mortal
para uma civilização do Tipo 0; uma civilização
do Tipo I tem vivido vários milênios como uma civilização planetária,
necessariamente atingindo um balanço planetário ecológico.
Os problemas internos, como guerras, apresentam uma ameaça
séria, mas eles contam com milhares de anos para resolver conflitos raciais,
nacionais e sectários.
Finalmente, após vários milhares de anos, uma
civilização Tipo I irá exaurir a energia de um planeta, e derivará sua energia do
consumo de produção de energia de seu sol, ou aproximadamente, um bilhão de
trilhões de trilhões de ergs por segundo.
Com sua produção de energia comparável àquela de uma pequena
estrela, eles deveriam ser visíveis do espaço.
Dyson propôs que uma civilização Tipo II pode
até mesmo construir esferas gigantescas ao redor de suas estrelas, para mais
eficientemente utilizar sua energia total.
Mesmo se eles tentarem esconder sua existência, eles devem, de
acordo com a Segunda Lei de Termodinâmica, emitir calor.
Do espaço, seu planeta pode brilhar como um ornamento de árvore
de Natal. Dyson até mesmo propôs procurar especificamente por emissões
infravermelhas (ao invés de sinais de rádio e TV) para identificar estas civilizações
Tipo II.
Talvez, a única ameaça séria para uma civilização Tipo II seria
uma explosão de supernova em sua vizinhança, cuja erupção repentina poderia
queimar seu planeta com um pulso de raios-X, o que mataria todas as formas de
vida.
Assim, talvez a civilização mais interessante seria a do Tipo
III, pois seria verdadeiramente imortal.
Eles teriam exaurido toda a energia de uma única estrela, e
alcançaram outros sistemas estelares.
Nenhuma catástrofe conhecida pela ciência seria capaz de
destruir uma civilização Tipo III.
Uma explosão de supernova poderia aniquilar uma civilização Tipo
II.
Ameaçados por uma supernova, uma civilização Tipo III teria
várias alternativas, tais como alterar a evolução de uma estrela vermelha
gigante que está prestes a explodir, ou sair deste sistema estelar e ‘terra formar’
outro sistema planetário próximo.
Porém há obstáculos para uma civilização emergente Tipo III.
Eventualmente, ela irá se deparar com outra lei da física, a
teoria de relatividade.
Dyson estima que isto possa atrasar a transição de uma
civilização do Tipo III por talvez milhões anos.
Mas mesmo com a barreira da luz, há um número de formas de
expansão em velocidades próximas a da luz.
Por exemplo, a medida final de capacidade de foguetes é
mensurada por algo chamado de ‘impulso específico’
(definido como o produto do empuxo e a duração, expressado em
unidades por segundo).
Foguetes químicos podem atingir impulsos específicos de várias
centenas, até vários milhares de segundos.
Motores de íon podem obter impulsos específicos de dezenas de
milhares de segundos.
Mas para obter uma velocidade próxima à da luz, se faz
necessário atingir um impulso específico de aproximadamente 30 milhões de
segundos, que é muito além de nossa atual capacidade, mas não para uma
civilização Tipo III.
Uma variedade de sistemas de propulsão poderiam estar
disponibilizados para sondas de velocidade sub-luz.
Na ficção científica, a procura por mundos habitáveis tem sido
imortalizada na TV pelos heróicos capitães, ousadamente comandando uma nave
interestelar solitária, ou então por uma quantidade de Borgs assassinos (uma civilização Tipo III que absorve uma
civilização Tipo II).
Porém, o método matemático mais eficiente para explorar o espaço
é bem menos glamoroso: enviar esquadrilhas de ‘sondas *Von Neumann’ por
toda a galáxia (*John Von Neumann estabeleceu as leis matemáticas de sistemas
de auto replicação).
Uma sonda Von Neumann é um robô projetado para alcançar sistemas estelares distantes e
criar fábricas que poderão reproduzir cópias de si mesmos, aos milhares.
Uma lua morta, ao invés de um planeta, é o destino ideal para as
sondas Von Neumann, já que elas podem facilmente aterrissar e decolar destas luas,
e também porque estas luas não possuem erosão.
Estas sondas viveriam da terra, usando os depósitos de ferro,
níquel, etc., que ocorrem naturalmente, para criar matéria prima
para construírem a fábrica de robôs.
Elas
criariam milhares de cópias de si mesmas, as quais então se espalhariam para
outros sistemas solares
Um exemplo hipotético de sonda Von Neumann
De forma similar a um vírus que coloniza um corpo, finalmente
haveria uma esfera de trilhões de sondas Von Neumann expandindo
em todas as direções, aumentando à uma fração da velocidade da luz.
Desta forma, mesmo uma galáxia de 100.000 anos luz de largura poderia
ser completamente analisada dentro de, digamos, meio milhão de anos.
Se uma sonda Von Neumann somente encontrar evidência de
vida primitiva (tal
como uma civilização selvagem e instável do Tipo 0), elas
poderiam simplesmente ficar dormentes em sua lua,
esperando silenciosamente para que essa civilização evoluísse para o Tipo I.
Após esperarem silenciosamente por vários milênios, elas
poderiam ser reativadas quando a civilização emergente Tipo I for avançada o
suficiente para construir uma colônia lunar.
O Físico Paul Davies, da Universidade de Adelaide,
levantou a possibilidade de que uma sonda Von Neumann esteja
esperando em nossa própria lua, deixada lá por uma visitação anterior ao nosso
sistema solar, eras atrás.
(Se isso parecer familiar, é porque foi a base para o filme ‘2001, Uma Odisséia no Espaço‘.
Originalmente, Stanley Kubrick começou o filme com uma
série de cientistas explicando como sondas como essas seriam os métodos mais
eficientes de explorar o espaço.
Infelizmente, no último minuto, Kubrick cortou
o segmento de abertura de seu filme, e os monolitos se tornaram entidades
místicas.)
Também há a possibilidade de que uma civilização Tipo II ou II possa ser capaz de alcançar a cogitada energia de Planck com
suas máquinas (10^19 bilhões de eletro volts).
Esta energia é um quatrilhão de vezes maior do que nosso
esmagador de átomos mais poderoso.
Esta energia, fantástica quanto possa parecer, está, por
definição, dentro do alcance de uma civilização Tipo II ou III.
A energia de Planck somente ocorre no centro
de buracos negros e no instante do Big Bang.
Mas com os avanços recentes em gravidade quântica e a teoria das
supercordas, há um interesse renovado entre os físicos sobre energias tão
vastas, que os efeitos quânticos rasgam o tecido do espaço e tempo.
Embora não seja de forma alguma certo que a física quântica
permita buracos de minhoca estáveis, isto levanta a remota possibilidade que
civilizações suficientemente avançadas possam ser capazes de se mover dentro
desses buracos pelo espaço.
E se estas civilizações puderem navegar através de buracos de
minhoca estáveis com sucesso, então a obtenção de um impulso específico de um
milhão de segundos já não seria mais problema.
Elas meramente pegariam um atalho através da galáxia.
Isso cortaria grandemente a transição entre uma civilização Tipo II para III.
Naves extraterrestres poderiam estar usando buracos de minhoca
para atravessarem a galáxia.
A habilidade de abrir buracos no espaço pode ser útil um dia.
Astrônomos, que analisaram a luz de supernovas distantes,
concluíram recentemente que o universo possa estar acelerando,
ao invés do contrário.
Se isso for verdade, pode haver uma força anti gravitacional (talvez
a constante cosmológica de Einstein), a qual está agindo contra a
atração gravitacional de galáxias distantes.
Mas isto também significa que o universo pode estar expandindo
para sempre, em direção a um Grande Congelamento, até que as temperaturas se
aproximem a zero absoluto.
Vários estudos têm recentemente apresentado como tal triste
universo poderia parecer.
Seria uma visão de causar pena: qualquer civilização que
sobrevivesse estaria desesperadamente agrupada próxima às estrelas minguantes
de nêutron e buracos negros.
Toda a vida inteligente deve morrer, quando o universo morrer,
explicou Dr. Kaku.
Tudo isso nos faz pensar se é inevitável a morte da vida
inteligente,
irrelevantemente do quão avançada sua civilização tenha se
tornada.
O astrônomo John Barrows, da Universidade de Sussex, escreve:
“Suponha que estendêssemos a
classificação.
Membros de civilizações hipotéticas
do Tipo IV, V, VI, … e assim por diante, seriam capazes de manipular as
estruturas do universo em escalas cada vez mais amplas, rodeando grupos de
galáxias e super agrupamentos de galáxias“.
“Civilizações além do Tipo II podem
ter energia suficiente para escapar nosso universo moribundo, através de
buracos no espaço“, disse o Dr. Kaku.
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