Seria
interessante ler a opinião de vocês.
Segue
na íntegra:
Tema
frequente na ficção, a existência de vida fora da Terra começa a ganhar relevância após
diversas entidades no mundo terem colocado em pauta – e publicamente – uma
preocupação sobre o tema.
A
quebra de paradigmas dominantes é, talvez, a característica mais intrínseca à
evolução da humanidade.
A
História é, entre as inúmeras definições que lhe cabem, o processo de tornar
absolutamente plausíveis hipóteses ora absurdas.
Há
pouco mais de 500 anos, na visão europeia hegemônica, a Terra era o centro do Universo,
o continente americano um delírio e relógios mecânicos de bolso os gadgets do
momento.
Quando
um homem disse que orbitávamos o Sol, disseram-lhe:
“louco”.
Quando
outro quis navegar na direção do poente, repetiram:
“louco”
E foi
assim quando disseram que poderíamos falar ao telefone, voar e pisar na Lua.
Quando
enviamos um robô a Marte, ninguém já duvidava do que seríamos capazes.
Talvez
por esse motivo, quase ninguém se espante mais com a velocidade dos avanços
tecnológicos.
E, por
tudo isso, sem dúvida, costumamos achar que somos especiais.
Mais:
únicos.
Mas se
há algo que podemos aprender com nós mesmos é que não há verdade que não possa
ser desmentida.
Nesse
sentido, o meio termo entre a imensidão da tolice e o abismo do ceticismo cego
é a incerteza, sustentada pela disposição de acreditarmos no improvável sem
perdermos a capacidade de duvidar do óbvio.
A
discussão sobre a existência de vida inteligente fora da Terra – embora já
tenha evoluído bastante e hoje já ocupe até mesmo foros oficiais – ainda é um
tabu.
Explorado
exaustivamente pela ficção científica, o assunto foi cristalizado no imaginário
popular muito mais como “coisa de filme” do que na condição de assunto estratégico.
Sim,
estratégico.
Pensar
em planos de negócios com mercadores marcianos ainda soa surreal (e, de
fato, é!).
Mas
estabelecer rotas pelo Atlântico Sul até a Idade Média também era.
E quem
apostou naquele absurdo acabou conquistando um continente inteiro.
As
últimas frases do parágrafo acima, talvez, tenham começado a deixar este texto
muito lunático para alguns leitores.
E o que
você vai ler a seguir tem mesmo um quê estranho.
Mas,
relaxe.
O ponto
de discussão aqui não é a pesquisa de marketing ou a tática de vendas que vai
nos garantir o domínio do mercado de Nibiru.
Isso
fica para uma próxima fase.
O
momento agora é de tentar encontrar respostas para uma questão: e se
as autoridades globais confirmarem que existem civilizações tão ou mais
avançadas que a nossa fora da Terra, como reagiríamos?
Quais seriam os
impactos sobre as economias?
Por que isso
deveria interessar aos administradores?
É
verdade, essas perguntas beiram mesmo o ridículo.
Mas
temos alguns motivos para você começar a levá-las em conta.
O Fórum
Econômico Mundial quer acreditar
Entre Alan Key e Peter
Drucker havia um consenso: não existe futurologia
melhor do que construir o futuro.
O Fórum
Econômico Mundial, organização internacional que congrega lideranças políticas e
empresariais com o objetivo de traçar planos conjuntos para a economia global,
se posiciona mais ou menos da mesma maneira.
E
quando esse porvir não pode ser materialmente construído, as tendências são
antecipadas.
Foi por
isso que em um documento intitulado X
Factors (sem piadinhas com o reality show, por gentileza!),
divulgado no primeiro semestre de 2013, o organismo elencou cinco
fatores cujas consequências são incertas e podem causar grandes reviravoltas.
Entre
coisas como mudanças climáticas e aumento da expectativa de vida, está também a
descoberta de vida extraterrestre.
“Dado o
ritmo da exploração espacial, é cada vez mais concebível que possamos descobrir
a existência de vida alienígena ou outros planetas capazes de sustentar vida
humana.
Quais seriam
os efeitos sobre o progresso da ciência e a imagem que a humanidade tem de si?”
Isso
poderia ser parte do pronunciamento de um presidente americano no roteiro de um
longa à la Independence Day.
No
entanto, é a abertura do tópico sobre vida extraterrestre no documento do Fórum
Econômico Mundial.
O texto
ressalta ainda: “Só em 1995 foram encontradas evidências de que outras estrelas também têm planetas
em órbita pela primeira vez.
Agora,
milhares de ‘exoplanetas’ que giram em torno de estrelas distantes foram
detectados.
A missão Kepler,
da NASA, criada para identificar planetas do tamanho da Terra
localizados na órbita de estrelas como o Sol atua há apenas três anos e já
encontrou milhares de candidatos, incluindo um do tamanho da Terra.
Isso, em tão
pouco tempo, sugere que há inúmeros planetas como o nosso orbitando estrelas
como o Sol em nossa galáxia.
Em 10 anos,
podemos ter evidências não só de que a Terra não é única, mas de que existe
vida em vários outros lugares do Universo”.
A coisa
começa a ficar ainda mais tensa nos parágrafos seguintes do texto. O documento
afirma que, de início, um anúncio desse tipo, feito de forma abrupta e surpreendente,
como seria se ocorresse hoje, impactaria fortemente os mercados.
As
crenças e as visões filosóficas do mundo seriam abaladas.
Por
outro lado, a ciência e as companhias dariam um salto em busca de caminhos para
explorar a descoberta, aprofundando os conhecimentos sobre o assunto e,
obviamente, capitalizando novas possibilidades.
Por
fim, o documento aponta uma solução básica para reduzirmos os impactos do
anúncio oficial de que há vida fora da Terra, tratado ali como praticamente
inevitável: abramos nossas mentes.
Segundo
o Fórum, o assunto precisa entrar na pauta do dia a dia, ser discutido nas
escolas e se tornar, inclusive, objeto de campanhas de conscientização, a fim
de que sejam dirimidos os impactos de uma mudança tão profunda nos paradigmas
que nos regem.
O Congresso
dos EUA quer acreditar
Há
cerca de um mês foi o Congresso dos EUA que abriu suas portas para discutir o
assunto.
Boa
parte da mídia norte-americana e dos cidadãos tratou o caso como desvio de foco
de questões mais urgentes e pragmáticas, como o embate entre Obama e os
republicanos em torno de questões orçamentárias e do “Obamacare”, o
programa de saúde pública proposto pelo presidente
(e
talvez tenha sido mesmo).
Mas
para os parlamentares e pesquisadores que participaram da atividade, o assunto
é sério, e de interesse global.
Coordenado
pelo presidente do Comitê de Ciência, Espaço e Tecnologia do Congresso, o
republicano Lamar Smith, o evento contou com a participação de cientistas da NASA, do
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Biblioteca
do Congresso, além de ufólogos independentes.
Entre
todos, um consenso: as discussões não devem mais tratar o assunto pela
perspectiva do “se”, mas do
“quando”.
Dedicada
a debater as tecnologias e pesquisas voltadas para a pesquisa de sinais de vida
fora da Terra, a atividade teve como tema “Astrobiologia: busca por
bioassinaturas em nosso Sistema Solar e além”.
A
astrônoma Sara Seager, do MIT, destacou que vivemos uma era de grandes
descobertas; ressaltou que as tecnologias disponíveis hoje já são capazes de
detectar a existência de vida fora da Terra e afirmou ser uma questão de tempo
isso ser comprovado.
Em audiência
pública realizada nos Estados Unidos no mês de maio, com a participação de
diversos senadores e membros da Câmara americana, Paul
Hellyer, ex-ministro da Defesa do Canadá, foi ainda mais enfático.
No
discurso, ele afirmou que investigações apontam a existência de “pelo
menos quatro espécies (extraterrestres) que
têm visitado a Terra há milhares de anos”
O Vaticano não duvida
Instituição
religiosa mais poderosa do mundo, a Igreja Católica também
já se pronunciou sobre o assunto, que atinge as religiões em seu coração. Afinal, o Deus
da Terra é o mesmo de todo o Universo?
Cada planeta
teria seu Deus?
Criaturas
alienígenas são filhas do nosso mesmo Deus?
Em 2008, o então diretor do
observatório astronômico do Vaticano fez questão de deixar claro que a possível
descoberta de vida fora da Terra não teria por que abalar a fé cristã.
“Como existem diversas
criaturas na Terra, poderiam existir também outros seres inteligentes, criados
por Deus.
Isso não contradiz nossa fé,
porque não podemos colocar limites à liberdade criadora de Deus”, disse
na época.
A visão da
ufologia
Um dos
ufólogos mais respeitados do Brasil e referência no mundo, Ademar José
Gevaerd, editor da revista UFO, acredita que um anúncio oficial
sobre a existência de vida fora da Terra deve ter um impacto menor que o
esperado.
Ele
acha, no entanto, que a humanidade ainda não consegue ter a real dimensão das
mudanças que isso pode gerar.
“Não acho
que a humanidade esteja despreparada e nem que esta situação causaria algum
impacto avassalador.
Mas acho que
a humanidade não está na fase de entender a seriedade das mudanças que virão no
caso do cenário descrito. Por exemplo, o Brasil liberou milhares de páginas de
documentos ufológicos antes secretos, e a sociedade nem se mexeu”, afirma
Gevaerd.
E como
seria uma “economia universal”, com mercados a serem
disputados não mais apenas na superfície da Terra, mas em um
contexto interplanetário?
Veríamos uma
corrida bélica ou econômica clássica dos filmes de ficção científica?
O
ufólogo é pragmático em sua resposta.
“Isso já
existe.
O dólar e as
multinacionais ligadas aos mesmos conglomerados, que têm por trás a ação dos
governos de algumas superpotências e complexo bélico industrial, já controlam a
economia mundial faz tempo.
Em
oposição a isso, o regime chinês quer emplacar sua própria forma de controlar o
planeta”, afirma Gevaerd.
Por que administradores devem dar atenção ao assunto?
A
movimentação no Congresso norte-americano e a iniciativa do Fórum
Econômico Mundial dão indícios de que mudanças profundas no que sabemos sobre o
universo podem estar próximas.
Pode
ser “simplesmente” a confirmação de que Marte ou a Lua podem
ser habitados por humanos e que essas seriam alternativas viáveis para o dia em
que a Terra já não suportar tanta gente.
Mas
pode ser qualquer outra coisa.
E
estarmos preparados para o incerto é estarmos preparados para tudo, até mesmo
para os maiores absurdos.
Quando
os europeus descobriram que depois do Oceano Atlântico havia
um continente cheio de riquezas e decidiram explorá-lo, a economia mundial
sofreu uma reviravolta.
Cidades
que eram potências comerciais faliram, outras floresceram.
Países
perderam prestígio, outros ganharam respeito (e muito dinheiro).
O
planeta ganhou novas linhas, novas fronteiras foram delineadas, novos caminhos
se abriram.
O
espaço, agora, pode ser o nosso além-mar.
As
consequências disso, ninguém sabe exatamente.
Mas não
custa nada tentar prevê-las.
Weslem
Fonte: www.administradores.com.br
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