MENSAGEM DE EMMANUEL -
Psicografia antiga e oportuna.
Por Rosane Amantéa em 22/10/1985
AUTO ACEITAÇÃO: SEMPRE ?
Que Jesus nos abençoe !
Dentre os apontamentos espirituais que urge compartilharmos com os irmãos, lembramo-nos daquele que se refere à auto-aceitação.
Todos nós somos caminheiros em busca da perfeição, movidos pelo combustível da esperança e da fé, confiantes num futuro mais promissor para a nossa alma e para a humanidade.
No afã desenfreado dessa busca, porém, encontramos, muitas vezes, a causa do desestímulo e da depressão.
Isto porque, ao enxergarmos a magnitude da escada evolutiva que devemos galgar, atropelamo-nos quase sempre na ânsia de saltarmos alguns degraus para mais cedo atingirmos seu topo.
Há milênios temos vindo nos purgando, nos burilando e aprendendo com experiência de que tiramos proveito.
Já fomos os inimigos do bem no outrora.
Já semeamos o ato infeliz, o crime e a discórdia, a intriga e o ódio.
Na posição que ocupamos atualmente, em nos espelhando em situações indignas que vemos em outrem, relembramos nosso passado conspurcado e anelamos, com vemência, nos despojarmos dessas seqüelas morais que identificamos em outras almas, com mais urgência e presteza.
No entanto, irmãos, consideremos sinceramente que já não somos tão maus como já fomos.
Nossos ideais já não são sombrios como os d’outrora, baseados na satisfação do amor próprio, da vaidade e da ambição.
O mal já nos faz retroagir quando o sentimos próximo a nós. Já somos cautelosos com nossos procedimentos e nossas palavras.
Mudamos muito! Bendito seja o Pai que nos permite desfrutar da oportunidade da vida para que aprendamos a crescer!
No entanto, observamos que um diminuto acidente na compreensão global desse processo evolutivo, qual seja o desejo desenfreado e desesperado de se chegar muito brevemente aos degraus iluminados pode nos trazer conseqüências que não esperávamos mais trazer ao nosso campo de vivência: a vaidade e a presunção , a indiferença com os que consideramos menos que nós e a tendência a uma autosuficiência exagerada.
Já conhecemos o Evangelho, os caminhos de uma reformulação interior, já auscultamos nosso íntimo e desejamos realmente nos movimentar mais acirradamente pela estrada do aperfeiçoamento.
Muito justo e louvável ! Realmente, urge sermos mais decisivos e fortes neste combate que travamos com o nosso passado escabroso. Faz-se necessária a pressa. Não se pode mais perder tempo. Nosso espírito reclama a luz que ainda não conquistou plenamente.
Contudo, convenhamos, somos ainda tais quais infantes perante os anjos. Nem por isso, porém, somos seres imundos, como milhares ainda, mas sim, vidas expectantes de luz, em trajetórias coletivas rumo à perfeição.
Mesmo que já nos tenhamos afastado da podridão que ainda macula muitas das almas da esfera terrestre, guardamos, contudo, em nosso coração, os sobreviventes germens do egoísmo e do orgulho:
- Uma ofensa ainda nos afeta, uma contrariedade ainda nos desequilibra, um gesto impensado de alguém pode revolver o campo de nossas sensibilidades e trazer de lá de seus fulcros mais íntimos a revolta, a mágoa ou a cólera.
E, muitas vezes, quando nos apercebemos dessas nossas fraquezas que ainda portamos, ao invés de reconhecermos humildemente a nossa fragilidade e pequenez espiritual, lutando por nosso aprimoramento, e nos levantarmos dignamente de cada queda e continuar, caímos no erro ou de nos revotarmos com a crítica alheia ou ainda de nos sentimos derrotados, envergonhados, e caindo às vezes na incredulidade em nós mesmos, cobrando-nos exageradamente, ou nos flagelando moralmente como se não tivéssemos mais o direito de errar.
Meus irmãos, procuremos não falhar. Mas se porventura em algum momento falharmos, não falimos ! Apenas um tijolo que já estava sedimentado na construção de nossa evolução resvalou-se e deixou a brecha para ser reposto.
Justamente aí reside a nossa ânsia de vos alentar quando tristes, lembrando-vos que basta reparardes vossos erros pendentes, vigiando vossas condições morais que ainda vos tornam passíveis de cair.
Estas lacunas que se evidenciam nesses momentos de autoanálise deveriam, então, representar a nova bandeira de luta íntima: o esforço em, novamente, acimentarmos a argila quebrada de nossa edificação espiritual e vigiarmos para que novamente não haja acidentes irremediáveis ou de difícil reconstitução a curto prazo.
Referimo-nos,então, de forma bem criteriosa quanto ao que nos propusemos entretecer nestas linhas: a necessidade da auto-aceitação.
A necessidade da humildade de nos reconhecermos ainda frágeis e com direitos do perdão do Pai e das possibilidades de recomeços e ronstruções sim, com uma capacidade imensa de nos retificar e nos fortalecer a cada circunstância adversa que ocorra por invigilância nossa, mas sem o falso álibi eternizado de que somos humanos, portanto passíveis de erros e assim errarmos mais, por gosto e propósito e por nos desculparmos sem maiores reflexões em torno das consequências de nossos erros.
Olhemos para dentro de nós e nos lembremos como dantes éramos. Feito isto, vejamos o alívio que nos advém ao nos reconhecermos melhores, se essa for a nossa realidade.
Assim será mais fácil entender a 'queda' como 'oportunidade de aprendizado', como experiência que nos amadurece e nos prepara para um futuro espiritual mais estável no terreno do equilíbrio e da harmonia íntima tão necessários.
Desta forma conseguimos nos amar e nos perdoar e aceitar a nossa carência ainda de todos os valores que poderiam nos enaltecer de forma mais absoluta.
Enfrentemos a verdade de nossa pequenez, mas sustentemos a chama da perseverança em caminhar e aprender mais acesa em nossos corações.
Auto aceitação, então, é um capítulo de nossa trajetória evolutiva a ser estudado e considerado, como uma ferramenta psíquica de nos estilular ao nosso progresso moral.
Mas não utilizado como 'desculpa' para 'errarmos mais' ou 'errarmos sempre', com a certeza de que somos eternamente afagados pelas mãos de Deus.
Olhemos, então, a questão, por esse prisma, também.
As oportunidades de redenção serão eternas sim, mas as oportunidades podem ser mais difíceis do que sempre foram, caso sejamos muito resistentes a uma verdadeira reformulação interior.
Agindo e pensando com bom senso sobre aceitarmos em nós o que pode ser mudado, não nos consideraremos ainda deuses, mas forças divinas em potencial, rumando nesta direção.
Mas se aceitarmos demais os nossos erros, como eternas crianças que nunca desejam crescer, permitindo-nos muitas chances mais de errarmos, lembremos, então, que as facilidades divinas poderão rarear e tornarem-se mais desafiadoras, para que possamos dar a nós mesmos o ensejo de sermos mais amorosos com nossas próprias vidas, ante as dores que passaremos, forjadas pelas nossas próprias escolhas e pelo ritmo lento que se lhes emprestamos.
Diante desse bifurcamento do tema da auto aceitação, ponderemos:
Até quando aceitar em nós essa ou aquela característica ? E, quantas elas são ?
Ao responderdes no imo de vossa alma essa questão tereis levantado mais um dos véus que poderão vos conduzir à real angelitude do ser:
- ' O da autoaceitação de que precisais aceitar e corrigir o quanto ainda estais a errar !'
Jesus vos abençoe!
Paz !
Emmanuel
Mensagem psicografada por Rosane Amantéa em 22/10/1985, na Comunhão Espírita de Brasília.
2011Rosane Amantéa
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