SEJAMOS NÓS A MUDANÇA QUE NÓS QUEREMOS
VER NO MUNDO
TERÇA-FEIRA, 19 DE NOVEMBRO DE 2013
Fonte da imagem: Luz de Gaia
SEJAMOS NÓS A MUDANÇA QUE NÓS
QUEREMOS VER NO MUNDO
Pesquisadores afirmam que estamos
empurrando os ecossistemas do planeta para fora do ambiente em que evoluíram e
para dentro de condições totalmente novas que eles podem não conseguir
suportar.
As extinções são o resultado
provável.
(1) Em países predominantemente
desenvolvidos, cerca de um bilhão de pessoas em um cenário otimista e cinco
bilhões em um cenário 'business-as-usual'
(mantidas as mesmas condições) vivem em regiões que
irão experimentar climas extremos antes de 2050.
Isso faz aumentar a preocupação com
mudanças no abastecimento de água e comida, saúde humana, disseminação mais
extensa de doenças infecciosas, estresse causado pelo calor, conflitos e
desafios para as economias.
As Nações Unidas estabeleceram como
meta limitar o aquecimento global a 2º C em comparação com níveis
pré-industriais para evitar efeitos catastróficos decorrentes das mudanças
climáticas.
(2) A atividade solar desenvolve-se em
ciclos estudados e conhecidos pelos cientistas.
Essa atividade atingiu um auge
durante o período compreendido entre a década de 90 e o ano 2000.
Ocorrem sucessivamente ciclos
telúricos no orbe, todavia hoje o que está mais evidente é o enigma da
instabilidade climática,
mormente em face do superaquecimento
global.
Considerando o calor insólito (3), sobretudo as secas surpreendentes,
acreditamos estar na iminência de maiores catástrofes ecológicas, de
consequências arrasadoras, em face da rota de colisão entre o homem e a
Natureza.
Desde o início da revolução
industrial, em 1750, os níveis de dióxido de carbono (CO2) aumentaram mais de 30%, e os níveis
de metano cresceram mais de 140%.
A concentração atual de CO2 na atmosfera é a maior registrada nos
últimos 800 mil anos.
Quais serão as consequências disso?
A escala do impacto pode levar à
escassez de água potável,
trazer mudanças grandes nas condições
para a produção de alimentos e aumentar o número de mortes por decorrência de
ondas de calor e secas.
Ao se desmatar as florestas,
modificar cursos de rios, aterrar áreas alagadas e desestabilizar o clima,
estamos destroçando as bases de uma rede de segurança ecológica extremamente
sensível.
Devemos ficar atentos aos alertas dos
especialistas, pois já está demasiado claro que é apenas uma questão de tempo
para as consequências funestas das previsões começarem a afetar,
brutalmente, as nossas vidas e, principalmente,
as vidas de nossos filhos e netos.
A Terra assemelha-se a um organismo
vivo, com mecanismos para auto-regular suas funções.
(4) Nesses
últimos anos, os Estados Unidos passaram pela pior seca em mais de um século.
Grandes extensões de terra da Rússia também não tiveram chuva suficiente.
Até mesmo a temporada de monções na
Índia foi seca.
Na América do Sul, o índice
pluviométrico tem permanecido abaixo da média histórica.
(5) As
nações, frequentemente, lutam para ter ou manter o controle de matérias primas,
suprimento de energia, terras, bacias fluviais, passagens marítimas e outros
recursos ambientais básicos.
"Esses conflitos tendem a
aumentar à medida que os recursos escasseiam e aumenta a competição por
eles".
(6)
Precisamos nos adaptar ao meio como os demais entes vivos neste momento.
Sabe-se que a maior parte da água
potável do planeta vai para a irrigação.
(7) Por essa
razão, há pesquisadores trabalhando vários projetos de sustentabilidade a fim
de fazer render mais a água utilizada na agricultura.
Uma das propostas é a chamada "chuva sólida", um tipo
de pó apropriado que espalhado no solo consegue absorver e reter água em
abundância e liberar o líquido gradativamente, a fim de que os vegetais possam
resistir mais tempo a uma seca.
Lamentavelmente ainda amargamos os
contrastes de uma suprema tecnologia no campo da informática, das viagens
espaciais, dos supersônicos, dos raios laser, ao tempo em que ainda temos que conviver
com muita indiferença ao meio ambiente.
Por outro lado, e menos mal nos
parece, é que a necessidade de destruição da natureza "se enfraquece no homem, à medida que o Espírito sobrepuja
a matéria".
(8)
Realmente, a consciência de proteção ambiental cresce com o nosso
desenvolvimento intelectual e moral.
Os recursos "renováveis" que se
consomem e o impacto sobre o meio ambiente não podem ser relegados a questões
de menor importância, principalmente levando-se em consideração a utilização da
água potável, cuja posse no futuro pode ser o motivo mais explícito de
confronto bélico planetário.
Na década dos anos 70, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desenvolveu um produto superabsorvente feito de uma espécie de
goma (9), que mais tarde foi utilizada para hidratação de vegetais.
Sabemos que o meio ambiente em que
renascemos constitui muitas vezes a prova expiatória, com poderosas influências
sobre nosso psiquismo.
Desse modo, "faz-se indispensável que a pessoa esclarecida coopere na
transformação do meio ambiente para o bem,
melhorando e elevando as condições
materiais e morais de todos os que vivem na sua zona de influência".
(10) "A
Natureza é sempre o livro divino, onde a mão de Deus escreveu a história de sua
sabedoria, livro da vida que constitui a escola de progresso espiritual do
homem evoluindo constantemente com o esforço e a dedicação de seus discípulos".
(11) Nesse elevado empenho, Sérgio Jesus Velasco, um
engenheiro químico da cidade do México, conhecendo a invenção da USDA, desenvolveu com sucesso e patenteou
uma versão diferente da fórmula gelatinosa.
Hoje, seu invento é misturado com o
solo de áreas secas, e ao ser irrigado esse "gel" consegue armazenar grande quantidade de água, redistribuindo
gradativamente o líquido para a plantação.
A vida no planeta depende da convivência
pacífica entre o homem e a Natureza.
E nós espíritas, o que fizemos, ou o que
pretendemos fazer?
O iluminado Mahatma Gandhi – que afirmou certa
vez que toda bela mensagem do Cristianismo poderia ser resumida no sermão da
montanha – nos serve de exemplo quando diz:
"sejamos nós a mudança que nós
queremos ver no mundo".(12)
Jorge Hessen
Referências:
(1) Segundo
Ken Caldeira, do departamento de ecologia global do Instituto Carnegie
de Ciência, publicado no site
Acesso 10/10/2012
(2) Disponível no site http://br.noticias.yahoo.com/mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas-radicais-est%C3%A3o-prestes-ocorrer-diz-estudo-215503432.html
Acesso 10/10/2012
(3) Na
Austrália o calor muito acima da média fez com que o serviço de meteorologia
deste país adicionasse novas cores na escala de temperatura para indicar quando
os termômetros ficam acima de 50°C, foram adicionadas as cores roxo escuro e
magenta para representar as temperaturas entre 51 C e 54 C.
(4) Teoria
que afirma ser o planeta Terra um ser vivo.
Apresentada em 1969 pelo investigador
britânico James E.
Lovelock, a Teoria de Gaia, também conhecida como -Hipótese Gaia, diz ser
a biosfera terráquea capaz de gerar,
manter e regular suas próprias
condições de
meio-ambiente.
(5) Disponível
no site http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/10/121016_alimentos_crise_dg.shtml
(6) Trecho
é encontrado na página 325 do relatório BRUNDTLAND, de 1988, da Comissão
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no livro "Nosso Futuro Comum"
(7) Conforme
Relatório da ONU – Organização das
Nações Unidas-
(8) Kardec
Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed. FEB,
2001, perg. 733.
(9) À
época, a invenção foi usada principalmente na fabricação de fraldas.
(10) Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo
Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001,
questão 121
(11) Idem , questões 27, 28
(12) Trigueiro, André.
Espiritismo e Ecologia, Rio de Janeiro:
Ed FEB, 2011
Irene Ibelli
Empreendedora Digital, Humanista e
Espiritualista
Eleita Cidadã Planetária Pelo Projeto
Vôo da Águia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor leia antes de comentar:
1. Os comentários deste blog são todos moderados;
2. Escreva apenas o que for referente ao tema;
3. Ofensas pessoais ou spam não serão aceitos;
4. Não faço parcerias por meio de comentários; e nem por e-mails...
5. Obrigado por sua visita e volte sempre.