25 OUTUBRO 2012
- Projeção astral
- 25.10.12
A minha primeira experiência na projeção do
corpo astral
- há
diversas nomenclaturas para descrever este evento,
de forma consciente ocorreu na minha
adolescência, no início dos anos 70.
Este acontecimento foi marcante naquela época
porque abriu uma nova fase de pesquisas que vinha fazendo desde então.
Nunca fui o tipo de pessoa que simplesmente
aceita tudo de forma passiva, ou de acreditar em coincidências e até que tudo é
obra do destino.
Eu
sempre questionei tudo.
Lembro-me que lia muitos livros - era constantemente
repreendido por meu pai - que estavam na estante da sala.
A maioria dos títulos falava sobre a
espiritualidade e,
abrangiam os temas de vários autores da
Sociedade Teosófica, além de assuntos como yoga, budismo,
cristianismo e outras religiões.
Os meus autores preferidos sempre foram a H. P.
Blavtsky (atualmente
encarnada no Brasil), C. W. Leadbeater, Alice A. Baley, Mabel Collins, Annie
Besant, Lobsang Rampa,
Arthur E. Powell e vários outros, todos eles editados pela Editora Pensamento.
O estudo sobre vidas passadas que me
interessaram muito na adolescência, acabaram me levando a pesquisar sobre a
projeção astral, e um dos melhores livros que li naquele tempo foi de C. W.
Leadbeater, porque ele mesmo fazia suas incursões neste
plano dimensional através de suas projeções, para desvendar muitos mistérios
sobre a nossa evolução espiritual e a existência de várias civilizações ao
longo da nossa história.
A minha curiosidade sempre foi um instinto
incorrigível, e às vezes me dava mal por isso.
No fim sempre tirava alguma lição pelas "broncas"
que levava (até surras), ou então
pela alegria de uma descoberta.
Uma força interior sempre me "empurrava" adiante e, nunca desistia de nada.
Questionar era algo que fazia naturalmente e
não conhecia o termo "pecado", isto porque tinha apenas 12 anos e comecei a questionar a
Deus.
Sim, na
época era um coroinha da igreja católica e seguia toda a cartilha, mas nada me
impedia de querer saber do porque eu via muitas incoerências tantos nos rituais
quanto na forma como era passada os ensinamentos.
Pré-adolescente, ainda na inocência da vida,
fiquei por dois anos "pegando" no pé de Jesus.
Eu nunca aceitei aquela imagem em baixo do
altar, vendo ele com o peito aberto e sangrando.
Era
demais para mim!
Esse evento em particular será narrado em "Caminhando
com o Mestre", inclusive os encontros no nível de projeção
que tenho com Ele até os dias de hoje.
Então, era assim que sempre prosseguia quando
queria saber algo para poder entender, de uma forma que a minha cabeça pudesse
compreender tantas angústias que envolviam a minha alma, com tantas perguntas e
nada de respostas convincentes.
Era tão persistente no estudo e na pesquisa.
Ia fundo mesmo.
Quando a cabeça ficava travada, aí parava e ia
me distrair com outras coisas ou seguia para a fábrica do meu pai para
trabalhar.
No início daquela década aconteceu a minha
primeira experiência fora do corpo físico de forma totalmente consciente e
lúcida.
Ao perceber que estava projetado, sentado na
cama, nem olhei para o meu corpo porque sabia que perderia a oportunidade de
testar se tudo aquilo era real mesmo.
Olhei
para o teto e disse: "vamos ver se eu atravesso o telhado!" - e, flutuei.
Assim que me vi volitando sobre a minha casa, a
sensação de alegria que me envolveu naquele momento era indescritível.
- Nossa!
E agora,
como faço para voar?! - estava agoniado, sem
saber o que fazer.
Como um marinheiro de primeira viagem, eu
arrisquei sem medo.
Mirei um trajeto além duma árvore e me joguei
para frente.
Aí, a coisa ficou preta.
Eu parecia uma bala de canhão - igual aquele do
homem-bala do circo - atravessando casas, árvores... tudo!
Era cômico demais me ver girando de forma
descontrolada.
Estava sem controle e solto no ar.
Mesmo nesta situação eu mantinha a minha
lucidez e pensava... tentando achar um jeito de encontrar uma solução.
Estava rodopiando como um parafuso quando me veio à mente os filmes que eu assistia
na TV e, adivinhe qual?
-
As aventuras do Superman!!!!!!!!! –
Filme antigo, ainda em preto e branco, mas dava
para o gasto e
naquele instante eu disse para mim mesmo:
- Por que
não!?... –
E tentei aquelas manobras, usando mais a minha
imaginação.
E deu certo.
Assumi o controle da situação e comecei a fazer
vôos mais aerodinâmicos.
Meio patético para dizer a verdade, mas
funcionava.
Depois de algum tempo fazendo treinamentos, indo de um
lado para o outro me veio uma pergunta terrificante:
"Meu
Deus, e agora?
Como é que
eu paro isso?
Onde é o freio?!!!"
Pronto... lascou-se!
Olhava tudo em volta, não tinha como me agarrar
em nada... nada mesmo!
E olhava para baixo... era alto demais... seria
uma aterrissagem desastrosa, perdi a coragem de fazer a tentativa.
E o tempo foi passando...
Pouco depois caiu a ficha.
Se eu estava projetado, então não teria
problema algum.
Morrer eu não ia... e ria disso.
Então
olhei para baixo novamente e pensei:
- "Só
vai ter um jeito de acabar com isto, até que aprenda outra forma da próxima
vez. Já que este meu corpo aqui não pode se machucar, então lá vou eu!".
E fui.
Desci com toda a velocidade na direção do chão.
De cabeça mesmo.
Senti me espatifar todo!
No mesmo instante acordei todo assustado no meu
corpo físico... e ri tanto disso, que sempre me lembro disso quando o assunto é
projeção.
Com o tempo fui fazendo diversos testes sempre
com a intenção de aprender a lidar com este novo corpo que havia descoberto.
Continuava estudando e pesquisando cada vez
mais.
Quando completei os meus dezoito anos, a minha
vida sofreu uma guinada incrível com sérios acontecimentos que acabaram
bloqueando todas essas experiências e segui outro caminho focado mais na vida
material.
Apesar de tudo não perdi os "dons"
que possuía.
O nível da minha clarividência permanecia
inalterável,
somente que passei a ficar calado e não me
abrir muito sobre o que eu via.
As visões sobre o futuro continuam sempre
presentes no meu cotidiano e muitos amigos e colegas, já não duvidavam mais
quando eu os alertava sobre fatos que iam ocorrer na vida deles.
Aconteciam.
O meu lado intuitivo estava sempre ativo, fazia
parte de mim mesmo de uma forma bem natural.
E foi assim que segui o meu caminho dali em
diante,
afastado das minhas pesquisas e me sentindo
contrariado em tantas ocasiões, quando via meus livros sendo rasgados e jogados
no lixo.
Durante
muito tempo aguentei tudo em silêncio até que aos 28 anos de idade, tive uma
das mais lindas visões da minha vida.
Eu poderia realizar os meus sonhos e ideais,
mas teria que "pagar" um preço muito alto.
E naquela época, isso me causou uma das maiores
dores na alma.
Mas eu tinha uma escolha.
E, escolhi viver o meu sonho.
Desde a época dos meus 18 anos, eu vinha
deixando um rastro de conquistas e perdas incríveis.
Nada dava certo no final.
Após anos de labuta, construindo uma vida
melhor no lado profissional e empresarial, chegava ao ponto de ter sucesso e,
quando era para usufruir os frutos do meu trabalho,
vinha um terremoto e devastava tudo.
Simplesmente me tiravam aquilo que havia feito
com muito amor e carinho.
Eram perdas desoladoras que me entristeciam
muito.
Mas
apesar de tudo, eu seguia em frente.
E foi nesta caminhada que acabei indo para o
Japão.
Depois de muitos problemas em Brasília, surgiu
outro no Japão.
O meu pai estava doente e, a minha família me
incumbiu de ir até lá busca-lo.
Fui.
Nunca
imaginei o que me esperava do outro lado do planeta.
O foco da minha viagem para aquele país nunca
fora fazer um "pé
de meia", pelo contrário.
As circunstâncias ocorriam de uma forma que não
tinha como fugir delas.
Eram compromissos atrás de compromissos que
surgiam um atrás do outro e que acabaram por me "prender" no Japão.
Se
era para ficar apenas 6 meses lá, permaneci por quase 16 anos.
O "cara" que
um dia havia saído de Brasília de uma forma,
voltava anos depois de outro jeito, totalmente
transformado, que nada mais tinha a ver com aquela personalidade anterior.
Era um paradigma que só!
No Japão, tive as mais lindas e maravilhosas
descobertas no campo da espiritualidade humana e foi em Okinawa que desvendei todo o meu passado, a minha história neste
planeta chamado Terra.
Uma história - parte dela revelada por Ramatís - que ultrapassa milhões e milhões de anos.
E, também, foi ali naquele país do sol nascente
cuja energia é carregada de pura espiritualidade que aprendi a fazer diversas
formas de projeções de consciência, na companhia de um mestre daquele país, que
havia desencarnado pouco antes do meu nascimento nesta vida atual.
Foram tantas experiências vivenciadas de forma
consciente e lúcida.
Sempre dentro deste contexto.
Estava lá para um aprendizado intenso.
Quando escalei aquele monte sagrado, o Fujisan, não imaginava naquela época que ali, bem acima da boca do
vulcão havia um imenso templo dourado e violeta, que anos depois fui informado
que era do segundo e do sétimo raio.
Foi neste templo que recebi as primeiras
iniciações no Japão, projetado no corpo astral.
Logo após o evento do meu despertar da
consciência física,
que as minhas projeções se intensificaram e
tornaram-se diárias, fazendo parte do meu cotidiano.
E estava nesta rotina quando o comandante Ashtar me "convocou" para fazer parte das operações de resgates.
A partir daí não parei mais.
Até hoje, quando há necessidade de um trabalho
do "outro
lado", lá estou eu, trabalhando.
E considero o mais lindo aprendizado no campo
da espiritualidade.
A participação consciente nos trabalhos
inter-dimensionais.
De tudo já aconteceu no plano astral.
Até batalhas que já foram travadas lá eu
participei.
Nos últimos anos, tem havido tanto trabalho do
lado de lá,
que às vezes mesmo trabalhando no plano físico,
saía para atuar no astral, mantendo as duas consciências de forma lúcida.
Até meus colegas de trabalho, viviam
perguntando o que estava acontecendo comigo, porque sempre me achavam estranho
quando eu estava projetado.
Como não entendiam o que ocorria, eu ficava em
silêncio
Ultrapassar os limites da terceira dimensão que
é composta destes quatro mundos inferiores - o físico, o astral, o mental inferior e o
etérico -, foi outro acontecimento surpreendente.
Não há limites, pois o universo é infinito e a
capacidade de avançar para outras dimensões vai depender muito da aceitação e
do fato se se acostumar a acreditar na grande realidade que há vida fora da
terceira dimensão.
E uma vida abundante e uma sociedade cósmica
impressionante.
As histórias das minhas experiências sobre a
projeção,
acumuladas durante décadas, não podem ser
resumidas neste pequeno espaço, nos artigos que escrevo, porque seriam
impossíveis de descrever em detalhes essas maravilhosas vivências, das quais
mantenho apenas na minha memória, como um arquivo vivo.
E
como se diz no ocultismo:
"Quanto
maior o conhecimento, maior a responsabilidade!"
E, assim é.
Falar sobre a projeção astral - assunto
abordado na projeciologia - é um tema fascinante.
Acredito sinceramente que esta técnica promove
um grande avanço no campo da espiritualidade, principalmente porque há uma
espécie de impacto no projetor, cujo choque o faz acordar para uma nova
realidade e, queira ou não acaba rompendo um dos grandes "nós", que impede uma pessoa de se libertar da prisão do corpo
carnal.
O medo latente no inconsciente do ser humano é
um fato.
Ninguém duvida disso.
Agora, quando o projetor se vê num outro corpo - o astral
- que é o que ele vai prosseguir em sua
caminhada após o desencarne, fica sabendo na "própria pele", o que é a ilusão da morte física.
Depois dessa experiência perde de vez o medo de
"morrer"
Não necessita mais de doutrinas para orientar a
sua jornada terrena, porque quebrou um paradigma que o impedia de compreender o
propósito da sua vida neste mundo.
Com esse conhecimento um projetor sério e
dedicado deixa de focar totalmente a sua vida no plano material e entra também
para o mundo espiritual, onde aprende uma nova forma de conduzir a vida e, como
se manifestar de forma correta, tanto em pensamentos, em sentimentos e, em suas
atitudes diárias.
A convivência e as suas relações com as pessoas
e o ambiente em que vive, sofre uma transformação diante daquilo que era
considerado um "padrão"
de vida cheio de regras e normas.
A compreensão sobre si mesmo começa a brotar,
levando-o para uma vida baseada no discernimento correto, focado numa nova
realidade de ser.
Como
mencionei num artigo anterior, vivemos num mundo de
terceira dimensão física.
E isto engloba na verdade quatro planos
existenciais e,
cada um desses planos se subdivide em vários
níveis
- espécies de camadas -, cujas frequências e vibrações foram criadas pelo próprio
ser humano, em suas diversas encarnações terrenas.
Então são criações humanas.
No
projeto original havia apenas sete camadas em cada plano, mas a humanidade como um todo contribuiu nas criações
posteriores.
Até onde pude observar por minhas próprias
experiências,
atualmente, as subcamadas ultrapassam em mais
de duzentos níveis.
Tanto para cima como para baixo, ultrapassando
os "umbrais" e caindo além dos "abismos" nos
fundos dos oceanos.
Voltando ao tópico sobre a projeção astral, as
minhas pesquisas neste campo tornaram-se interessantes com as novas descobertas
que eu mesmo vivenciei ao longo da minha caminhada.
E,
é disto que gostaria de comentar neste tema.
As minhas experiências com as projeções das
consciências.
Andei pesquisando muito sobre este assunto e
encontrei muitas respostas confusas e complicadas até para mim mesmo.
O
assunto difere um pouco sobre a projeção astral, mas
a finalidade de ambas é sempre com o mesmo propósito.
Aprender.
Tudo
começou no ano de 2000 quando estava em Brasília
trabalhando na empresa de um amigo meu.
Numa visita de rotina a um cliente, fui
abordado por um dos diretores que havia visto o meu nome registrado na
recepção.
Convidou-me para ir até a sala dele e perguntou
se eu conhecia uma certa pessoa.
Quando ele disse o nome do meu pai, fiquei
surpreso, mas confirmei que era o filho dele.
Então esse
diretor começou a explicar que era kardecista e que numa reunião lá no centro
ficou sabendo que o meu pai já era esperado no mundo espiritual há mais de dois
anos.
O meu pai havia sofrido um AVC em
Okinawa no ano de 1992, e desde
então viveu apenas com a metade do corpo paralisado e nos últimos anos, entrava
constantemente em estado de coma, levando uma vida vegetativa.
Suas idas a uma UTI eram frequentes.
Quando voltei para o Japão no início de 2001, a
situação do meu pai me intrigava muito.
A
pergunta que sempre martelava a minha cabeça era:
"o
que prendia o meu pai naquele corpo inerte?"
E a resposta somente veio três anos depois
quando recebi um telefonema do Brasil avisando que o meu pai estava na UTI e
que a situação era gravíssima.
Estava em casa quando a notícia chegou e fiquei
sem ação.
Queria estar lá, mas estava do outro lado do
planeta.
Com a ajuda de uma pessoa amiga, que naquela
época vivia no Japão, aprendi
uma nova forma de fazer a projeção astral.
O fato de estar nervoso, agitado, complicava
tudo, porque não conseguia entrar num estado de relaxamento.
Levantei-me do "tatame" e
sentei-me numa poltrona.
Uma
voz interior simplesmente me disse:
"Vai!".
E
eu respondi:
"Como?!".
A
resposta foi curta:
"Vá!".
Então fui.
No mesmo instante estava lá na UTI do hospital
no fim da W3 Sul, em Brasília, ao lado da maca onde o meu pai tentava se
levantar naquele instante, no plano astral.
Havia dois padioleiros bem próximos e uma luz
iluminando um portal naquele ambiente.
Da última vez que havia visitado o meu pai, ele
estava péssimo, com o corpo físico totalmente inutilizado.
Mas vê-lo agora ali, sorridente, bem disposto,
era maravilhoso!
Fiquei emocionado com a cena.
Enquanto ele ficava de pé ia conversando comigo
e passando suas mensagens para a família que estava deixando para trás.
No
final, acrescentou umas frases e disse que eu sabia do que ele estava falando.
E quando os padioleiros estavam colocando o meu
pai na maca, eu vi um clarão intenso e assisti o meu pai sendo puxado de forma
violenta para o corpo físico.
Aquilo foi demais para mim.
Foi um choque e tanto que acabou me trazendo de
volta ao meu corpo físico no Japão.
Ao me recobrar do susto, tremia muito e não
sabia o por que.
Naquele instante chamei a mulher com quem vivia
na época e disse para ela que eu estava indo para o Brasil.
No dia seguinte consegui a passagem e embarquei
dois dias depois.
Assim que cheguei a Brasília fui direto para o
hospital e,
aproveitando que a família estava toda reunida
ali, avisei que a minha vinda estava relacionada ao propósito de libertar o meu
pai daquele sofrimento inútil.
Ao vê-lo, chorei.
Estava somente em pele e osso.
Nem parecia mais um corpo humano.
Quando peguei em suas mãos, imediatamente senti
uma pressão dos seus dedos me envolvendo e ao olhar para ele,
suas pálpebras se abriram e vi lágrimas
escorrerem e, sem
mexer os lábios ele disse:
-
Filho, me liberte desse sofrimento!
-
Comovido eu apenas sussurrei:
- Eu vim aqui para isso, pai!
À tarde fiquei sentado ao lado do meu pai que
estava em coma, observando tudo o que acontecia em sua volta.
Aquela cena no astral, que havia assistido
explicava a causa do meu pai nunca ter podido ir embora deste mundo.
E precisava descobrir o que o tinha puxado de
volta com tanta violência.
Estava absorvido nestes questionamentos quando
uma enfermeira entrou para trocar o soro.
E na sequência a minha mãe se aproximou dela e
começou a falar e, a contar o que ela fazia sempre que o meu pai entrava em
estado convulsivo.
Enquanto ela falava eu conseguia rever cada
cena que havia ocorrido ao longo destes 12 anos enquanto o meu pai ficou
imobilizado numa cama.
Aí
foi que descobri tudo.
Estava chocado novamente.
Assim que a enfermeira saiu do quarto e na
presença de uma irmã, de um tio e de uma tia, eu chamei a minha mãe e comecei a
conversar com ela de forma serena, evitando magoá-la.
E quando disse que era ela que vinha prendendo
o meu pai naquele corpo inerte, ela entrou em desespero e foi embora.
Quando todos saíram do quarto, eu havia ficado
escalado para permanecer com ele até que outra irmã que ia ficar de plantão
naquela noite, viesse me substituir.
Sozinho no quarto com o meu pai comecei a
conversar com ele, mesmo ele não podendo me responder, sabia que ele estava me
ouvindo.
Contei para ele o que ia fazer e passei as
orientações que havia recebido para onde ele seria levado, quanto tempo ficaria
adormecido até se recuperar e como era o lugar onde estaria internado no mundo
espiritual.
Em seguida comecei a fazer o desligamento
espiritual dos cordões que ainda prendiam o corpo astral no corpo físico.
Quando terminei, ficou apenas um fio que se
desvaneceria em algumas horas.
Ele precisaria deste tempo.
Esperei então a chegada da minha irmã e quando
ela veio,
eu
lhe disse:
- Mana... como você é espírita não tinha pessoa
melhor para estar com o pai esta noite.
Hoje você vai presenciar algo e não se assuste.
O pai vai embora logo e até o amanhecer ele já
não estará mais aqui.
Deixei estas orientações e fui embora para casa
descansar.
Fora uma viagem longa e estava praticamente sem
dormir.
Ao amanhecer a minha irmã liga do hospital e
avisa que o pai havia falecido.
Seis meses depois, passei a reencontrar o meu
pai no mundo espiritual e o grande presente que recebi no meu aniversário lá no
Japão no ano seguinte ao seu desencarne,
foi uma visita surpresa por parte dele.
Neste dia ele veio até o meu apartamento, disse
palavras de gratidão, e me homenageou com um abraço "tão
apertado", cuja energia era de puro amor.
A emoção era forte demais.
Chorei o dia inteiro, depois que ele se foi.
Após a partida do meu pai, a minha vida no
Japão entrou na reta final.
E toda aquela experiência abriu outros
questionamentos sobre a nova descoberta de como fazer projeções da consciência
e não mais aquela forma de projeção astral que vinha fazendo até então.
Dentro das fábricas começaram a ocorrer
encontros com seres desencarnados, que simplesmente apareciam na minha frente.
Estavam perdidos, confusos e sem saber para
onde irem.
Acabava levando todos eles para os hospitais
espirituais.
A cada caso que ia surgindo, a minha
curiosidade aumentava.
O que
estava acontecendo comigo?!
Comecei a pesquisar mais sobre o assunto, mas
nunca conseguia encontrar respostas plausíveis.
Sempre busquei conclusões técnicas, soluções
práticas.
Nunca aceitei dogmas ou processos complicados.
A simplicidade para mim era tudo que sempre
busquei na minha vida.
Aprendi a ser assim, apenas observando a
própria natureza.
Tudo é simples!
Quando fui chamado para participar das
operações de resgate promovidas pelo comando Ashtar, jamais
poderia imaginar que as experiências que iria viver, seriam as respostas para
tantas indagações.
Comecei a observar tudo, estudando cada detalhe
de como as coisas funcionavam.
Percebia nitidamente e com tanta lucidez os
movimentos que fazia no plano astral em todos os níveis que participava.
Quando me vi projetado com a minha consciência
mental, a resposta veio.
Nunca tinha visto aquilo, muito menos
vivenciado uma experiência daquela.
A partir da minha projeção mental eu assistia o
meu corpo astral em ação, atuando em todas as frentes.
Gravava tudo na minha memória.
Registrava tudo.
E quando voltava ao meu corpo físico, anotava
as minhas descobertas.
Ponto por ponto.
Nas operações que se seguiam, ia fazendo novas
experiências com esta incrível novidade.
Havia
desvendado algo inusitado.
E isto prometia muito.
Passei a analisar sobre tudo o que havia
estudado até aquele momento, refletindo muito sobre como utilizar esta nova
forma de projeção.
A última indagação era como isso seria
possível.
Uma das verdades que tinha plena certeza sempre
foi a de que se, a conscientização de algo, era um passo importante para a cura
de uma doença, então servia também para quebrar velhos paradigmas.
Retornei aos meus estudos sobre o plano
espiritual como um todo, remontando os esquemas que tinha traçado no passado.
Como
sabia que existia a Lei da Ordem que regia o
nosso universo, parei neste ponto.
Analisei todo o quadro sobre uma nova
perspectiva, agora visualizando de cima para baixo, o nosso processo de
involução.
Pronto.
Ali
estava a resposta.
Para ter certeza virei o quadro de cabeça para
baixo.
Ficou comprovada a teoria que havia feito.
Como faltavam os testes práticos, comecei a
treinar neste novo processo.
Sempre fui a "cobaia" de
mim mesmo.
A princípio fiquei um pouco perdido e confuso,
mas fui em frente.
As técnicas eram tão simples que comecei a
praticar com algumas pessoas amigas, que viviam tanto no Japão como no Brasil.
Os resultados foram maravilhosos, embora eu
precisasse de mais tempo para por em prática uma série de variações, porque
havia ultrapassado a barreira da terceira dimensão.
Os artigos que escrevo sobre as dimensões e os
quatro corpos inferiores mostram os instrumentos e o campo de ação que a nossa
consciência é capaz de atuar e se projetar.
O
raciocínio é bem simples.
E o sucesso de qualquer empreendimento
precisa-se de práticas constantes e, sendo algo novo, há a necessidade de se
quebrar tabus.
A mente física tridimensional está tão
cristalizada com dogmas e crenças, condicionadas desde a infância, que ficam
quase impossíveis essas mudanças de paradigmas.
O primeiro ponto a observar para se estudar é
usar o termo científico.
Separar tudo.
Fragmentar novamente e analisar as partes.
Começando
pelo fato de que a terceira dimensão é composta por quatro mundos inferiores.
Não
confundir com quarta dimensão, porque não tem nada a
ver.
Em cada mundo há uma consciência se
manifestando.
Então não adianta - o que é comum esta confusão
- querer
projetar a consciência física para o plano astral.
Ela, simplesmente não funcionaria ali.
A consciência física encarnou num corpo físico,
por isso só funciona com um corpo material de carne e osso.
O corpo astral é constituído do material do plano
astral e sua consciência tem as mesmas características.
Falando apenas destes dois planos, vamos ao que
interessa
A encarnação das consciências ocorre de "cima" para "baixo", ou seja, é comprimida de fora para dentro.
A matéria física é uma energia totalmente
densificada, através da pressão gravitacional.
É o mesmo que pegar um peixe da superfície e
empurrar ele para o fundo de um oceano.
Vai
implodir se não possuir um corpo adequado para alta pressão.
O corpo físico do ser humano é para viver "no
fundo do oceano", enquanto o corpo astral é para viver em águas
rasas da superfície do mar.
A dificuldade para fazer a projeção astral com
tanta frequência de forma consciente relaciona-se ao fato de querer levar a
consciência física junto com o corpo astral.
É só focar a transferência para a consciência
astral que o projetor vai estar lá.
"Onde
o pensamento está, é onde você vai estar!"
Se a tua intenção é estar no astral, basta
pensar.
A
consciência astral é ativada e, nisso ela se veste do
seu próprio corpo, o astral.
Esta é a sequência normal das coisas.
Não tente separar o corpo astral do físico com
a consciência física.
Isto vai prender um corpo no outro.
Anule a consciência física e focalize na
consciência astral, e tudo vai ocorrer de forma natural.
No
processo involutivo - na encarnação de uma alma - o corpo etérico é o registro de memória de todos os corpos
gravados no nosso DNA, portanto num "nascimento", este corpo já está pronto.
Por isso, necessitamos apenas de nove meses de
gestação - 3
para cada corpo - para a formação do corpo físico
tridimensional e, não
de doze meses como seria o processo verdadeiro,
seguindo a lei da criação.
A consciência mental é a primeira a se "vestir" de um corpo, seguida pela consciência astral, com o seu
respectivo corpo e, por último a consciência física num corpo carnal.
Analisando este processo, percebe-se que o
corpo mental envolve o astral, e este, o corpo físico.
Aí se vê que o último está confinado no "fundo
do saco".
A lógica neste caso, para um projetor é estar
consciente disto, porque este conhecimento facilitará qualquer atividade de
projeção.
A consciência física tem percepção apenas do
seu plano de manifestação, enquanto a do astral consegue perceber seu próprio
plano de existência, além daquela que está "abaixo" dela,
por estar na verdade, contida nela.
Esta situação se aplica perfeitamente à
consciência mental,
com
uma diferença: o plano mental se subdivide em duas partes,
quatro níveis inferiores e três níveis superiores.
Na encarnação, a alma - ego -, permanece
somente nos quatro níveis inferiores do plano mental, que é o limite da "roda
de samsara".
Então a partir do corpo mental, a sua
consciência pode transpor os limites da terceira dimensão, e vivenciar outras
experiências interdimensionais.
É elevar esta consciência mental de terceira
dimensão para vibrar nas frequências do quinto plano mental, que o projetor vai
conectar com a sua consciência superior,
conhecido como o mentor espiritual de um ser
encarnado, e através desta consciência poder "viajar" para
além da quinta dimensão.
A atuação de um projetor astral vai ficar
limitada dentro desse próprio "universo", que não ultrapassa muito além da órbita lunar.
O plano mental inferior cobre parte do nosso
sistema solar.
E é com o mental superior que um projetor pega
um "elevador"
para visitar a imensidão cósmica, onde
consegue contatar todas as esferas de vida - extraterrestres -,
descobrindo através de suas vivências e
experiências, a sua origem estelar, desvendando o grande segredo de quem somos,
de onde viemos e para onde vamos!
Para
finalizar é importante salientar um exercício que se torna fundamental em
qualquer experiência extrafísica.
Desbloquear a mente física sobre o rótulo que
colocaram sobre a visualização, dizendo que a imaginação é uma fantasia, quando na verdade, tudo isto se
relaciona à tela mental que é o instrumento do corpo mental, assim como
o cérebro é o receptor da corpo físico.
Esta informação é apenas um pequeno detalhe, mas que fará uma profunda mudança no foco da percepção extra-sensorial.
Paz!
Shiwa