quinta-feira, 1 de novembro de 2012
As
forças espirituais do universo são tão fortes que a personalidade impura não
pode suportá-las.
Na
medida em que existem na mente e na consciência de alguém negatividade e
distorção, essas poderosas correntes se manifestam como crise, dor e perigo.
Contudo,
ser receptivo ao influxo divino da consciência crística e fazer parte dele é o
anseio profundo de todas as almas.
O
desenvolvimento da instituição do casamento tem grande importância encarado
desse ponto de vista.
É
preciso avançar mais, uma vez que vocês são capazes de ampliar e aprofundar a
compreensão do casamento e usar esse conhecimento para expressar esse anseio.
Este
é sempre o primeiro passo para concretizar o que vocês desejam.
O
CASAMENTO ATRAVÉS DAS ERAS
Vamos
considerar a evolução do casamento até hoje e abrir a visão para o futuro, para
vocês visualizarem a atitude atual em relação a essa instituição tendo em mente
o quadro maior.
A
história só pode ser devidamente entendida quando se vislumbra o significado
espiritual subjacente aos eventos terrenos.
Num
passado não muito distante, o casamento atendia a várias finalidades, das quais
as menos importantes eram compartilhar,
amar
ou ter reciprocidade em todos os planos da personalidade.
Com
efeito, o amor, a entrega sexual recíproca e o profundo intercâmbio de níveis
dinâmicos de energia eram rejeitados e condenados.
O
casamento devia ser um contrato financeiro e social para satisfazer outras
funções da personalidade e motivações inferiores.
As
vantagens financeiras e sociais eram primordiais.
Mais
significativa ainda era a convicção plena de que essas motivações eram
moralmente corretas e virtuosas.
Os
homens casavam com mulheres que tinham um dote e que elevavam sua imagem
social.
Em
outras palavras, a cobiça e o orgulho eram apresentados sob uma luz mais
favorável e considerados justos.
Os
homens se consideravam superiores às mulheres.
Desposar
uma mulher significava nada mais do que adquirir uma escrava que obedecia ao
dono da casa, que cercava o homem de todo o conforto e comodidade, sem exigir
nada para si.
Em
troca desses serviços,que incluíam ser objeto da luxúria em grande parte
impessoal do homem, a mulher recebia segurança material.
Sua
única responsabilidade era ser um objeto adequado ao seu senhor.
Naturalmente,
vocês entendem que a responsabilidade do homem ia muito além da simples
responsabilidade financeira.
Como
a mulher não era considerada em igual, moralmente ela era muito pouco
responsável.
Naqueles
séculos, a responsabilidade emocional e mental não existia como conceito, mas
sem dúvida existia de fato.
Mesmo
sem a percepção do conceito, os homens admitiam essa responsabilidade com
relação a outros homens, mas a negligenciavam totalmente ao lidar com mulheres.
Evidentemente,
isto não era apenas conseqüência da distorção e negatividade do homem ; era
igualmente resultado de uma intencionalidade firmemente enraizada na psique da
mulher.
As
mulheres recusavam a responsabilidade por si mesmas em todos os níveis, pelo
maior tempo possível, e assim eram
co-criadoras
do relacionamento desigual entre os sexos.
O MEDO DO
PODER DA CORRENTE UNIFICADA
Os
dois sexos tinham medo – e ainda têm – das poderosas energias espirituais
envolvidas nas forças do amor, de Eros e da sexualidade entre homem e mulher.
Esse
poder cósmico é a própria corrente criativa da qual tudo é feito.
Essa
poderosa corrente pode expressar-se de muitas formas, não apenas como uma força
de união entre homem e mulher.
Pode
expressar-se através das disciplinas espirituais, fundindo os princípios
masculino e feminino e as correntes de poder na alma de cada um.
A
alma não purificada não consegue suportar essa corrente de poder.
Na
medida em que a substância de alma impura fermenta na personalidade, a corrente
de poder precisa ser negada, reprimida e cindida.
A
sexualidade que se manifesta sem amor, compromisso e respeito é exatamente essa
corrente negada e cindida.
Os
seres humanos que acreditam que o sexo pornográfico ou promíscuo é mais
prazeroso do que a sexualidade que deriva do todo unificado e combina amor e
união espiritual, não poderiam estar mais errados.
A
verdade é exatamente o contrário.
Mas
o poder dessa sexualidade é tão forte que não pode ser suportado pela alma que
ainda vive parcialmente na escuridão.
Outro
erro humano é acreditar que pessoas casadas e fiéis estão necessariamente além
do estágio da sexualidade dividida.
O
casamento típico dos tempos antigos, era uma completa supressão, repressão e
negação das correntes espirituais de poder.
No
homem, a negação muitas vezes ainda se manifesta como incapacidade de ter
fortes sentimentos sexuais pela mulher que ele ama, honra e respeita.
Às
vezes, o medo inconsciente da corrente de poder é tão forte que a cisão é
total, e o homem se vê incapacitado de ter desejo sexual pela mulher amada.
Em
muitos casos, no entanto, existe uma cisão em relação a uma só mulher.
Um
homem pode honrar e amar relativamente a mulher que desposou e, no entanto,
apagar a realidade dela durante o ato sexual.
Isso
só pode acontecer quando a mulher se torna um objeto inferior na mente do
homem.
O
sexo total pode ocorrer no contexto do casamento respeitável e é plenamente
aceito pela sociedade.
Para
a mulher, a negação da corrente unificada de poder muitas vezes se manifesta
pela total negação da realidade sexual do seu corpo.
Sempre
que a sexualidade dela se manifesta, apesar de todas as tentativas em
contrário, ela é acompanhada de culpa e de vergonha.
Atualmente,
os equívocos sobre culpa e repressão sexual, no mundo de vocês, são quase tão
grandes quanto sempre foram.
As
repressões e negações, as culpas e falsas vergonhas não são simplesmente o
resultado de costumes sociais e influências da mentalidade intolerante, mas na
verdade são produtos da incapacidade de transportar a força da corrente de poder
totalmente unificado, cuja intensidade só pode ser suportada por alguém no
mínimo relativamente liberto de negativismo, medo, dúvida e destrutividade.
A
pessoa fortemente sexual que sente que sente sua sexualidade sema amor, sem uma
profunda fusão fusão pessoal com o outro especificamente escolhido, e que
promiscuamente prefere parceiros ocasionais, sem nenhum envolvimento, em
essência não é absolutamente diferente do moralista fiel à esposa com quem
copula sub-repticiamente, por dever conjugal.
Ambos
temem a corrente amor-sexo que se unifica que pelo poder de Eros, pelo poder da
reciprocidade do desenvolvimento da alma,
e
pelo compromisso entre os parceiros mediante a purificação pessoal.
RUMO AO
ÊXTASE MÍSTICO
O
relacionamento homem-mulher do passado e a atitude em relação ao casamento são
resultados diretos do medo da corrente unificada amor-sexo.
A
autopurificação praticamente não existia para a pessoa comum,
sendo
praticada, com algum grau de importância, apenas em igrejas.
Mas
aqui também o pleno poder da corrente foi diminuído pelo edito do celibato.
É
certo que algumas pessoas particularmente dotadas e avançadas invocam esse
poder espiritual pelos seus próprios meios.
O
êxtase místico é simplesmente a liberação da corrente de poder espiritual na
qual Deus é sentido como uma realidade viva e física.
Isto
também pode acontecer, em termos ideais, através da fusão de um homem e de uma
mulher suficientemente livres do medo, que sigam juntos o caminho da
autopurificação.
A
união deles libera a corrente interna de poder, de modo que eles sentem Deus em
si mesmos e no outro.
Antes
de levar mais adiante a análise dessa experiência, vamos voltar aos estágios
evolutivos da história.
O
quadro que pintamos do casamento não é muito atraente.
O
casamento, como existiu por tanto tempo, era uma condição mais pecaminosa do
que todos os pecados que os moralistas, que perpetuaram essas normas,
condenavam.
Esses
moralistas dirigiam a acusação de pecado para o sexo ilícito,
para
o sexo promíscuo ou pornográfico, que poderia ser identificado externamente.
É
certo que esses atos realmente indicam a negação da unificação,
concedida
por Deus, do amor e da sexualidade, de amor corrente de poder, que em si é uma
expressão da presença divina.
Em
determinado sentido, o medo e a negação são sintomas da alma impura – o
espírito decaído, se quiserem.
Mas
como vocês todos também cumprem uma tarefa no retorno ao estado de união com
Deus, é fútil fazer um discurso contra isso.
Os
que fazem são espíritos decaídos, almas impuras, e partes desse mesmo movimento
evolutivo.
A
atitude adequada em relação ao medo da corrente de poder total é a aceitação ;
é preciso um treinamento delicado para que a personalidade aos poucos possa
aclimatar-se a essa força de alta potência e suportá-la confortavelmente.
O
êxtase acontecerá quando a alma crescerem
estatura.
Isso
acontece mediante um processo de desenvolvimento ao longo de muitas
encarnações.
O
verdadeiro caráter pecaminoso da atitude com relação ao casamento, que
predominou até recentemente, é conseqüência da culpa secundária.
Em
vez de admitir o medo de amar um igual, o homem precisava rebaixar a mulher.
Em
vez de admitir o medo de amar um igual e sentir o prazer da sexualidade, a
mulher afastou-se do homem, fazendo dele um inimigo.
Em
vez de admitir a responsabilidade por si mesma em todos os níveis , a mulher
fez de si um objeto e acusou o homem por essa criação dos dois.
Ambos
os sexos negaram o medo, o que , num sentido mais profundo, poderia ser chamado
de culpa primária, uma culpa comum a todas as pessoas.
A
negação do medo provocou culpas secundárias.
Algumas
delas deram força à energia do eu inferior.
A
cobiça material foi estimulada ; dinheiro, poder e privilégio social
tornaram-se o motivo da escolha de parceiros.
As
idéias em voga, as aparências, idealizadas imagens de si mesmo foram
alimentadas; o orgulho e a vaidade foram elevados à categoria de falsos valores
morais.
Se
vocês considerarem a indignação moral, a hipocrisia moral de homens e mulheres
em relação aos que se desviaram das normas aceitas, poderão entender a força da
culpa secundária.
O
eu mascarado reivindicava a cobiça, o interesse calculista, a valorização da
vaidade das aparências e o uso de um pelo outro como os mais elevados padrões
morais.
Essas
reivindicações vão muito além da hipocrisia comum.
Uma
hipocrisia tão arraigada e tão perniciosa precisava ser erradicada com firmeza:
caso contrário, a alma não poderia curar-se.
É
importante, que vocês vejam a natureza da atitude em relação ao casamento
durante tantos séculos.
O
casamento por amor era uma grande exceção.
O
estado coletivo de consciência criou essas condições na maioria dos casamentos
do passado.
Esse
mesmo estado coletivo de consciência também criou condições kármicas,
pré-requisitos para uma orientação específica durante encarnações seguintes.
Por
exemplo, o antagonismo geralmente existente entre homens e mulheres precisava
manifestar-se especificamente entre cada homem e cada mulher em grau muito
maior do que hoje.
Muitas
vezes, duas pessoas estavam predestinadas a se encontrar como possíveis
parceiros conjugais.
A
geração mais velha tomava as providências nesse sentido.
Esse
tipo de união deu ensejo ao afloramento de sentimentos e atitudes negativas
gerais e específicas em cada pessoa ; estes,
uma
vez conscientes, passaram a ser a base de sua transformação.
Assim,
os casamentos feitos no céu não eram absolutamente sempre uniões positivas de
amor e afeto, de atração e respeito.
A
reciprocidade negativa entre muitos homens e mulheres criou a consciência
coletiva, as condições kármicas e também os padrões sociais.
UM GRANDE
SALTO NA CONSCIÊNCIA COLETIVA
Bem
recentemente, a consciência deu um grande salto.
A
humanidade ficou preparada para se desfazer de velhas atitudes e criar novas
condições, novos padrões, novos valores morais.
Isso
pode ser visto claramente em nossos tempos através de muitas mudanças
drásticas.
O
movimento em nossos tempos através de muitas mudanças drásticas.
O
movimento de libertação das mulheres, o movimento de libertação social e uma
atitude muito diferente com relação ao casamento são sinais claros de uma
atitude muito diferente com relação ao casamento são sinais claros de uma nova
consciência que aflora.
Essas
manifestações precisam ser encaradas à luz de uma direção evolutiva global;
caso contrário , não é possível captar de fato o significado interior das
mudanças.
Em
todos os movimentos evolutivos, o pêndulo tende a oscilar de um extremo a
outro.
Às
vezes, esse fato é inevitável ; outras vezes é até mesmo desejável, desde que
as oscilações sejam limitadas.
Mas
quando elas são maiores do que o necessário ou o desejável,
surgem
o fanatismo e a cegueira, exatamente como no outro extremo.
Por
exemplo, a liberdade sexual de nossos dias é uma reação à repressão dos tempos
antigos.
Até
certo ponto, essa fase é necessária, enquanto não se completar a sabedoria da
nova consciência, enquanto o compromisso com o parceiro passar a ser
considerado como uma experiência mais livre,
mais
liberada e infinitamente mais desejável do que a troca indiscriminada de
parceiros – ao reconhecimento dos efeitos debilitantes desse estado de coisas e
do conseqüente libertinismo e expressão poligâmica.
Desse
ponto, o movimento pode agora passar para um novo alicerçamento na verdadeira
liberdade e independência interior, que opta voluntariamente pelo compromisso
monogâmico porque ele produz uma satisfação infinitamente maior.
Um
aspecto particularente pernicioso da velha atitude em relação ao casamento é
que a necessidade sexual, bem como a necessidade de companheirismo, foi
contaminada e esse deslocamento eram encarados como moralmente desejáveis.
Sempre
que uma corrente de alma é secretamente colocada a serviço de outra, ambas se
tornam negativas.
Se
o amor, Eros e o sexo fossem colocados em seus devidos lugares, as necessidades
reais de sucesso, de respeito na comunidade e de fartura material poderiam agir
à moda do Eu Superior.
A
humanidade teve de se afastar dessa distorção, tornando-se inevitável um certo
grau de tumulto.
A
revolução sexual precisou manifestar-se às vezes de maneira indesejável –mas
indesejável apenas quando vista fora do contexto.
Naturalmente,
as verdadeiras lições precisam ser aprendidas individualmente.
É
exatamente dessa lição que estamos falando.
Os
velhos costumes precisam urgentemente de profundas mudanças.
É
preciso que apareça uma nova expressão sexual e a aceitação alegre do impulso
sexual.
Ao
mesmo tempo, cada homem e cada mulher precisam entender a enorme importância do
todo formado por amor, Eros e sexo; afeto e respeito; ternura e paixão ;
confiança e parceria; compartilhamento e ajuda mútua.
É
preciso, portanto, entender que a defesa do relacionamento comprometido não é
um edito moralizante cujo propósito é privar você do prazer.
Bem
ao contrário.
A
corrente de poder evocada pela fusão entre amor, respeito,
paixão
e sexualidade é infinitamente mais extasiante do que qualquer fusão acidental
poderia ser.
Ela
é tão forte, na verdade, que as próprias autoridades contra quem houve tanta
rebeldia temem, mais que ninguém, essa corrente combinada.
Essa
as autoridades não estão muito distantes daqueles que se permitem sentir a
sexualidade apenas na forma cindida, sem ligação com os sentimentos, ignorantes
da verdadeira intimidade e partilha.
A META
FINAL
É
importante conhecer o estado no qual vocês podem e devem ingressar, pois este é
seu destino.
Sem
este mapa, não é possível pilotar o navio.
Mas
existe uma diferença sutil, porém marcante, entre acompanhar organicamente este
modelo e tentar forçar ser o que vocês ainda não são.
Aceitem
que vocês não podem ser imediatamente a pessoa ideal,
totalmente
unificada.
Vocês
sabem que é preciso muito tempo, muita experiência, muitas lições, muita
tentativa e erro e inúmeras encarnações para que a alma se transforme num ser
completo.
Vocês
precisam saber agora que existe esse estado, mesmo que ainda sejam bastante
incapazes de vivê-lo.
Precisam
saber, sem se pressionarem, sem sermões, sem desânimo.
Todas
essas atitudes forçadas são destrutivas e errôneas.
A
tentativa de impor um padrão ideal, que as pessoas não têm condições de
obedecer, infelizmente foi feita por quase todas as religiões organizadas.
É
por isso que a religião organizada é objeto de tamanho repúdio na atualidade.
O
estado de integridade deve ser trazido suavemente à consciência.
Jamais
deve se transformar num açoite.
Deve
apenas ser um lembrete de quem vocês realmente são; o que vocês jaó são em
essência serão um dia no todo.
Assim
como é bobagem aderir ao ateísmo devido aos erros da religião, é bobagem
descartar totalmente o casamento devido a distorções anteriores.
Antes
de o casamento começar a ser questionado por muita gente como instituição
válida, a atitude em relação a ele já tinha começado a mudar consideravelmente,
em especial nas últimas décadas.
As
pessoas começaram a escolher seus parceiros com liberdade,
em
geral motivadas pelo amor. Isto também levou, muitas vezes, a erros.
As
pessoas que eram jovens e imaturas demais para formar uma união realmente
significativa escolhiam parceiros com base na atração superficial, sem conhecer
a fundo nem a si mesmas nem ao parceiro.
Não
é surpresa que casamentos assim não sobrevivessem.
Mas
este passo era necessário para a maturidade.
Assim
como as pessoas só aprendem errando, o mesmo acontece com a consciência
coletiva.
Novos
costumes precisam ser testados pelas duas pessoas antes de a alma atingir a
sabedoria e a verdade.
A
liberdade de escolher com independência, de sentir o prazer sexual e erótico,
de cometer erros e de aprender com eles, de formar relacionamentos diferentes e
mais maduros como parte do processo de crescimento, sem condenar os menos
amadurecidos,
tudo
isso é necessário para entender a verdadeira importância do casamento.
Ele
deve ser encarado, não como a imposição de algemas por parte de uma autoridade
moralizante, externa ou interna, mas como uma dádiva livremente escolhida, como
o maior, o mais desejável estado imaginável, o mais agudo prazer e satisfação,
que exigem que a alma e a personalidade tenham se tornado fortes, flexíveis,
maduras
e capazes.
O
contentamento, o êxtase e o prazer supremo não podem existir gratuitamente, não
podem ser roubados.
Não
podem surgir assim.
Só
podem surgir quando a personalidade alcança um grau suficiente de purificação ,
de segurança, de fé, de autoconhecimento, de compreensão do Universo.
A
liberação sexual precisa passar por alguns estágios que podem parecer
exagerados ou que podem até ser exagerados, antes que a libertação sexual mais
avançada – a unificação entre Amor, Eros e sexo – possa dar origem ao novo
casamento.
Encontros
sexuais acidentais não devem ser encarados como o estágio final da liberação.
Eles
são, no máximo, uma fase temporária e limitada.
Ninguém
que já tenha passado por esse estágio se satisfez de fato com ele, nem mesmo no
nível físico.
Vocês
podem se iludir pensando que é o melhor que podem esperar sentir, mas não é.
Podem
negar o anseio insatisfeito mais profundo, porque outro anseio, até então
insatisfeito, foi mitigado.
Mas
ainda é preciso avançar muito para darem a si mesmos aquilo de que realmente
precisam, aquilo que realmente querem, desejam e devem ter.
Como
aconteceu com a revolução sexual, a libertação das mulheres também teve de ir a
uma espécie de extremo – pelo menos temporariamente.
Assim,
algumas mulheres precisaram tornar-se tão duras e inflexíveis como o seu maior
inimigo, o homem, para poderem sentir sua força, sua capacidade de serem
independentes, responsáveis,
criativas
e engenhosas.
Enquanto
esta for uma fase passageira, da qual brotarão mudanças adicionais, tudo bem.
Mas
quando ela é encarada como o ideal final, torna-se tão prejudicial quanto ser a
mulher-criança reprimida e dependente que vocês já não querem nem precisam ser.
A
nova mulher combina independência, responsabilidade por si e maturidade
plenamente desenvolvida com a suavidade e a aquiescência que antes eram
associadas exclusivamente à parasita dependente.
O
novo homem combina os sentimentos de seu coração, a suavidade e a gentileza com
a força e a capacidade, não como a mulher, mas de forma complementar.
Esses
dois podem formar o novo casamento.
O NOVO
CASAMENTO DE FUSÃO E TRANSPARÊNCIA
O
novo casamento não acontecerá no início da vida.
Se
os parceiros forem jovens, já terão conquistado um considerável grau de
maturidade como resultado do trabalho interior autêntico e intenso, como este
caminho.
O
novo casamento é um núcleo de força, no qual o parceiros fortalecem um ao outro
e a outras pessoas, na tarefa comum por uma causa maior.
O
novo casamento é totalmente aberto e transparente.
Não
há segredos de nenhum tipo.
Os
processos da alma dos parceiros são totalmente expostos.
Esse
tipo de abertura e transparência precisa ser aprendido.
Este
é um caminho dentro do caminho, por assim dizer.
Falem
a respeito da dificuldade para chegar a essa abertura, em vez de tentar negá-la
ou escondê-la.
Parte
da abertura consiste em revelar o medo da forte corrente espiritual, das forças
liberadas pela unificação da sexualidade e do coração.
Quando
o medo é exposto -mesmo que ainda não seja possível desembaraçar-se dele – os
obstáculos são eliminados com relativa rapidez, e uma vibrante satisfação é o
corolário da abertura.
No
novo casamento, estar no caminho do profundo autodesenvolvimento e trazer à luz
as partes ocultas do eu são pré-requisitos da satisfação num relacionamento
vivo e vibrante.
Quando
a vibração reflui, é preciso que os dois parceiros, juntos, investiguem a
causa.
Pode
haver um sem-número de razões para a estagnação, nenhum deles necessariamente
mau ou vergonhoso.
Quando
todos os níveis das duas personalidades estão abertos para o outro, quando eles
se juntam e, finalmente, se fundem, a intensidade e a vibração do encontro
sexual ultrapassa tudo o que vocês são capazes de imaginar.
Há
um anseio profundo por essa satisfação, porque ela é de vocês por direito de
nascença, é o seu destino.
Ela
só pode existir numa parceria como a que descrevemos.
Esse
tipo de fusão não é fácil de conseguir.
É o
resultado de infinita paciência, crescimento, mudança, transformação.
Mas
deve estar viva na mente de vocês como uma possibilidade a ser concretizada um
dia.
A
fusão em todos os níveis da personalidade significa a fusão de todas as
energias corporais.
Este
é um caso muito raro.
Vocês
virão a saber quando existe fusão apenas no plano físico e quando ela acontece
nos planos emocional, mental e espiritual.
Todas
essas energias corporais existem na realidade e podem fundir-se ou não, de
acordo com as condições predominantes.
Quando
a fusão ocorre em todos os níveis,vocês não se unem apenas ao parceiro, mas
também a Deus.
Vocês
vêem Deus no parceiro e em si mesmos.
Não
é surpresa que a corrente de poder seja impossível de suportar enquanto as
personalidades não atingem um grau elevado de desenvolvimento interior e
purificação.
Depois
que vocês perceberem que a fusão sexual é insuficiente e desinteressante se não
englobar todas as energias físicas no processo de união, vocês enfocarão o
encontro sexual sob um prisma muito diferente.
A
união sexual jamais será acidental ou aleatória ; vocês a considerarão um
ritual sagrado.
Esses
rituais serão criados por cada casal, e poderão mudar com o tempo.
Jamais
se degradarão ao nível de rotinas fixas.
O
encontro sexual é a verdadeira fusão dos princípios masculino e feminino como
forças universais.
Cada
fusão sexual será um ato criativo, trazendo à tona novas formas espirituais,
novas alturas de desenvolvimento dos dois eus,
que
podem ser transmitidas a outras pessoas.
A
combinação complementar desses dois aspectos divinos – as forças feminina e
masculina – criará não apenas satisfação total,
êxtase
e felicidade, mas novos e duradouros valores e uma verdadeira experiência da
realidade divina.
Amor, Luz , Paz , Gratidão e Namastê !
Love,
Light, Peace, Gratitude and Namaste!
Amour, de Lumière, la
Paix, Gratitude et Namaste!
Amor, Luz, Paz, Gratitud y Namaste!
الحب، والضوء، والسلام، والامتنان وناماستي!
愛、光、平和、感謝とナマステ!
Amore,
Luce, Pace, Gratitudine e Namaste!
Liebe,
Licht, Frieden, Dankbarkeit und Namaste!
Любовь, свет, мир, благодарность и Namaste!
Upendo, Mwanga, Amani, Shukurani na Namaste!
LOVE
AND LIGHT TO ALL !
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