CIENTISTAS DESCOBREM SEGUNDO CÓDIGO GENÉTICO
Ao
invés de se concentrar nas proteínas, este DNA instrui as células sobre como os
genes são controlados
DNA:
recém-descoberto código genético, encontrado no interior do ácido
desoxirribonucleico, foi escrito bem acima do código de DNA que cientistas já
tinham decodificado
Mas
a descoberta de um segundo código secreto de DNA, nesta quinta-feira, sugere
que o corpo na verdade fala dois idiomas diferentes.
A
descoberta, publicadas na revista Science, pode ter fortes implicações em como
especialistas médicos usam os genomas dos pacientes para interpretar e
diagnosticar doenças, afirmaram os pesquisadores.
O
recém-descoberto código genético, encontrado no
interior do ácido desoxirribonucleico, o material hereditário existente em
quase todas as células do corpo, foi escrito bem acima do código de DNA que os
cientistas já tinham decodificado.
Ao
invés de se concentrar nas proteínas, este DNA instrui as células sobre como os
genes são controlados.
Sua
descoberta significa que o DNA muda, ou que mutações que ocorrem com a idade ou
em resposta a vírus podem fazer mais do que os cientistas pensavam
anteriormente.
"Por mais de 40 anos, presumimos
que as mudanças no DNA que afetam o código genético impactavam unicamente a
forma como as proteínas são feitas", disse o principal autor do estudo, John
Stamatoyannopoulos,
professor associado de ciência do genoma e de medicina da Universidade de
Washington.
"Agora nós sabemos que esta
suposição básica sobre a leitura do genoma humano está incompleta", afirmou.
"Muitas mudanças no DNA que
parecem alterar a sequência das proteínas podem na verdade causar doenças
interrompendo programas de controle genético ou inclusive ambos os mecanismos
simultaneamente",
prosseguiu.
Os
cientistas já sabiam que o código genético usa um alfabeto de 64 letras
denominado códons.
Mas
agora os pesquisadores descobriram que alguns desses códons têm dois
significados.
Denominados
"duons", estes novos elementos da linguagem de DNA só
têm um significado relacionado ao sequenciamento proteico e outro que é
relacionado ao controle genético.
As
últimas instruções "parecem estabilizar certas
características benéficas das proteínas e de como são feitas", destacou o estudo.
A descoberta foi feita como parte de uma colaboração internacional de grupos de
pesquisa conhecidos como projeto Enciclopédia do Elementos de DNA ou ENCODE.
Ele
é financiado pelo Instituto Nacional de Pesquisas do Genoma Humano com o
objetivo de descobrir onde e como as direções de funções biológicas são
armazenadas no genoma humano.
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