segunda-feira, 9 de abril de 2012
A Resposta Adequada
Por Eliana Matthos
Somos todos seres divinos, com a
Luz de Deus nos
alimentando e sustentando.
Então
porque em diversas situações nos perdemos?
Sentimos
dificuldades diárias em resolver nossas questões pessoais?
Analisando nosso comportamento, em algumas ocasiões não
reagimos bem,
aos
desentendimentos
com as
questões e com as pessoas que estão envolvidas.
Brigamos
com o mundo.
Nos dizem que
nós trazemos para nós as experiências que necessitamos para aprender,para nos
equilibrar, para nos tornarmos mais harmoniosos com o mundo e com
quem nele habita.
Mas algumas vezes sabemos que da maneira como respondemos
ao estímulo ainda não é a melhor, e nos sentimos mal, mas
não entendemos como seria
“a
resposta adequada”.
Temos comportamentos
padrões pessoais nossos, os quais nos fazem responder de determinada
maneira a algo que nos acontece, sendo algo que nos agrada ou nos
desagrada.
Quando
nascemos somos “vazios”, mas já mantemos uma tendência pessoal de
alma, uma“personalidade” que nos identifica e nos
diferencia dos demais e a ela são somadas mais a maneira que fomos
criados os moldes que nos passaram de certo ou
errado e ainda e principalmente as experiências pessoais.
Vamos
adquirindo “experiências” de acordo com os fatos que
vão ocorrendo em nossa vida:
fogo
queima, abraço é bom (mas em determinadas
circunstâncias e pessoas, nem tanto)etc.
Vamos
juntando nossas conclusões em um “arquivo” pessoal.
Mais
quando realizamos uma re-organização e limpeza neste arquivo?
Quando
vemos o que está ali registrado e que aquilo não nos
serve mais?
Aliás, para que mesmo serve o arquivo?
O arquivo
serviria para consultarmos nossas experiências passadas e ver como
reagir em uma nova experiência
que é “semelhante” a antiga.
Seria
uma maneira “garantida” de não errar mais... de dizermos
que temos experiência naquilo e que já sabemos
como aquilo se resolve em nossa vida.
Nos é
dito que o que se repete em nossa vida é o que ainda não aprendemos, ou que
devemos aprender em uma outra oitava...
Por que algo que já
aprendemos iria de repetir em nossa vida então?
E neste
caso, de que serviria uma consulta a algo
que não foi a nossa “melhor resposta”?
Tomaríamos
por base algo que não foi ainda nosso melhor...
Respondemos
com nossa “experiência” em
diversas situações, mas não percebemos que usamos como base velhas
situações que passamos, dores antigas,
relacionamentos furados,
amargores...não há lógica em
utilizarmos velhos sentimentos, para
nos relacionarmos com pessoas novas, situações
novas, que inclusive estão em tempo e
espaço diferentes.
São
pessoas diferentes, relações diferenciadas e
lá vamos nós, respondendo da maneira antiga, a que conhecemos e sacamos
para interagir com o novo...
Fazemos sem perceber... se
quebramos uma perna, e temos já essa experiência registrada em nossa vida, respondemos
prontamente como profundos conhecedores do assunto “a minha
perna quebrada”.
Dizemos
que já sabemos das dores que vamos
passar, o que vai acontecer e reagimos como
se esse novo episódio fosse o mesmo... como
se não tivesse ocorrido em tempo diferente, com pessoas
diferentes, com o corpo emocional e mental em outra
faixa vibratória
Não
percebemos que mudamos de uma semana para outra?
Como
podemos reagir da
mesma forma a coisas que têm apenas uma semelhança?
Na
verdade:
REAGIMOS.
O Rabino
Yehuda Berg, em seu livro “Os 72 nomes de Deus – Tecnologia
para a Alma”, nos esclarece sobre o comportamento proativo: “primeiramente
é um refrear dos impulsos reativos, porque
não existe maneira
de termos consciência da existência de Deus – para não
falar em uma consciência semelhante à de Deus – a não
ser dando um passo para trás.
Sem este
comportamento proativo... a mais poderosa de todas as
tecnologias não pode funcionar para nós.
A
qualquer hora que lhe parecer que de repente a desgraça recaiu sobre
você, dê um passo para trás.
Isso
não significa a aceitação das circunstâncias – se
alguém lhe dá um tapa na cara, você pode devolver o tapa -, mas definitivamente
significa um nível de consciência acima
da mera reatividade.
... Esteja
consciente de que seu estado normal de ser no mundo físico é a
consciência reativa.
Estamos
sempre sendo chamados para jogar o jogo do ego.
Com o ego em
ação, ficamos numa situação em que perdemos de qualquer maneira.
Se
estamos preocupados em vencer, isto é ego.
Se
estamos receosos de perder, isto também é ego.
.. A
consciência é o poder por trás de toda a ação e
evento do mundo físico.
Seja o simples ato de
erguer seu braço ou a cura espontânea de uma doença que traz risco de morte, o
processo começa na "consciência.”
Em
nossa vida acostumamos apenas a reagir às coisas que nos
acontecem.
E pior, reagimos como
se todas as coisas que são semelhantes,que têm um “fundo” parecido
com outra experiência que tivemos, fosse uma coisa só ou a mesma coisa.
Temos
um comportamento “reativo”.
Como
responder de uma maneira melhor?
Não
estando se defendendo ou acusando– reagindo -.
Perceber
que não temos que reagir às coisas que nos acontecem diariamente.
Se reagirmos
não temos controle de nós mesmos, entramos na energia de quem nos provoca e
perdemos a mão da situação, de nossa vida, de nossos
sentimentos.
É como
se as situações da vida nos cutucassem e nós, como animais, reagíssemos a elas,
inconscientemente.
Temos “um pavio curto”.
Acontece
quando brigamos com nosso Chefe, com nosso companheiro, com nosso
vizinho...respondemos,
reagimos às provocações
Quando um
não quer dois não brigam... se um não reage, não há
atrito.
É um “não
entrar” nos estímulos externos e nos mantermos em nós mesmos.
Se não
temos um comportamento reativo, passamos a ter um comportamento “proativo”.
Algo a
nosso favor, positivo, nos mantermos em nós.
É“dar um
passo da trás”, dentro de nós
mesmos, e sair do jogo externo.
Ficarmos
na nossa luz, na
nossa tranqüilidade, na nossa paz.
Cada
vez que tentamos esse “calar” mais
fácil ele se faz e mais entendemos como “funciona” essa
libertação e não ter que entrar no jogo externo.
Passamos
a ter consciência de quando estamos “sendo
vividos” por nossas emoções e
muitas vezes pelas emoções dos outros e não
aceitamos mais fazer parte do “jogo”.
Temos
uma escolha.
Precisamos
ver se essa escolha consciente nos interessa, pois nos é muito mais
fácil continuar no padrão que
estamos acostumados, com desculpas de que “o outro” nos perturba e que apenas
somos vítimas do que nos acontece.
Ou
seja,“reagindo” às
coisas que a vida nos
impõe.
Por
certo que não temos controle do que
nos é apresentado.
Não
adianta tentarmos esse controle... luta
inglória.
Mas
podemos escolher sermos “mestres” de
nosso viver.
Fazermos
escolhas.
Não
dar um passo à frente para a luta e sim um passo atrás, na
nossa luz e consciência.
E ficar.
Não se mesclar.
Silenciar.
Paz.
Segundo
Dalai Lama: “A raiva não pode ser dominada pela raiva.
Se uma
pessoa demonstra raiva por você e você responde com raiva o resultado é
desastroso”.
É um
romper com nossos padrões de luta.
Não viver
de maneira reativa.
Passa
perto do aceitar a vida como ela se apresenta e ter
um comportamento somatório a nosso favor, não nos desgastando
com desnecessidades ou com
distrações que
nos retiram de nosso caminho de Paz.
Post. e Formatação
Fonte:
Publicado na Revista Namastê
nº23
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