A alma, que se
exprime na vida comum sob certo número de
vocábulos, sob certo númerode ações e de manifestações, de amor, de desamor, de prazer, de desprazer, do que dá sentido e direção à
vida humana, nesse mundo.
A alma, densidade intermediária entre a densidade do corpo e a
densidade do Espírito.
A alma, em seu
abrasamento, do qual já falei há vários meses.
Eu venho, hoje,
completar, devido, mesmo, à ação do Manto da Graça sobre essa alma.
A alma é um veículo, mas esse veículo não é vocês.
Assim como o Espírito
é um veículo que não é vocês.
Assim como a
descoberta da alma e do Espírito, resolvendo-se na Alegria
da Unidade e da Luz, o Si, não é vocês.
A alma, até essa
camada do Si, está em acordo total com o que vocês vivem, porque o Si cria
– na alma, no Espírito e em algumas partes do
corpo – um sentimento, bem real, de completude, de Alegria, de Luz, de conexão a
algo que, anteriormente, não era consciente.
A alma descobre-se.
O Espírito
descobre-se, dando a viver ajustes.
Ajustes diversos e
profundamente diferentes, de acordo,
justamente, com cada alma e cada Espírito.
Há, portanto, no
sentido da alma e no sentido do Espírito, uma individualidade, bem real, que faz
com que cada Filho, cada Irmão, cada Irmã vá, antes, preferir tal cor, tal alimento, tal pessoa, ao invés de tal outra.
Quando a Onda de Vida, quando o Manto Azul da Graça revela-se e quando
essa revelação é acompanhada da emergência, se se pode dizê-lo, da Onda de Vida que parte
de baixo dos pés, então, a alma começa a retrair-se,
porque a alma, assim
como o corpo, descobre-se, então,perecível e efêmera.
A manifestação de dúvidas, como lhes exprimiu
minha Irmã TERESA, não resulta, unicamente, dos últimos apegos, mas,
efetivamente, dos últimos impulsos da
alma para manter o efêmero, para manter algo de perecível,porque a alma apreende-se, ela mesma,
perecível, assim como o Espírito é perecível.
O Espírito dá e
confere um estado que nós poderíamos chamar,
em minha cultura de
origem, a Budidade [relativo ao Budismo].
Parar aqui dá muitos
elementos ao nível espiritual,
chamados, com razão,os poderes.
A Onda de Vida vem chocar-se com essa alma e esse Espírito para dizer-lhes que eles não são, de modo algum, o que creem ser.
Que todo poder, tanto mais espiritual, é um obstáculo à Onda de Vida.
Como foi exprimido, a
Onda de Vida é uma rendição total do amor ao Amor, da verdade,
considerada como fração de Verdade, à totalidade da Verdade.
Na Onda de Vida não há mais polaridade, nem masculina, nem feminina.
Não há mais impulso
da alma nem do Espírito.
Há, apenas, a Onda de
Vida.
Tudo o que era intermediário e efêmero desaparece.
Então, é claro, antes
de viver isso, a alma e o Espírito que o vivem, como a alma e o Espírito
daqueles que olham,
são apreendidos da
dúvida.
Essa duvida que será,
sempre, uma negação do Verdadeiro, porque o Verdadeiro não pode conhecer qualquer dúvida.
Ele é, ao mesmo
tempo, evidência, simplicidade, infância, par
A Onda de Vida é a absoluta certeza, a absoluta
Verdade,
porque ela não se
inscreve no efêmero, porque ela não se inscreve no âmbito de uma experiência, porque ela é, realmente, o próprio teor do que nós somos,todos.
A alma, naquele
momento, retrai-se, porque, efetivamente, ela tem medo de perder a carne que lhe permitia, justamente, manifestar seus impulsos.
Ela tem medo de perder-se, ela mesma.
A Consciência, mesmo
no Si, no Despertar, tem necessidade de apoiar-se no que nós nomeamos, para
vocês, Pilares.
Quer eles sejam do
Coração ou da retidão, ao nível da cabeça.
A um dado momento, a alma deve capitular, assim como o Espírito.
Essa
capitulação não é uma capitulação efêmera de um corpo que mantém uma alma, que volta, eternamente, a tomar uma vestimenta de carne, mas, efetivamente, a transcendência da carne, a capitulação da alma
e do Espírito
na Onda de Amor que diz Verdade.
Estejam conscientes
de que tudo o que vocês realizam aqui, nesse mundo –seja o Eu, numa busca de perfeição, por que não?, seja o Si, na alegria manifestada e muito mais agradável,
é preciso dizê-lo, do que a dualidade– tudo isso nada é, porque tudo o que vocês vivem aqui,
até o presente, são apenas fases.
Nada disso tem consistência.
Tudo isso se dissolverá e dissolve-se, porque é
efêmero.
O próprio princípio
da eternidade é, e continuará, sempre, uma escala de valor e de tempo.
Aquele que vive num tempo limitado, que se conta em dezenas de anos, considerará, sempre, que milhões de anos é a eternidade.
Ora, a eternidade não se conta em tempo, nem em experiência, nem em estado.
Vocês estão além de
tudo isso.
O Absoluto não conhece qualquer limite de tempo, porque o Absoluto não pode ser inscrito em
qualquer tempo, assim como a
alma e o Espírito não podem ser inscritos
em qualquer tempo, a não ser o tempo de uma ronda desse mundo, bem mais longa do que
um ciclo, mesmo, de manifestação da
Consciência que é, sobre esse mundo, de vinte milhões de anos.
A alma que começa a
perceber –porque é ela que percebe e não o corpo– a Onda de Vida, vai encontrar-se a ser confrontada, ela mesma, ao que minha Irmã TERESA explicou-lhes,
perfeitamente: as
dúvidas.
A não possibilidade
de ir à Profundidade.
Tudo o que foi
inscrito na própria História de
nossa humanidade, tudo isso se apaga diante da Graça.
A expressão que foi
escolhida «Manto Azul da Graça» não é um acaso.
Isso corresponde à
estrita Verdade do que se deposita sobre seus ombros – e não em outro lugar – e
que vem fazer ressoar, em vocês, as camadas as mais profundas da alma e da
carne, que vêm despertar o Embrião, que jamais pôde ser apagado na
Eternidade.
Assim, a rosa pode
nascer, mesmo no esterco.
Apenas a alma crê que seja
necessário preservar uma rosa dos efeitos do tempo.
A Onda de Vida convida-os, por sua água
vivificante, a completar o Fogo, o Fogo da alma e do
Espírito.
A Onda de Vida é a Onda que se estabelece, de
toda a Eternidade,
em todo limite,
porque nenhum limite poderia existir sem a garantia do ilimitado.
A própria noção de um
limite – fosse seu corpo, fosse sua alma,
fosse seu Espírito –
definir-se-á, sempre, pelo sentimento de uma diferença de ter tal caminho, tal
sexo, tal idade, tal função, tal papel, tal aspiração, tais experiências
espirituais.
E a alma mentirá,
permanentemente, dizendo-lhes que há uma
evolução, que há uma perfeição a obter.
O Absoluto é
perfeito, de toda a eternidade.
De que o Absoluto
teria necessidade de qualquer imperfeição,
para descobrir-se a ele mesmo?
A alma vai,
portanto, arrastá-los através de sistemas de
experiências, de conhecimentos que,
incansavelmente, afasta-os de seu objetivo.
Só a alma crê e os
faz crer que vocês se aproximam de um objetivo no qual ela seria compreendida e
integrada, porque todo efêmero existe, em
definitivo, apenas porque, a um dado
momento, ele se acreditou, ele mesmo, absoluto.
Se não houvesse o
próprio fundamento do Absoluto pela Onda de Vida, nenhum limite poderia aparecer,
nenhuma alma poderia,
mesmo,
diferenciar-se.
Hoje, o Manto Azul da Graça os põe a nu, descobrindo-os, extirpando toda dúvida, todo efêmero, toda ilusão.
O que a alma
considerava como o nada, o que o Si chama, aliás, o não si, apenas os faz, em
definitivo, descobrir que o não ser, o não si, ou seja, a Onda de Vida,
ausência total de projeção, ausência total de alma, de Espírito e
de corpo.
É nesse momento,
rodopiando e dançando na Onda de Vida do êxtase infinito, que vocês apreendem
que o efêmero é, realmente, efêmero.
Apenas o Absoluto é
que lhes permite viver a Onda de Vida.
A retração da alma
será um obstáculo efêmero, do ponto de vista da
personalidade, do ponto de vista da própria alma, do Espírito,
mas que tem
tendência a fazê-los considerar que a Onda de Vida não pode ser para vocês, porque vocês têm um caminho a percorrer, uma identidade a preservar, um corpo
a manter, um Espírito a revelar.
O Absoluto é
perfeito, de toda a Eternidade.
Nada há a conquistar.
Nada há a escalar.
Nada há a descer.
Nada há a querer ser,
porque o Absoluto está além do Ser, bem além dos jogos de impulsos da alma e do
Espírito e, no entanto,
esse indizível que
está inscrito em todo embrião, em toda
célula, sem o qual nenhuma
vida seria possível, aqui ou em
outros lugares, tende a fazê-los
considerar essa Verdade como impossível a vislumbrar, impossível a concretizar,
enquanto ela já é, de toda a Eternidade.
Só o impermanente
permite o permanente.
Só o infalível
permite o falível.
Só o Absoluto pode
fazer tomar consciência do efêmero.
Ora, vocês são esse
Absoluto.
Vocês são essa Onda de Vida, esse Sopro ardente
que os consome e os consuma, a fim de restitui-los ao que vocês sempre foram.
Na vida encarnada, a Onda de Vida transportou-me, por períodos
longos, no Absoluto, a tal ponto – se
se pode exprimir-se assim – que meu
corpo podia manifestar, à vontade, o peso de uma pluma como o peso de uma rocha
digna de uma montanha.
Afinal, o
Absoluto traduz-se no limitado como lhe aprouver.
Nós não temos mais
qualquer interesse pelo limitado, a não ser, é claro, o conjunto da humanidade,
o conjunto da Criação, tanto aqui como em outros lugares, que não está nesse
Absoluto, que crê dele estar afastado, dele estar separado.
Jamais houve
afastamento, jamais houve separação, em definitivo.
O Carma não tem mais existência, como a ilusão desse corpo.
Tudo – como nós o
dissemos, como o disseram os Anciões, como eu lhes disse e repito – tudo é apenas Ilusão,
projeção, Maya.
Agora, não é porque
lhes dizem isso que vocês o vivem.
Mas, se a Onda de Vida está aí, então, vocês
o vivem, além de toda experiência, além de toda consciência, além de todo
sentido,
além de toda alma,
além de todo princípio.
A Onda de Vida põe
fim ao próprio princípio.
A Onda de Vida
instala-os, para sempre e sempre, se se pode dizê-lo, em sua Eternidade.
Eternidade que é bem
além da Alegria, bem além de toda noção conhecida ou apreendida nesse mundo.
Frequentemente,
aliás, a razão chama de místico o que é fantasmagórico e afastado, com
razão, dessas atrações, desses Eus.
Mas o místico que
vive o Si, conhece e Vibra a Verdade.
E, portanto, ele
pode, sem ter necessidade de persuasão, simplesmente, por essa Absoluta
Presença, permitir-lhes aproximar-se – com terror, com medo ou com alegria,
pouco importa – desse indizível Absoluto, dessa Eternidade que vocês são.
O Tempo atual desta Terra é o Tempo da Graça.
Regozijem-se, além da Alegria.
Vão para além das
dúvidas, porque vocês não são qualquer de suas dúvidas.
Vocês não
têm que persuadir-se do que quer que seja.
Vocês têm apenas
que apreender que nada são de efêmero, que tudo o que é efêmero, por definição,
desaparece, mais cedo ou mais tarde.
Apenas resta a Onda
de Vida.
Apenas resta o
Absoluto.
Para além de toda
presença, para além de toda densidade, tanto de tempo como de espaço.
Vocês são a Graça e é
isso, mesmo se vocês não o reconheçam, que motiva, incansavelmente, sua
Presença no Eu ou no Si.
Essa busca, que não é
uma, porque vocês nada têm a encontrar que já não esteja, a Onda
de Vida confirma isso a
vocês.
Minhas palavras serão
curtas esta noite, porque minha Presença será, sobretudo, viver, juntos, em
Comunhão e além, no espaço tradicional, se se pode dizê-lo, de seu Alinhamento,
viver com vocês, em vocês, o Manto Azul da Graça e a Onda de Vida, porque, se vocês me aceitam, eu
sou Vocês.
Resta-nos, eu penso,
o tempo para algumas questões.
Questão: é normal adormecer após a leitura
de canalizações?
Minha Irmã, eu diria
que é um prenúncio da Onda de Vida.
Questão: uma pessoa que morre hoje,
sem ter consciência do que se vive, encontra essa Consciência?
Minha Irmã, nada há a
encontrar.
As camadas de ilusões, no nascimento nesse mundo (exceto o peso da
carne) não estão ainda
constituídas.
Como poderia haver algo a encontrar que já não
esteja?
A diferença entre
aquele que nasce hoje e aquele que nasceu há algumas dezenas de anos é o apego à sua própria vida, à
sua própria história, à sua própria alma,
às suas próprias realizações, ao
seu próprio caminho.
Em resumo, a todo um conjunto de ilusões que se tornaram, para ele, mais reais do que a Onda
de Vida.
O que vocês
construíram (a descida da Luz, a ativação das Coroas, das
Estrelas, das Portas, a revelação da Luz) tinha, em definitivo e de algum modo, apenas uma única função: sair da Ilusão.
Vocês não são a
Luz que vocês tomaram posse.
Vocês não são a Luz que
Vibra no que nós chamamos,
com vocês, as Coroas Radiantes.
Vocês são o Fogo do Coração, vocês são o Amor, mas vocês são
além dessa manifestação.
Vocês são a não
manifestação.
Vocês são o não
criado.
Vocês são o infinito,
o indefinido, a inabalável Eternidade.
Questão: qual é o lugar da Onda de Vida nas
Radiâncias de quinta-feira (ndr: ver a rubrica «acompanhamentos
ou protocolos / Ajuste à Luz Vibral / Acolhimento do Manto Azul da Graça»)?
A Onda de Vida aparece a partir do
instante, identificável, em que vocês aceitam, de
algum modo, nada mais ser, nem mesmo essa
Presença, nem mesmo esse Si, nem mesmo esse ser Desperto.
O Manto Azul da Graça é sua natureza, quando vocês o
aceitam ou vivem-no.
Naquele momento,
emerge, para vocês, o que sempre esteve
aí: a Onda de Vida.
Essa Onda de Vida, da qual o ego não pode nem compreender
nem apreender, nem viver os mecanismos é, de algum modo, a
Dissolução final do ego que faz de vocês, em minha terminologia, um Jani, ou seja, Conhecedor ou, então, um Mukti, ou seja,
um Liberado.
Aquele que se torna o
que ele sempre foi, Jani ou Mukti, conhecia a vaidade da Ilusão e a vaidade, mesmo, do que ele acreditava, ainda, antes desse instante.
O ego pode viver a
Luz e isso desemboca, aliás, no Si, que é Transcendência do ego.
Mas o Si não poderá, jamais, viver o Absoluto, uma vez que ele é o não Si.
Nesses tempos, o
restabelecimento da conexão, através da vivência do Si e de seus diferentes
Samadhi, o restabelecimento da Onda
de Vida basta –aliás, nada mais há– para fazê-los sair de todo Eu, de toda projeção, de toda
Ilusão.
Ilusão de ser
um corpo, uma
história, de estar sobre um planeta, de estar confinado, de estar na prisão, de ser uma função, um papel, uma atribuição.
Vocês, estritamente,
nada são de tudo isso.
O Manto Azul da Graça realiza isso.
As etapas que se
podem nomear preliminares não foram,
sem qualquer jogo de
palavras, uma diversão.
Essa diversão teve
por vocação prepara-los para suas Núpcias de Luz.
Vivendo as Núpcias de Luz vocês se tornarão um Jani ou um Mukti, ou seja, aquele que
não é mais afetado por esse mundo, que, realmente e não, simplesmente, imaginou que ele
é o Absoluto.
Para isso, é preciso
aceitar nada mais ser aqui, nos feitos,
na prática, no ego, na alma e no Espírito.
É claro, a essas
palavras, aquele que não vive a
Onda de Vida vai sussurrar-lhes ao ouvido: «loucura improvável,
inatingível; contente-se com o Si; contente-se com suas experiências;
contente-se com seus caminhos, com essas etapas escaladas a grande
dificuldade, e assim, um dia, a Onda de Vida virá dizer-lhe que não há
montanha a escalar, que não há chão, que não há
qualquer mundo,
que não há qualquer personalidade, qualquer individualidade?
Como é possível?».
Então, eu retornarei
àquele que sussurra isso, essas
palavras:
O Absoluto é sua
própria Essência.
O Absoluto é sua
Última Verdade, a prova disso é o
que ela dá a viver, esse Êxtase permanente, esse estado além da Alegria, além
do Si, no qual nada mais, nada mais, completamente, poderá ser separado desse Absoluto.
Nós estamos, se se
pode empregar essa expressão mais Ocidental, no auge do contentamento que é,
efetivamente,
puro Gozo.
Naquele momento, o Jani, o Mukti, pode rir-se do que alguns, aliás, não se
privaram de chamar uma grande farsa.
Inútil, sem propósito, vocês estão prontos?
Não temos mais perguntas, agradecemos.
Eu me dirijo,
portanto, a vocês todos aqui.
Absoluta Presença.
Absoluto Inefável.
Como Vibração da Estrela AL, eu lhes proponho, nesse momento
chamado Alinhamento, viver, juntos.
Depositem todos os
seus fardos, todas as suas crenças,
todos os seus sonhos,
todos os seus pesadelos.
Depositem tudo ao pé
da Graça, porque vocês são a Graça.
Juntos.
... Comunhão / Efusão Vibratória...
Bem amados Irmãos e
Irmãs, bem amados Filhos da Luz,
que a Graça seja sua
morada de Eternidade, que a Paz do Amor Seja.
Eu sou MA ANANDA
MOYI,
portada pela Onda de
Vida.
Eu saúdo, em vocês, a
Beleza.
Eu saúdo, em vocês, a
Eternidade.
Eu saúdo, em vocês, a
Graça.
Até breve.
http://semeadorestrelas.blogspot.com
19/3/2012
Traduzido e Divulgado Por: Célia G.
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