SEGUNDA-FEIRA, 4 DE MARÇO
DE 2013
AS CRIANÇAS DOS
PRÓXIMOS MIL ANOS
Por
Drunvalo Melkizedek
A história que vocês estão prestes a
ler é verídica, mas também incomum
Tanto que, se vocês não tiverem a mente aberta, ela parecerá impossível
E se vocês não tiverem um coração aberto, a história não será
compreendida para que possa ser vivida.
Nos últimos anos, tenho estado em Yucatán, México várias vezes
trabalhando com o xamã Maia Hunbatz Men.
Ele tem realizado nos tempos que
correm as cerimônias dos antigos sacerdotes maias para trazer e estabilizar as
novas energias de nosso Sol energias que nunca entraram na Terra e que
alteram a maneira de percebermos a vida
Seu trabalho é muito importante para o desenvolvimento do novo mundo na
Terra e para o nascimento de nossa nova consciência.
Alguns meses atrás, um homem chamado
Ellis, que trabalhava junto de Hunbatz Men, veio ter comigo e começou a me
contar esta história.
Ele disse que na Colômbia, nas
profundezas da floresta amazônica, havia uma tribo aborígine chamada
Kogi.
Não tinham idioma e "falavam" uns com os outros apenas
telepaticamente.
Na verdade, eles produziam pequenos sons, que não eram, contudo,
organizados de forma lógica num padrão fonético, tal como um alfabeto.
Eram meramente sons, mas que vinham do coração, não da mente, e criavam
imagens na cabeça da pessoa, de forma que ela conseguia "ver" o que a
outra estava comunicando.
Ellis disse que sem dúvida eles eram
capazes de viajar fora do corpo e sabiam tudo o que estava acontecendo ao redor
do mundo, embora nunca tivessem fisicamente saído de sua terra natal.
Nunca tinham sequer tentado se
comunicar com o mundo externo, exceto com uns poucos afortunados.
Os Kogi não nos vêem como se estivéssemos "dormindo,"
como várias das religiões hindus e orientais nos percebem.
Os Kogi nos vêem como se estivéssemos "mortos."
Não estamos vivos, somos, sim, apenas sombras da energia que poderíamos
ser.
Não temos bastante energia de força
vital e consciência para sermos por eles classificados como pessoas reais
Os Kogi acreditavam que, com o uso de
suas capacidades psíquicas, podiam ver claramente o futuro.
E o que viam era semelhante ao que
muitas outras tribos em todo o mundo viam: um mundo que estava prestes a ser destruído pelo mau uso da consciência
Então, há algum tempo, eles viajaram por todo o mundo em seus corpos de
luz (Merkaba)
procurando alguém que estivesse vivo.
Em todo o mundo, conseguiram encontrar só mais uma tribo, cujos
integrantes eram maias e moravam nas profundezas das florestas da Guatemala.
Ficaram muito contentes por descobrir mais gente viva.
Mas segundo a crença dos Kogi, sua
profecia, com a vinda do Eclipse em 11 de agosto de 1999, todo o mundo pararia, e só os Kogi e esta outra
tribo maia sobreviveriam para habitar a Terra.
Por isto ficaram tão felizes ao
encontrar alguém, além deles, que compreendia.
Então, quando o eclipse lentamente revelou sua face em 11 de agosto de 1999,
ficou claro para os Kogi que algo acontecera desde a época em que vasculharam o
mundo em busca de vida, algo que eles não conseguiam entender.
Pois a "grande
mudança" acontecera, e nós, os mortos, ainda estávamos aqui
Deveríamos ter nos dissolvido, voltando a ser Sonho
Não que eles quisessem isso, não era essa sua natureza
Simplesmente deveria ter acontecido
Então, os Kogi se puseram a tentar
descobrir por que os mortos ainda estavam na Terra, e à medida que vasculhavam
os registros vivos e vibrantes desta Realidade, encontraram exatamente onde
acontecera e por que acontecera.
Alguns dos mortos tinham ganhado vida e criado um sonho que continha
força vital suficiente para salvar o mundo que conhecemos.
Segundo nossas condições, alguns de nós tínhamos criado um mundo paralelo
no qual a vida poderia continuar a crescer, um mundo no qual os mortos poderiam
se tornar vivos.
Os Kogi foram específicos, localizando exatamente quem eram estas pessoas
que estavam criando esta mudança que alterara o destino do mundo.
Os Kogi viram estas pessoas com corpos
vivos de luz à sua volta, pessoas que tinham ativado seus corpos de luz, ou em
termos antigos, sua Mer-Ka-Ba.
Merkaba, o corpo de
Luz
Como fui um dos professores que transmitiram estas informações, os Kogi
enviaram um mensageiro a Ellis e de Ellis para mim.
Eles me enviaram um pouco de tabaco embrulhado num pedaço de algodão
vermelho vivo, dizendo simplesmente:
"Obrigado"
Uns meses depois, os Kogi mandaram a
Ellis outro presente para me dar com uma mensagem
O presente era uma pequena bola feita
de resina de árvore escura e pegajosa mais ou menos do tamanho de uma ameixa
Tinha cheiro da floresta. Havia neste
presente de resina uma energia que eu sentia em minhas profundezas.
Eu sentia a ligação em meu coração.
A mensagem dizia que eles enviariam alguém para me ensinar a falar sem
palavras de forma que pudéssemos nos comunicar.
Disseram então que, quando a ligação e a comunicação fossem
estabelecidas,
pediam que eu entrasse na floresta colombiana e visitasse sua tribo.
E que se eu visitasse o mundo deles, eles visitariam o meu.
Estariam então preparados para, pela
primeira vez na história de sua tribo,
sair da floresta, e aparecer na
televisão no mundo todo, nada menos, para falar conosco seja qual for o
significado de "falar," visto que, pelo que sabemos, eles não
têm idioma, embora eu não tenha certeza.
E o que têm a dizer, também não sei.
Mas por meio deste pequeno pedaço de resina de árvore, estou começando a
sentir.
Quando Ellis foi embora depois desta segunda visita, sentei-me a pensar
em todo este acontecimento.
Era verdade que os Kogi conseguiam ver com
tanta clareza a Realidade?
Iam realmente enviar alguém para me
ensinar a falar sem palavras?
O que realmente significava tudo aquilo?
Meditei com os anjos, mas eles
simplesmente aprovaram o que estava acontecendo e não me deram informações nem
assistência.
Então, no mês passado, em 1O de
novembro, dei um seminário Terra/Céu no México.
Vieram aproximadamente 100 pessoas de todo o México, América Central e do
Sul, e um dos países do qual veio muita gente foi a Colômbia.
Neste grupo havia uma jovem cujo nome vou omitir para protegê-la.
Era diferente de todos os outros
colombianos.
Sempre que entrávamos num espaço
sagrado e sentíamos a presença de Deus,
ela começava a aparentemente
enlouquecer de êxtase.
Não que isso fosse realmente incomum,
mas era extremo.
Esta mulher se tornava primitiva.
Todo seu corpo começava a tremer, e um
pessoa diferente emergia dela,
fazendo com que suas palavras
produzissem uma sensação diferente e ela apresentasse uma linguagem corporal
diferente.
Eu a observava, buscando a razão por que ela fora ao seminário e
procurando uma maneira de ajudá-la.
Então, no último dia do seminário, aconteceu.
O grupo formara um grande círculo, e estávamos cantando para Deus.
Esta moça se desligou do círculo e
começou a dançar de maneira primitiva e desinibida no centro do círculo.
Abandonou-se e pareceu perder o
controle.
Fui até ela e peguei-lhe a mão para confortá-la, ela agarrou minha mão e
me olhou fundo nos olhos, fazendo um som suave e veemente.
O som foi diretamente a meu coração e vibrou exatamente em meu centro, e
consegui "ver"
o que ela estava dizendo
Eu nunca experimentara coisa parecida
Naquele momento, não entendi o que
estava realmente acontecendo.
Meu coração simplesmente reagiu.
Levei-a para fora do círculo e me sentei olhando-a.
Então, ela fez outro som, e meu corpo respondeu com um som semelhante que
nunca viera de mim. Instantaneamente estávamos conversando de uma maneira nova
e profunda, tão bela, tão completa.
Fazia todos os idiomas do mundo
parecerem inadequados e obsoletos.
Durante duas horas, comunicamo-nos por
meio de imagens plenas de cor e profundidade, com toda a completitude sensória
da vida real.
Aprendi muito.
Aprendi sobre a vida, e aprendi sobre
aquela mulher dentro de uma mulher.
Por meio de seus sons, ela me mostrou de onde viera, uma pequena aldeia
vizinha à tribo Kogi.
Mostrou-me seu marido e seus três filhos.
Conheço-os como se fossem minha família
Levou-me a visitar sua aldeia, quando
conheci outros dois homens mais velhos que eram da tribo Kogi.
Mostrou-me como sua tribo lhe pedira
para entrar no corpo desta mulher e vir me ver
Fora instruída a ensinar-me a falar sem palavras.
Disseram-lhe que, assim que tivesse feito só esta única coisa, poderia
sair do corpo desta mulher e voltar para casa e ficar com sua família.
Sentia muita saudades do marido e dos filhos.
Pude "ver" como, quando aquela moça voltasse para casa, ela
sairia deste corpo.
Pude ver seu próprio corpo deitado
sobre um monte de capim dentro de uma cabana de sapé esperando este momento.
Quando voltei para casa, vi minha mulher, Claudette, a quem amo tanto,
sob uma nova luz.
Amava-a de modo diferente, porque podia ouvir os sons vindos de seu
coração.
Podia ver sua dor e sua alegria.
Eu estava tão contente por causa desta
experiência com os Kogi, mas ainda não sabia o que estava acontecendo
comigo.
Parecia trazer uma grande expectativa
de algo por vir.
Então, duas semanas atrás, dei um seminário Terra/Céu em Maryland.
Enquanto estava me arrumando e preparando para o seminário, contei esta
história a uma mulher chamada Diane, que estava ajudando no seminário.
Ela perguntou se eu iria demonstrar estes sons.
Concordei em fazê-lo.
Sentamo-nos de frente um para o outro,
e pedi-lhe que fechasse os olhos.
Então veio um som de meu coração e no
mesmo momento uma imagem apareceu em minha mente.
Era a imagem completa de um gato
grande, uma suçuarana (uma onça brasileira), caminhando à margem do Amazonas, perto da água.
Então saltou para uma árvore e começou a andar na beira de um galho longo
e pesado que lentamente se inclinou até o chão.
O felino saltou de volta ao chão e continuou a caminhar à beira da água.
Abri os olhos.
Tudo isto só durou cerca de um minuto.
Perguntei a ela o que vira, e ela
começou a me contar exatamente o que eu tinha visto
Descreveu tudo perfeitamente.
Uma alegria brotou em meu coração.
Então, pedi-lhe que fechasse os olhos novamente.
Outro som lento e estranho veio de meu coração, e instantaneamente outra
imagem.
Eu não apenas vi, como também experimentei o que parecia ser eu mesmo,
saindo flutuando do corpo da mulher da Colômbia e me erguendo no ar.
Então, senti que começava a voar muito rápido por cima da floresta.
Via as árvores se movendo rapidamente
abaixo de mim.
Cheguei rapidamente a uma aldeia, e
senti que descia para mais perto do chão, na direção de uma cabana de sapé
específica.
Logo depois, eu estava dentro do corpo
desta mulher da tribo, olhando pelos seus olhos.
Ela sabia que eu estava lá.
Não se importou; devia acontecer.
O marido rapidamente segurou a mulher/a mim, obviamente feliz por ela/eu
ter voltado.
Ele também sabia que eu estava lá e também estava muito contente.
Então, todos os três filhos dela vieram correndo e começaram a abraçá-la
e acarinhá-la.
O mais jovem veio e começou a mamar em
seu peito.
Foi uma experiência muito comovente
encontrar esta família que eu não conhecia, e no entanto conhecia.
Então abri os olhos.
Esperei um momento para me centrar depois desta experiência, e então
perguntei a Diane o que ela vira.
Começou dizendo que se experimentara como um "bicho"
a sair do corpo desta mulher.
Então se ergueu ao céu e começou a voar sobre as árvores de uma floresta.
Ela observou como descemos para a cabana de sapé e nos encontramos com a
família.
Viu perfeitamente.
Fiquei longo tempo sentado.
Podia sentir que estava diante de uma
dádiva de valor incomparável.
Mas o que significava para mim ou para o
mundo?
Tudo foi uma experiência tão incomum
que ainda não sei o que significa.
Quando voltei para casa, depois do seminário de Maryland, todas as
noites,
nos primeiros sete ou oito dias, dava comigo sonhando que estava "em
casa"
nesta aldeia.
O sonho durava a noite inteira, e me lembrava de todo ele na manhã
seguinte.
Sonhava que estava fazendo minhas
tarefas na aldeia e levando minha vida,
cuidando de meus filhos e marido.
Muitos, muitos homens das duas tribos
vinham ter comigo, fazendo-me perguntas por meio de sons que produziam imagens.
Eram pessoas lindas e, sim, estavam "vivas"
Compreendi por que nos consideravam mortos.
Eu podia "sentir com a visão de meu coração"
o que elas queriam dizer.
Sabia que tinham intenção de ajudar se pudessem
Estavam espantadas por eu estar lá.
E eu também.
Agora, isto é só o começo.
Os Kogi estão entusiasmados com a
maneira como estamos crescendo.
Querem vir a nós. Se Deus quiser, eles
virão.
Pediram-me agora para lhes dar uma
mensagem em seu idioma se vocês puderem aceitá-la vocês descobriram seus corpos
de luz e estão mudando o mundo por meio de suas vidas.
"Vocês estão mudando o mundo, transformando-o em luz.
Não tenham medo de sua inocência e de sua natureza infantil; estão perto
de Deus.
Deixem sua imaginação pairar, entrando num Sonho no qual o amor envolve
todos os acontecimentos, então vejam-no como real.
Deixem que os sons de seus corações falem com os que não estão vivos.
Vocês lhes mostraram o caminho por
meio de seu exemplo.
Agora mostrem-lhes o caminho a partir
de dentro.
Escutem, e seu coração falará.
Estamos com vocês agora.
Vamos ajudá-los."
Que os próximos mil anos sejam dourados, e que as crianças inocentes
mostrem o caminho.
Eu amo vocês.
Drunvalo Melkisedek.
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