sábado,
31 de março de 2012
ASHTAR SHERAN: FATO EVIDENCIADO OU MITO IDEALIZADO?
Voltando ao tema "Ashtar Sheran" que no
idioma Sânscrito significa: "O SOL QUE MAIS BRILHA",
acreditava-se que a primeira menção a esta entidade teria sido feita pelo "médium" alemão Herbert Victor
Speer, em 1958, líder de um movimento em Berlim conhecido por "Space
Brothers Movment", através da obra psicografada "A
Grande Missão Celeste de Ashtar Sheran", aonde consta que "Ashtar
Sheran" seria "Comandande-em-chefe da Frota Extraplanetária, da Confederação
Intergaláctica da Grande Fraternidade Branca Universal" mas, a
pesquisa mais atenta mostra que menções a esta entidade foram feitas alguns
anos antes pelo suposto "contatado" norte-americano
George
W. Van Tassel que era piloto de testes da Howard Hughes, Douglas Aircraft e inspetor
de aeronaves da Lockheed-Martin, uma das maiores empresas de tecnologia
aeroespacial do mundo.
George Van Tassel morava no sul da Califórnia e já aposentado,
começou a fazer "canalizações" e a difundir o chamado contato psíquico com
supostas entidades de origem alienígena.
O ano era 1952, quando George publicou seu primeiro livro intitulado
"I Rode a Flying
Saucer".
Neste livro, baseado praticamente nas "comunicações" psíquicas de
George está escrito que o "Comandante Ashtar Sheran" anunciava
sua presença e chegada "oficial" a Terra em 18 de Julho de
1952.
Segundo as descrições do "contatado", "Ashtar
Sheran" seria um extraterrestre de nível "etéreo", ou seja, de
consistência puramente em forma de energia, devido a sua "escala
vibratória superior".
Também é descrito que "Ashtar Sheran" teria
aspecto andrógeno; com estatura entre 1,90 e 2,20 metros; cabelos longos e de
cor loiro claro ou branco azulado; sua roupa seria formada por uma espécie de
macacão com botas de aspecto dourado; no peito, ostentaria um símbolo formado
por sete estrelas e na cintura, uma espécie de cinto com uma pedra ou objeto em
alto-relevo a mostra.
Na verdade, as descrições atribuídas a este ser são várias, já que a sua
forma aparentemente física variaria de acordo com a galáxia ou Planeta que ele estivesse
atuando.
Este ser também se apresenta dizendo estar a serviço de "Sananda", que seria o
Jesus Cristo que os católicos e cristãos falam, já que para os judeus,
não existia um "Jesus Cristo", somente uma
pessoa conhecida por Ieshu ou Jesus; o termo "Cristo" é criação do
polêmico apóstolo Paulo ou Saulo de Tarso.
Voltando a "Ashtar Sheran", este ser
também diz ser representante das civilizações extraplanetárias, sendo o
"Comandante-em-chefe" da "frota de espaçonaves
confederadas", entidades esta que seria formada por inúmeras
formas de vida de diferentes civilizações e com as mais variadas aparências e
formas e que decidiu atuar a partir do momento em que habitantes do Planeta
Terra começaram a fazer testes com artefatos atômicos e termo-nucleares.
Algumas das funções místicas deste ser seriam então, a de enviar
mensagens aos habitantes do Planeta Terra, para que estes tomassem consciência
de suas ações; orientar e ajudar durante os períodos de transição da Terra para
uma "dimensão
superior" e resgatar seres-humanos que estivessem "preparados" ou em perigo,
para serem novamente recolocados na Terra, após um inevitável cataclismo que
estaria se aproximando.
George acreditava que este ser procedia de Vênus (embora em
algumas passagens e comunicações existe a menção de que "Ashtar
Sheran" viria de um Planeta de nome Methária que orbitária o sistema trinário de
Alfa Centauro), aonde, esotericamente, existiria um tipo de forma de vida de natureza
dimensional e distinta da humana.
Em 1954 George Van tassel, sob orientação das entidades que o
contatavam promoveu um evento no deserto de Mojave, perto de Landers na
Califórnia, num local denominado Giant Rock que reuniu milhares de
simpatizantes, místicos, curiosos, "contatados", agentes do
FBI e fanáticos pelo tema.
Em 1956, chegou a publicar outro livro, chamado "Into
this World and Out Again", aonde forneceu mais informações "canalizadas" sobre vários
aspectos filosóficos do mundo.
Como a maioria dos "contatados" George Van
Tassel também parece ter sofrido da chamada "Síndrome do Contatado" e passou a
se dedicar à criação de movimentos "cósmicos" e ao
desenvolvimento de aparelhos e instrumentos que teriam a finalidade de ampliar
as capacidades mentais e adormecidas dos seres-humanos (esta, aliás, torna-se uma prática constante em
pessoas que dizem manter contatos com extraterrestres,
aonde estes
induzem a construção de aparelhos estranhos que jamais funcionam ou que
empregam conceitos teóricos distorcidos a respeito de um assunto).
Um destes aparelhos
denominado "Integratron", que segundo as palavras de George Tassel o descreve
como:
"The purpose of the
Integratron is to recharge energy into living cell structure, to bring about
longer life with youthful energy".
Infelizmente esta sua invenção jamais chegou a ser finalizada e George
faleceu em 9 de Fevereiro de 1978.
Mas, as investidas de "Ashtar Sheran" não
terminaram por aí.
Existe muita similaridade entre os contatos de George Tassel e um outro
famoso "contatado" chamado George Adamski, polonês que veio para os
EUA em 1893 e que também dizia manter contatos com seres de Vênus e também de
Marte e Saturno, sendo que algumas descrições de "Ashtar Sheran" ditas por
George Tassel, se assemelham aos seres descritos por George Adamski.
Curiosamente Adamski morava na Califórnia e teria começado a ter algumas
experiências em 1946.
Após seu famoso contato de 1953, também no deserto da Califórnia (!), Adamski
passou a divulgar uma filosofia messiânica e cósmica, baseada no que os seres
lhe transmitiam, chegando a fundar uma organização denominada IGAP (International
Get Acquinted Program) e um outro culto denominado "Royal Order
of Tibet" e chegou a escrever 3 livros sobre suas aventuras:
"Flying Saucers Have
Landed" (1953), "Inside the Space Ships" (1955) e "Flying
Saucers Farewell" (1961).
Adamski faleceu em 26 de Fevereiro de 1965.
Outro "contatado" famoso também dos EUA fundou a chamada "Sociedade
Aetherius" em 1955, baseado em informações transmitidas por supostos alienígenas,
entre eles, novamente "Ashtar Sheran". Coincidência
ou não, o nome deste "contatado" era George King que faleceu em 1997.
Aliás estas coincidências de George's são um tema interessante, quem
sabe para uma próxima oportunidade.
Vale observar que novamente, coincidência ou não foi logo após a
produção do clássico filme "The Day the Earth Stood Still"
(O Dia em que a Terra Parou), em 1951 que a era "moderna" do "contatismo", aonde seres
de aspecto humanóide e com mensagens de alerta para a humanidade, se iniciou de
forma pública e evidente.
Antes disso, um filme francês produzido em 1902 por George Mélies (outro George!) chamado "La Voyage
dans la Lune" (A Viagem a Lua) deve ter sido o primeiro a falar de
contatos entre seres-humanos e extraterrestres.
Uma outra "contatada" famosa, foi a pessoa que na Terra recebeu a "autorização" da própria
entidade "Ashtar Sheran", para ser sua biógrafa oficial.
Me refiro a Thelma Terrel (falecida em 1993), conhecida nos meios esotéricos
e místicos pelo codinome "Tuella" que dizia ter pertencido a
frota de espaçonaves do "Comandante Ashtar" numa
existência passada.
Como muitos outros "contatados", Thelma
Terrel se auto-intitulava uma pessoa de origem extraterrestre, acreditando ser
uma "entrante" ou "walk-in".
Um dos livros de Tuella, chamado "Ashtar - Brotherhood of Light"
,
totalmente canalizado, descreve que "Ashtar Sheran" é comandante
de uma colossal astronave que está próxima a atmosfera da Terra e que na
história da Terra, ele seria conhecido como sendo o "Arcanjo
Michael ou Miguel" citado nos livros bíblicos e a serviço do "Governo do
Grande Sol Central desta Galáxia".
É importante destacar que toda comunicação mental está sujeita a
inúmeras interferências, advindas de paradigmas, formação moral e cultural
da pessoa que diz estar recebendo a mensagem.
Sendo assim, é possível que os nomes dos supostos extraterrestres possam
estar sendo interpretados de forma errada e contato após contato, a confusão se
perpetua.
Segundo alguns seguidores, o melhor "canal" da entidade "Ashtar
Sheran" teria sido o também alemão Hermann Ilg de Reutlingen, Alemanha, que
faleceu em 1999 com 80 anos.
Este "contatado" acreditava estar em contato com os chamados "Santinians", de onde "Ashtar
Sheran" seria originário e que teriam dito que habitavam o terceiro Planeta a
orbitar a estrela Alfa Centauro A (chamado Methária).
Segundo o próprio "Ashtar Sheran", este
Planeta teria um clima equilibrado e uma fauna/flora mais diversa do que a da
Terra.
Os habitantes deste Planeta passariam a maior parte de suas vidas no
espaço, como pesquisadores.
A função deles seria algo parecido com a missão protagonizada pelos
tripulantes da espaçonave "Enterprise" da série "Jornada nas
Estrelas":
buscar, reconhecer e estudar outras formas de vida.
Esta civilização teria o desejo de ajudar a civilização da Terra, sempre
respeitando o nosso "livre-arbítrio", e jamais nos forçando a algo, como,
segundo estes seres, fazem as entidades extraterrestres de Órion,
conhecidos na Terra como "Grays" ou "Greys".
A entidade "Ashtar Sheran" também teria
contatado o alemão Ethel P. Hill e o suíço Karl Schönenberger.
Neste ponto é bom observar que grande parte dos "contatados" aqui citados
e seus seguidores sempre deixaram claro que nada tem a ver com uma organização
conhecida por "Ashtar Command" ou "Comando Ashtar" e a
personificação que estas fazem da entidade "Ashtar Sheran".
Esta organização teria sido iniciada por um homem chamado Robert Short (ou também
conhecido por Bill Rose) que era o editor de uma revista veiculada nos anos
50 chamada "Interplanetary News".
Robert Short era amigo de George W. Van Tassel e insistia a este que as
comunicações de "Ashtar Sheran" deveriam se tornar populares e
comerciais, para que Tassel e ele ficassem "famosos" e não para
trazer alguma verdade ao público, ou seja, o foco deveria ser lucro para eles.
Como George Van Tassel, parecia não concordar com estes termos, criou o
seu próprio "Ashtar Sheran", através da organização "Ashtar
Command", o que, segundo as pessoas incumbidas de preservar o trabalho de George
Van Tassel acabou por criar uma aura de misticismo e fanatismo em torno da
figura de uma entidade clonada de "Ashtar Sheran",
transformando-o num "filósofo metafísico" aonde alguns poucos "escolhidos" aqui na
Terra fariam parte de uma "elite espiritual".
Mais uma vez a vaidade humana entra em cena.
No Brasil, existem várias entidades e pessoas que dizem manter contato
com a entidade "Ashtar Sheran" e são orientadas a seguir seus
ensinamentos.
O mais conhecido e talvez mais antigo seria o CEEAS – Centro de
Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran, localizado em Salvador, Bahia e com
filiais em Brasília, São Paulo, Curitiba e Natal.
Foi fundado por Paulo Fernandes, em 1973, que teria mantido "contatos"
físicos
e telepáticos com "Ashtar Sheran" desde 1969 e
teria sido o próprio "Ashtar Sheran" que teria
pedido para que Paulo Fernandes fundasse a entidade com o objetivo de estudar e
divulgar a presença de extraterrestres na Terra e suas supostas mensagens.
Hoje a entidade é coordenada por Ana Santos e Marco Vinicius Almeida e
segundo este a entidade não é nenhuma forma de seita ou religião e também não
gosta de ser vinculada a chamada "ufologia mística", que cultua "Ashtar
Sheran" como um novo messias, mas acredita na versão que até o próprio Jesus
Cristo seria membro da equipe do "comandante" extraterrestre.
Nestes termos, Jesus Cristo ou "Lord Sananda" seria o
representante da Terra na "confederação intergaláctica".
Outro "contatado" brasileiro que garante manter contato com
"Ashtar Sheran" é o professor Lúcio Valério Barbosa que reside no
Mato Grosso do Sul, aonde realiza trabalhos na Colônia Boa Sorte.
Lúcio diz que esta entidade se apresenta como sendo "comandante
de uma frota de naves estelares em missão na Terra".
A história é a mesma: poderes paranormais; ajuda humanitária, etc, tudo "doado" pela entidade.
Como curiosidade, no Chile, vive um "contatado" que diz ser
filho de "Ashtar Sheran", seu nome é Aaron Sheran!
Mas a verdade é que as referências ao nome Ashtar podem estar
relacionadas as descrições feitas pelo auto-proclamado médium e dentista
norte-americano, que vivia em Nova Iorque, chamado John Ballou
Newbrough que teria psicografado ou "canalizado" a obra "Oahspe", no ano de
1882.
Nesta obra John Ballou, que alegava que as "sagradas
escrituras" foram reveladas a ele por "entidades angelicais", faz
referência a estes seres espirituais que viajariam em naves "etéreas" e que teriam
a missão de proteger mundos menos desenvolvidos.
O nome destes seres seriam "Ashar" e o plural
seria "Ashars".
As descrições destes seres os mostram como altos, corpo atlético e de
morfologia humanóide, aparência nórdica, cabelos loiros ou alvos e olhos azuis.
Possuem um olhar penetrante e desafiador, sendo que estariam
interessados em pesquisar e compreender as formas de vida existentes no
Universo e assim compreender a sua própria existência.
Seriam na verdade como uma espécie de "antro-arqueo-psico-exo"
cientistas!
Outra menção interessante é que existem referências nesta obra a um
místico local chamado de "Sham" que é muito coincidente com o nome
que "Ashtar Sheran" designa para a Terra: o Planeta Shan.
Anos mais tarde, John Ballou fundou uma religião própria, chamada de "Faitismo"
(Faithism) a qual, até
os dias de hoje, ainda possue um pequeno número de seguidores.
O "Faitismo" e a obra "Oahspe" não são
conhecidas do público em geral,
pois não são feitas propagandas em torno do assunto, permanecendo mais
numa condição sectária.
A própria obra "Oahspe" é volumosa, pois contêm mais
de 900 páginas e centenas de ilustrações bizarras e de difícil compreensão.
Outras referências interessantes sobre "Ashtar Sheran", estão nos
trabalhos do peruano Dr. Victor Yañez Aguirre, médico e parapsicólogo do
Hospital da Polícia do Peru, tendo sido ainda presidente da Associação Peruana
de Parapsicologia e presidente da Sociedade Teosófica.
Uma de suas pesquisas é relativa à experiência vivida pelo "contatado"
Eugênio
Siragusa (mestre do famoso estigmatizado e que se diz "contatado", Giorgio
Bongiovanni) na Itália.
Os "contatos" de Eugênio Siragusa ocorreram a partir de 30 de
Abril de 1962 aonde ele alegava ter mantido contato com várias entidades de
origem extraterrestre, entre elas "Ashtar Sheran" nos
arredores do vulcão Etna localizado na Sicília.
Mais adiante veio a contatar, de forma casual, um ser chamado "Adoniesis" que também se
comunicava de forma telepática e, de acordo com as descrições do "contatado", não
pertencia à nossa dimensão.
As descrições de Eugênio para "Ashtar Sheran" é a de um
ser de aspecto atlético perfeito, vestindo uma espécie de macacão de cor cinza
prateado,
com braceletes luminosos nos pulsos e tornozelos.
Ainda segundo Eugênio, o ser "Ashtar Sheran", acompanhado
de seu "primeiro tenente", o ser "Ithacar" teria dito
que era o "Comandante dos Povos Confederados" em missão
sobre a Terra.
Disse que tinha uma importante mensagem para os cientistas e chefes de
estados: que deveriam cessar com todos os experimentos nucleares na atmosfera e
no subsolo e convidava a humanidade do Planeta Terra a viver em paz, justiça e
fraternidade.
Um outro caso pesquisado pelo Dr. Aguirre envolveu o engenheiro Enrique
Castillo Rincón na Colômbia que chegou a contatar dois extraterrestres
denominados de "Cromacan" e "Krisnamerk", que se
diziam provenientes de um grupo de estrelas localizadas nas Plêiades.
Estes contatos na Colômbia se iniciaram devido a outra experiência
ocorrida em 1973 nos EUA com uma pessoa de carro que circulava por uma rodovia
quando repentinamente, sem razão aparente, o veículo saiu da pista e colidiu
violentamente contra uma árvore. Imediatamente outros carros próximos pararam
na intenção de socorrer o motorista.
Mas qual não foi a surpresa de todos ao ver que não havia ninguém no
interior do veículo.
A polícia identificou os restos do carro como sendo de propriedade de um
jovem venezuelano radicado nos EUA.
Segundo sua ficha de estudos e pelos depoimentos recolhidos, o jovem
havia sido um brilhante estudante de engenharia, muito querido pelos seus
amigos e colegas e que, até recentemente, trabalhava numa usina nuclear local.
Durante as semanas seguintes ao incidente, a polícia e autoridades do
governo norte-americano foram mobilizadas na tentativa de elucidar o caso, mas,
após longas e trabalhosas investigações, não conseguiram chegar a nenhuma
conclusão que esclarecesse o mistério.
O corpo simplesmente havia desaparecido.
E o pior, o que complicava tudo, era que o desaparecimento não deixara
qualquer vestígio e ocorrera na presença de todos os que naquele momento
transitavam pela rodovia.
As buscas continuaram durante meses, mas sem obter nenhum resultado.
As autoridades haviam comprado uma incômoda dor de cabeça.
Os órgãos diplomáticos exigiam um desfecho e uma conclusão.
A pressão dos parentes e amigos se avolumava.
A família, que morava numa pequena e pacata cidade na periferia de
Caracas, recebeu, algum tempo depois, um comunicado oficial, o qual ratificava
as estranhas condições em que o jovem engenheiro desaparecera.
As informações eram contraditórias e difusas, assim como um tanto
obscuras, já que as autoridades norte-americanas consideravam o sumiço como um
caso de vingança, provavelmente seguido de assassinato.
Porém, como não havia um corpo a remeter, limitaram-se a enviar todos os
seus pertences e bens pessoais.
Sem mais esclarecimentos e em vista do ocorrido, os familiares tiveram
de se conformar com a perda.
Sendo espíritas, e insatisfeitos com a cruel e triste forma de terem
sido despojados do seu jovem e querido filho, os familiares decidiram realizar
uma sessão mediúnica, na qual convocariam a alma do suposto falecido para saber
detalhadamente do acontecido e, assim, despedirem-se finalmente, desejando-lhe
os melhores votos de paz e felicidade nessa sua nova condição!
O médium receptor seria um jovem estudante de medicina, amigo e antigo
colega do falecido.
A expectativa era grande, todos aguardavam estreitar seus laços com o
infortunado rapaz.
Conforme o tempo transcorria, uma curiosa e estranha névoa azulada
formava-se ao lado do sensitivo, assumindo vagarosamente a forma de uma nuvem
circular.
Essa forma gasosa emitia uma luz tênue, lembrando fumaça de cigarro
iluminada ou fosforescente que, a intervalos, aumentava sua intensidade.
Parecia que pulsava.
Rapidamente a névoa compactou-se formando uma semiesfera e do seu
interior surgiu uma sombra. Lentamente, do desconhecido, uma forma humanóide aparecia.
Era um ser semelhante a um ser humano mas de aspecto "angelical".
O rosto era belo, de traços suaves e bem delineados, mas sem perder o ar
sério e severo.
Os olhos eram claros e ligeiramente rasgados, o cabelo era comprido e
loiro, penteado para trás.
Seu corpo era proporcional, esguio e atlético, sua altura beirava 1,80
metros aproximadamente com os membros perfeitamente normais e mostrando o
contorno dos músculos.
Vestia-se de forma simples, ostentando um macacão folgado com as mangas
acabando em punhos apertados, botas semelhantes ao couro, de cano longo sem
folga, e um cinto largo na cintura.
A figura humanóide colocou-se à frente da luz, em pé, olhando sério para
o grupo que, totalmente atordoado, não conseguia compreender o que estava se
passando.
O ser de origem desconhecida, olhou para o médium que em seguida começou
a falar, como se estivesse recebendo uma mensagem através da telepatia:
"Não temam, não lhes farei nenhum mal, meu nome é
ASHTAR SHERAN,
ou Comandante da frota de espaçonaves de Ganímedes.
Seu filho não está morto e nem perdido, encontra-se entre nós.
Veio por livre vontade e deseja permanecer conosco, não se preocupem
pois ele estará bem".
O ser continuou a falar, oferecendo um panorama de eventos que deveriam
se concretizar ao longo dos anos seguintes até que terminou dizendo:
"Estes fatos [referindo-se à autodestruição da humanidade] serão
concretizados como conseqüência dos seguintes aspectos: aparecerá um líder
político no futuro, dentro do conglomerado social dos países unidos que
dominará as massas e regerá os destinos sociais e econômicos dos demais países.
O seu poder estará auxiliado por mecanismos que ele mesmo colocará em
jogo, como conhecedor das leis metafísicas e, em seguida, se produzirá a
invasão dos continentes.
E quero avisá-los que a paz assinada na região que chamam de Vietnã,
servirá de degrau imediato para o conflito bélico seguinte entre árabes
e judeus.
A isso se seguirão terremotos que devastarão cidades e que tentaremos
alterar para evitar piores danos" e dito isto, retornou à luz e
desapareceu.
Este incrível acontecimento foi bem pesquisado pelo investigador
colombiano Eng. Enrique Castillo Rincón que, após algum tempo,
aproveitaria o acontecido na Venezuela para fazer uma experiência
similar na Colômbia, reunindo, para isto, uma equipe de sensitivos
selecionados,
os quais buscariam entrar em contato telepático com alguma inteligência
extraterrestre e cujos resultados obtidos foram satisfatórios, sendo que
novamente o ser denominado "Ashtar Sheran", voltou a se
manifestar.
Outra pesquisa, digna de conhecimento é a que acompanhei bem de perto
por quase 15 anos em torno dos irmãos peruanos Sixto José Paz Wells,
Carlos Roberto Paz Wells e Rose Marie Paz Wells, sendo estes filhos de
José Carlos Paz Garcia Corrochano, fundador do IPRI – Instituto Peruano de
Relações Interplanetárias.
Numa das muitas experiências que este grupo alega ter vivido, está uma
em particular que considero interessante em vários aspectos e que se reporta ao
tema que ora desenvolvemos.
Estes acontecimentos teriam ocorrido em 1974, no deserto de Chilca,
Peru, aonde uma aeroforma de formato lenticular teria pousado e dela uma
forma humanóide teria surgido e se identificado como sendo o comandante da
frota de espaçonaves que estão destacadas para trabalhar no Sistema Solar.
Seu nome seria ANTAR SHERART, nome muito parecido ao de ASHTAR
SHERAN, que se identificava como comandante da frota de espaçonaves de
Ganímedes, satélite natural de Júpiter.
Segundo as informações fornecidas pela entidade, as sílabas "SH" e "ER" do sobrenome
significam "comando" e "dignidade" respectivamente
e a sílaba "SHER" faria parte da composição de ambos os nomes como
indicativo da "função" desempenhada por estas entidades.
As sílabas finais como "ART" e "AN" determinariam
a "jurisdição", "alçada"
e
"competência" de seu
comando.
Estes dois nomes em particular têm provocado muita confusão, pelo fato
de serem parecidos.
Porém, a figura de "Ashtar Sheran" erroneamente
ganhou maior abrangência através do espanhol Juan José Benitez López, que antes
de ser um escritor famoso era um repórter desconhecido e sem expressão de um
periódico chamado "Gaceta del Norte de Bilbao".
Quando as notícias sobre "Ashtar Sheran" e OVNI´s vindas da
América do Sul, através das experiências dos irmãos Wells já estavam chegando
na Espanha, Benitez foi enviado à América do Sul para levantar mais
informações.
Isto ocorreu porque a Espanha a pouco havia sido bombardeada com o "ufo-culto" dos "ummitas" ou "umnitas" e o assunto
estava ainda em evidência.
Assim o jovem e pretensioso repórter acompanhou várias experiências de
grupos de "contatados" ocorridos no Peru, Espanha, Venezuela e Colômbia,
e foi devido a isto que escreveu seus dois primeiros livros contando estas
aventuras.
O primeiro se chamava "OVNIS: SOS A LA HUMANIDAD" e contava
exclusivamente as experiências dos irmãos Wells que haviam fundado uma
organização chamada "Misión Rama" e que aqui no Brasil ficou conhecida por "Missão Rama" e mais
tarde por "Projeto Amar" e um outro livro chamado "100.000
KM TRAS LOS OVNIS", contando mais situações de grupos de contato que
ele mesmo teria investigado.
Nestas duas obras foi aonde Benitez misturou muitas informações e
inventou outras tantas que acabaram por dar a entidade "Ashtar
Sheran" uma fama que não existia.
Isto nos mostra, através de um exemplo real, como uma informação errada
pode provocar grandes confusões e ainda se transformar numa espécie de lenda
que mesmo com muita explicação e esclarecimento não consegue reparar os
estragos causados.
Outro dado interessante e que acredito seja de pouco ou nenhum
conhecimento reside no fato curioso de quem em 1973 ou 1974 foi lançado um
livro justamente no Peru, chamado "Yo Visite Ganimede" de Yosip Ibrahim, pseudônimo
do "contatado"
peruano
José Roscielos.
Este livro, segundo o autor, narra suas experiências de supostos
contatos com extraterrestres ("Ashtar Sheran" inclusive) vindos de
Ganímedes. Yosip diz que viajou até Ganímedes em uma nave destes seres, aonde
lhe foi informado a presença extraterrestre desde a antiguidade da Terra (Sumérios,
Egípcios, na Bíblia, etc); as idéias de resgates de pessoas que teriam sido "eleitas"
para
serem salvas; as famosas previsões de fim de mundo, que segundo estes seres,
ocorreria em 2001 e outras alegações fantásticas.
O fato é que esta obra foi a que teria influenciado quase todo o país e
boa parte da América do Sul mas, curiosamente, não chegou no Brasil.
Sendo assim, com tantas fontes diversas de informação, resulta difícil
averiguar o que de fato ocorreu naqueles anos e o nível de contaminação que
pode ter ocorrido o fato é que coincidentemente a conhecida
"Misión Rama" também surgiu em 1974 e contando uma história
parecida.
Ainda contando um pouco mais sobre Benitez, ao que parece ele teria
manipulado um grande número de informações a seu favor simplesmente para ficar
famoso.
É difícil admitir a idéia de que ele, como pesquisador que se dizia ser,
tivesse ignorado a existência deste livro, pois sabe-se hoje que esta
obra chegou a ser bastante comentada no Peru nos anos 70.
Tudo parece indicar que foi mais uma vítima da "doença
fatal da certeza"
que acomete muitas pessoas, sejam cientistas ou não e ninguém está livre
deste "mal", que é fácil
de ser adquirido; demorado de ser reconhecido e difícil de ser tratado e eliminado.
O fato é que ainda sobre "Ashtar Sheran", muitas
pessoas públicas,
famosas e do meio artístico (inclusive muitas de nacionalidade
brasileira)
estão envolvidas em "ufo-cultos" e outros
movimentos de estilo messiânico e escapista.
Existem basicamente duas vertentes de informações sobre a situação do
Planeta, do ser humano e do provável futuro que nos aguarda e ambas estas
vertentes são atribuídas a "Ashtar Sheran".
Este é o ponto que considero crucial para separar o prestável do
imprestável.
As informações vindas das duas faces de "Ashtar Sheran" são tão
antagônicas e contraditórias que resulta difícil acreditar que venham da mesma
fonte.
Uma das faces desta entidade se apresenta como "comandante" de uma frota
de milhares de naves e distribui promessas de evacuação e resgate de pessoas
aqui da Terra quando a mesma estiver na eminência de uma destruição total.
Um dos projetos criados por fanáticos desta face de "Ashtar
Sheran" seria o chamado "Project World Evacuation", do qual
muitos artistas famosos,
como Nina Hagen, fizeram parte e que retiraria da Terra, alguns poucos "escolhidos" para que
escapassem da destruição e voltassem quando a situação estive normalizada, como
se retirar o problema, fosse a solução.
Foram também divulgados vários "mandamentos" do referido
ser por diversas comunidades e agrupamentos esotéricos bem como foram
realizadas várias "previsões" por porta-vozes de "Ashtar Sheran" que,
claro, nunca ocorreram.
Talvez uma contribuição negativa que agravou ainda mais o problema tenha
vindo de uma boa intenção de um brasileiro, o falecido radialista e repórter da
Rede Bandeirantes de Rádio e TV de São Paulo, Alexandre Kadunc.
Sempre interessado pelos assuntos metafísicos e pelo fenômeno OVNI e
ainda preocupado com a situação ecológica do Planeta, Alexandre utilizou a
imagem de "Ashtar Sheran" que já estava conhecida como uma
espécie de protetor do Planeta e nos anos 80 começou a divulgar a famosa "Mensagem
de Ashtar Sheran" como forma de chamar a atenção das pessoas para os
problemas sociais e políticos do mundo.
Foi assim que muitas pessoas passaram a captar e a gravar a tal mensagem
em seus aparelhos caseiros de gravação.
Com o tempo, a situação começou a ficar conhecida e cada vez mais
pessoas apareciam com as mensagens gravadas, obtidas nas mais diversas
situações.
Algumas diziam estar gravando uma música de um disco e a mensagem
aparecia quando se ouvia a gravação; outras diziam que a mensagem aparecia
gravada mesmo com o aparelho desligado da tomada; outras ainda diziam ter
recebido instruções do próprio "Ashtar Sheran" para fazer a
gravação; e muitas diziam que um amigo de um amigo de outro amigo tinha feito
uma gravação de algo.
Eu cheguei a analisar várias destas gravações e a quantidade de versões,
acréscimos e cortes em comparação com a mensagem original eram
gritantes.
Muitas versões mostravam até os nomes das pessoas que haviam feito a
gravação como as representantes oficiais de "Ashtar Sheran"; outras ainda
colocavam atributos de super-herói a suposta entidade e outros colocavam que a "salvação"
estava
em ouvir suas idéias pessoais.
Ocorre também que muitas pessoas munidas de estações de rádio amadoras (rádios
piratas, faixa do cidadão – PX, etc), conseguiam gerar interferências e
ter potência suficiente para sobrepujar o sinal de rádios e assim, conseguir
transmitir várias versões da tal mensagem e, quanto mais perto destas estações
irregulares, mais nítido e forte era o sinal captado.
Quantas pessoas conseguiram fazer estas transmissões; quantas versões
existem desta mensagem e quantas pessoas se sentiram especiais, nunca iremos
saber!
Enfim estava claro e evidente que foi um longo período em que mensagens
com um teor apocalíptico alternavam-se com outras messiânicas, estimulando
gradualmente, e de maneira perigosa, a fantasia e os egos de cada pessoa.
A situação do mundo estava fragilizada politicamente pelo fantasma da
chamada "guerra fria" e a cada dia que passava, muitos ficavam esperando
o "apertar
de botões" das duas maiores potências da época,
iniciando assim o confronto nuclear, tão aguardado por uns e temido por
outros.
Não faltavam pessoas que já se considerassem diferentes ou escolhidas
por "Ashtar Sheran", sentindo-se seres especiais numa
missão mais especial ainda, o que hoje sabemos tratar-se de um fenômeno
conhecido por "dissonância cognitiva".
Considero importante ter em mente que todo este período de contatismo
poderia ter mesmo sido propositalmente elaborado e utilizado por inteligências
terrestres ou quem sabe extraterrestres, para nos testar, procurando medir ou
conhecer nossas fraquezas.
Isto se enquadra no que é conhecido por PWT (Phsycological Warfare
Techniques).
De qualquer forma, as extensões e desdobramentos de alguns grupos que se
dizem ligados a "Ashtar Sheran" e outras supostas entidades são
realmente preocupantes.
Estas manifestações servem para corroborar uma hipótese conhecida desde
os anos 70 por quem estuda a UFOlogia pelo ponto de vista psico-social.
Segundo esta hipótese, no caso dos contatados, isto é, pessoas que não
só alegam avistamentos de OVNI's e seus tripulantes, mas que passaram a manter
contatos posteriores com os mesmos, existe a possibilidade de que, em existindo
realmente extraterrestres atuando, estes estivessem manipulando seus contatos
com seres-humanos com o objetivo de manter o assunto OVNI desacreditado na
sociedade humana e com isto favorecer o "modus operandi" dos
extraterrestres entre nós, em que a clandestinidade parece ter sido a única
forma de fazê-lo e mantê-lo.
Outro fato é que o descaso, desinformação e desinteresse que certos
governos pregam em torno do assunto OVNI e o crescente número de seitas
baseadas em motivos ufológicos é gritante.
Como partilho das mesmas idéias e conceitos presentes na formulação da "Teoria da
Decepção", esboçada por , John Kell, Jacques Bergier e outros,
que são trabalhos pouco comentados, considero que existe muita gente
interessada em difundir uma antipatia incontrolada sobre o assunto OVNI e suas
manifestações e em contrapartida, temos um crescente número de abordagens "extraterrestres"
disfarçadas
em cultos e seitas.
O que resta saber é realmente o porque e até aonde se consegue
vislumbrar isto é mesmo muito preocupante, pois já estamos vivendo as
consequências de tantas mentiras, desinformações e até objetivos escusos de
agências de inteligência pois a medida em que o fenômeno que
"não existe" interage e atinge cada vez mais um público leigo,
este mesmo público não possui nenhuma informação fidedigna, pois a experiência
objetiva desse público leigo é simplesmente interpretada como subjetiva pela
comunidade científica e descartada (pois a ciência é levada a se
intimidar com o assunto).
Neste ponto, vemos que a ciência acadêmica passa a se encaixar no
chamado "mito da neutralidade científica", aonde é
observado que muitas vezes o "cientista neutro" é vítima de
simpatias ou antipatias incontroladas e assim, tende a aceitar o que é
simplesmente aceito como verdade ou falso consenso do momento científico em que
vive.
Se algo viola isto, então só pode ser mentira ou indigno de interesse
científico.
Mais uma das armadilhas de nossa sociedade dita "civilizada".
E em virtude destas incoerências da racionalidade, o enorme e crescente
público, cada vez mais leigo de conhecimento (pois informação existe até
demais!) passa a duvidar da Ciência, da UFOlogia, dos Ufólogos e adere à chamada
"pseudociência" e assim,
assistimos ao nascimento de seitas,
cultos, movimentos, agremiações, etc, que passam a interpretar o
fenômeno OVNI como bem entendem, gerando um caos e uma distância cada vez maior
de um entendimento real sobre o fenômeno o que os que "estão no
comando" parecem querer, pois hoje temos provas suficientes de como a CIA e
outras agências se aproveitaram e ainda se aproveitam do fenômeno OVNI para
testar suas técnicas de guerra psicológica e controle de massas.
Seria como alguém (humano ou não) estivesse habilmente conduzindo o "dividir
para vencer" e assim, criando um chamariz aterrorizante (abduções) enquanto que
uma legião de "colaboradores" (contatados) é sutilmente
criada e implanta as idéias absurdas que vemos por aí.
E note que estas pessoas perdem, muitas vezes, o seu poder de
questionamento, e passam até a não se sentir mais "terrestres",
encarando cada um de seu semelhante como um inimigo em potencial dos "irmãos
cósmicos".
Claro que existem as exceções, pois acredito que um contato inteligente
e consciente entre civilizações diferentes não somente é possível como também
pode já estar ocorrendo há tempos!
Muitas pessoas que pesquisei sobre o assunto "Ashtar
Sheran" dizem que os extraterrestres estão "jogando" conosco o
que eu considero plausível pois é fato que, neste caso, quem detêm as cartas na
manga são "eles" e que sem nós, os "outros jogadores", não existe "jogo" mas, é bom
que fique claro que estes tipos de "jogos" não são
acontecimentos transparentes e estão "viciados", isto é, são
"jogos
de cartas marcadas".
Quem ler o trabalho do Psicólogo Eric Berne, que "inventou" a Análise
Transacional, talvez entenda o que quero dizer.
Uma das obras deste psicólogo trata do assunto "Games
People Play" que está ligado ao trabalho de outro grande pesquisador chamado John A.
Kell que escreveu o excelente livro "UFOS - Operation Trojan
Horse".
Um dos capítulos deste livro se chama: "Games
Non-People Play" (o "non-people" seria uma
referência a "extraterrestres") e isto, em palavras mais simples
significa que nós, seres-humanos, fomos lançados no "tabuleiro"
de
um grande "jogo de roleta", aonde quem "dá as
cartas" não é necessariamente "humano" e aonde esta "roleta" pode estar
viciada!
Ocorre na sub-cultura dos "contatados" uma espécie
do conceito sociológico do termo "massificação" que não tem
nada a ver com "produção ou transmissão de algo em massa" e sim seria a
perda de proteção dos meios sociais intermediários, tornando o indivíduo
vulnerável a comandos vindos de fontes desconhecidas.
Isto é algo muito sutil e de difícil detecção, mas, é comum que nestes
movimentos sempre exista a presença dirigida por "entidades
extraterrestres".
Devido a isso que pesquisadores se assustam com o comportamento
apresentado por alguns "contatados" e "abduzidos", sobre o que
falam em palestras e congressos.
São típicas táticas de propagação de "pensamentos alienígenas" que podem
ser altamente perigosos.
Não existe nenhuma contestação e/ou questionamento sobre a origem da "mensagem",
que
sempre é de natureza telepática.
Para se ter uma idéia de onde o absurdo pode chegar, eu assisti a uma
recente palestra de Sixto Paz Wells aonde este mostrou uma série de fotografias
dizendo ser uma das colônias de extraterrestres.
O problema é que Sixto alegava que as fotos eram de Ganímedes, uma das
luas de Júpiter mas, na verdade, as fotos era de outra lua de Júpiter:
Europa.
Por várias vezes ele repetiu, olhou para as imagens e nada falou e
ninguém presente sequer contestou (eu fiquei calado propositalmente
para observar).
É a isto que me refiro quando digo que grande parte dos "contatos"
com
"extraterrestres" são
realizados com pessoas pouco instruídas ou despreparadas e a provável razão é
que assim não há possibilidade de se criticar ou questionar qualquer tipo de
informação passada por supostos extraterrestres.
Exemplo disso temos de sobra: Howard Menger, Hermínio e Bianca,
George Adamski, Rael,
Barney e Betty Hill, Comando Ashtar, etc.
Como escreveu John Keel, se de um aparelho estranho, do qual saísse uma
pessoa também absolutamente estranha, pousasse no quintal de uma dona de casa
de classe média e dissesse a esta
que é de Vênus, quem seria ela para contestar isto?
Iria acreditar, sim, que os extraterrestres vieram de Vênus, ou ainda de
algum Planeta em torno de estrelas inadequadas para se ter Planetas,
como as Plêiades ou ainda de uma estrela que não é uma, mas sim duas
estrelas binárias fraquíssimas como é o sistema Wolf 424, apontado como origem
dos ufonautas do caso UNMO, ocorrido na Espanha na década de 70.
Este caso é muito interessante pois nem os pesquisadores do exterior,
gabaritados e experientes da época, se deram ao trabalho de ver que a
base de todo este caso estava sustentada numa mentira dita pelos supostos
extraterrestres ou por quem inventou o caso; bastaria ter verificado sobres as
estrelas do sistema Wolf e descoberto a engenhosa armação e quem descobriu isto
foi o físico e ufologista brasileiro Alberto Francisco do Carmo.
Enfim, poucas são as pessoas que se dizem "contatadas" que estão
transmitindo idéias realmente positivas e com certa coerência.
Certos pesquisadores de renome dizem que "contatados" e "abduzidos"
são
a "Linha
de Frente" de propagação de idéias e totemismos de procedência incerta.
Se são extraterrestres, militares terrestres, jogos e táticas de guerra
psicológica, "entidades dimensionais" ou outra manifestação qualquer,
ainda não se sabe.
O que se sabe e muito bem, é que muitas das pessoas que se dizem "contatadas" e que alegam
manter contato com "Ashtar Sheran", não
adquirem nenhum ganho ou benefício direto com isto; muito pelo contrário, tais
pessoas passam por exposição ao ridículo; crises nas relações interpessoais,
inclusive com ruína de casamentos e situação econômica; fenômenos do tipo "poltergeist"; interferências
em aparelhos eletro-eletrônicos por EMI (interferência eletro-magnética); sensação de
ser monitorado; estímulo a criar comunidades alternativas ou epistêmicas que
funcionam por algum tempo; instruções para construir aparelhos estranhos; previsões
de guerras e catástrofes e (com exceção de alguns poucos "espertos") não ficam
ricos com tudo isso, pelo contrário!
Sabe-se também que quem manipula as situações de "contato" e no caso de
"Ashtar
Sheran" pode-se constatar isso, conhece muito bem as técnicas de PNL.
E a outra face do fenômeno "Ashtar Sheran" ?
Aonde entra?
Será que no caso da existência de extraterrestres e da possibilidade de que já estejam de fato contatando alguns seres
humanos operariam desta maneira?
Sem respeito à
vida humana?
Será que a evolução de uma civilização Galáctica do Tipo II, III e
remotamente IV é ainda de disputas sociais, egos, competições e guerras,
como a epopéia fictícia "Guerra nas
Estrelas"?
Se o futuro de civilizações hiper avançadas com uma tecnologia inimaginável
para nós é desta forma então o que esperar de nós,
"simples"
seres-humanos?
Como seria então o outro lado de "Ashtar Sheran" e do "contato" que
investiguei e quais as
possibilidades da existência do mesmo?
Isto tudo reside na real possibilidade de que algo realmente de anormal
e externo ao Planeta Terra (aliá, hoje
acredito até em externo a este Universo ou ainda Plano de Ocorrência –
Dimensão) esteja mesmo ocorrendo.
Como uma das minhas especialidades é em Física de Partículas, estou
sempre em contato com cientistas, pesquisadores e estudiosos do cada vez mais
bizarro universo quântico e a par das últimas descobertas a respeito que
dificilmente são compreendidas por quem estuda o tema,
imagine então
quem apenas gosta do assunto, ou ainda uma pessoa totalmente leiga?
Como explicar que
90% do Universo é formado por algo que tem massa, é matéria mas é invisível e
ninguém tem a mínima idéia do que seja?
Diante de todas estas pesquisas e informações, é totalmente cabível e
prudente declarar então que o Fenômeno OVNI é REAL.
A chamada "hipótese extraterrestre" como responsável pelo mesmo não
invalida as demais.
Tão pouco explica todos os casos.
Porém, além de ser a mais "simples e aceitável", é a que tem
recebido mais "respaldo" das evidências apresentadas.
Reais são as aeroformas; os seres; os efeitos físicos advindos da
interação OVNI-SER HUMANO; os registros em radar, filmes, fotos; etc.
As "abduções" e "contatos" também são reais.
Se são produto de somatizações, delírios mentais, estados alterados de
consciência, extraterrestres, entidades de outras dimensões, não se sabe,
o fato é que reais são as cicatrizes, os temores, as testemunhas
independentes, as marcas, etc.
A "contaminação" de informação feita através de pessoas
inescrupulosas,
ignorantes ou mesmo mal-(in)formadas não justifica o ceticismo
doentio que por vezes atinge a simples menção do tema e igualmente condenável é
o chamado comportamento "ufolátrico"
Sendo assim, o quarteto
conhecimento-percepção-discernimento-paciência parece ser a chave para que,
algum dia, possamos abrir as portas que encerram os mistérios deste autêntico
enigma que hoje responde pela classificação de Fenômeno OVNI.
Quando se estuda assuntos como "Ashtar Sheran" e "contatos" com
extraterrestres, é necessário entender que o importante não é não errar e sim
cometer erros diferentes e é por isso que enveredei por assuntos paralelos ao
tema que a princípio podem parecer que nada tem a ver mas,
uma atenta leitura e reflexão poderia gerar subsídios que se fossem
realmente compreendidos por quem se atreve a estudar o fenômeno OVNI ou por
quem insiste em rebatê-lo sentado confortavelmente em uma cadeira atrás de um
computador ligado a Internet, já teria nos tirado do marasmo de mais de 50 anos
em que a UFOlogia se encontra e, quem sabe, já ter gerado as condições
necessárias para que um verdadeiro "salto quântico" acontecesse
gerando assim condições para que um "contato inteligente" ocorresse
entre a civilização do Planeta Terra e civilizações extraterrestres.
Ao meu ver é fácil compreender porque uma civilização mais adiantada em
relação a nós e que regularmente faz incursões por aqui, ainda não
manteve um contato oficial: não existe nível para um diálogo nem entre nós,
seres-humanos que habitamos o mesmo espaço de sobrevivência,
imagine com
entidades anos-luz da compreensão humana?
Quando nos "encontramos", com certeza "encontraremos eles"!
Não se pode ter medo!
Como disse o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque em seu
livro "Na Fronteira do Futuro - O Projeto da UnB": "o medo
e os riscos do ridículo são inerentes aos grandes saltos".
O pouco que pude aprender nestes últimos anos, me deixou ainda mais
consciente de que representa apenas uma ínfima parte de um todo que NÃO PODE ser
conhecido numa única existência!
Porêm, esta mesma diminuta parte, bem compreendida não poderia ser a
melhor conclusão obtida em uma existência.
Depois que se aventura neste fascinante terreno do Fenômeno OVNI que
insistentemente tenta nos tirar da grande "Matrix" que a
humanidade construiu em torno de si, para justificar seus erros, vaidades e
egoísmos,
não há como voltar atrás e fingir que nada aconteceu.
O Universo dá ao ser-humano o que ele, em seu coração, encontra e assim,
é como a famosa cena do épico "Guerra nas Estrelas", aonde o jovem
sedento por conhecimento rápido, Luke Skywalker pergunta ao Mestre Yoda o que
existe dentro de uma caverna escura e sombria que ele deveria entrar e, o mestre, com
astúcia e perspicácia responde: "lá existe
o que você levar consigo"!
ALTERNATIVAS
POSSÍVEIS
As alternativas sobre "Ashtar Sheran" se resumem a
dois pontos básicos para tentar se chegar a uma possível compreensão do
que realmente está ocorrendo:
- No caso da necessidade de provas sobre a existência ou não do suposto
ser, tais provas não seriam obtidas da forma tradicional que a pesquisa
acadêmica está acostumada, ou seja, o erro básico é insistir continuamente que
o Fenômeno OVNI e suas extensões sejam apenas um problema científico.
A ciência se preocupa da observação de fenômenos naturais que se
modificam aleatoriamente e sua posterior descrição, através da reprodução ou
compreensão das partes que nele integram.
Se, por um momento, admitirmos que alguns dos OVNI´s são "pilotados"
por
"extraterrestres" ou entidades
inteligentes, isto de imediato implica que o fenômeno está fora e muito além do
âmbito da ciência tradicional,
pois não obedece a regras específicas e nem aleatórias, pois está sendo
operado e controlado por alguém e só este "pequeno detalhe" já inválida
toda a parafernália de metodologia científicas vigentes: é fácil estudar um
pássaro ou sapo em seu habitat; é fácil capturá-los e dissecá-los em
laboratório e é fácil concluir como eles funcionam mas, não se pode realizar os
mesmos procedimentos naquilo que não responde a instintos naturais; naquilo que
é controlado e manipulado.
E é neste ponto que insisto que temos de avançar para compreender os OVNI´s e os
prováveis "Ashtar Sheran´s" que se manifestam nesta nossa
realidade tridimensional.
Colher casos; pesquisar; realizar vigílias e tirar conclusões destas
observações é lindo e maravilhoso, mas, está se esquecendo que do "outro
lado" do fenômeno pode existir algo ou alguém muito mais inteligente do que
nós que pode estar simplesmente "jogando" aquilo que
temos capacidade para processar e compreender, ou seja, qual é, para os
ufólogos, a maior fonte de informações sobre
o Fenômeno OVNI?
Não se originam dos próprios OVNI´s, das testemunhas e vítimas de "contatos"
e
"abduções" (ou seqüestros como preferem alguns)?
Então, quem garante que a informação adquirida, quer seja em modo
consciente, quer seja através de hipnoses regressivas é fidedigna e não implantada por hábeis mãos mágicas?
- O outro ponto reside no fato de que pessoas de várias etnias e credos
que mencionam ou fazem alusão ao suposto ser "Ashtar Sheran", também não
significa evidência de sua existência.
Sobre isto, temos as possibilidades do que denomino "campos
informacionais" (uma espécie de campo morfogenético) e de
transferência coletiva de informação; lendas; sonhos; e nada garante que alguém
não tenha obtido informações sobre o suposto ser, mesmo que seja de forma
inconsciente, que aliás é o estado que passamos a maior parte de nossa
existência!
Todo relato não pode apenas se basear no caráter da testemunha, tem de
se avaliar o contexto em que o fenômeno está ocorrendo.
É na análise do contexto que estão os detalhes e é nos detalhes que
estão os fragmentos de explicação do Fenômeno OVNI.
Hoje temos muitos detalhes do quebra-cabeça espalhados pelo Planeta;
resta-nos agrupa-los e encaixa-los nos lugares corretos só que aqui tem outro
detalhe!
A própria ciência já chegou a conclusão de que o todo é muito mais do
que a soma das partes e assim, montar todas as peças do quebra-cabeças dos
OVNI´s, poderá nos dar um quadro muito mais surpreendente e fascinante do que a
soma das peças.
Quem sabe um dia!
E assim, estudar a existência deste e outros supostos seres é um
trabalho titânico e extremamente complicado, pois as variáveis são imensas e as
possibilidades de se "escorregar" e enveredar por becos sem saída é muito grande.
Para investigar este assunto não é conhecendo apenas o lado científico
da questão.
O problema é muito mais de cunho sócio-cultural e chega a ser
preocupante.
Por outro lado, deixar o assunto de lado e considerá-lo simplesmente uma
"farsa"
ou
"coisa
de lunáticos" é realmente uma tentação muito forte,
mas, eu diria que é uma tentação perigosa e leviana.
Uma possível conclusão é a de que se "Ashtar Sheran" foi uma
invenção ingênua, os rumos que tomaram são preocupantes.
Se foi algo intencional, foi muito bem bolado e planejado, pois
tornou-se um excelente sistema manipulador de mentes.
Se foi ou é obra de "inteligências extraterrestres" é um assunto
delicado e sua pesquisa está alêm do estudo multidisciplinar, entrando no
transdiciplinar; atratores estranhos; bio e nanotecnologia; mecânica quântica;
teorias relativísticas; psicologia; parapsicologia; teoria dos jogos entre
outras e todas utilizadas em conjunto e não separadas como no processo
multidisciplinar e o tratamento das informações e conclusões deve ser feito de
forma mais imparcial e impessoal possível.
E, sempre tendo em mente que provar que "Ashtar Sheran" realmente
existe, não prova que este ser seria um extraterrestre!
Assim como provar que um OVNI existe não prova que em seu interior
existam seres extraterrestres.
Aliás, neste mundo altamente manipulável em que nos encontramos,
deveríamos
constantemente nos perguntar a quem interessa provar a existência de vida
Inteligente e Consciente fora da Terra?
Ou será que nós
também e ainda acreditamos que não existem meios de se gerar energia de forma
limpa e econômica?
Uma coisa é certa o assunto "Ashtar Sheran" não é apenas
cultuado por pessoas "simples" ou "do povo".
Artistas de renome, internacional até, estão envolvidos nisso.
Todos, sem exceção são pessoas altamente manipuláveis e propensas a
comandos autoritários anônimos, como bem definiu Erich Fromm em seu livro "Medo a
Liberdade" e brilhantemente Theodor Adorno, em "The Authoritarian Personality".
A classificação se encaixa muito bem em vários aspectos da questão
ufológica, na criação de grupos e seitas e no padrão seguido por muitos "contatados",
principalmente aqueles que se dizem serem extraterrestres em missão na Terra!
Pode-se observar, em grupos regidos por um comando central
(seja extraterrestre ou não) um verdadeiro fenômeno de transe
hipnótico regressivo onde a devoção, a cerimônia e a obediência são ditadas e
utilizadas pelos membros de uma elite de pessoas extremamente fechada
O comportamento destes grupos são psicologicamente contagiosos, tanto no
plano cultural como no plano das crenças sociais e dessa forma,
espalham-se através da massa histérica, da massa hipnotizada e da mídia
de massa.
O psicólogo Gustavo Le Bom afirmou:
"Num grupo,
muitos sentimentos e atos são contagiosos , e contagiosos num nível que um
indivíduo prontamente sacrifica seus interesses pessoais em função do interesse
coletivo"
Theodor Adorno dá conta da psicologia regressiva de grupos organizados
que se ajustam à característica de autoritarismo camuflado em "boas
intensões": o que acontece quando as massas são carregadas por uma propaganda
messiânica não é uma expressão espontânea primária do instinto mas, uma
revitalização quase cientifica de suas psicologias
– a regressão artificial descrita por Freud em sua discussão sobre os
grupos organizados.
A coletivização e institucionalização do encantamento, fazem a
transferência mais e mais indireta só que a hipocrisia da identificação
entusiástica e a dinâmica da psicologia do grupo são tremendamente
incrementadas, por sentirem-se pessoas especiais, participes de uma experiência
fascinante e assim, se dispõem a fazer qualquer coisa,
inclusive ir contra sua própria identidade e espécie!
Quem viu o filme "Independence Day", deve se
lembrar que os "colaboradores" controlados por "ufo-cultos" eram aqueles
que estavam no topo do primeiro prédio destruído!
E, temos trabalhos de peso que nos mostram bem este lado do ser-humano: pessoas
autoritárias adoram misticismos e "poderes"!
Quem pensar um pouquinho vai enxergar este tipo de conduta e posturas em
várias pessoas bem aqui no Brasil, algumas bem famosas, inclusive!
O conteúdo analisado de todo material que chegou às minhas mãos, como
sendo procedente de "Ashtar Sheran", descontado
os prováveis mentalismos, filtros e paradigmas, mostra que algo de anormal está
realmente ocorrendo e, como já disse, as origens podem ser várias e até
apostaria muito, em algumas.
Um exemplo do erro de tentar se interpretar algo, com uma visão limitada
e de acordo com a "nossa" lógica, baseada no conhecimento atual, está na
típica comunicação, atribuída a "Ashtar Sheran", que nos
anos 50/60,
alertava sobre os perigos da utilização da energia nuclear.
Oras, alguns
poderão dizer que isto é óbvio, pois todos sabem destes perigos mas, nos anos
50 e até o final dos 60, alguém realmente sabia?
Pelo que eu saiba, foi depois de Chernobyl em 1986, que o terror atômico
ficou realmente conhecido pelo público em geral!
Outros ainda dirão que melhor do que alertar para os perigos da energia
nuclear, seriam os extraterrestres poder impedir o "aperto de
botão"; o lançamento de uma bomba ou ainda inutilizar todas as usinas nucleares
existentes!
Oras, será então que a função de uma suposta entidade extraterrestre é a
de ficar intervindo como um "anjinho da guarda" em tudo que
os "moleques"
humanos
fazem de errado?
Será que um pai ou mãe que constantemente tem de intervir a favor de um
filho, está tendo um comportamento mais
saudável do que alertá-lo e deixá-lo decidir seu próprio caminho?
Limitar o
desenvolvimento do filho, cerceando suas ações é produtivo?
E após a morte
dos pais, quem irá conduzir o agora dependente filho?
Quais são os
limites da relação de dependência entre as formas de vida?
E mais ainda, quais são os limites de atuação de nosso "livre-arbítrio" e o que significa e pode ser classificado realmente
como uma "interferência"? O que interfere mais: uma ação direta
e concreta ou uma "mensagem telepática" que não se sabe a real origem?
Claro que não estou querendo defender a existência de "Ashtar
Sheran" e outras supostas entidades e mensagens, mas sim, ampliar os limites de
nossa ignorância frente ao fascinante tema.
Afinal, como diria Daniel Coleman, a nossa realidade está conformada
daquilo que somos capazes de sintonizar!
E, infelizmente não tem jeito: o cérebro humano é um "simples"
detector
de energia eletromagnética e toda informação que chega até ele, é obtida pelo
sistema nervoso central que a obtêm de sensores bioelétricos, mas e, como cada
corpo biológico é diferente, as interpretações para um mesmo estímulo externo,
também o são!
Felizmente, existem as percepções "extra-sensoriais", isto é, que
acreditamos serem "extras" mas na verdade estão inclusas no "pacote"
genético
humano, apenas ainda não aprendemos a utilizar corretamente estes sensores e,
sem utiliza-los de maneira adequada, com frequência as nossas concepções se
interpõem ante nossas percepções.
Ao longo deste trabalho, com certeza inacabado, tentei traçar o início
das referências a entidade "Ashtar Sheran" e ao modo
como um acontecimento, que pode ter sido real ou não, tomou inúmeros caminhos,
versões, acréscimos e cortes de acordo com a cultura, ignorância e
esperteza de quem recebeu ou viu neste assunto uma maneira de ficar famoso e
rico.
Mostrei também como o público leigo, que também não recebe a mínima
explicação da dita ciência, fica literalmente perdido e passa então a duvidar
dessa mesma ciência, da ufologia, do governo e assim nascem as conspirações,
seitas, ufo-cultos, etc, que interpretam o que acham que estão percebendo, da
maneira que querem e como já deixou bem claro Hynek, é difícil, senão
impossível entender o Fenômeno OVNI com a nossa ciência atual.
É preciso encontrar uma nova fórmula para encarar o problema, e o
primeiro passo é abandonar as idéias pré-concebidas.
Isso contrasta com o pensamento do físico e ufólogo Alberto Carmo,
quando diz que o Fenômeno OVNI é uma incógnita como outra qualquer,
mas, só se descobre se uma incógnita é válida ou não, quando ela verifica
a equação e para saber isso, tem-se de resolver a equação.
Falar que a equação "não existe" ou pior "que não tem
solução" é uma heresia, na ciência e então, ficar discutido se OVNI´s e "Ashtar
Sheran" são ou não dignos de estudo científico, é na verdade, uma questão de
preconceitos interesseiros.
A idéia é fácil de entender: quando perguntaram a Wernher Von Braun
porque ir até a Lua, algo que era uma "loucura impossível", ele
simplesmente e "cientificamente" respondeu "oras,
porque ela está lá"!
O
amor que remove montanhas,o amor que inspira a todos a desejarem um mundo
melhor,
o
ser humano que ama a todos como a si mesmo,e que deseja apenas ser...
Ah!!!
Que maravilha!!!
O
amor atingiu a maioridade e se tornou compaixão...
Irene Ibelli
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