ABRINDO O PORTAL
PARTE 3
ENCONTRANDO O AMOR
Por Suzanne Lie PhD Em 17 de março de 2015
segunda-feira, 23 de março de 2015
Os olhos da bela mulher eram doces e
límpidos, e ela olhava diretamente em meu coração.
Eu não pude resistir ao seu olhar e
abri a banca novamente.
Ela comprou o que veio comprar e se
virou para ir embora.
“Espere”, eu lhe disse.
“Por favor, não vá ainda
Deixe-me fechar e eu a acompanharei
até sua casa.
Já está escuro e não é seguro para uma
mulher tão linda como você.”
“Como sei que será seguro estar com
você?” – ela perguntou com um brilho em
seus olhos castanhos escuros.
“Por quê?
Eu sou da Família Real.
Claro que você está segura comigo.”
Fiquei chocado e envergonhado com o
que eu disse, mas uma lembrança há tempos esquecida começou a se formar em
minha mente.
Era o rosto de outra criança.
Sim, era o rosto de minha irmã,
aquela que nós tínhamos liberado.
Eu observei a mulher à minha frente.
Minha irmã se pareceria com ela se pudesse
ter sobrevivido às suas explorações dos tridimensionais?
E então, como se um raio tivesse
atingido minha mente, eu lembrei.
Eu não me lembrei de tudo, mas a
neblina começou a clarear, e eu pude perceber a visão de pureza aguardando nas
margens de minha mente.
Olhei para a mulher.
Quanto tempo eu fiquei olhando para o
nada em meu devaneio de recordação?
Seu rosto indicava uma ligeira
preocupação, mas ela não ridicularizou minhas declarações.
“Então venha, meu Lorde, e veja a
minha casa”
Ela sorriu carinhosamente, quase que
como se acreditasse em mim.
Enquanto caminhávamos até sua casa na
periferia da cidade, ela contou ligeiramente sua vida.
Sua família acabara de chegar a esta
cidade.
Eles eram muito pobres e vieram
buscar uma vida melhor.
Sua mãe, seu pai e seus irmãos e
irmãs pequenos me cumprimentaram como se eu fosse um amigo que esteve longe por
muito tempo.
Foi aí que nós percebemos que não
tínhamos dito nossos nomes.
Nós nos sentimos tão confortáveis a
partir do momento que começamos a caminhar que as apresentações pareceram
desnecessárias.
Seu nome era Lenexa e creio que comecei a amá-la desde esse primeiro
dia.
Lenexa começou a me trazer o almoço e ficava para compartilhar nossa refeição.
Ela deixava sua compra para o final do
dia e eu a levava para casa.
Se sobrasse alguma coisa na minha
banca, eu levava para a família dela.
Claro, eu guardava uma parte para a
minha querida mãe adotiva.
Quando minha mãe conheceu Lenexa, ela a abraçou carinhosamente.
Ela sabia que essa mulher era a minha
salvadora.
Como minha lembrança começou a
voltar, eu contava à Lenexa uma história contínua sobre um personagem mítico que na verdade era eu
mesmo.
Ela adorava a história e todo dia ela
me pedia mais.
Eu lhe contei tudo exceto, claro, as
doutrinas secretas de Maia.
Não demorou muito até fazermos amor.
Era muito diferente de fazer amor com
Hopenakaniah
Com Lenexa, era doce e adorável e ancorava.
Toda vez que tínhamos um orgasmo, nós
juntos íamos fundo na terra.
Éramos como duas árvores com nossas
raízes descendo profundamente na terra.
Tentei encontrar a erva para que ela
não tivesse um filho, mas ela disse que queria ter um bebê meu.
“Mas eu não posso tomá-la como minha
esposa
Em breve tenho que partir”
“Nós nos encontraremos novamente.” – ela sempre respondia.
Meu tempo na cidade estava terminando
e para a minha surpresa eu descobri que não queria partir.
Meu amor por Lenexa cresceu de um modo calmo e simples.
Eu amava Hopenakaniah como uma parte de mim, mas eu amava Lenexa como uma árvore amaria suas raízes ou uma planta
amaria suas flores.
Como eu poderia deixá-la?
Ela salvou minha vida!
Eu poderia simplesmente abandoná-la?
Mas eu poderia abandonar meu propósito?
Eu não sabia qual era o meu
propósito.
Lenexa me ensinou como amar a vida na terceira dimensão e agora eu teria que
deixar essa vida provavelmente para sempre.
Eu teria que deixar Lenexa.
Fui ficando cada vez mais distraído.
O nosso ato de amor tornou-se
desesperado e muito apaixonado até que uma vez, nós não fomos fundo na terra, mas sim, nos elevamos para
os planos superiores tal como eu fazia com Hopenakaniah
Eu a vi como um anjo com asas e ela
me viu como um Deus de outro mundo.
Quando no final nós voltamos à Terra,
ela olhou nos meus olhos com sua profunda sabedoria.
“Agora é hora de você partir
Nós nos encontraremos novamente.
Vá agora, Amado, enquanto ainda tenho
a força para deixá-lo ir.”
Eu tentei ficar, mas ela não me
deixou.
Literalmente ela me empurrou para
longe dela. Percebi que eu estava chorando, tal como ela.
“Vá para casa!” – ela gritou.
“Não me faça dizer de novo.”
Então a minha amada Lenexa se virou e correu para longe de mim.
Todos os músculos do meu corpo
queriam segui-la.
Os seis meses haviam terminado há
mais de uma semana.
Caminhei lentamente até em casa e dei
um beijo de despedida em minha querida mãe adotiva.
Eu tinha algumas moedas que eu havia
economizado.
“Dê metade a Lenexa e fique com a outra metade.
Por favor, cuide dela como você
cuidou de mim.
Eu preciso partir.”
Como sempre, minha mãe não me
questionou.
Ela entendeu.
Eu me virei e a deixei na pequena
cabana que eu passara a amar.
Eu esperei por três longos dias e
noites e meus irmãos não se juntaram a mim.
Talvez eles tivessem esquecido como
eu esqueci.
Eles podem não ter tido a sorte que
eu tive ao encontrar alguém para cuidar deles ou fazê-los lembrar.
Talvez eles até estivessem mortos.
Eu procurei por eles em minha mente
como fazíamos quando crianças.
Quando crianças nós fazíamos uma
brincadeira como o seu esconde-esconde,
mas nós procurávamos com as nossas
mentes.
As regras eram que nós somente
procuraríamos uns aos outros dentro de nós mesmos.
Nós tínhamos uma chance para ir a um
esconderijo e ficamos muito afiados nisso.
Nós conseguíamos encontrar e contatar
um ao outro não importava como longe estivéssemos.
Nós começamos essa brincadeira depois
que nossa irmã foi liberada.
Que alma valente ela foi.
Foi a visão dela que me fez lembrar.
Eu frequentemente me perguntava se Lenexa era a reencarnação dela.
Se isso fosse verdade, talvez ela
pudesse também encontrar os outros e ajudá-los.
Outro dia se passou e nenhum sinal
deles ainda.
Talvez eles já tivessem estado lá e
ido embora.
Eu mesmo me atrasei.
Mas se eu fosse para o templo sem
eles, então eles poderiam ficar aqui me esperando.
Eu estava congelado pela indecisão.
Decidi chamar meu pai Arcturiano e pedir seu conselho.
Por toda a minha vida ele estava lá
em pessoa ou em pensamento com a chamada mais simples de minha vida.
Entretanto desta vez foi diferente.
Eu chamei e chamei por ele sem
resposta.
O que aconteceu?
Eu baixei tanto minha vibração a ponto de
não poder mais me comunicar com minha família?
Eu esqueci como chamá-los?
Talvez essa fosse a razão de eu não
poder encontrar meus irmãos e irmãs.
Desespero e medo começaram a surgir
em mim.
Eu sabia que se eu permitisse as
emoções me tomarem, eu nunca seria capaz de alcançar meu pai.
Eu tentei e tentei, mas não havia
resposta.
Decidi que eu teria que viajar a Arcturus e encontrá-lo.
Eu sabia que eu teria que meditar por
um longo tempo para elevar minha vibração para a sétima oitava e poder viajar
para casa em minha mente.
Eu nunca tinha ido a Arcturus sozinho.
Eu sempre fui com o meu pai, ou com Hopenakaniah durante nosso ato sexual.
Eu seria capaz de elevar tanto a minha
vibração sem a assistência de outros?
Eu determinei não ponderar essa pergunta, visto que eu
somente criaria dúvida e medo.
Eu encontrara um local preferido para
meditação na reentrância de uma grande árvore que eu frequentemente utilizava
quando vivemos na selva.
Eu esperei a paz e calma me
sobrepujarem neste local como sempre acontecia antes, mas não aconteceu.
Minha mente estava fechada.
Meu coração estava vazio.
Eu não meditara por muitos meses e
agora eu havia me esquecido de como fazê-lo.
Negatividade, raiva e medo me
fecharam para essa parte superior de mim.
Eu tentei e tentei elevar minha
vibração, mas não deu certo.
Meus olhos se abriram e o mundo ao
meu redor que fora seguro e protegido tornou-se uma selva densa e ameaçadora.
Enfurecido, peguei uma pedra grande e
comecei a bater no chão à minha frente.
Começou a se formar um buraco.
Eu bati mais e mais, mais forte e
mais forte.
O buraco ficou cada vez maior até que
finalmente, em exaustão, encostei-me à árvore e fechei meus olhos.
Então eu vi o mesmo buraco, só que
ele estava na minha mente.
Ele estava me chamando para entrar.
Ele era escuro e sinistro, mas ele
não saía da minha consciência.
Eu precisava viajar até as
profundezas de mim.
Eu tinha que entrar naquele buraco e
seguir sua rota tortuosa até o centro da minha mente angustiada.
Muitas imagens e sentimentos da minha
vida com os tridimensionais rodopiavam na minha frente e dentro de mim
interrompendo minha jornada.
Lembrei-me de que se eu pusesse minha
atenção em qualquer uma dessas distrações eu ficaria preso na lama delas.
O buraco feria mais e mais
profundamente minha psique e, de fato, minha forma física.
Comecei a perceber que estava
viajando para a estrutura celular de minha forma física.
Quanto mais fundo eu viajava, menor
tudo ficava.
Eu não era mais tridimensional.
Eu era bidimensional e então eu era
uma partícula de uma dimensionalidade.
E então tudo parou.
Eu estava num muro dentro de mim
mesmo.
Eu precisava passar por esse muro.
Eu não podia deixar que ele me parasse.
Eu era mais.
Eu sabia que eu era mais.
Com a força de minhas convicções, eu
avancei pelo muro e descobri que eu estava no espaço exterior.
Eu vi as estrelas perto de mim.
“EU SOU LUZ!” – eu gritei com
exaltação. “EU SOU LUZ E EU SOU DO UM!”
Eu voltei pelo longo buraco
espalhando a mensagem para todas as células e átomos meus.
“EU SOU LUZ! EU SOU DO UM!”
Eu deixei essa mensagem em todas as
partes do meu ser.
Não existe separação.
Todos nós somos “do Um”.
Nada é muito grande ou muito pequeno.
A escuridão é uma ilusão.
A dor é uma ilusão.
A solidão é uma ilusão.
A SEPARAÇÃO É UMA ILUSÃO!
Concentrei-me em minha respiração e
meu coração sentiu a perfeição, o amor incondicional e a unidade com toda vida.
Lentamente eu levei esta consciência
expandida para minha cabeça e enviei para baixo um feixe de luz pela minha
espinha para me ancorar na Terra.
Eu senti a árvore ao meu redor reverberar
com energia amplificada fluindo de minha presença.
Agradeci à árvore por sua proteção
antiga.
Mal sabia eu de quanto eu
necessitaria dela.
No início esta meditação foi muito
parecida às muitas que eu experimentara por toda a minha vida.
O mundo exterior desvaneceu e todas
as ilusões da vida e até minha jornada na cidade começaram a se apagar.
Mas então, de repente, eu me
encontrei no lugar mais horrível de escuridão que eu já experimentara.
A única coisa que eu podia reconhecer
nele era o assassinato que eu testemunhara no meu primeiro dia no mercado.
Fantasmas raivosos e necessitados e
desencarnados me puxavam e acenavam para eu ir ao seu covil.
Meu plexo solar ardia e eu me
estiquei para agarrar a árvore para me proteger mais, mas o inimigo não estava
no físico.
Meu inimigo estava no Plano Astral
Inferior, a lata de resíduos psíquicos da vida na terceira dimensão.
Eu nunca tinha experimentado isso,
pois sempre estive protegido de qualquer negatividade do mundo físico.
Portanto, eu passara por esta área
dos mundos interiores protegido pela minha falta de experiência.
Eu não tinha as experiências em minha
vida que poderiam até me fazer reconhecer a possibilidade de um mundo assim.
Agora eu tinha essas experiências e
todas elas piscaram perante minha mente de uma só vez, acompanhadas por todo
pensamento negativo e emoções desagradáveis que eu experimentara e observara.
Eu comecei a me sentir mal e queria
sair desse local horrível.
Entretanto, eu sabia que não podia
permitir que o meu medo de ficar preso me fechasse para sempre das dimensões
superiores.
Esta experiência deve ter sido a
razão por que eles quiseram que nós vivêssemos na cidade.
Nós tínhamos que experimentar essas
partes mais escuras de nós a fim de concluirmos nossa missão.
Mas eu nem sabia qual era a minha
missão.
Entretanto, ideias de minha missão me
trouxeram coragem e eu comecei a batalha contra a escuridão.
Mas ao lutar contra a escuridão, eu
descobri que ela era infinita, e que para cada parte dela que eu conquistava,
havia mais para substituí-la.
Eu estava perdendo a batalha.
Eu podia sentir-me ficando drenado de
minha essência.
A escuridão estava roubando minha
luz.
Mas espere!
Eu tinha que me recordar de por que
eu não tinha experimentado antes essa escuridão.
Sim, foi porque eu não tinha
conhecido a escuridão em minha vida.
Esta escuridão só podia me
atacar pela minha própria escuridão interior.
Eu tinha que me recordar de por que
eu não tinha experimentado antes essa
escuridão.
Sim, foi porque eu não tinha conhecido
a escuridão em minha vida.
Esta escuridão só podia me atacar pela
minha própria escuridão interior.
BÊNÇÃOS
Como anda a SUA iniciação?
A minha está incrivelmente
maravilhosa, então de repente apenas o oposto se resolve mais rapidamente.
Mas eu ainda caio na fatiga e no
drama subsequente.
Por favor, compartilhe.
http://blogsintese.blogspot.com.br/2015/03/abrindo-o-portal-parte-3.html
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