Mensagens do Mestre Anphaten
- DESENVOLVENDO A CLARIVIDÊNCIA
Possuir a faculdade da visão espiritual é desejo de muitos e, sob
certas condições, ela pode ser desenvolvida.
Nessa matéria, que termina com instruções de Anfaten, de Andrômeda,
você conhecerá todas as implicações do assunto.
A clarividência é a capacidade de ver com clareza.
É a visão da própria alma, que percebe a realidade num nível mais
amplo e elevado.
Seu surgimento é consequência natural do desenvolvimento espiritual
humano na medida em que a pessoa devota-se ao crescimento interior e
aproxima-se de estados de consciência sutis.
Há uma grande diferença entre clarividência e vidência.
O vidente capta lampejos e impressões do que se passa no plano
astral, sejam fatos que estão acontecendo nesse plano, formas-pensamentos de
outros seres, projeções criadas pelas forças negativas para atrapalhá-lo em seu
desenvolvimento espiritual ou, muitas vezes, os próprios desejos na forma de
alegorias, às vezes, de difícil compreensão para ele mesmo.
A vidência é muito sujeita a distorções.
É um sentido extrafísico que não conduz, necessariamente, a uma
compreensão elevada da realidade.
Muitas vezes, a pessoa que tem o dom vidência não o percebe por um
longo tempo e normalmente o tem desde pequena.
Isso faz com que ela acredite que a visão astral corresponde à
realidade.
Por tê-la como algo natural, ela não se esforça para melhorar seu
desempenho ou compreender como a vidência se processa para melhor
interpretá-la.
Somente o trabalho interior e o desenvolvimento espiritual podem
conduzir à percepção da realidade.
Abertura
da visão astral
- Descrevemos um
exercício que poderá auxiliá-lo no desenvolvimento de habilidades que propiciem
a abertura da visão astral - a qual pode ser direcionada, posteriormente, para
a clarividência.
Escolha um local e horário (de preferência, à noite) em que possa ficar
sozinho e não ser perturbado.
Durante 15 minutos, você vai olhar para a sua imagem refletida no
espelho.
Ele não precisa ser muito grande - apenas o suficiente para
refletir o rosto - e estar a 70 ou 80 cm.de distância de você.
Cuide para que o rosto seja completamente iluminado, sem a presença
de sombras. Se você usa óculos, não é preciso tirá-los.
Relaxe o máximo possível e inicie o exercício apelando ao seu Eu
Superior algo como "despojo-me
do meu ego e entrego-me à Sua sabedoria para que conduza todas as minhas ações
e a minha vidência".
Repita o apelo mentalmente no mínimo sete vezes para obter o efeito
do despertamento da sua visão.
Concentre toda sua atenção na imagem refletida no espelho,
como se quisesse penetrá-la.
Sua concentração deve ser tão intensa que você não possa evitar de
murmurar "minha alma,
quero vê-la".
Sua introdução no mundo astral por meio da vidência pode surgir de
diversas formas: tornar-se intermitentemente consciente das cores brilhantes da
aura humana; ver rostos,
paisagens ou nuvens coloridas diante dos olhos, no escuro, antes de
dormir ou em estados expandidos de consciência; sentir uma presença invisível
ao seu lado; ver ou ouvir coisas para as quais os outros são cegos e surdos;
ter recordações cada vez mais nítidas das experiências vividas em outros planos
durante o sono.
Quando uma pessoa está começando a sensibilizar-se para a vidência
astral, poderá ocasionalmente ter sensações de medo.
Isso advém da hostilidade de forças vibracionais que agem no astral
e, em parte, dos muitos elementais artificiais (formas-pensamento negativas) nutridos pela mente humana.
Por isso, ela deve sempre solicitar a ajuda de seu Mentor ou Guia
Espiritual, quando empreender uma atividade de vidência.
Preparando a
clarividência- É necessário ter prática para liberar-se da distorção produzida
por seus próprios pontos de vista, de forma a poder observar claramente os
episódios etéricos.
Mesmo aqueles que vêem nitidamente no astral, ficam às vezes
confusos e estonteados para compreender ou recordar as visões e poucos
conseguem traduzir suas lembranças para a linguagem do plano físico.
Portanto, o melhor é trabalhar para expandir sua capacidade
perceptiva de forma espiritualmente elevada, procurando movimentar as energias
de seus chacras frontal e laríngeo até o cardíaco para obter a qualidade da
clarividência.
Um método seguro para desenvolver a clarividência é a meditação.
Por meio dela, pode-se adquirir extrema sensitividade, equilíbrio,
sanidade e saúde.
A prática de determinados tipos de meditação constrói níveis
superiores de matéria nos corpos sutis.
Para obter êxito na meditação é fundamental a correta colocação dos
olhos, que devem ficar voltados para dentro (como nas pessoas vesgas) e para cima
Nessa situação, estamos focalizando um espaço interior da aura,
localizado à frente da testa, chamado de papila ou ponto cego.
Trata-se de região não em que não há células sensíveis à luz,
apenas terminais nervosos.
Quando os olhos são virados para dentro e para cima, as papilas
emitem suas energias diretamente através do Chacra Frontal, um exercício muito
profundo para agilizar a visão etérica.
Para manter os olhos nessa posição é preciso exercitar os músculos
que o movimentam.
Durante uma semana, duas vezes por dia, gire os olhos 10 vezes em
sentido horário e 10 em sentido anti-horário; em seguida,
fixe-os por alguns instantes nos extremos das órbitas
(cima, baixo
e lados).
Preparo
espiritual - Como frisamos anteriormente, a captação da realidade sutil sem o
devido desenvolvimento espiritual traz uma série de mal-entendidos.
Para torna-se um bom clarividente, é preciso fazer ainda mais do
que os exercícios que nós descrevemos.
Rudolf
Steiner, na obra O Conhecimento dos Mundos Superiores,
fala das
qualidades que o homem terá de adquirir a fim de ascender ao conhecimento
superior: discernimento entre realidade e aparência, verdade e mera opinião;
correta avaliação do verdadeiro em relação à aparência; controle dos
pensamentos e das ações, perseverança, tolerância, fé e equilíbrio; e amor à
liberdade interior.
Nessa prática, o desenvolvimento espiritual caminhará de maneira
que a clarividência se mostre limpa, objetiva e sem as distorções provenientes
de nosso interior ainda desalinhado.
Perguntamos
a Anfaten, nosso mentor de Andrômeda, como ele vê a questão da visão
espiritual e como ela pode ser desenvolvida.
Vialuz - É correto comparar a sensibilidade instintiva dos animais com o
sentido humano da vidência ou percepção da realidade no plano astral?
Anfaten: Os animais possuem, em graduações diversas, a percepção muito
aguçada a níveis não físicos, porém isso se realiza somente no campo da
percepção.
Possuem, dependendo da espécie, capacidades auditivas e visuais
tanto quanto olfativas muito aguçadas, portanto percebem a aproximação de seres
da quarta dimensão, mas a níveis bastante inferiores que os dos humanos pois
funcionam os seus sentidos em patamares somente vibracionais.
Os animais percebem algo de anormal no campo sensório, mas não
possuem nenhum sentido de visão propriamente dita suprafísica, ou seja, além da
visão física.
A visão extra-física humana se processa em todo o campo astral
tomado pelo corpo espiritual.
É como se todo o corpo espiritual se transformasse em um grande
olho acima, embaixo, na frente, nas costas, dos lados,
como se fosse uma grande câmera móvel de 360 graus.
A visão é total da área ocupada pelo espirito.
Na audição, o processo é semelhante, como um grande ouvido voltado
para todas as direções.
Quanto ao campo mental, é um pouco mais delicado, pois depende
diretamente do nível evolucional daquele ser.
As capacidades suprafísicas no mundo sutil estão sempre ligadas a
condições evolutivas daquele espírito em especial.
Por isso, o campo da visão astral está ligado diretamente ao
espírito.
Dessa forma, os animais ficam na percepção vibratória e não
espiritual.
A vidência é um assunto muito complicado e bastante profundo,
pois está ligada diretamente à capacidade evolutiva de cada ser,
isto em termos da visão espiritual volitiva, isto é, que depende da
vontade da própria pessoa.
Não falamos de vidência como pequenos flashes, tratamos aqui do
domínio completo da visão no mundo sutil.
Vialuz - A manifestação dessa faculdade está
associada à condição encarnatória dos seres?
Anfaten - Todos os seres do planeta Terra trouxeram em seu bojo a
possibilidade da vidência astral, porque, em primeiro lugar, foram formados no
campo espiritual e, posteriormente, na matéria.
Como a vidência está situada no espírito e não no físico, todos
possuem essa capacidade primordial básica, porém o caminho escolhido por cada
ser humano depende da própria vontade e de seu livre-arbítrio.
Desce o espírito, adensando-se na matéria, através dos mundos mais
densos: minerais, vegetais e animais.
A partir do momento em que a essência espiritual se individualiza,
surge o livre-arbítrio.
Então, a escolha de um caminho evolutivo mais rápido e mais claro
proporciona uma colaboração mais presente da parte espiritual do ser.
Alguns escolhem os campos mais baixos da matéria densa e,
trazendo com isso grandes perturbações em sua área emocional,
distanciam-se de sua contraparte espiritual.
Por isso, perdem o melhor: permanece escondida a sua capacidade de
vidência astral.
Para determinados seres, no entanto, como programação evolutiva,
como ajuda, permite o plano espiritual que venham com parte da vidência astral
desvelada.
Para esses, o sentido de ver no mundo suprafísico é uma chamada ao
mundo espiritual, para que se lembrem que são muito mais do que a matéria
física.
Vialuz - Como vê as diferenças entre clarividência e
visão astral?
Anfaten - Uma é complementar à outra.
A vidência é como acender e apagar a luz de uma sala.
A visão é rápida e também pode ser de formas-pensamentos.
Como acende e apaga a luz do mundo espiritual muito rapidamente,
não tem tempo de perceber o que é a realidade do mundo sutil ou o que é uma
captação de pensamentos dos diversos seres.
A clarividência, no entanto, é o sentido da vidência muito
ampliado.
É acender a luz e contemplar todos os detalhes da sala, os móveis,
a janela, a disposição das portas, o chão, as paredes, o teto e também as
pessoas que estão na sala.
Como no mundo sutil, em suas diversas dimensões, não existe o
tempo-espaço como vocês o entendem,e o clarividente pode perceber o passado, o
presente e o futuro, tudo junto.
O processo de vidência e clarividência é similar.
A vidência é muito rápida e, na maioria das vezes, não depende da
vontade da pessoa.
Na clarividência, porém, o sentido de ver é muito mais amplo,
muito mais longo e está bastante ligado com a vontade do ser.
A clarividência também é acompanhada de uma ampliação dos sentidos
auditivos e mentais.
Há uma melhor coordenação dos sentidos da visão, da audição e da
mentalização.
Já na vidência, a ampliação da capacidade desses sentidos é quase
inexistente.
Vialuz - Poderia nos indicar exercícios para a
desenvolver a vidência e a clarividência?
Anfaten - Você terá dois estágios: o primeiro da vidência e depois o da
clarividência.
Raros são os seres que já passam direto para a clarividência, é
como se ela precisasse ser aprendida.
Vamos iniciar pela vidência.
Os exercícios de relaxamento e meditação irão ajudar bastante para
a tranqüilidade e harmonia interiores exigidas para essa capacidade sensitiva.
Coloque-se em estado de relaxamento e escolha uma cena sobre a qual
trabalhar: pode ser um trecho da sala onde se encontra,
uma foto, um desenho ou o que desejar, inclusive um objeto.
Então, relaxe e ponha-se em harmonia com o seu interior.
Em seguida abra lentamente os olhos, contemple a cena por um ou
dois segundos, feche os olhos e remonte mentalmente tudo o que viu, com a maior
riqueza de detalhes possível.
Em seguida, abra os olhos e compare os resultados.
Vai perceber que, no início, esqueceu ou não notou uma série de
pormenores.
Conforme evolui nos exercícios, você vai, a cada dia, percebendo
mais e mais detalhes.
Lembro que deve usar sempre imagens ou objetos diversos,
porque estará treinando a sua capacidade mental ao perceber cenas
ou flashes do astral.
Agora, a clarividência.
Para esse treinamento, deve já estar o ser com a vidência aflorada,
pois começará a trabalhar com os quadros recebidos do astral.
Ao perceber um determinado quadro advindo do mundo supra-físico,
pare imediatamente aquela imagem em sua mente.
Se for um quadro seqüencial, deve escolher o que mais impressionou.
Pare a fita naquele exato ponto e inicie a expansão,
principalmente da área de seu chacra frontal; cresça os ouvidos
como duas grandes cornetas e deixe-os assim.
Então, comece a olhar o quadro, abrindo totalmente o seu chacra frontal
e, com os ouvidos, "ouça-o" cuidadosamente.
Então, comece a movimentar a sua câmera para cima, para baixo, para
trás, para frente, aumente e amplie esse quadro transformando-o em uma tela de
cinemascope.
O processo é como pegar a tela da TV e ampliar de tal forma que se
torne uma tela de cinema.
Apenas nesse caso, é a mesma cena em ponto grande.
Mas na clarividência, ao ampliar o quadro, vocês irão encontrar
campos muito maiores do que somente a figura em estudo.
Você irá ampliar completamente as circunstâncias que rodeiam a
cena.
Dessa forma, irá começar a ampliar a sua sensibilidade.
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