Sitchin
contribuiu para diversos campos da ciência / pesquisa"
DOMINGO,
11 DE NOVEMBRO DE 2012
Zecharia
Sitchin faleceu na manhã do dia 09 de outubro de 2010.
Um
pequeno funeral familiar privado foi realizado no dia seguinte.
Saiba mais...
Zecharia Sitchin (Baku, 11/07/1920 - 09/10/2010) é um autor de livros
defendendo uma versão da teoria dos astronautas antigos para a origem da
humanidade.
Ele
atribui a criação da antiga cultura suméria aos "anunnaki" (ou
"nefilim"),
uma
raça extraterrestre nativa de um planeta chamado Nibiru, que se encontraria nos
confins do Sistema Solar.
Ele
afirma que a mitologia suméria é a evidência disto, embora suas especulações
sejam descartadas pela maioria dos cientistas[1],
historiadores e arqueólogos convencionais, que discordam de sua tradução dos
textos antigos e de sua interpretação da física.
Biografia
Sitchin
nasceu em Baku, Azerbaijão, e foi criado na Palestina.
Adquiriu
conhecimentos do hebraico antigo e moderno e outras línguas européias e
semíticas, do Velho Testamento e da história e arqueologia do Oriente Próximo.
Sitchin formou-se em Economia pela London School of Economics, da Universidade
de Londres, graduando-se em história econômica.
Foi
jornalista e editor em Israel durante muitos anos, vivendo atualmente na cidade
de New York, onde edita seus livros.
Suas
obras foram largamente traduzidas, inclusive para o braille, e comentadas em
programas de rádio e televisão.
Idéias
De
acordo com a interpretação que Sitchin faz da cosmologia suméria, haveria um
planeta desconhecido de nossa ciência que segue uma órbita elíptica e demorada,
passando pelo interior do Sistema Solar a cada 3.600 anos.
Este planeta chamaria-se Nibiru (associado ao deus Marduk na cosmologia babilônia).
Segundo Sitchin, Nibiru
teria colidido catástroficamente com Tiamat, outro planeta hipotético,
localizado por Sitchin entre Marte e Júpiter.
Esta
colisão supostamente teria formado o planeta Terra, o cinturão de asteróides, e
os cometas.
Tiamat,
conforme descrito no Enuma Elish, o épico da Criação mesopotâmico,
é
uma deusa.
De acordo com Sitchin, contudo, Tiamat era o que é
agora conhecido como Terra.
Quando
atingido por uma das duas luas do planeta Nibiru, Tiamat teria partido-se em dois.
Numa
segunda passagem, o próprio Nibiru teria atingido os fragmentos e metade Tiamat
tornaria-se o cinturão de asteróides.
A
segunda metade, novamente atingida por uma das luas de Nibiru, seria empurrada
para uma nova órbita e tornaria-se o atual planeta Terra.
Este
cenário é dificil de ser conciliado com a atual pequena excentricidade orbital
da Terra de apenas 0,0167.
Os
defensores de Sitchin mantém que isso explicaria a peculiar geografia antiga da
Terra, devido á acomodação após a colisão celeste, entenda-se,
continentes
sólidos de um lado e um oceano gigantesco do outro.
Embora
isto seja consistente com a hipótese do impacto gigante que teria originado a
Lua, estima-se que esse acontecimento tenha ocorrido 4, 5 bilhões de anos
atrás.
O
cenário delineado por Sitchin, com Nibiru retornando ao interior do Sistema
Solar regularmente a cada 3.600 anos, implica numa órbita com um eixo
semi-principal de 235 unidades astronômicas, estendendo-se do cinturão de
asteróides até 12 vezes mais distante do Sol que Plutão.
"A
teoria da perturbação elementar indica que, sob as circunstâncias mais
favoráveis de escapar-se de impactos diretos com outros planetas, nenhum corpo
com uma órbita tão excêntrica conseguiriam manter o mesmo período por duas
passagens consecutivas.
Dentro
de doze órbitas, o objeto seria expulso ou converteria-se num corpo de período breve.
Portanto,
a busca por um planeta transplutoniano por T. C. Van Flandern, do Observatório Naval
dos EUA, que Sitchin usa para justificar sua tese, não se
“sustenta", afirmou C.
Leroy
Ellenberger, em seu artigo Marduk Unmasked, em Frontiers of Science, de
maio-junho de 1981.
De
acordo com a teoria de Sitchin, "posto isto, a partir de um começo equilibrado,
os nefilim evoluíram em Nibiru 45 milhões de anos à frente do desenvolvimento
comparado na Terra, com seu ambiente claramente mais favorável."
Ainda
segundo Ellenberger em seu artigo, "Tal resultado é improvável, para dizer o
mínimo, uma vez que Nibiru passaria 99% de seu período além de Plutão
A explicação de Sitchin que o calor de origem radioativa e uma grossa
atmosfera manteriam Nibiru aquecido é absurda e não resolve o problema da
escuridão no espaço profundo.
Também inexplicado é como os nefilim, que evoluíram muito depois da
chegada a Nibiru, sabiam o que aconteceu com o planeta quando entrou pela
primeira vez no Sistema Solar."
De
acordo com Sitchin, Nibiru era o lar de uma raça extraterrestre humanóide e
tecnologicamente avançada chamada de annunaki no mito sumério, que seriam os
chamados nefilim da Bíblia.
Ele
afirma que eles chegaram à Terra pela primeira vez provavelmente 450.000 anos
atrás, em busca de minérios, especialmente ouro, que descobriram e extraíram na
África.
Esses
"deuses"
eram os militares e pesquisadores da expedição colonial de Nibiru ao planeta
Terra.
Sitchin
acredita que os annunaki geraram o Homo Sapiens através de engenharia genética
para serem escravos e trabalharem nas minas de ouro,
através
do cruzamento dos genes extraterrestres com os do Homo Erectus.
Ele
afirma que inscrições antigas relatam que a civilização humana de Sumer na
Mesopotâmia foi estabelecida sob a orientação destes "deuses", e
a monarquia humana foi instalada a fim de prover intermediários entre a
humanidade e os annunaki.
Ele
crê que a radioatividade oriunda de armas nucleares usadas durante uma guerra
entre facções dos extraterrestres seja o "vento
maligno" que
destruiu Ur por volta de 2.000 AC (segundo ele, o ano exato seria 2.024 AC),
descrito no Lamento por Ur.
Ele
afirma que sua pesquisa coincide com muitos textos bíblicos, e estes seriam
originários de textos sumérios.
Críticas
Quando
Sitchin escreveu seus livros, apenas os especialistas podiam ler a linguagem
suméria, mas agora qualquer um pode conferir suas traduções através de um livro
de 2006, o Sumerian Lexicon.
As
traduções de Sitchin de palavras isoladas e de partes maiores de textos antigos
tem sido consideradas equivocadas.
A
perspectiva da "colisão planetária" por
Sitchin tem ligeira semelhança com uma teoria levada a sério por astrônomos
modernos - a teoria do impacto gigante sobre a formação da Lua há cerca de 4,5
bilhões de anos por um corpo chocando-se com a recém-formada Terra.
Contudo,
a proposta de Sitchin de uma série de colisões planetárias desgarradas difere
em detalhes e sincronia.
Como
na tese anterior de Immanuel Velikovsky em Worlds in Collision, Sitchin afirma
ter achado evidências de antigos conhecimentos humanos sobre movimentos
celestes desgarrados em diversos relatos míticos.
No
caso de Velikovsky, estas colisões interplanetárias eram passíveis de ocorrerem
dentro do período da existência humana, enquanto que para Sitchin estas
ocorreram durante os primeiros estágios da formação planetária, mas entraram
para o relato mitológico através da raça extraterrestre que supostamente
evoluiu em Nibiru após estes choques.
Sitchin
baseia seus argumentos em suas interpretações pessoais de textos pré-nubianos e
sumérios e no selo VA 243.
Ele
afirma que estas civilizações antigas tinham conhecimento de um décimo-segundo
planeta, quando de fato, mesmo somando-se o Sol e a Lua, eles conheciam apenas
sete corpos celestes, todos chamados por eles de "planetas".
Centenas
de selos e calendários astronômicos sumérios tem sido decodificados e
registrados, e a contagem total de planetas verdadeiros em cada selo é de
cinco.
O
selo VA 243 tem 12 pontos que Sitchin identifica como sendo planetas.
Quando
traduzido, o selo VA 243 diz, "Tu é seu servo", o
que agora considera-se uma mensagem de um nobre a um servo. De acordo com o
semitologista Michael S.
Heiser,
o suposto Sol no selo VA 243 não é o símbolo sumério para o Sol, mas uma
estrela, e os pontos também são estrelas.
O
símbolo no selo VA 243 não tem semelhança com o mesmo símbolo do Sol em
centenas de inscrições sumérias.
Idéias
semelhantes foram exploradas por autores como Immanuel Velikovsky,
Erich von Däniken, Alan F. Alford e Laurence
Gardner. Alford
mais tarde reviria suas opiniões e criticaria a interpretação que Sitchin faz
dos mitos.
Influência
O
Raelismo, a religião idolatradora de OVNIs fundada por Claude Vorilhon, tira
muitas de suas crenças da obra de Sitchin, bem como a religião Nuwaubiana
fundada por Dwight York.
Zetatalk,
o culto na internet fundado pela auto-proclamada contatada Nancy Leider,
descreve o "Planeta
X", um
grande objeto que afirmam colidirá com a Terra, como "Nibiru" em referência às teorias de Sitchin.
David Icke e Alex
Collier
também baseiam-se no trabalho de Sitchin em suas teorias de conspiração.
Bibliografia de Sitchin
* O 12ºPlaneta
* A Escada para o Céu
* O Livro Perdido de Enki
* Guerra de Deuses e Homens
* Os Reinos Perdidos
* Gênesis Revisitado
* When Time Began
* Divine Encounters
* The Cosmic Code
* End Of Days
Os cinco
primeiros livros de Sitchin foram publicados no Brasil pela Editora Nova
Cultural.
Os três
últimos permanecem inéditos em português.
http://saintgermanchamavioleta.blogspot.com.br/2012/11/faleceu-zecharia-sitchin.html
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