SER LIVRE
PARTE 3/4
25/05/2017
"Lembre-se que você não é nenhuma história, que você não pertence a ninguém
e que ninguém lhe pertence".
Bidi - 3/4 -
Perguntas/Respostas.
http://semeadorestrelas.blogspot.com/2017/04/bidi-voces-nao-sao-o-corpo-parte-24.html
Questão: O que acontece, uma vez que estamos livres?
Isso traduz sua necessidade de
passar o tempo e
de fazer
acontecer as coisas.
Colocar esse tipo de questões só leva
a uma resposta: verifique por vocês mesmo.
Você não pode saber isso, você só pode viver.
Compreenda a diferença entre
compreender e viver.
A vida, você a vive.
Você não tem necessidade
de compreender como funcionam certos músculos para andar, você não tem necessidade de compreender como funcionam suas enzimas digestivas para lhe
permitir digerir.
Tudo isso é automático, isso
se torna problemático desde que esteja apegado ao corpo ou a uma história qualquer que ela seja.
Quando você é livre, porque você quer que
aconteça alguma coisa?
Você tem necessidade da forma, você tem
necessidade de jogar, você talvez não esteja pronto dentro da sua liberdade para soltar.
Não há nenhuma culpa a ter,
isso é sua liberdade de consciência.
Mas esta liberdade de
consciência não é a Liberdade.
A Liberdade é isenta de toda forma, de
todo corpo, de toda história e de todo o mundo, mas se
você quer vivê-la, então se sacrifique, não adira mais ao
que quer que seja.
Você amaria conhecer o Desconhecido desde o conhecido e você sabe pertinentemente que é impossível, e, portanto você continua, então
você tem necessidade de passar e de repassar.
E não se passa nada, justamente, quando você é livre.
Não há nenhuma necessidade de passar, você não tem nada a passar, nada a atravessar, nenhum movimento a fazer, nenhum tempo, nenhum espaço, nenhuma forma.
É sua Morada.
Eu não peço, sobretudo, que me acredite, mas ouse vivê-lo.
Do que você tem medo?
Você acredita que o amor humano é suficiente para colocar fim a todo medo?
Você sabe muito bem que o amor passa e
desaparece nas afinidades, nos casais, com os
filhos.
O verdadeiro Amor não passa.
Ele não passa nada, é a pessoa que acredita que passa
alguma coisa.
Eu lhe convido, então, a viver por si mesmo a ausência de
movimento onde
tudo permanece eterno.
Você não pode nem representá-lo a você, nem compreendê-lo, porque mesmo que você só o compreenda
intelectualmente, isso seria para você um conhecimento, mas o conhecimento é apenas ignorância.
Você deve abandonar, para ser livre, toda pretensão de ser isso ou aquilo, de acreditar nisso ou
naquilo.
Acreditar que sua pessoa hoje está em filiação com uma outra pessoa que você foi é uma lógica dual.
Nenhuma dualidade conduz à Unidade, nenhuma Unidade, nem nenhum Si
vivido conduz ao Absoluto.
O Absoluto é, desde o instante onde
você cessa
de acreditar nesses disparates.
Não esqueça jamais que a espiritualidade é
uma fraude total que acrescenta os véus
aos véus.
Existiram inumeráveis mestres sobre
este planeta e todos conduziram os discípulos, que foram seguidos e que chegaram ao que?
A nada.
Olhem esses mestres que têm laranja sobre o turbante
na sua cabeça,
eles jogam, e eles fazem vocês acreditarem que vocês estão na Verdade.
Ninguém pode lhe comunicar a Verdade, mesmo o maior dos sat gurus, mesmo
eu, mesmo Cristo, mesmo o Sol.
Isso só depende de você.
Se você quer encontrar o Todo, então
é necessário perder tudo: todo sentido de identidade, todo sentido de pessoa, todo
sentido de
ser uma história, todo sentido que você chamaria lógico.
A lógica pertence ao mundo da manifestação, a razão também.
O Absoluto não tem o que fazer da
lógica e da razão, não tem o que fazer
com as causas da manifestação da
consciência.
A ignorância do seu estado decorre diretamente de tudo que vocês têm recolhido como conhecimentos nesse
mundo, nesta vida, como em outras vidas.
Eu creio que algumas Estrelas lhes
falaram do Caminho da Infância e da Inocência.
Aquele que é rico de conceitos,
rico de histórias, rico de ideias, rico de lembranças, não pode ser livre.
O que quer que ele viva, quaisquer
que sejam suas experiências, elas são ocasionadas pela história.
Lembre-se que você não é nenhuma
história, que você não pertence a ninguém e que ninguém lhe pertence.
Quanto mais vocês estão pesados de
conhecimento antes de serem livres, mais estes são os
pesos.
O Liberado vivo tem acesso a
todo conhecimento, e ele sabe pertinentemente que isso não serve para nada, que isso vai lhes dar
as referências que satisfarão sua pessoa, mas que jamais deixam lugar ao que vocês são.
É um curso sem fim, é uma sucessão ininterrupta de
alegrias e de sofrimentos.
Quem pode ser feliz senão aquele que está
Liberado?
Quem pode estar na felicidade senão aquele que soltou tudo?
Você não pode ter a sua história, você não pode ter a sua vida, você não pode ter o que é conhecido, e
viver o Desconhecido; é impossível.
É preciso aceitar perder tudo.
É preciso como dizia seu Cristo nascer de novo, porque ele dizia, me parece: “ninguém
pode penetrar o Reino dos Céus se não nascer de novo”
Este renascimento não é em relação ao
renascimento de um corpo, mas a descoberta do que vocês são colocando fim à vida antiga.
Não pelo fim do corpo, mas pelo fim de toda crença, de toda experiência, e de toda história, é o próprio princípio da refutação.
Não há satisfação durável, mesmo em seu mundo, em uma explicação qualquer
que ela seja.
Não há satisfação durável quando
vocês aderem
a qualquer princípio
de evolução.
Vocês não têm que evoluir, vocês não têm que se
transformar, vocês
têm somente que se reconhecer.
Aí está o verdadeiro conhecimento –não nos livros, não nas crenças, e, sobretudo, não numa história.
Vocês são anteriores a toda história.
Vocês não são jamais
nascidos e não são jamais mortos.
Vocês não têm que buscar a Luz, nem mesmo buscar o
Amor,
vocês já o são.
...Silêncio...
Eu o lembro que o Jnani não tem nem desejo, nem necessidade,
mas, se a Vida lhe dá um prazer, ele
aceita, mas ele não buscou, ele está na espontaneidade.
Quer seu corpo esteja em boa
saúde, quer
ele esteja prestes a morrer,
não muda nada.
Um dos mestres que faz parte dos
Anciãos, o qual eu havia amplamente ouvido falar durante minha encarnação, tem frequentemente dito que não serve para nada
lhes falar da outra margem, enquanto vocês não a tenham vivido.
É para vocês irem ver.
E quando eu digo “ir ver”, isso não quer dizer se
deslocar, isso
quer dizer que tudo isso está em
seu saco de comida, em nenhuma outra parte além.
...Silêncio...
Quando meu corpo apareceu sobre esta
terra, então, muito jovem, eu me liberei de todas as ilusões.
Meu satguru me havia simplesmente
dito:
você não é nada do que você vê,
você não é nada disso que existe, você é quem “é”.
Você não é nenhum jogo.
Tudo que você pode perceber, tudo que
você pode sentir, tudo que você pode idealizar, não é a Verdade”.
Eu tive, se posso
dizer, esta chance de acreditar e de
colocar em obra seus conselhos.
Me foi necessário menos de
três anos terrestres para ser livre.
Hoje vocês são inumeráveis a serem livres, em todas as culturas, em todos os continentes,
empregando palavras diferentes, certamente, mas que traduzem certamente a
mesma coisa.
Definitivamente, enquanto
há percepção, enquanto há sentir, não há fim de
história.
O Jnani é percorrido, claro,
como vocês pela Onda de Vida permanentemente, como eu era.
O néctar do senhor escorria de minha
garganta, o Sharam Amrita.
Vocês também.
Vocês não têm necessidade do decoro, das
religiões, das palavras, mesmo que os conceitos possam ser importantes num primeiro momento para sair de todo conceito, ou
para lhes distanciar
de sua adesão aos conceitos, às crenças, e às ideias.
...Silêncio...
Quando o Jnani (dissipulo, aprendiz) está em silêncio, não acontece nada.
Há justamente o que eu poderia
qualificar de uma atmosfera, de uma presença que não está ligada a esse corpo aqui onde
eu estou, nem mesmo em meu corpo da época.
Isso que vocês chamam a irradiação ou a energia estava em toda parte aqui onde eu estava, mas não provinha de mim, saibam bem isso
Não sendo nada, eu não tinha
necessidade de me deixar atravessar por qualquer conceito que fosse, por qualquer energia que fosse ou por
qualquer
história que fosse, eu estava então vazio.
E não sendo nada alguns
que vieram se sentar comigo descobriram
o Todo e a Verdade.
Mas para isso precisei soltar os
conceitos, as histórias.
E não pode ser de outra maneira.
...Silêncio...
Se eu tomo exemplo sobre o que
lhes foi comunicado no que foi chamado
o masculino sagrado e o feminino sagrado, entre
nós no Oriente, isso se chama purusha e prakriti, o lado masculino e feminino.
É necessário a vocês resolver isso, quer dizer, atingir o que vocês nomearam o Andrógino, quer dizer o momento onde o Atman atinge Brahman e descobre o Parabrahman.
Mas não se deixem confundir pelas palavras, porque desde o instante onde vocês são livres, vocês constatam que não pode existir mais nenhum questionamento e nenhuma
perturbação do que
quer que seja.
Se sua consciência é levada pelo ambiente,
pela dor, pelas relações, então vocês não são
livres.
Não é preciso mentir, é preciso esvaziar, é preciso se tornar leve, e isso não é uma ascese, isso não é uma caminhada que toma tempo, é
alguma coisa que se faz
instantaneamente se vocês são sinceros.
A única sinceridade verdadeira é parar toda a
busca.
Se houver a menor busca, vocês não são sinceros, vocês não são verdadeiros.
Mas é sua liberdade, e eu a
respeito, e ela é completamente respeitável.
Vocês não podem buscar o Absoluto, vocês
não podem conquistar,
porque é o que vocês
são.
Todo o resto, a consciência, o Amor, a Luz, o que
está além da Luz, o Espírito do Sol, o Coro dos Anjos, os Arcanjos, os Anciãos,
as Estrelas,
vocês, o mais miserável e o mais sábio desta
terra, são a mesma coisa.
Todo o resto são os ornamentos,
as decorações, e vocês se deixam enganar pelas decorações, pelos jogos,
pelas ilusões, por isso que brilha.
Reconheçam-se a si mesmos e vocês não terão
necessidade de nada mais.
O mais duro para vocês, Ocidentais, são os conceitos.
Vocês manipularam tanto os conceitos, vocês aderiram tanto às ideias e aos conceitos ao longo de sua vida que mesmo que vocês tenham pensado em se separar de um
conceito, vocês o substituíram por um outro
conceito, por uma outra religião, por uma outra crença, por um outro marido, por uma outra mulher.
Vocês não são estáveis
e procuram a estabilidade através do que não lhes dará
jamais nenhuma estabilidade.
Vocês têm sede de experiências ou vocês têm sede da primeira Verdade?
É sua liberdade, mas isso só pode ser
um ou
outro, é um ou outro.
Vocês não são nada do que pode ser chamado, como eu dizia em encarnação:
“nem isso, nem aquilo”.
Após vocês descobrirem que vocês
também são “isso e aquilo”, mas
não somente “isso e aquilo”.
Não esqueçam que a consciência se expressa através de uma forma e que esta forma, mesmo que ela seja plástica em outros lugares, não é a verdade, mas uma das expressões, uma das facetas da Verdade, e é sua liberdade vivê-la.
Mesmo nas mais etéreas, ignore o que ela é.
...Silêncio...
Como, aliás, talvez vocês viveram com
o que lhes foi transmitido
pelo conjunto do que é chamado a Confederação
Intergaláctica, lhes contaram as histórias–mas não no sentido pejorativo–
lhes contaram
as histórias que estavam mais próximas do que vocês
são.
Mas esta história, se vocês quiserem ser livres, deve ser refutada.
Porque aqui onde eu estou não há nem
Arcontes, nem Cristo, há apenas a Verdade que não precisa de nenhuma história,
nem de nenhum
cenário.
Aqui está a bem-aventurança eterna e é o único lugar que não é um lugar,
que não está sujeito a uma dimensão e a uma forma, que é o que vocês são.
Eu não lhes peço para
conceber ou aceitar, é impossível, isso é para viver,
muito simplesmente.
Mas é preciso aceitar perder
todas as suas referências, todos os seus apoios, todas as seduções de toda
história.
Nesse momento, vocês estarão imóveis no silêncio e não
haverá mais nada que fará tela ao que vocês são.
Vocês não têm a adquirir o que quer que seja, mas é exatamente
o inverso, vocês têm a se despojar.
E eu não falo nem de suas vestimentas, nem de seu dinheiro, eu falo
de tudo que lhes perturba.
Vocês não têm necessidade, para ser o que vocês são, de mudar de lugar, de mudar de vida, mas agora– sem isso se chama uma fuga.
Não esqueçam que mesmo em sua língua, quando vocês dizem que
“ex-istem”, isso quer dizer que vocês se mantêm fora do ser.
Isso são suas palavras que dizem, em sua língua, nós temos a mesma coisa na Índia, mas é exatamente a mesma coisa que é
veiculada.
Se vocês se esvaziam de tudo o que lhes perturba e é uma atitude
de sua Presença e de sua
consciência, então a Liberdade se
revelará a vocês, mas enquanto vocês acreditam ter qualquer coisa, é isso
mesmo que lhes
têm e que obstrui o
caminho da Verdade.
Eu diria mesmo que vocês não têm que escutar
a pessoa.
Não escutem nada do que eu lhes digo, não escutem nada do que vocês
dizem uns aos outros, não escutem nada do que lhes diz o seu próprio
personagem.
Vocês não têm necessidade de escutar, vocês têm apenas necessidade
de se ouvir, e como vocês querem se ouvir se
passam seu tempo a sofrer ou a se aplaudir, é a mesma coisa.
Certamente se
aplaudir é mais agradável do que sofrer, mas é o mesmo obstáculo, a mesma obstrução.
O comandante dos Anciãos lhes havia
dito: “ame e faça o que lhe dá prazer, mas ame primeiro”
Não o amor humano, não um amor projetado, mas ame a
Vida.
Não sua vida, não esse mundo.
Ame a expressão da consciência e ela lhe mostrará que você não é a consciência.
Você não tem necessidade de ninguém para vivê-la, não há técnicas.
Há certamente as
técnicas de aproximação das quais eu falei, a análise,
a refutação, tudo isso, mas num
determinado momento, lhes é preciso soltar também isso.
Você deve estar nu.
Aceitem que vocês são falíveis porque sua forma só passa entre o nascimento e a morte.
...Silêncio...
Questionem.
Continua parte 4/4 (em formatação)
Questão: Em nossa vida nós temos frequentemente que fazer escolhas.
Você pode nos falar de escolhas?
Tradução do Francês: Mariana
Anzzelotti
Áudio da Leitura da Mensagem em Português - por Noemia.
http://semeadorestrelas.blogspot.com/2017/05/bidi-ser-livre-parte-34.html
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