Rendo
Graças ao autor desta imagem
O FOGO DO AMOR
SRI AUROBINDO
ABRIL DE 2016
Quinta-feira, 21 de abril de 2016
EU SOU SRI
AUROBINDO.
Irmãos e irmãs
encarnados, comunguemos, juntos, primeiramente, no azul celeste do Éter.
…Silêncio…
Eu vim para vocês, hoje,
para partilhar com vocês certo número de elementos concernentes ao Fogo do Amor,
tal como eu tentei descrevê-los, em numerosos poemas e em numerosos textos,
quando de minha encarnação.
O Fogo do Amor, o Fogo do Coração preenche tudo.
Ele não deixa mais espaço
para outra coisa que não o Amor.
O Fogo do Amor nada mais é do que uma alegria sem suporte, sem objeto e sem causa, que
nasce por si mesma e que se mantém, ela mesma, no peito,
no Coração do
Coração.
No momento em que se vive
o Choque da humanidade, não há mais do
que duas possibilidades, em definitivo: consumir-se na alegria do Amor e de
seu Fogo ou permanecer encolhido no medo.
O Fogo do Amor é uma alegria inextinguível que não para, jamais, que lhe dá, sempre,
ainda mais sede e, no entanto, apazigua todas as sedes.
No Fogo do Amor
não existe lugar algum para a divisão ou para a exclusão.
Inúmeros de vocês, irmãos
e irmãs, que não descobriram, ainda, esse Fogo do Amor, vão vivê-lo.
Nesse espaço e nesse
momento, não pode mais existir a mínima relutância ou o mínimo obstáculo a esse
Fogo
devorador, que põe fim a todas as ilusões e a toda projeção, em qualquer esfera
que seja.
Nessa última morada não
pode persistir o mínimo erro, a mínima dúvida, a mínima interrogação.
A evidência do Amor
transcende, completamente, os limites da pessoa, o próprio sentido de outra
coisa que não o Amor.
Esse amor é Liberdade, e vocês sabem disso, ele não depende de
qualquer circunstância, de qualquer evento mesmo.
E, no entanto, quando do Choque da humanidade, que representa um evento
considerável, numerosos são aqueles de vocês, irmãos e irmãs humanos, que verão
a vida, seu mundo, com um olho novo, liberando, assim, todos os véus da ilusão.
A hora é para o Amor, a
hora é para essa alegria que nada mais busca do que ser ela mesma e crescer,
sempre, até o infinito e até o indefinido do Absoluto.
O Amor é nutrição.
O Fogo do Amor sustenta-os e põe fim a errância e a toda luta.
É a rendição total da
história da pessoa, da história humana, que dissolve, assim, todas as
aparências, todas as crenças e todos os desejos, porque não pode existir o
mínimo desejo no Fogo do Amor.
Ele nutre cada
interstício do corpo de carne, como de todos os envelopes.
Inúmeros de vocês, agora
e já, pressentem o que vai desenrolar-se.
Daí decorre seu próprio Face a Face
e, talvez, seus últimos lutos, que põem na luz seus últimos apegos, seus
últimos medos.
Não olhem o medo, olhem a
Alegria e olhem esse Fogo, que dança em seu peito.
Deixe esse Fogo tomar
todo o lugar, o que revela sua natureza ígnea, o Espírito Um.
O Amor e a Luz apenas podem ser
Alegria e Paz.
Esse amor não conhece
qualquer limite.
Assim é o Fogo do Amor.
Foi-lhes repetido, muito
tempo, que cada coisa estava, doravante, em seu exato lugar, e que não há
melhor lugar para cada um de vocês para deixar o Fogo do Amor investir e
tornar-se a realidade de seu ser.
Quaisquer que sejam as
dificuldades ou quaisquer que sejam as facilidades,
seu reconforto e a
ampliação de sua alegria não poderão mais ser encontrados no exterior, mas
poderão provir apenas do interior.
O Fogo do Espírito põe fim à opacidade e reforça sua clareza,
mesmo se ela esteja, para alguns de vocês, tingida, ainda, de apreensões, o que
faz com que sua consciência limitada agarre-se à existente, aos desvios
passados que ressurgem, por vezes, de maneira inesperada.
Olhem isso, não para
interessar-se, mas para ver o Fogo do Amor pôr fim, na graça e na elegância, às
desordens da pessoa.
O Fogo do Coração é o coração da Fonte, o lugar da aliança, que
jamais foi rompida.
Aí está o pão de Vida, o pão de
Verdade.
No Fogo do Amor
não há mais vida nem morte, nem nascimento nem falecimento, há apenas o
instante, que é Eternidade.
A cada olhar, a cada
sopro, a cada sonho, do mais ínfimo dos átomos às dimensões as mais elevadas,
não há mais diferença.
O Fogo do Amor
desagrega tudo o que resiste, e varre o que deve sê-lo, para restituí-los a
vocês mesmos.
A fusão dos Éteres, de
que eu havia falado há numerosos anos, atualiza-se, hoje, em vocês, através do
desaparecimento, da dissolução do efêmero e da revelação de seu corpo de
glória, o corpo sem costura, o corpo imortal lavado no sangue do cordeiro, o
que faz de vocês nascidos de novo.
Aquele que é renascido
não pode mais ser enganado nem enganar-se por qualquer ilusão que seja, por que
o Amor em seu Fogo é o Caminho, a Verdade e a
Vida.
A cada instante novo,
cada instante renovado nas primícias que vocês vivem há, sempre, esse apelo do
Amor e para ouvi-lo, no mais profundo de seu peito, há circunstâncias
preliminares.
Tudo isso lhes foi explicado: a humildade, a simplicidade, o silêncio
interior, a espontaneidade, o movimento e a imobilidade.
Numerosas portas abrem-se.
São as últimas Portas que
se ativam nesse corpo perecível e, entretanto, sempre testemunho do deus vivo,
que não é outro que não vocês.
Como vocês sabem, nós
intervimos, durante este período, cada um por seu turno, para inúmeros Melquisedeques,
para ajustar e aperfeiçoar o que lhes parece, ainda, haver a aperfeiçoar e a
ajustar.
O Fogo do Amor não
demanda qualquer esforço.
A Alegria não demanda qualquer
esforço.
Há, simplesmente, que
dizer «sim».
«Sim» a Cristo,
«sim» à Vida, sem limite e sem condição e sem restrição.
É claro, hoje, minhas
palavras colocam-se diferentemente em vocês, porque a Graça e o Espírito do Sol
regem nossos reencontros e nosso Fogo de Amor comum.
A Luz convida-os à vida,
sua vida aqui mesmo e aqui embaixo convida-os, também, à verdadeira Vida no
Único, na Eternidade.
A Luz torna-os livres, se vocês
aceitam a Liberdade.
Na alegria do Fogo do Amor
não pode mais existir a mínima oposição ou o mínimo antagonismo entre vocês e a
verdadeira Vida.
Tudo, então, torna-se
pretexto para a Alegria e para a verdade do Amor,
qualquer que seja o preço
disso, nesse corpo ou nessa alma.
Vocês são, todos,
convidados ao banquete celeste, não há qualquer exclusão e qualquer condição.
Isso cabe apenas a vocês,
e caberá, cada vez mais, evidentemente, apenas a vocês, na solidão de seu
coração, na solidão de sua pessoa, o que os leva,
sempre, ao essencial,
quaisquer que sejam seus reencontros e quaisquer que sejam seus contatos na
natureza ou entre seu mundo e nosso mundo.
No Fogo do Amor
e na alegria do Amor nada há a demonstrar, nada há a dizer e, no entanto, tudo
pode ser dito.
Há apenas o canto e a
dança da Vida que se exprimem por seu corpo, por seus olhos, por sua boca, mas,
antes de tudo, por seu coração.
Nada pode parar isso,
nenhuma vontade, nenhum astro, nenhuma lei,
nenhuma moral, o que os
põe a nu, e é assim, posto a nu, que vocês reencontram a Essência.
Então, o fogo de alegria
cresce, a alegria pode aparecer ao mesmo tempo em que o Silêncio.
A vida inteira torna-se
oração e meditação, quaisquer que sejam as circunstâncias estrondosas do Choque da humanidade.
Tudo o que lhes foi dito,
durante esses anos, como ancoradores de Luz e semeadores de Luz, trouxe-os até
esse ponto.
Não há progressão nem
recaída, há, simplesmente, desaparecimento do que obstruía e que impedia de
vivê-lo.
O Fogo do Amor dá-lhes a
inocência da Infância, na qual tudo é espontâneo,
na qual tudo é claro.
Vai aparecer-lhes, cada
vez mais claramente, que o tempo veio enfrentá-los, vocês mesmos, não em um
combate, mas na solidão de seu ser, para romper as últimas dependências e
deixar emergir a verdadeira Liberdade, aquela que não se acomoda com qualquer
lei, com qualquer condição nem qualquer restrição.
Vocês e nós, os dignos
filhos da Fonte, Fonte, nós mesmos, estamos juntos no mesmo Face a Face.
O último apelo, no
entanto, já ecoou para inúmeros de vocês, o que lhes dá, por vezes, a viver o
luto de sua própria pessoa em sua história passada e em seus medos futuros, o
que os despoja de tudo o que não é vocês, de tudo o que não é verdadeiro.
O Amor-fonte é, efetivamente, fonte
de tudo.
Não pode mais existir,
então, ambivalência, escolha ou qualquer vontade de livre arbítrio.
Aí está sua verdadeira
liberdade, aquela do Fogo que põe fim ao que é falso, e o que não está quente é
reaquecido pela Vida.
As Portas que se abrem, e
que são as últimas, dão-lhes a ver mesmo a ilusão dessas Portas e a ilusão
desse corpo, como desse mundo.
Porque, naquele momento,
vocês se tornam os faróis que acolhem, na mesma paz, tanto o amigo como o
suposto inimigo.
No Amor, como eu disse,
não há qualquer lugar para a divisão, para a oposição ou para a dúvida.
A dúvida pertence, de
maneira irremediável, ao que nasceu um dia e que morre um dia, na sequência
dessa vida aqui embaixo.
O Fogo do Amor chama-os a abrir-se e a deixar-se abrir, pelo perfume do Amor e as
brasas da Alegria alimentadas, sem cessar, de um Fogo novo.
Talvez, vocês sintam as
primícias do que vem e que já está aí.
Então, eu lhes digo, como Ele disse, há dois mil anos:
«Paz, Paz a vocês. Paz no Amor, Paz
na Alegria.».
Tudo provém daí, todo
problema não pode persistir no Fogo da Alegria.
No azul celeste, sua
visão torna-se afiada, ela se torna global, e engloba tudo com o mesmo Fogo de Amor
e a mesma Alegria.
Nenhuma tristeza pode
permanecer e instalar-se.
Nenhuma pessoa pode
impedir isso, exceto vocês mesmos.
Acolham, acolham, no
sentido profundo do sacrifício que vocês vivem, que os conduz ao sacro e ao
sagrado.
Talvez, vocês sintam as
primícias de que o momento veio depositar os últimos fardos, os últimos
temores.
Para isso, vocês não têm,
mesmo, que colocar, vocês mesmos, o que os obstrui, mas, simplesmente, deixar
esse fogo de alegria agir livre e espontaneamente.
Como vocês sabem, também,
a Ascensão desenrola-se, nesse momento mesmo, para alguns de vocês.
A própria Liberação
começa a aparecer, apesar das dores aparentes desse parto, que nada são, porque
qualquer que seja a densidade delas, essas aparências serão consumidas sem
resíduos e sem lamentos pelo conjunto da humanidade, em qualquer evolução que
seja, se é que alguns de vocês ou inúmeros de vocês tenham, ainda, necessidade
da ideia de uma progressão,
de uma melhoria, do que
já é perfeito, no entanto, de toda a eternidade.
Em toda circunstância de
sua vida, a alegria do Amor chama-os e chamará,
cada vez mais, a apenas
vê-la na única ação possível do Fogo do Amor, e vocês se reencontram, assim, no
Ilimitado do Espírito e no fogo de alegria do Amor.
A Luz desvenda-se, então,
no exterior de vocês, em seu ambiente.
Qualquer que seja o
obstáculo, qualquer que seja a dor, quaisquer que sejam as regras ou as leis,
tudo isso é levado como simples palha, o que libera seus olhos e libera seu
coração.
Não se trata, simplesmente,
de confiança, não se trata, simplesmente, de fé, mesmo a mais sagrada, mas,
sim, a evidência do que há a viver, quaisquer que sejam a agitação e o tumulto
do mundo, que lhes dá a ver onde está o Verdadeiro e onde está a Verdade que
não pode existir em qualquer limite,
como em qualquer
experiência, o que põe fim ao jogo da própria experiência, na qual todos os
movimentos são vistos e, no entanto, na qual há a imobilidade na dança do
Silêncio.
Essa abertura representa
o que foi nomeado o masculino sagrado, aquele que não se cortou do feminino
sagrado, da co-criação consciente.
O Fogo do Amor e essa Alegria sem fim são reconhecidos para ser o que vocês são, o que
põe fim a todo sofrimento como a toda dúvida, mas, também, de maneira
indelével, a toda ilusão, o que atualiza, então, o Juramento e a Promessa na
Graça infinita do Manto Azul de Maria.
Cada um de vocês tem o
mesmo presente, mesmo e, sobretudo, se vocês creem estar longe ou indignos
disso.
Então, eu lhes digo:
«Relaxem o que pode estar, ainda,
tenso; soltem tudo a que vocês seguram, não para perdê-lo, mas, sim, para
iluminá-lo e fazê-lo participar do Fogo devorador do Amor.».
Sem querer e sem
decidi-lo, sem implicação, simplesmente, porque essa é a evidência da Graça, o Fogo do Amor
vem colhê-los e vem forjar o corpo de Eternidade.
Cada dia que passa, em
termos terrestres, confortará vocês, qualquer que seja a violência ou a paz, na
inevitabilidade do que já está aí e que demanda apenas manifestar-se em cada um
de vocês.
O Fogo do Amor repõe em ordem a lei do Um e a lei de Graça, aí está a Liberdade.
Qualquer outra liberdade
é vã, qualquer outra posse perde-os.
No Amor, não pode haver
perda, nem mesmo possibilidade de perder-se.
O masculino sagrado é o
desvendamento dessa potência, desse inexorável e desse Infinito em ação, cada
vez mais vasto nesse mundo, que se apoia na suavidade e na força do feminino
sagrado, que trabalha, então, em concerto, na co-criação consciente, livre de
qualquer entrave e de qualquer condição.
No ser, nada mais há a fazer ou a
acreditar fazer.
No ser, há apenas o ser,
esse Fogo
do Amor devorador, essa Alegria que não pode interromper-se e que
parece, mesmo, aumentar, a cada dia, a cada sopro e a cada olhar.
Os profetas de todos os
tempos sempre alertaram sobre a futilidade e avisaram-nos sobre o julgamento,
que não é outro que não o Fogo do Amor,
que vem dissolver o que
não é reconhecido na Graça da Vida.
O Fogo do Amor vem batizá-los e colhê-los, em diferentes ocasiões e de diferentes
maneiras.
Não percam de vista que o
que quer que se desenrole, tudo isso é apenas transitório e que, no final,
talvez, do que vocês chamam, ainda, um túnel, há a Verdade.
A única distância
existente entre vocês e o Fogo do Amor é apenas a distância que vocês creem
ver e que é apenas uma construção de quimera.
O tempo chegou de deixar
o Amor iluminar tudo e queimar, inteiramente, o que pode persistir, porque
privado de Amor ou de um amor condicionado que estaria mascarado.
Em seu Coração do Coração
o Apocalipse entrega-se e entrega-lhes, em qualquer aparência que seja, mesmo
aparentemente contrária ao Fogo do Amor.
Todo atrito é apenas um
momento preliminar ao abrasamento, toda desordem é apenas uma ilusão do
efêmero, que não pode entravar, que não pode resistir ao irresistível fogo de
alegria de que vocês são.
A majestade da vida nesse
mundo, como da vida invisível, aparece-lhes, cada vez mais, cada um ao seu
modo, mas para a mesma obra e o mesmo fim, que é apenas o fim das ilusões e o
fim do que não dura, o que restaura, para cada um, a Eternidade e a
imortalidade do Espírito, porque vocês jamais nasceram e não morrem, portanto,
jamais, porque todas as vidas pertencem, nesse mundo, ao Samsara,
à Ilusão, ao corpo de desejo, desejo que não pode ser, jamais,
preenchido de maneira
definitiva, vocês todos sabem disso.
Nós todos o vimos e
vivemos.
A agitação do mundo
engaja-os a atualizar e a manifestar seu masculino sagrado, seja na paz, seja
na desordem, conforme a harmonia de sua parte feminina e de sua parte
masculina.
Enquanto canta, já, para
muitos de vocês, o canto da Liberdade, em seus ouvidos ou em um de seus
ouvidos, na hora em que se desvendam os povos invisíveis, há apenas que
repousar.
O que quer que vocês
tenham a fazer, o Amor repousa-o e a Alegria alimenta sua vida, mesmo da
pessoa, mesmo do efêmero, ainda, por um tempo.
Mas o abrasamento do Amor
porá fim, também, a isso, com leveza, com evidência, e sem ter necessidade de
chorar, de algum modo, qualquer perda que seja, porque não houve, jamais,
perda, havia apenas a ideia e o pensamento da perda.
Porque, no Amor, nenhum
amor pode ser perdido, nem mesmo negligenciado; porque, no Amor, nada pode ser
imperfeito e nada pode ser escondido.
Lembre-se, irmão ou irmã,
lembre-se, agora, do Amor que você é.
Lembre-se do Alfa e do Ômega, aqui e
agora.
Acolha e recolha o dom da
Vida e o dom da Graça, o dom do Amor em um Fogo que queima de ardor e de Luz.
Escute, no silêncio, a
criança recém-nascida.
O azul celeste da Verdade é um bálsamo que vem colocar-se em sua eternidade e em seu efêmero.
Hoje, não ouça,
unicamente, as minhas palavras, não ouça, unicamente, o sentido de minhas
frases.
Vá além, ainda mais
profundamente, ao centro de seu coração.
Ele o espera, já, como
você se espera também.
Nada lamente, porque o
lamento é peso, enquanto o Amor é leveza.
Acolha e, sobretudo,
aceite o que você é.
O Fogo do Amor e o Fogo da Alegria reanimam, em você, a chama perpétua que ilumina
toda consciência, como todo mundo.
Assim, cada sopro de seus
dias preenche-se do Amor da núpcia alquímica.
Assim, a Alegria cresce e
emerge, mesmo em sua pessoa, tal o orvalho que se deposita sobre as folhas.
Vire-se, inteiramente, e
abrace o que você é.
Ao realizar isso, nenhuma
ferida pode subsistir ou aumentar.
Nós, Melquisedeques, em
nosso conjunto de manifestação em vocês, nesses dias, portamos, até o Templo de
seu coração, a suavidade do masculino sagrado, no qual nenhuma autoridade pode
restringir quem quer que seja, mas,
simplesmente, depositar o
presente da Vida, tal uma oferenda de verdade, uma oferenda de alegria.
Então, nós viemos
dizer-lhe, em nosso masculino sagrado:
«Lembre-se, e esqueça-se do que faz apenas passar; lembre-se de você,
antes de seu nascimento e de seu aparecimento nesse mundo.».
Você, ao escutar-me, ao
ler as minhas palavras, não se apegue à lógica ou à razão, mas, bem mais, à
evidência do Amor, que não conhece razão nem lógica, porque ela é, ela mesma, a
razão e a lógica.
O Choque da humanidade leva-o a depositar o que você considera,
ainda,
talvez, como fardo e como
peso.
O masculino sagrado é tão
suave quanto o feminino sagrado.
A única diferença tem-se
no sentido e na polaridade da direção do Amor.
Nada mais os diferencia,
e isso se vive no fogo de alegria do Amor e em nenhum outro lugar, o que o faz,
assim, esquecer-se de todo reflexo de predação ou de sobrevivência, de medo ou
de dúvida.
Lembre-se, supere tudo:
Portas, Estrelas, Coroas
radiantes como Onda de Vida.
Torne-se permeável à Graça
e à Alegria.
Deixe-se consumir e
abrasar pelo fogo de alegria do Amor revelado, inteiramente.
Permita-me voltar a
depositar em você a bênção do Único, abençoando-o, assim, a si mesmo, no sacro
do Amor.
Levante-se e saia do
túmulo, do confinamento.
Eleve-se, soltando todo
peso.
Assim é o fogo de alegria
do Amor.
Assim é a manifestação do
masculino sagrado.
Então, minhas palavras
apagam-se por si mesmas, diante da evidência de sua Presença.
O Espírito do Sol guia as
minhas palavras, como ele guia a sua Presença e nossa comunhão.
De nada mais há
necessidade, porque tudo está aí.
Nada pode faltar.
Veja-o e viva-o, é sua
liberdade e é sua verdade.
E eu o abençoo, então,
pela terceira vez, como profeta bem amado Daquele que foi, que é e que será,
além de todo mundo e de toda dimensão.
Ame-se além de sua pessoa
e além de todo limite que possa parecer-lhe, ainda, aparecer.
O fogo de alegria do Amor
ocupa-se de tudo, contente-se em vivê-lo e viva a Graça abundante do dom do
Amor.
Eu sou Sri Aurobindo,
eu sou João, o bem amado, e eu sou
você, porque nada mais pode ser separado no Choque
da humanidade.
Eu ponho fim, agora, não
à minha presença, mas às minhas palavras, para voltar à minha morada, no
Silêncio da Eternidade de seu coração.
Eu o abraço e eu o amo, e
vou deixar, agora, o meu lugar ao próximo Melquisedeque.
Até breve.
CADERNOS DE
ABRIL DE 2016
CRÔNICAS DA ASCENSÃO
Crônicas dos
Melquisedeques – O Masculino Sagrado
Mensagem de
SRI AUROBINDO.Abril de 2016
Agradecimento
especial:
Traduzido
para o Português por Célia G.
http://amorporgaia.blogspot.com.br/2016/04/o-fogo-do-amor-sri-aurobindo-abril-de.html
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