ESCOLHER NÃO É A LIBERDADE 1/4
28/05/2017
"A liberdade de escolha não é a Liberdade"
"A escolha corresponde à pessoa, a escolha
corresponde à dualidade".
5/05/2017
Bidi
- SER LIVRE - Parte 1/3
https://semeadorestrelas.blogspot.com/2017/05/bidi-ser-livre-parte-34.html
Perguntas/Respostas
Questão: Em nossa vida nós temos frequentemente que fazer escolhas.
Você pode nos falar de escolhas?
Mas a escolha concerne à pessoa; o Absoluto não tem nenhuma escolha,
ele é.
Enquanto você acreditar dever
escolher, você
prova por aí mesmo
que não é livre, porque quando você é livre, não tem nada a
escolher.
É a Vida que escolhe, é a Vida que
escolheu.
Enquanto
você acredita
escolher, se distancia de si mesmo, é levado nas histórias dos outros.
Enquanto você tem a impressão de ter uma escolha, qualquer que seja,
você chama isso o livre arbítrio e desconhece a Liberdade.
Em face de toda pessoa, de toda situação, mesmo
que você tenha criado,
enquanto você acreditar ser livre para escolher, você não é livre.
A liberdade de escolha não é a Liberdade.
Justamente a verdadeira
Liberdade é não ter que escolher o que quer que seja.
É a Vida que faz a escolha e não você, quaisquer que sejam as atividades,
quaisquer que sejam as obrigações.
Não esqueçam que todos, quando nós
passamos sobre a terra, somos
obrigados a ganhar nossa vida, a pagar nosso lugar de vida,
sustentar nossos filhos,
a pagar os impostos.
É evidente que não haverá
jamais a liberdade dentro disso, mas, no entanto, vocês devem respeitar isso porque o Jnani não pode se colocar
em oposição ao que quer que seja.
Ele pode constatar o erro, mas jamais procurará modificar o que quer
que seja porque ele sabe perfeitamente que cada coisa, que cada evento, cada
situação, mesmo a mais detestável, é exatamente o bom lugar.
Então o Jnani não tem jamais a
escolha.
A escolha corresponde à pessoa, a escolha
corresponde à dualidade.
O Jnani não escolhe jamais, ele deixa as coisas se desenrolarem.
Do exterior, visto da pessoa, ela poderia chamar de passividade, mas em verdade,
é tudo menos isso.
O Jnani está ativo, mais do que nunca, sobretudo quando ele não faz nada
e ele se contenta em seguir a Vida
Enquanto existe, e eu peso minhas
palavras, a menor vontade ou a reivindicação
pessoal ligada a qualquer desejo ou necessidade que seja, vocês não são livres
Mesmo que vocês acreditem no inverso, mesmo que vocês tenham a impressão
de se liberar de uma situação, de um lugar, de um marido, de uma mulher, vocês estão acorrentados.
E, portanto, eu lhes havia
dito, não serve para nada deixar sua família, seu lugar ou o que quer que seja, é a vocês que vocês devem deixar
Vocês sabem isso?
Eu acredito que os Anciãos frequentemente empregaram as palavras Fluidez, Unidade, Abandono à Luz, e eu lhes digo de maneira mais abrupta: deixem tudo que vocês acreditam, mas não seu corpo, não sua mulher, não seus filhos, deixem as confusões mentais de todas as histórias, de
todas as crenças.
A posição de observador ou de
testemunha tem por vocação, e tem sempre por vocação lhes
mostrar, como o espectador da cena de teatro, seu próprio personagem.
Vocês não são mesmo a testemunha,
vocês não são mesmo o
observador,
mas isso permitiu, para um numero de
vocês, se aproximar da Verdade.
Mas novamente, quem quer
que seja o guru, quem quer que seja o deus,
qualquer que seja a Luz, qualquer que
seja o Universo que virá em seu contato –esse é o caso eu creio nesse momento-, lembre-se que existe antes de tudo o medo da morte.
Lembre-se, antes de tudo, que sua eternidade não tem nem início, nem fim e dê-se conta que nesse mundo há um início e um fim.
Mas o início e o fim desse corpo
não é o fim da Vida, nem o fim da consciência, é simplesmente o fim desse mundo, quando você
dorme.
E quando você dorme, salvo se
você tem sonhos, pensa em mudar isso ou aquilo?
E você pensa se há necessidade
realmente de mudar as coisas?
Não, você dorme.
É o ego e a pessoa que quer mudar.
Esqueça-se ou deixe-se, isso é o mesmo, é a única coisa da qual você deve se desembaraçar; a única coisa que você deve deixar é você.
O Jnani, mesmo se ele ainda está em uma identidade, ele não é esta identidade.
É isso que eu explicava sobre o viver
daqueles que vinham me ver.
É também o viver que vocês têm quando eu venho.
Alguns dentre vocês estão
aterrorizados, e outros estão em êxtase, e,
portanto, essas são as mesmas
palavras, é a mesma Presença.
Como explicar que alguns estão em fuga?
É claro, eles dirão que eu sou o mal encarnado, e outros dirão que eu sou o satguru supremo.
Vejam bem, isso não depende de mim, mas somente de vocês, de sua
apreciação,
de
seu sentir.
Mas isso diz respeito à pessoa.
Ao contrário, se vocês esquecem tudo isso, sua pequena pessoa, sua história, se vocês estão plenamente aqui comigo, vocês esquecem, vocês já
deixaram.
Eu creio que numerosos
de vocês viveram, durante esses anos,
numerosos mecanismos da consciência.
É muito bem, isso são jogos.
Mas vocês sabem que há a origem do jogo?
Vocês podem sair dois minutos de seu
jogo, da
cena de teatro, sair de seu posto de observador,
sair do teatro, e vocês verão que não há nenhum teatro, que não há pessoa.
É nisso que vocês serão vocês mesmos e que vocês estão livres, em qualquer outro lugar, em qualquer mundo.
É preciso se lembrar o que vocês eram
antes do nascimento, antes de estar no ventre de sua mãe.
Porque definitivamente, esse corpo não está ligado senão ao encontro de dois fluidos com o óvulo, e é tudo.
E a consciência aparece um belo dia,
entre três e cinco anos.
Vocês são responsáveis por isso?
Então certamente vocês dizem
que são vocês que escolhem sua encarnação, mas são mentiras.
Isso são os mestres da Ilusão que lhes fazem acreditar num outro corpo que vocês chamam corpo astral, que vocês têm necessidade de se melhorar–vocês
aderem
Tudo isso que brilha não é Luz, tudo isso que brilha é projeção da Luz.
Saibam bem que vocês são a Luz, mas
que vocês não são nenhuma projeção da Luz.
Saibam isso para vivê-lo, vocês não têm mais
nenhuma reivindicação nesse mundo como em
todo mundo.
Aí está a Liberdade.
Enquanto um pensamento levá-los no amanhã ou no ontem, vocês estão sujeitos a este pensamento e vocês se identificam com esses pensamentos que, portanto, são passageiros.
Vão à fonte do pensamento e vocês
verão que nenhum pensamento pertence a vocês
propriamente.
Mesmo uma ideia extraordinária não é de vocês, vocês pegam porque ela passa.
Vocês não têm nenhum mérito a se atribuir, de
nenhum tipo, tudo é natural, não há nenhum esforço a fazer.
Enquanto vocês têm a impressão de que
devem fazer um esforço, é que é
a pessoa e o ego que sussurram isso.
Vocês precisam esquecer a noção de
esforço.
Certamente é preciso os esforços para
ganhar sua vida,
para sobreviver
nesse mundo; é exatamente o inverso para encontrar a Verdade.
É preciso cessar todo o
esforço, é preciso cessar toda a
identificação com
o que quer que seja, que a pessoa chama o nada, que é terrível para a pessoa.
...Silêncio...
Questionem.
...Silêncio...
Questão: Para aquele que não viveu ainda a Liberação, você falou do último medo
que é o medo da morte.
Você pode falar deste medo da morte para nos ajudar a
atravessá-lo?
É suficiente, simplesmente, aceitar a morte, não há nada de mais simples.
É o mental que se opõe a isso,
porque o
mental só pode se crer imortal.
E, portanto, ele aparece um dia, entre sete e quatorze anos, e ele se extingue
definitivamente no momento de sua morte.
Então aceite morrer e você renascerá em eternidade.
Isso não é uma questão de
vontade, novamente, não é uma questão de
esforço, é exatamente o inverso.
Para ir para a outra margem, é
preciso deixar
a margem que vocês estão, é tudo.
Mas eu falo de sua
atitude de consciência, eu não falo da materialidade de sua vida que é isso que ela é.
Vocês só podem viver o que
vocês se permitem; mesmo que hoje isso possa lhes
parecer absurdo
ou contrário aos seus desejos, isso não é verdadeiro, não
mintam
a vocês.
Sejam verdadeiros.
Tudo que chega deve chegar; o que não deve
chegar não chegará, o que quer
que vocês façam.
Entendam isso.
A partir daí, do que serve fazer esforços.
É a pessoa que acredita que ela deve mudar, se melhorar, transformar.
Vocês têm substituído a Liberdade pelo livre-arbítrio, quer dizer, a noção de escolha, e isso lhes tranquiliza e vocês acreditam que
a Liberdade é a liberdade de escolha.
A verdadeira Liberdade é não ter escolha.
Eu não falo da expressão de sua consciência, mas eu falo da Verdade.
Então hoje, o que fazer?
O que ser?
Sejam naturais, sejam espontâneos.
Se vocês são verdadeiros, se vocês são justos, absolutamente nenhuma coisa,
nenhum elemento, nenhuma circunstância pode afetá-los, mesmo a mais contrária das
situações, porque vocês não param no evento, mas vocês vão à fonte do evento, não sob uma forma
de conhecimento ou de explicação, mas por uma
ignorância total.
Talvez no Ocidente vocês puderam
chamar isso a fé, mas isso não é a fé no além, isso não é a fé em
Deus, isso não é a fé em
Cristo, ou não importa em qual mestre, é a fé no que vocês são.
Não como crença, mesmo que isso possa ser no início, mas
como viver.
É claro, as vicissitudes da vida nesse mundo podem, às vezes, se manifestar em sua consciência, como uma doença, como uma ruptura, como uma perda, ou como um ganho, pouco importa, mas vocês sabem que não são nada de tudo isso.
Não pode mais, este evento, representar o menor peso ou o menor entrave
ao que vocês são.
Enquanto vocês acreditam controlar sua vida, quer seja pela moral, quer seja
pelo carma, quer seja pelas crenças
espirituais quaisquer que elas sejam, vocês
não
são livres.
Vocês são livres quando justamente estão
desembaraçados de toda essa confusão.
Paradoxalmente, tudo isso que vocês
cumpriram, tudo isso que vocês aproveitaram, dá a
impressão à sua pessoa e ao seu ego de se expandir, mas
a Verdade, ela não se expande, ela está aqui e ela é totalmente
independente de todas essas circunstâncias.
Vocês não são nenhuma dessas circunstâncias que vocês tem a viver mesmo
o fim
do ciclo.
Eu repito: vocês jamais nasceram, além disso, vocês não morrerão jamais.
O que morre é a
Ilusão, como toda ilusão.
Isso não é somente uma
mudança de olhar, isso não é somente uma mudança
de perspectiva, mas é uma revolução interior.
Isso requer guardar, como dizia o Cristo, sua
própria casa, quer dizer não
sobrecarregar sua consciência, seu corpo de conceitos, de ideias, de pensamentos, de
crenças, de histórias.
Como vocês querem estar disponíveis
para a Verdade enquant estão
correndo para a
esquerda e para a direita?
O ego é muito maligno, ele tem apenas e somente um objetivo:
enganá-los.
E acessoriamente ser útil para
vocês sobreviverem nesse mundo, e é tudo.
Vocês são não nascidos, vocês são os sem-forma.
Mesmo hoje, a expressão “Parabrahman” é demais, porque isso reenvia
a uma cultura, do mesmo modo que a palavra “Absoluto” reenvia a um conceito.
Ora, isso não é um conceito, isso não pode nem mesmo ser uma ideia, nem
mesmo um
pensamento.
Mas é sua liberdade total, e eu
acredito que o Comandante lhes explicou isso
longamente, isso se chama Atribuição
Vibral ou
a localização de sua consciência.
...Silêncio...
Aquele que é livre não se questiona da Liberdade.
Aquele que ama não tem necessidade de se questionar o que é o Amor.
Vejam a diferença entre o
conceito, a ideia, a crença e a Verdade.
...Silêncio...
Quando do encontro do prakriti e o purusha, o que é que vocês jogaram como jogo, como papéis, como funções?
O que é que vocês provaram?
...Silêncio...
Vocês tiveram necessidade de
muletas, vocês
aceitam hoje jogar as muletas?
Vocês aceitam a Liberdade ou vocês buscam compromisso?
A Liberdade não será jamais um
compromisso entre o efêmero e
o Eterno, não pode haver.
Há apenas uma fase transitória que foi nomeada Ascensão
ou Liberação, que é o momento onde o efêmero e o Eterno se encontram, é tudo.
...Silêncio...
Aproveitemos esses momentos de
silêncio entre nossas questões para podar.
Coloquem-se.
Deixem ser o que deve ser.
Deixem ser o que é e o que
será, não se preocupem com nada.
Eu não falo da vida de sua
pessoa, mas da Verdade.
...Silêncio...
Então prossigamos.
...Silêncio...
Questão: A planta chamada sálvia divinorum nos leva ao outro lado da margem.
Você pensa que isso é interessante para
morrer a pessoa?
Do que você fala?
Questão: De uma planta chamada sálvia divinorum, que permite à consciência passar
através do medo da morte e viver a experiência do Absoluto.
Um meio exterior qualquer que seja, pode efetivamente aproximá-los e fazê-los viver “a
experiência de”, e assim afirmá-los e fortalecê-los na aproximação da Verdade, mas nenhum elemento exterior à sua
própria consciência pode estabelecer,
e eu disse bem “estabelecer”, o que você é.
Você pode, todavia, através de meios
externos, elevar uma parte do véu e se dar talvez, assim, um impulso para largar.
Isso pode ser obtido da mesma
maneira pela repetição de certos mantras que esvaziam uma parte da Ilusão, seja
no nível mental, seja no nível do corpo.
Isso pode estimular, isso pode ajudar, isso
pode revelar em parte, mas novamente, o último passo definitivo só pode vir, não da sua pessoa, mas da sua própria consciência.
Nesse momento somente você é liberado da
pessoa, mas nenhuma pessoa pode
ser liberada, absolutamente nenhuma.
A pessoa desaparece dela mesma no momento da morte, ela
aparece dela mesma no momento do nascimento.
Tendo em conta que o medo, de uma maneira geral, e não somente o medo da morte, é o único obstáculo para o Amor e a Verdade.
O medo resulta não das
experiências passadas, mas
da confusão
e somente do não reconhecimento do que você é.
O medo congela.
Ele é o apanágio da história, o apanágio do corpo e o apanágio do mental, se traduzindo então, pela emoção de natureza “medo”.
O Liberado não tem nenhum medo.
Ele pode jogar por
estar preocupado pelas circunstâncias da pessoa, e é tudo.
Como foi dito, eu creio pelo
Comandante, há só o medo ou o Amor, se
há a
sucessão de medo e de Amor, esses não são os
estados, essas são as experiências.
O Amor não se coloca a questão do medo, o medo se
coloca a questão do Amor.
E lembrem-se que o medo, como toda emoção, é passageiro.
Ao contrário, o mental se apega tendo em conta o
conceito e vai fazer de tudo para não ser mais confrontado pelo medo, qualquer que seja este medo, não somente o medo da morte, mas todos os medos possíveis e imagináveis.
Então o mental sem
conhecimento do que vocês são, vai elaborar
as estratégias de evitar, de negar, mas o ponto de partida é a emoção “medo” que se estrutura em seguida.
...Silêncio...
O medo retrai, ele
congela o movimento da Vida.
O Amor é movimento, mas ao mesmo tempo para todo o movimento da Ilusão.
Vocês se tornam o centro, não congelam nada.
Vocês se tornam o suporte da Vida,
mas vocês sabem que não são esse suporte.
Então, qualquer que seja a
técnica, qualquer que seja a planta, qualquer que seja
o yoga, quaisquer que sejam os mantras, quaisquer que sejam
as orações, num determinado momento, mesmo isso deve ser
deixado.
A melhor maneira de deixar de ser a
pessoa é certamente o serviço, a devoção.
Que isso seja a um deus, que isso seja a uma situação, pouco importa,
mesmo que isso sejam ilusões, isso lhes aproxima do que eu chamaria
“a fixação de sua atenção”, que reúne algum tipo de tensão, tal como havia sido
descrito, em direção ao Abandono à Luz, por certas
Estrelas.
É necessário não
confundir quem está congelado com quem está imóvel.
...Silêncio...
Questionem.
É a hora da pausa.
Então coloquem-se.
Até mais tarde.
Tradução do Francês: Mariana Anzzelotti
Áudio da Leitura da Mensagem em Português -
por Noemia.
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