CRISTO
A ANUNCIAÇÃO
5 de julho 2014
domingo, 20 de julho de 2014
"O Anúncio vem a vocês, dignem-se
escutá-lo"
Eu sou CRISTO.
Eu venho a vocês,
esta noite, para transmitir-lhes a sequência dos ensinamentos que eu iniciei
com vocês.
Venho falar-lhes do Anúncio, e da Anunciação.
O Anúncio é um
procedimento pelo qual o que foi escondido e ocultado é, de repente, revelado de maneira explícita.
O Anúncio é o que permite redescobrir o que havia sido coberto com um véu
opaco, que obstrui a Clareza dos Céus e impede-o de chegar até vocês,
nesse mundo.
O Anúncio é o que oferece à consciência a
esperança da possibilidade de uma Redenção.
O Anúncio é o que
vem, literalmente, pôr abaixo os subterfúgios,
os procedimentos mal-intencionados,
as espoliações, para fazer explodir, explicitamente, a Retidão dos raios do Sol, que jamais se desvia de sua meta
interior, aquela do Centro de nós mesmos.
O Anúncio é o que vem
tirar a cortina, o tecido de mentiras pelo qual esse mundo tem sido coberto, tal
um teatro sobre o qual se lançaria uma tela muito rígida, tão rígida que não pode mais levantar-se entre
cada cena.
O Anúncio é o içar da
cortina, precedido dos três sinais, e do martelar de golpes sucessivos que
o anunciam.
O Anúncio é um
momento de grande Recolhimento e de grande Alegria, ao mesmo tempo
– o Recolhimento do que
vem, e que é,
ainda, desconhecido, para
a maior parte, e a Alegria de assistir ao Anúncio porque, para quem entrou no
teatro, não há momento mais palpitante do que o içar da cortina.
O Anúncio é uma farsa
para quem não viu o teatro, para quem não tomou consciência da ilusão do teatro,
porque o Anúncio,
então, atualiza e põe
abaixo algo que, aos olhos do espectador,
não existe, simplesmente, porque não é reconhecido como tal (como teatro).
O Anúncio consiste em
derrubar os muros de uma prisão, uma prisão de vidro, esse vidro que é invisível
para a maior parte dos humanos, ainda hoje.
Mas o Anúncio que se
abate sobre o vidro faz com que ele se despedace, em
um ruído estrondoso, dessa estrutura invisível que desmorona e, assim, revela sua presença aos olhos de
todos.
O Anúncio é como um
martelo que se bate, com força, sobre a mesa e o quadro.
Esse martelo bate três vezes, antes de adjudicar, enfim, o que
deve sê-lo.
O Anúncio não é o fim, ele anuncia o Começo, uma nova História,
mas que não se inscreve na cena de teatro.
Porque o Anúncio faz
chover, no teatro, línguas de Fogo que anunciam a Verdade do Fogo.
O Anúncio vem pôr em
cinzas tudo o que está sujo, tudo o que está colado, tudo o que está velado, tudo o que forma obstrução à Passagem do que deve
passar para atingir seu mundo e Liberá-lo
O Anúncio é o que vem
martelar o teatro com esses golpes repetidos para significar-lhe, por Atos, que os atos jogados nesse teatro
terminaram, que o teatro, desdobrado, será dobrado, e as pregas que nele estão demasiado
marcadas arriscam ser rasgadas,
se elas não se deixam, simplesmente, e docilmente, dobrar
O Anúncio vem cobrir
o que ele descobriu, para impedi-lo de prejudicar e incomodar o bom desenrolar do
que se segue a esse Anúncio.
O Anúncio é a
abertura de um Baile que não é a fantasia, e que se ri dos figurinos do teatro.
O Anúncio é uma
colocação a nu do que vem entravar a Leveza do Ser, para despojá-lo disso e
queimá-lo
O Anúncio é uma
arrumação, na ordem natural das coisas, para permitir ao que havia ficado
deitado, sob o peso da infâmia, voltar a levantar-se e pisar, alegremente, os
restos da prisão de vidro pulverizada, e esboçar, assim, o primeiro passo de
Dança.
O Anúncio é o que vem
revelar à luz do dia o que estava escondido, dissimulado de modo mais ou menos
hábil, de modo mais ou menos distorcido, para que permaneça
apenas a Clareza e a Verticalidade.
O Anúncio não se
embaraça com qualquer forma de precaução,
porque o Anúncio produz-se quando todas as
precauções já tenham sido tomadas, para que permaneça intacto, após o martelamento
do anúncio, apenas o que deve restar
intacto.
O Anúncio é como um toque de corneta que ecoa no campo, ele parece surgir de lugar algum, exceto para aqueles que esperavam esse Anúncio.
O Anúncio não é outra
coisa que não o Anúncio de um feliz
evento, aquele de um Renascimento que passa pela ruptura de todos os
véus e de todas as prisões do teatro.
Porque o teatro não é
mais – ele jamais foi, mas para aqueles que estão no jogo dele, mesmo ilusório, é preciso, efetivamente,
retirá-lo.
Assim, o que era
apenas pó aos olhos retorna ao pó.
Assim, o que era
apenas teia de mentiras é rasgado, queimado,
reduzido a cinzas.
Porque o que não tem
lugar diante da Verdade retorna,
naturalmente, à sua
própria inexistência.
Porque a ilusão de um
jogo que tem sido tolerado não pode subsistir, assim que a cortina é levantada, não no primeiro ato,
mas no fim de todos
os atos.
Todos os atos são
julgados, como lhes diz o Anúncio, não como um julgamento, mas como um peso do
que seu Coração bem quis consumir.
Aqueles cujo Coração ressuscita
em uma forma de espasmo de
ter engolido tantas e
tantas mentiras serão convidados,
pelo Anúncio, a fazer o jejum da ilusão.
Aqueles cujo Coração ressuscita
de Alegria, esperando o Anúncio, são convidados a Dançar, sem mais refrear, ao som desse Anúncio.
Esse Anúncio não vem
separar uns dos outros, ele vem revelar onde vocês estão colocados, através do modo pelo qual vocês recebem esse Anúncio.
O que separa um do
outro apenas pode ser a ilusão dessa separação, nascida da identificação a esse
jogo do teatro
– que vem terminar, e
revela, assim, a farsa.
Há, no Anúncio, apenas
uma última consideração, para aqueles que querem, efetivamente, ouvi-la, para separar-se
e ter-se afastado do que não é Verdade, do que é apenas um jogo que durou demasiadamente.
Assim, portanto, meus
bem amados, não vejam, no Anúncio,
qualquer punição, apenas uma Revelação, mas essa Revelação sublime contrasta, de estranho modo, com o estado do mundo que ela ilumina.
Essa Revelação não é
outra que não a Revelação do Amor, em um mundo no qual o Amor sempre
esteve presente, mas no qual o obscurecimento dos véus e do jogo que foi jogado
criou uma espécie de vala, apenas transponível com esse Amor.
O Anúncio não vem
encher essa vala, ele vem mostrar-lhes em qual ponto vocês a escavaram, em si
mesmos.
A profundidade dessa
vala, tal como vocês a vivem, é apenas o reflexo do que vocês colocaram
distância, em si mesmos, com a Verdade.
O Anúncio não é,
tampouco, o que os libera de qualquer obrigação a prosseguir e a fazer o que
deve, ainda, sê-lo, nesse terreno de jogo que acaba.
Porque o Serviço à Luz, que vem iluminar e dissolver o que
deve sê-lo
Deve ser acompanhado de
uma Dança que venha revelar os motivos escondidos que sustentam a ilusão e que formam uma trama sutil, que vem sustentar a ilusão que termina
e suavizar sua dissolução.
Assim, a transição
necessita de uma Dança, que se desenrola a partir de uma bobina invisível, mas cujos
pés pisam, ainda, essa ilusão
A Ascensão da Terra cria essa obrigação que não é
outra, no sentido do Serviço, que não uma Alegria espontânea,
manifestada sobre a
Terra, do que vive a Terra e do que vocês são convidados a viver, na
Fraternidade reencontrada.
O Anúncio é o sinal
de uma debandada para aqueles que não querem Dançar e que fazem banda fora da
Dança coletiva da Unidade reencontrada.
O Anúncio é um tiro de aviso que não visa ninguém, exceto ser
uma pessoa.
Ele vem desnudar os
fios da intriga e expô-los a vocês, para que vocês sejam Livres deles.
O Anúncio é tudo isso
e ele está às suas
portas, não para fechá-los
pelo medo do que se anuncia, mas para abrir a Porta ao que apenas pode entrar.
O Anúncio vem a vocês, dignem-se escutá-lo.
Porque a Boa Nova que ele anuncia é de liberá-los, e
esse tiro de aviso semeia a Verdade
no Coração de cada ser que para
isso está preparado
Eu sou CRISTO e eu lhes transmito o Anúncio, aquele que restabelece a Verdade
Eu os porto em meu Coração,
como eu porto esse Anúncio,
Anúncio liberado, que libera os Corações.
Eu sou CRISTO, e eu lhes anuncio o Amor reencontrado.
Post. e Formatação
http://semeadorestrelas.blogspot.com
Tradução e
Distribuição Célia G.
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