Os cientistas não têm como testar qual das
respostas que a Teoria
das Cordas e a Teoria-M dão é a "correta".
Na verdade, todas elas podem estar corretas e talvez vivamos em um Universo entre um número infinito de
universos.
[Imagem: quintic/Wikipedia]
A
ideia de um buraco de minhoca se sustenta na teoria de Einstein, que mostra que
a gravidade nada mais é do que uma dobradura invisível do espaço tempo causada
pela energia - a massa-energia de grandes corpos celestes, por exemplo.
Foi
o austríaco Ludwig Flamm que, em 1916, descobriu que dobraduras
suficientemente dobradas poderiam funcionar como conduítes através do espaço e
do tempo.
Isso chamou a atenção do próprio Einstein, que
estudou a possibilidade juntamente com Nathan Rosen.
Mas
eles concluíram que a única conexão que um buraco de minhoca oferecia seria
para um universo paralelo, o que os dois consideraram algo impensável.
Só
em 1955, John Wheeler demonstrou que é possível conectar duas regiões
do nosso próprio Universo - foi ele quem cunhou o termo buraco de minhoca,
assim como ele mesmo já havia batizado os buracos negros.
Um
buraco de minhoca foi usado em sua obra Contato.
A
tal da matéria com energia negativa seria necessária porque essa matéria teria
uma espécie de anti-gravidade, o que seria necessário para que o buraco de
minhoca abrisse sua boca e nos deixasse passar.
Embora
a teoria de Einstein tenha resistido a todos os testes feitos até agora, os
cientistas acreditam que ela talvez seja uma aproximação de uma teoria mais
geral, por duas razões: a primeira é que ela não se coaduna com a mecânica
quântica, e esta tampouco cede a todos os experimentos possíveis.
E,
segundo, porque a teoria de Einstein colapsa no centro de um buraco negro, na
chamada singularidade.
Indo além de Einstein
O observatório Integral recentemente alterou os parâmetros de busca da chamada física pós-Einstein.
[Imagem: ESA/SPI Team/ECF
Já
em 1921, Theodor Kaluza e Oskar Klein tentaram
ir além da teoria da relatividade.
Inspirados
em Einstein, que mostrou que a gravidade é a curvatura de um tecido que une as
três dimensões do espaço mais o tempo, Kaluza e Klein
propuseram que tanto a gravidade quanto a força eletromagnética podem ser
explicadas pela curvatura de um espaçotempo de cinco dimensões.
Hoje,
os teóricos da teoria das cordas afirmam
que todas as quatro forças fundamentais podem ser explicadas pelas dobraduras
de um espaçotempo de 10 dimensões.
Mas
essas teorias são complexas demais até mesmo para os físicos teóricos.
E
aqui entram Kleihaus, Panagiota Kanti e Jutta Kunz, os três intrépidos proponentes de uma versão
mais simples dos buracos de minhoca.
O
fundamento é que, se existem outras dimensões, nós
não as percebemos porque elas são pequenas demais.
O
processo de compactar as seis dimensões que não percebemos - aquelas que
completam o quadro de 10 dimensões da teoria das cordas - cria vários novos
campos de força, um deles chamado campo dilaton.
Da
mesma forma que a gravidade na teoria da relatividade depende da curvatura do
espaço tempo, nessas novas teorias a gravidade depende da curvatura mais a
curvatura elevada a uma potência.
Os
três pesquisadores usaram esse termo extra para propor um buraco de minhoca que
não precisa de antigravidade.
Procurando buracos de minhoca no espaço
Recentemente cientistas propuseram uma forma para testar a ideia do Big Flash, um irmão mais novo do Big Bang, uma explosão de radiação que teria mudado a estrutura do espaçotempo nos primórdios do nosso Universo.
[Imagem: Getty Images]
O resultado assustaria Einstein, porque o
buraco de minhoca resultante do novo estudo não pode nos levar para Plutão ou
Andrômeda, mas apenas para outros universos.
Desafiador, mas altamente especulativo.
A menos que alguém possa encontrar indícios de
que tal estrutura exista no nosso Universo,
pairando por aí em algum lugar.
Os
três pesquisadores acreditam que é possível.
É bom lembrar que estávamos falando de
dimensões submicroscópicas,
quando estamos interessados em algo por onde
possa menos pelo menos uma nave espacial.
Os cientistas afirmam que a inflação do
Universo pode ter espichado esses buracos de minhoca a ponto de eles superarem
as dimensões humanas,
como um ponto de tinta colocado sobre uma
bexiga vai aumentando conforme a bexiga se enche.
"A inflação [do
Universo] pode ter inchado os minúsculos buracos negros
que permeiam o tecido submicroscópico do espaço," propõe Kleihaus.
Como encontrá-los?
Olhando para o Universo, já que a presença de
um buraco de minhoca macroscópico deverá representar uma mudança radical no
campo de visão dos telescópios.
"Afinal de contas, a boca do buraco de
minhoca é uma janela para outro universo,"
propõe o cientista.
Desde, é claro, que o buraco de minhoca esteja
com a boca precisamente virada para a Terra.
Bibliografia:
Stable
Lorentzian Wormholes in Dilatonic Einstein-Gauss-Bonnet Theory
Panagiota
Kanti, Burkhard Kleihaus, Jutta Kunz
arXiv
Postado por CHAMA VIOLETA -SAINT GERMAN
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