Este eclipse solar, o segundo de dois
eclipses desta temporada
(leia sobre o 1º em
https://www.facebook.com/vera.lccorrea/posts/3131976760241306), é suave como a névoa do outono e severo como as
tempestades do inverno.
Ao mesmo tempo e no mesmo espaço, ele
oferece as verdades mais duras, entremeadas com os mais refinados estados de
consciência.
Nosso desafio é estar abertos a ambos,
não favorecendo nenhum dos dois.
A realidade chama e não podemos
simplesmente ignorar eventos neste mundo relativo do ego descontrolado.
Nem podemos descartar como irrelevantes
as verdades absolutas que expandem nossa percepção para além da questão de quem
está fazendo o que para quem.
Em seu melhor aspecto, Sagitário busca
grandes verdades que entrelaçam coisas discrepantes em um todo integrado.
Ele nos inspira a ser o melhor que
podemos ser, com sua eterna promessa de esperança e possibilidades ilimitadas.
Em seu pior aspecto, ele fomenta
divisão através de uma força de opinião totalmente irascível, que não deixa
espaço para diferenças ou debates.
Governado por Júpiter, o maior planeta
de nosso sistema solar, sob sua influência podemos nos tornar excessivamente
confiantes em nosso ponto de vista, assumindo uma superioridade inata sobre
aqueles que têm uma visão diferente da nossa.
Todos corremos o risco de nos
enganarmos agora.
E todo mundo pode descobrir algo novo
neste eclipse.
ESTE NÃO É O ATO FINAL
Com certa cautela, este eclipse solar
promoverá interação positiva,
uma vez que abracemos a pesada
responsabilidade requerida para se viver uma vida humana nesta conjuntura.
Os corpos do pensamento, entendimento
e percepção, representados pelo signo de Sagitário, tornaram-se instrumentos de
discórdia,
desconfiança, ódio, desrespeito e
agressão.
Ao invés de ser uma força para o bem
que alimenta a alma, a religião tomou-se uma arma para combater nossos
adversários e julgar os que consideramos diferentes.
Ao invés de buscar uma sociedade
segura e inclusiva, que proteja os vulneráveis e promova o potencial, a
política tornou-se um instrumento de divisão, conferindo poder a poucos às
custas de muitos.
Ao invés de nutrir o bem-estar, a
autonomia e a resiliência, o mundo da medicina tornou-se um mundo de
enfraquecimento, coerção e medo.
Quando tais dinâmicas são expostas
para que todos as vejam, pode parecer que tudo está perdido e que fomos longe
demais no caminho da luta, para conseguirmos voltar atrás algum dia.
Deste ponto de vista, a noite escura
da alma da humanidade parece cada vez mais longa e deprimente.
Mas a noite escura não é o ato final.
Há muito mais esperando nos
bastidores!
Netuno e o asteroide Vesta, formando
uma Grande Quadratura com Mercúrio e os nodos da lua neste eclipse, falam tanto
da promessa de transcendência quanto dos riscos do evitamento.
Estes não são tempos fáceis para estar
vivo, e a tensão continua a crescer, à medida que nos movemos em direção à
segunda grande conjunção deste ano – entre Saturno e
Júpiter, em 21 de dezembro.
Muitos chegaram nesta temporada de
eclipses sentindo-se vazios de recursos para o caminho à frente.
A intensidade de 2020 nos exauriu e tem
sido difícil nos reestruturarmos em meio à marcha implacável da tirania e do
medo. Perdemos muito este ano – pessoas, lugares, funções, meios de
subsistência, segurança financeira, esperanças futuras e sonhos acalentados.
Pouco – ou nada – permaneceu intocado.
Estamos todos à deriva, até certo
ponto, e neste eclipse, os espaços vazios deixados para trás ficarão totalmente
aparentes à medida que a névoa da confusão for se adensando ao nosso redor.
Mas os Céus enxergam o caminho à
frente, mesmo quando nós não o vemos!
E Vesta e Netuno providenciam
exatamente o combustível que necessitamos para a próxima etapa – o compromisso.
Não para com uma meta ou resultado,
mas simplesmente o compromisso de estar aqui agora, vivendo este momento da
maneira mais verdadeira que pudermos.
Este tipo de vida é a prática
espiritual mais profunda: incorporar nosso eu
autêntico, nascido de uma conexão profundamente enraizada com nossa essência,
que sempre fala a verdade… mesmo quando essa verdade é a coisa mais difícil de
se ouvir.
A RESPONSABILIDADE DO
DESPERTAR
Por mais conectados que possamos às
vezes estar, a determinação ainda pode se enfraquecer e a responsabilidade do
despertar nos parecer insuportável.
Pode ser mais fácil criticar a vida do
que vivê-la com nossos olhos e coração totalmente abertos às suas muitas
sombras; ou nos escondermos em negação, ao invés de fitar nos olhos as verdades
intragáveis.
Viver a partir do coração requer um
compromisso muito mais firme do que podemos imaginar a princípio.
A alegria do discernimento inicial pode
nos estimular por um tempo, à medida que vemos o mundo com novos olhos.
Esse estímulo varia, e cada um de nós
tem sua própria experiência pessoal; uma percepção que deixa transparecer, em
nossa consciência, que a vida não é o que pensávamos… e nem nós.
Seja qual for o gatilho – prazer ou
dor, um conhecimento sutil ou uma compreensão devastadora – o primeiro
vislumbre de liberdade é muitas vezes o mais doce, em contraste gritante com
nossa vida anterior.
Nascido para novas possibilidades e uma
nova linha de tempo de potencial, nosso ser verdadeiro ressoa com essa mudança.
Ele sabe que algo profundamente
significativo ocorreu.
Cada uma de nossas células vibra com
esta nova conexão com a magnificência de Tudo O Que É.
Então, a vida nos confronta com sua
face mais sombria e o verdadeiro desafio espiritual se inicia: incorporar a
sabedoria na confusão do dia-a-dia da humanidade; mantermo-nos honestos quando
a verdade nos fere em nosso âmago; mantermo-nos firmes quando um implacável
furacão de mudanças está fazendo voar tudo à nossa volta.
Esta é a tarefa que temos diante de
nós: acolher tudo – as perdas e o medo, as esperanças e os sonhos, as
discórdias e os acordos, as verdades e as mentiras – e viver despertos em meio
a tudo isso; permitir que sopre, através de nós, o vento gelado da dor coletiva
e das possibilidades infinitas, reajustando-se à medida que avança.
NÃO VOLTE A DORMIR!
Embora possamos ser tentados a divagar
durante este eclipse solar,
não devemos voltar a dormir!
Não podemos abrir mão da sabedoria da
revelação.
Ela vem como uma bênção, mas com grande
responsabilidade,
insistindo em uma devoção permanente às
suas verdades de forma franca e direta.
A revelação exige de nós caráter,
sustentação espiritual e firmeza,
independentemente do que encontremos no
caminho à frente.
Qualquer complacência que sentirmos
agora será desafiada pelos eventos deste eclipse e pelos próximos seis meses
nos quais ele imprimirá a sua marca.
Uma conjunção entre Marte e Eris, “aspectando” Plutão, garante que
temos o que é necessário para nos mantermos firmes e estabelecer limites, os
quais nos recusamos a ultrapassar ao sermos conduzidos por provocadores de
medo, em direção a um futuro tirânico.
Mas ainda podemos reivindicar o nosso
futuro e ninguém pode
tirá-lo de nós se nos recusarmos a
entregá-lo.
Este eclipse solar em Sagitário nos
lembra que a fé é uma rede de proteção no caminho do despertar.
Fé em que as coisas mudem; que o que
nos aflige agora se transformará em pó com o tempo; que a promessa de paz e
liberdade de autenticidade não são ilusões sonhadas por um mundo carente,
mas o próprio coração, a própria
essência do significado de ser humano.
Uma vez que revelemos esse coração e
nos conheçamos por dentro e por fora, não poderemos deixar de colher suas
riquezas.
O caminho espiritual consiste em
remover o véu do coração para acolher tudo o que descobrimos ao fazê-lo; em
abrir o coração cada vez mais, para conter tudo o que somos e tudo o que se
encontra neste mundo.
Mas para isto, precisamos de fé e presença
enraizada no aqui e agora; de disposição para viver a vida em estado bruto,
expostos à dor e também ao prazer, ao sacrifício ao lado da bênção.
E este tipo de fé exige compromisso.
O FUTURO ESTÁ CHAMANDO
É tão fácil desistir da luta, sair
furioso da sala do despertar, batendo a porta atrás de nós, quando a verdade é
difícil demais para suportar.
Ou usar óculos cor-de-rosa, que falam
apenas de amor e luz, gerando pontos cegos onde as ameaças mais sombrias
espreitam nas sombras.
Para aqueles que têm vontade de se
enfurecer ou de se esquivar agora, o
cosmos estende a mão e ordena que parem e esperem:
“Fique quieto, deixe ir,
simplesmente respire.”
A vida precisa de tempo.
Nós também.
E tudo tem seu momento.
O futuro está chamando.
Você está
ouvindo?
Ele nos seduz com seus sussurros num
idioma desconhecido.
Suas promessas nos parecem tão
próximas e, ao mesmo tempo, fora de alcance, obscurecidas por um lençol
nebuloso que não podemos simplesmente sacudir para longe.
O tempo é tudo e tudo tem seu tempo.
Reconhecer este fato é nosso ato de
fé.
Saber que as coisas mudam e que a
clareza voltará; este é o combustível para a nossa jornada através da névoa.
Clareará no momento certo, revelando
riquezas e obstáculos,
recompensas e responsabilidades.
Quando isto acontecer, saberemos o
que fazer e quando, como e por que fazê-lo.
Mas, por enquanto, o compromisso, a fé e a perseverança, em meio ao mistério, são a contribuição mais poderosa; aquela que indica que estamos realmente prontos para o caminho à frente.
Autor: Sarah Varcas
Tradução: Vera Corrêa – veracorrea46@gmail.com
Fonte: www.astro-awakenings.co.uk
Facebook: https://www.facebook.com/AstroAwakenings
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