DEFESAS PARA GUERRA ESPIRITUAL - (2)
sábado, 21 de
outubro de 2017
"[Lucifer é também chamado
Mefistófeles.
Ele é o único que vem e diz a Deus:
“Vejo que seu devoto Jó o ama muito quando
tudo em sua vida está bem, mas o amará de fato se eu tirar tudo dele, e ainda
será cheio de fé?”
Deus diz: “Teste-o.
Vamos descobrir.
Mas não toque o seu corpo.
Tire tudo o mais dele, mas deixe somente o seu
corpo”
É assim que Lucifer faz conosco.
Lucifer vem
e diz; “Oh!
Você pensa que
é um gnóstico bonzão?
Como será se eu
fizer o seu computador parar de funcionar hoje? Você ficará tão espiritual?
Irá manter sua serenidade quando não conseguir
entrar nos seus Emails?”.
Ou se
perdemos nossa condução, ou ferimos nosso dedo, ou derramamos nossa comida no
chão.
Lá se vai nossa
paciência com essas coisas estúpidas.
Ficamos
facilmente aborrecidos, facilmente zangados, facilmente ofendidos.
Adoramos
pensar que somos “espirituais”, sem dúvida, mas somos terrivelmente fracos.]"
Estamos em um tempo de guerra, mas
não falamos sobre guerra física, tal qual soldados em campos de batalhas com
armas,
tanques e bombas, muito embora esses tipos de
guerras sejam,
definitivamente, um sintoma da guerra a que
nos referimos.
A guerra mais significativa a que estamos
engajados é aquela psicológica e espiritual.
Também, não estamos nos referindo àquela
guerra psicológica e espiritual que se trava na mídia, em comunidades, em
cidades e famílias, mas na raiz de todas as guerras que está a acontecer em
nossas mentes.
A verdadeira guerra é aquela se passando agora
dentro de nós como indivíduos – psicologicamente e espiritualmente.
Os
ensinamentos gnósticos explicam através das antigas filosofias e religiões que
qualquer coisa que nos esteja acontecendo, física e terrenamente, em
circunstâncias exteriores, deve-se ao nosso estado interior, às circunstâncias
internas.
Em outras
palavras: nossa vida física é um reflexo de nossa vida interior.
O que
experimentamos a nossa volta nos é trazido pelo que somos intimamente.
Isso pode
soar-lhes surpreendentemente se não tiverem estudado as filosofias gnósticas,
não importando se as chamamos budistas, cristãs ou cabalistas.
Esse conceito, essa explanação de
existência é universal e muito poderosa, entretanto contradiz muito àquilo que
em tempos contemporâneos acreditávamos acerca de vida.
Temos a crença de que pela mudança de
circunstâncias exteriores podemos mudar nosso estado interior, e a despeito de
todas as evidências que se acumulam contra nós, persistimos nessa enganosa via,
sempre tentando alcançar objetivos externos,
realizações, aquisições, a fim de encontrarmos
a felicidade íntima,
mas sempre falhamos e ainda assim continuamos
tentando.
Por
causa disso, estamos em meio a um estado de guerra, uma guerra pessoal e
interior travada entre o anseio pela felicidade versus todos os
nossos desejos.
A causa
desse conflito está, naturalmente, em nossos desejos e na enganosa noção que
detemos sobre o ego: o enganoso sentido de identidade.
Esse
enganoso sentido do ego tem sido edificado sobre memórias,
traumas,
conceitos, crenças, apegos, todos os tipos de teorias;
sobre nosso
particular e pessoal lugar de nascimento, idioma,
cultura,
escolaridades, grupos, educação, história familiar,
bandeiras,
países e religiões.
Erradamente
cremos que todas essas coisas se constituem na nossa verdadeira identidade e a
fim de fortalecer essa noção estamos constantemente buscando todos os tipos de
confirmações exteriores e suportes.
Adoramos
ser aceitos por grupos, admirados, amados pelos outros,
invejados.
Adoramos
sentir que nos temem, que intimidamos, que temos aquilo que outros não têm, e
queremos aquilo que os outros têm.
Mentimos,
provocamos, roubamos, traímos, conseguimos o que queremos.
Todos esses
desejos vicejam de um núcleo central de conflito íntimo, que é esse engano da
realidade, da natureza do ego.
Então,
estamos num permanente estado de guerra.
As guerras externas geradas nesse
planeta – sejam por armas ou mídia, por
conceitos religiosos ou batalhas econômicas –
todas essas guerras são provenientes de
pessoal e íntimo conflito.
Em síntese, podemos dizer que nosso conflito
íntimo está localizado entre o Ser real e o falso ego.
O Ser real – que chamamos nosso profundo
íntimo – está em guerra com nosso ego, nosso falso “eu”.
Qualquer
de nossas ideias sobre felicidade que aconteçam é porque estávamos atraídos
para aquelas coisas, e, infelizmente,
somos
também atraídos para a espiritualidade através do desejo.
Muito
embora nosso mais profundo íntimo – o Ser, o Deus interior – esteja nos
empurrando a fim de mudarmos nossa espiritualidade,
a voltarmos
para a real natureza, o ego (o desejo) interfere, assume, aproveita-se e nos conduz para fora do caminho real,
enquanto
nos convence de que estamos no caminho certo.
Entrementes,
nossos conflitos internos e busca egoística unicamente tornam-se mais fortes,
vindo resultar em conflitos externos e problemas
Cometemos um grande erro.
Ao escolhermos seguir nossos desejos temos
optado pelo lado do ego e persistimos nessa escolha, bem como persistimos na
escolha de nutrirmos os desejos, darmos suporte às ilusões, fortalecermos nossa
gaiola psicológica, enviarmos energia aos ressentimentos e sensualidade, e
escutarmos a voz interna que justifica os interesses egocêntricos.
Em
consequência, ignoramos a voz de nosso profundo íntimo. Esse fato se prova pelo
sofrimento, pela solidão, pela inabilidade em mudarmos os problemas
fundamentais de nossas vidas, pelas inevitáveis circunstâncias que nos afligem
dia após dia.
É só vermos
que somos atraídos para religião, espiritualidade,
ocultismo,
misticismo, poderes espirituais, meditação, kundalini,
magia,
viagem astral, cabala, etc. por que queremos poder. Queremos poder para mudar
nossas circunstâncias, para adquirir felicidade.
Assim, essa batalha é muito séria.
O dano colateral vem acontecendo em todos os
lugares do mundo, exatamente agora.
Observemos a maneira com que estamos
destruindo o planeta, e a maneira com que estamos destruindo a cada um de nós.
Observemos a maneira como todos os países estão em contínuo estado de conflito,
bem como as pessoas no poder estão tirando vantagens do povo.
Todas essas coisas emanam dos conflitos
íntimos que cada um de nós traz consigo.
É
o ego a causar a desordem de tudo uma vez que ele é uma bagunça.
Nosso ego é
uma soma de conflitos diários, um agregado enorme de anseios, de diferentes
desejos que lutam entre eles para tomar o controle de nossa “máquina humanoide”
E no meio disso tudo está o nosso
Ser, o profundo íntimo, que tenta guiar-nos, auxiliar-nos, ajudar-nos, mas não
ouvimos aquela voz.
Não gostamos do que a voz tem a nos dizer uma
vez que contraria os desejos.
A voz interna aconselha-nos a cessar, a
desistir das ações nocivas,
a não criticarmos outras pessoas, não fazermos
fofocas, não reclamarmos, porém a sermos pacientes, bondosos.
O ego diz: “ó não! Eu mereço atuar, criticar, usar minha
língua a fim de conseguir o que desejo”.
Nós ouvimos a esses desejos, então
permanecemos em contínuo conflito interior e esses conflitos vazam para nossas
vidas e afetam aos nossos amados, aos colegas de trabalho, aos empregos, às
comunidades, etc.
Por uma simples análise matemática podemos ver
porque o mundo está no estado em que está, uma vez que todos os indivíduos
componentes da sociedade estão num estado de conflito interior,
não desejando ouvir a sábia voz dentro deles,
conhecedora do caminho certo, de como viver em harmonia com a natureza e com as
divinas leis e de como trazer felicidade a nós e aos demais.
Por
muitos mil anos até agora viemos tendo diversos conselhos sobre como evitarmos
a degradação de nossos conflitos interiores,
e esses
conselhos nos chegaram de diversas maneiras – através de religiões, filosofias,
ciências, artes – e ocasionalmente gostamos deles (quando nos são convenientes por não conflitarem demasiado com nossos
desejos), mas, ao final, nossos desejos sempre vencem,
e aquelas tradições tornam-se corrompidas, degeneradas e morrem.
Hoje em dia
as religiões, filosofias, ciências e artes estão todas falidas, corrompidas,
degeneradas, mas seus remanescentes ainda tentam nos ajudar, muito embora eles
se encontrem fraturados e incompletos.
Infelizmente, através dos séculos,
as consequências de nossas ações erradas cresceram como juros: elas aumentaram
numa escala exponencial, e conforme exatamente sabem aqueles que estudam as
leis cármicas, as consequências de uma ação são maiores do que a ação original.
Isso é um aspecto básico de causa e efeito, e o agregado dos efeitos de outras
ações – uns somados a outros – constroem mais do que o movimento das correntes
oceânicas e dos ventos que se acumulam para criar tempestades.
Eis por que vemos nossa sociedade se movendo
tão rapidamente como um cart que rola montanha abaixo, e ninguém sabe deter o
controle dele ou mudar sua direção.
Por
isso, vemos cada simples área de nossa sociedade colapsando.
Não podemos
assinalar um só aspecto de nossas vidas que esteja realmente melhorando; a
maioria de nós imediatamente pensará:
“a tecnologia está melhorando”, mas
precisamos pensar por dentro disso e analisar com maior atenção.
Cada
tecnologia traz um preço e sempre tem consequências.
Que têm
havido alguns benefícios da tecnologia não negamos.
Mas a qual
preço, a qual custo?
Quando o
fax surgiu todos pensaram:
“Ele vai tornar tudo melhor”, e quando o serviço de entrega noturna foi estabelecido todos também
pensaram que seria para tornar as coisas melhores, e quando veio a internet
todos pensaram a mesma coisa, porém a cada vez os novos desenvolvimentos
somente tornam as coisas mais complicadas e nos trazem maiores fardos para que
trabalhemos mais ainda, e mais duramente, em mais tempo e com menos benefícios.
Não é verdade?
E ninguém
consegue negar que ainda assim estamos mistificados,
hipnotizados
pela tecnologia.
Todos amam
andar com aparelhos, mas aqueles aparelhos têm um terrível impacto no meio
ambiente (devido a como eles são feitos e a saturação
das ondas eletromagnéticas que interferem em muitos aspecto na natureza), sem mencionar que cada aparelho pode ser usado para rastrear tudo o que
façamos.
Cada “conveniência” tem
servido para nos escravizar mais e nos tornar mais dependentes de forças fora
de nosso controle.
A taxa de variação, o avanço e
intensidade dos problemas mundiais estão crescendo e não diminuindo. Nesse
momento há mais escravidão que nunca.
O acesso à água limpa nunca foi pior.
O acesso à alimentação cresce em dificuldade e
custo.
A política não está melhorando em nada nem
estão os sistemas sociais.
Nossas famílias não estão se fortalecendo.
A agricultura, as reservas de água, o ar, as
religiões não melhoram.
As prisões não decrescem, nem a corrupção, a
injustiça ou o gosto pela guerra.
E nem os gastos de defesas diminuem.
Em nenhum lugar encontramos um crescimento na
paz ou na alegria.
Onde estaria algo a melhorar?
Onde encontrarmos melhoria neste planeta?
Não conseguimos encontrar...
Nenhum de nós gosta de admitir essas coisas e
quando falamos sobre elas o que trazem aos nossos corações?
Não trazem medo, ansiedade, tristeza?
Por quê?
Aquele com fé em Deus, o que conhece Deus, o
que está conectado com Ele não deveria temer.
Então, diante de nossos olhos temos a
evidência: estamos conectados com Deus ou não? Somos guiados pelo nosso
profundo íntimo ou não?
Somos reflexos de Deus aqui nesse mundo ou não?
Cada
grupo espiritual se autoproclama o povo escolhido. Idem,
cada
religião, e de serem abençoadas por Deus e os iniciadores da idade de ouro.
Há budistas
que pensam assim sobre eles próprios, como igualmente pensam cristãos, judeus e
gnósticos que se autoproclamam.
Mas onde estão as evidências?
Serão esses grupos verdadeiramente sagrados?
Serão suas individualidades, verdadeiramente, reflexos
de Deus? Refletirão de fato as virtudes de Deus, as virtudes do Divino? Espontaneamente,
intuitivamente, agirão como anjos, budas,
profetas?
Estarão libertos da raiva, orgulho e sensualidade?
Trarão, em verdade, melhorias para a sociedade ou
mais conflitos?
Essas são
as questões com que deveríamos nos arguir a fim de chegarmos à raiz, ao coração
desse conflito, dessa batalha.
DAVI E GOLIAS
Vejam que a guerra real na qual
estamos lutando é contra nós próprios.
Nos tornamos distraídos por circunstâncias
externas achando que somos Davi a lutar com Golias e pensamos que Golias seja a sociedade.
Achamos
que Golias são as religiões estabelecidas ou que são os “iluminati” ou uma
grande conspiração.
Achamos que
são os governos ou o Papa ou algum outro líder religioso.
Achamos que
é qualquer coisa fora de nós, porém nunca entendemos que Golias está em
nós próprios, em nossa própria mente.
Davi, naturalmente, é um
símbolo; representa um aspecto de nossa consciência num determinado estado de
avanço, no processo de iniciação para desenvolvimento da alma.
Davi é um estado ou nível de desenvolvimento
que podemos alcançar, entretanto para alcançar aquele nível, precisamos
primeiro ser Saul, que é o rei antes de Davi.
Não é esse o sentido da palestra de hoje, de
falarmos sobre aqueles estágios de iniciações.
O que estamos aqui falando é de como Davi conquista o guerreiro gigante Golias.
Em como devemos aprender de Davi e o que podemos fazer para imitá-lo nesse
exemplo, aprendendo.
Golias é um gigante que parece
ser todo poderoso e que tem absoluto domínio do campo de batalha.
Esse é
nosso caso quando olhamos para dentro de nossas mentes.
Golias é nossa mente, o sentido do ego.
É isso o
que pensamos que somos.
Golias é muito forte e muito confiante.
Qualquer
que seja o sentido pessoal do ego – esse sentido é aquilo que vemos em nós como
uma boa pessoa, esperta, comunicativa, inteligente, com percepção intuitiva
disso e daquilo, possuidora de certas habilidades e tendo alguns problemas –
talvez. Todas essas características pessoais do sentido interior é Golias, mas que
tem o nosso nome.
Quando descobrirmos a real
espiritualidade ao ficarmos doentes e cansados do sofrimento, quando realmente
experimentarmos o amargor da vida através da fútil procura movida pelos
desejos, viremos querer mudança.
Então, podemos descobrir como fazer crescer
nosso Davi interior e descobrirmos
o potencial que nos torna em Davi.
Em síntese, Davi representa nossa consciência,
o que chamamos Essência, aquilo que no budismo é chamado Buddhata, Buddahadatu [natureza buddha], ou Tathagatagarbsa.
Isso é o embrião da alma.
Em nós, temos somente três por cento de
liberdade das garras de Golias – três por cento, mais
ou menos.
Desse
modo, ao olharmos verdadeiramente a história de Davi e Golias veremos Golias com uma
horda de exército, sendo ele nosso motivo principal [incidência de núcleo], e o seu exército a
representar todos os egos dentro de nós, mas Davi, em nós, é somente aqueles três por cento de
consciência liberta.
Porém,
nosso Davi repousa.
Não somos Davi ainda.
Não estamos
em momento de posse de suas qualidades.
Não temos a
sua fé, o posicionamento, o seu estilingue e pedra.
Ademais,
não conquistamos ainda Golias.
Nosso Davi até agora
não acordou
Ele é,
exatamente, uma criança.
Alcançar o estágio de confrontar e
superar Golias será gigantesco triunfo.
Isso não nos virá tão facilmente.
Não pensemos que pela descoberta de
professores ou lendo uns poucos livros,
nos tornando admiradores de um palestrante, de
um livro ou de um movimento,
que logo nos tornaremos “Davi” e somente por isso iremos levar de vencido ao
ego.
Não é assim que funciona.
Esse tipo de mudança é profundamente doloroso
e muito difícil realizar.
Requer o confronto do mais profundo, do mais
doloroso, da mais vergonhosa parte de nossas mentes.
Não é nada agradável ou divertido, nem é algo
de que proclamemos e que fiquemos orgulhosos.
É, antes de tudo, nossa obrigação a ser
cumprida.
Ao termos uma obrigação ela simplesmente
precisará ser feita.
E isso não é algo a andarmos por ai contando, dizendo a todos:
“fiz isso e isso, vejam-me como sou grande”.
Quando
tivermos retirado o lixo diremos aos amigos: “hoje joguei fora o lixo” e haveremos de querer a admiração por isso?
Claro que não.
O ego é lixo.
Nosso sentimento de ego é uma mentira, uma
besta, um minotauro – uma mesma história como de Davi e Golias.
A
fim de confrontarmos essa massa de defeitos em nós, de lutarmos contra ela,
precisamos primeiro começar a despertar a essência, aprendendo acerca da
consciência e trabalhando com isso; não em futuro, mas exatamente agora. É
sermos cognizantes, prestarmos atenção, estarmos aqui e agora, estarmos
espertos, tomando conta de nosso templo psicológico, e observando como Golias
nos debocha e escarnece – por que ele o fará – e usará de todas as
oportunidades que possa ter para nos fazer voltar a dormir.
Essa é a batalha.
Nosso Golias interior / Minotauro / Satan operando através de esposas, amigos,
familiares, colegas estudantis, colegas de trabalho a fim de nos fazer de tal
forma tolos, fracos, envergonhados, débeis, que nunca possamos vencê-lo.
Estará em nós decidir se cremos nele ou não.
As evidências se mostrarão em nossas vidas, no
dia a dia.
A
gnose é sobre isso.
É sobre o
despertar da essência; é irmos treinando-a de modo que um dia nos tornemos Davi.
Então,
nesse dia, reuniremos a coragem de avançar para o campo de batalhas de nossa
mente, a fim de nos confrontarmos com nosso próprio Golias, e
mata-lo.
Entretanto,
não pensemos ir carregados para as batalhas como grande herói que todos
aplaudirão, que nos darão vivas, como se isso fosse muito heroico, belo e grande.
Não para
sermos isso.
Pareceremos
um tolo.
Um Davi tíbio,
sem qualquer proteção, sem qualquer treinamento, com todos os deboches sobre
nós.
Todos em
nossa mente em nosso ambiente.
Essa é uma
verdade universal, verdade cósmica.
É eterna; é
parte do caminho.
Observemos
as vidas dos mestres.
TREINANDO PARA A MUDANÇA
Assim, a gnose está direcionada
para nosso treinamento para esse objetivo. Nesse sentido, podemos facilmente
sumarizar a gnose – esta antiga tradição – como um treino militar,
mas não meramente para o corpo físico a fim de apurar-se em ambiente externo,
conquistar outros, outras escolas; edificar um grande movimento ou formar um
grande exército.
Não.
Não é isso.
Ao invés, é um treinamento da consciência; é
conquistarmos nossa mente.
É um treinamento bastante rigoroso onde poucos
conseguem atingir o objetivo final.
Em
tempos antigos esse treinamento era dado muito lentamente com estágios graduais
ao curso das vidas, e não numa só vida.
Era
excepcionalmente raro alguém realizar todos os treinamentos numa só existência.
Na maior
parte das vezes as pessoas levavam múltiplas existências a fim de receber o
treinamento integral.
Eis porque
vemos em todas as escolas místicas tradicionais, e em tradições religiosas, o
que podemos chamar um caminho gradual ou estágios para o caminho.
No budismo
tibetano chamam a isso de Lam Rim.
Na Ásia,
foi ensinado por Buda Shakyamuni e por Padmasambhava; isso foi reunido por Tsongkhapa e apresentado de uma forma organizada,
entretanto esse mesmo ensinamento existe em todas as religiões com diferentes
termos, ainda que com mesmos conceitos.
Os caminhos
graduais em sânscrito são chamados yanas.
Os estágios iniciais são sempre os
mesmos em todas as religiões: elas introduzem ética que explica o que fazer e o
que não fazer.
Isso é trabalhado com psicologia; trabalhado
para mudar as ações em nossa mente a fim de que sejamos bons em mente, pelo
agir de modo correto em mente; então nossas circunstâncias externas se tornarão
reflexos dessa gradual preparação, por um longo período.
Na
medida em que os estudantes provam-se a si mesmos e realizam os ensinamentos,
vivendo-os, é possível então dar-lhes graus de treinamentos cada vez maiores
até que, eventualmente, sejam introduzidas as metodologias mais rigorosas.
Os níveis
mais elevados dessas escalas são chamados tantra.
No oeste,
isso foi chamado de alquimia, sendo um sistema de transmutação.
Transmutar é mudar uma coisa em
outra. Trans significa através. Mutação está relacionada com
forma ou troca.
Assim, em síntese, transmutar ou transmutação
refere-se a mudança de uma coisa em outra; e isto é alquimia.
Alquimia é sobre transmutação; como mudar
chumbo em ouro, mas não a nível físico.
O chumbo é o ego.
O chumbo da alquimia é nossa psique, aquele
pesado chumbo que nos mantém em baixo, no inferno, que precisa ser radicalmente
mudado e isso é devido a que os passos iniciais são sempre psicológicos.
Primeiro de tudo, o candidato inicia pelo
trabalho psicológico em si mesmo,
começando a entender aquele conceito, a
realiza-lo.
O objetivo principal é acordar a essência,
despertar a consciência: primeiro de tudo e principalmente.
Se
alguém não fosse capaz de fazer isso não mais lhe seriam dados os ensinamentos
por que lhe trariam nocividade.
As pessoas
de hoje pensam: “Por que
todos os ensinamentos eram secretos, por que os ensinamentos não eram dados a
todos?”.
Porque
estamos sonolentos, porque somos animais, psicologicamente falando,
e porque
somos autodestrutivos.
Nenhum pai
dará ao seu filho uma arma enquanto aquele filho for imaturo.
Do mesmo
modo que um professor responsável não passará a um estudante algo que o
machuque.
A ciência da transmutação, na suas
mais elevadas formas relacionadas com o tantra, está baseada na transmutação
que acontece nas formas mais inferiores da psicologia.
Isso foi sempre um pré requisito; primeiro
aprender como transmutar a mente, muda-la para algo melhor, torna-la mais em
harmonia com a natureza e a lei do carma.
Esses ensinamentos estiveram ocultos a cada
tradição, a cada escola mística: em como desempenhar essa transmutação, em como
mudar de um estado para outro.
Através
da história passamos por muitos estágios com esse tipo de informação, estágios
que foram realizados pouco a pouco, porém alcançamos o fim.
A ÚLTIMA CHANCE
Conforme mencionado, a escala
exponencial da mudança está atingindo um nível de insustabilidade. Isso se
mostra agora bastante evidente em toda parte onde observamos nossa sociedade.
A energia que se encontra em movimento nos
está dilacerando.
Nossa energia psicológica – que é cármica –
nos está fazendo em pedaços. Ninguém pode negar isso.
Muito poucas famílias são mesmo capazes de
permanecer juntas, uma vez que o ambiente psicológico familiar torna-se
demasiado intenso de geração a geração.
Famílias se espalham, dividem-se, seja por
desordens, desacordos ou simplesmente por fatores econômicos.
Nesses dias é muito raro achar uma família que
ainda esteja junta e agregada. É muito fácil encontrar famílias fraturadas.
O mesmo acontece com qualquer outra estrutura
social.
Além
disso, a energia está tão poderosa que está agitando o planeta.
Os
cientistas não gostam de admitir, mas as estatísticas demonstram que os
terremotos estão aumentando bem como as atividades vulcânicas.
Do mesmo
modo, problemas na natureza estão fora de controle.
Estão aí as
evidências.
Não
gostamos de ver a causa ou admiti-la, mas nós somos a causa, e é por isso que
os custódios do conhecimento, aqueles que despertaram, que alcançaram o
conhecimento e o atualizaram, agora nos abrem as portas.
Eles nos disseram
que não há mais tempo.
Logo este
planeta se fragmentará. Esta civilização e esta cultura desaparecerão.
Temos
estado a beira disso por décadas, porém a intensidade está crescendo.
Nunca antes na nossa história foi
possível, como está sendo agora, a uma pessoa apertar um botão e acabar com a
vida no mundo inteiro.
Gostamos
de achar que estamos salvos, que todos aqueles botões estão bloqueados, mas nem
mesmo conseguimos manter regularmente uma pessoa fora de todos os diferentes
atos de terrorismo que estão ocorrendo em todos os lugares.
Que aconteceria se um daqueles guardas dentro de um
processador de armamento nuclear se tornasse terrorista?
Se um daqueles guardas ficasse maluco?
e algum presidente ou general ficasse demente?
Não há
qualquer garantia.
É
terrificante considerar, mas é fato estarmos muito vulneráveis e nada é
definitivo. Esse fato é uma reflexão de nossa psicologia.
Construimos
essa situação.
Não foi
Deus quem construiu, fomos nós.
Fizemos
essa sociedade e esse mundo do modo como estão e não parece conseguirmos
controla-los.
Assim, os mestres do círculo
consciente da humanidade conhecido como a loja branca, a igreja gnóstica, ou
com qualquer outro nome que queiramos colocar na hierarquia de seres humanos
reais – disseram:
“Certo, aqui está, esse é o ensinamento, a coisa toda. Se quiserem
use-o. Se quiserem mudar a situação, a vocês próprios, agora é a sua chance;
use-o enquanto podem”.
E
pelas poucas e recente décadas, esse conhecimento tem estado a filtrar através
da humanidade, e aquele que é o responsável por isso é o que suporta a
responsabilidade desta era de desenvolvimento.
O QUINTO AUXILIAR
Vejamos, esta humanidade deste
planeta está exatamente agora na quinta raça.
Achamos que somos a única, mas na verdade
estamos na quinta raça.
As quatro anteriores cumpriram seus ciclos:
elas nasceram, desenvolveram-se e se sustentaram por um longo tempo; então
decaíram e morreram, transmutando-se em alguma outra coisa.
Todas as entidades cósmicas passam através
desses estágios; vemos-los a cada dia, em cada órbita, em cada inseto, planta,
animal, humano, planeta, sistema solar – e mesmo em raças, civilizações,
cidades, etc.
RAÇAS DA ÉPOCA TERRESTRE
1. Polar
2. Hiperbórea
3. Lemuriana
4. Atlante
5. Ariana (era atual)
Representamos
a quinta raça dessa época e apesar de nossas crenças não somos a maior raça a
ter existido neste planeta.
Na verdade,
somos a pior.
Esta quinta
raça leva o nome de Ariana.
Bem,
algumas pessoas degeneradas corromperam a interpretação deste nome.
Especificamente,
alguns ocultistas enganados do século passado que interpretaram aquele nome
ariano, o significaram “pessoas
brancas louras”
É certo que
eles sabiam das origens das raças modernas encontradas nos hiperborianos, que
significam “além do Vento Norte” e presumiram que isso indicava as tribos do norte da Europa, que são
conhecidas pelos cabelos louros, olhos azuis, pele clara, etc.
Entretanto,
isso foi um erro de interpretação.
Ariano não significa pessoa branca loura.
A palavra Aryan Ἀρία tem uma raiz antiga relacionada com o grego
Deus Ἄρης Ares, que é o nome de uma
força celestial, uma força que existe além de qualquer cultura particular ou
religião.
Ares / Mars /
Samael
Em outras palavras, Ares é palavra grega, mas a força Ares não é
grega.
Essa mesma força é também conhecida da tradição hebraica como Samael. Cada
tradição tem seu próprio nome para isso.
O Arcanjo Samael é o quinto na linha de sucessivos
anjos que têm guiado a humanidade, e essa atual raça está sob a guia e
responsabilidade do Anjo Samael.
Eis porque em todas as nossa mitologias e tradições
há muita conversa acerca da serpente, uma vez que Samael está relacionado com a serpente.
Áries está relacionado com a serpente.
A Bíblia começa com uma história sobre a serpente.
Todas as grandes tradições tem em seu meio a
serpente; essa serpente é Samael.
Aqui vemos um quadro de Áries que na tradição grega é sempre
retratado como um grande guerreiro, o deus da guerra, o deus das batalhas, e o
seu símbolo é uma serpente.
Vemos a serpente em seu escudo.
Esta particular imagem o descreve conquistando um
gigante chamado Mimas; vemos que o gigante se parece exatamente com Áries, uma imagem de espelho, uma vez que nesta raça, nesta era em particular,
a força de Samael, Áries, está relacionada com aquela força
que chamamos Lúcifer [em
latim:“o portador de luz”] que, em função da causa e efeito
detém a manifestação dual: o aspecto positivo acima [a serpente que curou os israelitas] e o aspecto decaído abaixo
[Satan, a serpente tentadora].
Há uma serpente acima, que é pura e divina e há uma
serpente abaixo que está decaída em desgraça.
Há a serpente de bronze que curou os israelitas sob
a guarda de Moisés e há as serpentes de fogo que mordem os israelitas
quando eles pecam.
Há
duas serpentes, ou melhor, aquela energia que polariza: ela pode subir pela
coluna ou pode descer,
Pode ir
para cima ou pode ir para baixo; depende de como a energia seja usada.
Samael / Ares / Lúcifer é uma energia, uma força cósmica relacionada
com batalhas e guerras; essa energia desce sobre nós, mas fica polarizada
segundo as condições de nossa consciência. Isso explica porque os gregos amavam
e odiavam Áries.
Explica, do mesmo modo, o porquê de os hebreus
odiarem Samael, porém em algumas
escrituras eles o amam.
E na
Bíblia, eis que encontramos a serpente condenada e louvada. Jesus disse: “sejam tão sábios quanto a serpente”.
Moisés curou os israelitas com uma serpente.
Ele também desafiou o faraó com uma serpente.
Em
todas as religiões encontramos essa grande dualidade, uma vez que está na
natureza e em nós próprios.
A dualidade
é o reflexo da função dessa energia em nós.
Essa
serpente – que está em nós – pode tanto libertar-nos quanto escravizar-nos.
A serpente
tentou Eva, causando no Éden a queda da humanidade no sofrimento; ela pode
elevar-se pela coluna e curar o povo de Deus.
Então é
nossa a escolha; depende em como usarmos essa força, essa energia.
Áries é o grande guerreiro que pode
nos treinar, nos ensinar como conquistar o ego. Áries é o quinto dos sete; Áries é Samael.
OS SETE RAIOS
Os
sete anjos ou os sete planetas são representados em todas as nossas grandes
tradições. É-nos importante conhecer essa ciência dos sete planetas. Eles nos influenciam de muitas maneiras.
1. Lua
2. Mercurio
3. Vênus
4. Sol
5. Marte/Aries
6. Júpiter
7. Saturno
Quando nosso Ser Interior (nossa Mônada) primeiramente
emergiu do Absoluto – aquele raio de luz que veio do Ain Soph – passou através de um prisma, um prisma
espiritual relacionado com os sete planetas.
Aqueles sete planetas deram como que um
presente a esse raio de luz –suas cores e qualidades.
Todos possuímos isso interiormente como
herança em nossas consciências e os experimentamos por que estamos vivos e os
temos.
Essas qualidades são virtudes ou atributos que
são modificados segundo nossos condicionamentos.
1. A Lua
O
primeiro dos planetas esotéricos é a Lua (o Anjo
Gabriel); ele põe dentro de nossa consciência uma
qualidade ou energia, um atributo psicológico relacionado com as luas da natureza.
A lua
começa, inicia e cria.
Então, a
qualidade que a lua nos dá é altruísmo: a generosidade, a oferta aos outros, a
doação inegoista.
É a
qualidade de amor que é a base estrutural da consciência – altruísmo.
Porém, quando nossas consciências
se tornam modificadas pelo desejo ou,
em outras palavras, quando a serpente está
polarizada negativamente em nós, aquele altruísmo se torna em avareza, ganância
e egoísmo.
Eis porque agora em nosso momento presente
continuadamente experimentamos: “eu quero”.
É muito
raro experimentarmos em nós: “eu
quero doar”
Realmente muito raro.
Pode acontecer ocasionalmente, porém nosso
condicionamento tem se tornado tão profundo que na maior parte
do tempo experimentamos: “eu quero para mim”.
Isso é avareza, egoísmo: o oposto do
altruísmo.
Quando
observamos nosso momento contínuo em base diária é isso que conseguimos ver.
Não me
acreditem, olhem-se a si próprios.
Comecem a
se observar, não mintam.
Sejam
sinceros, não mintam a vocês mesmos, sejam honestos.
Observem
suas mentes não somente na classe (do
aprendizado) com seus melhores comportamentos.
Observem-nas
no trabalho em casa, ao interagir com outras pessoas e verifiquem em como essa
qualidade que originalmente nos foi dada pela Lua foi mudada, alterada por
nossas pessoais mentes.
2. Mercúrio
A segunda influência, Mercúrio (o Anjo
Rafael), dá
nos a qualidade que chamamos diligência.
Essa qualidade não é meramente atividade
física.
É atividade de consciência; ou seja, é termos
a consciência desperta e ativa, fazendo aquilo para o que nasceu.
Temos
o que chamamos consciência.
Pensamos
exatamente agora que somos conscientes, mas não somos.
A verdade é
que como consciência estamos adormecidos
Esse estado adormecido é preguiça de
consciência.
Ao invés de
preferirmos estar aqui e agora, perfeitamente conscientes disso, e de nós
próprios, física, emocional, mental e espiritualmente, preferimos, contudo,
estarmos dispersivos.
Parte de
nós é vagamente consciente de onde estamos, mas a maior parte de nossa atenção
está na mente (nos pensamentos) e coração (nas emoções),
sonhando
acordados, fantasiando, pensando, relembrando, querendo, desejando...
Não estamos
acordados – conscientes.
Estamos
dormindo.
Sendo capazes de diversas ações
físicas, como a fazermos muitas coisas de uma só vez, não é um sinal de
estarmos despertos.
Fisicamente, possamos ser muito ativos.
Podemos impressionar todos de que somos
capazes de guiar a bicicleta, mascar chicletes e ao mesmo tempo escrever um
Email, e aposto que todos podemos fazer isso; ou dirigirmos nossos carros
escrevendo textos de mensagens, e ouvindo o rádio, porém, conforme sabemos, é
assim que que as pessoas têm provocado acidentes uma vez que não estão
prestando atenção às rodovias.
Assim, muito embora isso possa parecer que
essas pessoas estejam “diligentes”, ativas fisicamente, na
verdade estão sonolentas visto que não prestam atenção – muito ao contrário –
estão distraídas e dispersivas.
Nossas
consciências estão sonolentas.
A prova
disso está evidente através de nossas vidas.
Faltamos a
todo momento em vivermos conectados com Deus.
A
consciência é uma extensão de Deus.
A
consciência desperta não crê no divino; ao invés é consciente da existência.
Uma pessoa
não acredita no Sol, ela o percebe.
Exatamente
isso, a consciência desperta percebe.
Aquele
sonolento pode unicamente acreditar e desacreditar, uma vez que não percebe.
Para
percebermos temos de despertar.
É
necessário tornarmos a consciência diligente: desperta.
Uma consciência diligente sabe.
Ela possui conhecimento, conhecimento real;
isso é gnose.
Uma consciência desperta não teme, não se
estressa, não fica tensa.
A
mais bela qualidade de uma consciência desperta é paz no coração e mente.
É uma paz
que não é solitária, mas que se expressa em direção a outros irradiando
serenidade e amor. Isso é diligencia, conscientemente.
Essa
diligencia trabalha para outros, doa-se, age para outros de muitas maneiras e
não é auto-obsessiva.
A preguiça
é auto-obsessiva, mesmo estando polarizada na hiperatividade.
Se estivermos
deitados no sofá durante todo o tempo, ou trabalhando 26 horas a cada 24 horas
por dia, ambas serão formas de preguiça se nossa consciência permanecer
sonolenta.
A
diligencia está presente quando a consciência está desperta, e estando desperta
se expressa espontaneamente através de suas naturais habilidades em benefício
de outros, demonstrando assim a primeira qualidade – dada pela Lua – que é o altruísmo.
3. Vênus
A influência de Vênus (Anjo Uriel) dá a
nossa consciência a qualidade da castidade.
Castidade é pureza sexual e não abstinência
sexual.
Toda criatura no universo é um ser sexual em
seu próprio nível.
A energia sexual é parte da natureza.
Sexo é normal, natural, necessário, porém a
luxúria não.
Em nossa estado atual não vemos a diferença
entre sexo e luxúria,
Não compreendemos a diferença,
Contudo, há uma enorme diferença na exata
visão entre o altruísmo e o egoísmo.
Na
realidade, em todos esses casos, o que pensamos de altruísmo é realmente
egoísmo, o que pensamos de diligência é usualmente preguiça e o que pensamos de
castidade é normalmente luxúria. Isso é devido ao princípio, às puras
qualidades, conquanto o divino não pode existir com o ego.
Eles são
como óleo e água, não se misturam.
A verdadeira castidade é a energia
sexual que pertence a Deus.
Não vemos a beleza de uma flor?
Não contemplamos realmente aquela beleza?
Não paramos a observá-la a absorver aquela beleza?
Devemos fazer isso.
Sentar e observar não em nossa imaginação, mas
em verdade sentarmos e admirarmos uma viva flor.
A primavera é o tempo perfeito para fazermos
isso.
Tomemos uns poucos minutos a observar uma
flor; a beleza que vemos nela é castidade. A delicadeza, a beleza, a
magnificência.
A incompreensível natureza de uma flor é
castidade.
Essa é a qualidade de Vênus.
Mas
deixem-me dizer-lhes: nós como organismos humanos podemos desabrochar uma flor
de castidade dentro de nós que seja um bilhão de vezes maior que qualquer flor
nesse planeta.
Entretanto,
não encontramos ninguém assim atualmente no planeta por que estamos todos
armadilhados na luxúria.
4. O SOL
A influência do Sol (Miguel) nos dá a qualidade da fé
como humildade.
A verdadeira humildade e a fé verdadeira são
as grandes forças, as grandes armaduras, os grandes poderes.
Eis porque o Sol se encontra no meio dos sete
planetas; existem três ou mesmo quatro lados do Sol.
O Sol é o ponto de equilíbrio, o eixo da roda,
o organizador do sistema.
O
Sol dá vida.
O que nos dá nossa vida espiritual?
Fé em Deus – não Deus lá fora, mas em nosso mais
profundo íntimo.
Fé não é
crença, mas verdade.
Infelizmente,
a palavra fé é usada atualmente no sentido de mera crença,
entretanto
não significa isso.
A fé se relaciona com a convicção.
Como encontramos isso?
Através da experiência.
A fé pode somente ser encontrada através da
experiência.
O sabor do mel pode somente ser sentido
através da língua.
Similarmente, a verdade da divindade pode
somente ser conhecida através da consciência.
Aquele que experimentou a divindade possui fé:
a convicção da verdade adquirida através da experiência.
Espiritualmente falando, em relação com a
virtude da fé, tal convicção é natural para a consciência.
Porém, quando a consciência se torna fascinada
por desejo e fantasias ela cai em sono, vendo unicamente seus sonhos e não a
realidade.
Essa é a raiz da perda da fé, da convicção e
disso emergem muitas causas de sofrimento, chamadas ceticismo (dúvida) e
orgulho (crença em si próprio) uma vez que ela não
consegue mais experimentar a divindade.
Quando ouvimos sobre gnose, Deus,
transmutação, castidade, tantra, o que temos?
Ceticismo,
orgulho, amor próprio.
Não
acreditamos nessas coisas, uma vez que não tenhamos qualquer evidência.
Não
acreditamos em Deus sem qualquer evidência.
Somente
acreditamos nos sentidos físicos, em sensações físicas.
Não sabemos
nada sobre consciência e no que ela possa perceber – dimensões além do físico –
visto não determos qualquer base para uma fé real. Pelo despertar aqui e ali,
desenvolvemos percepções adicionais e gradualmente redescobrimos o que seja a
fé real.
5. MARTE
Marte é o
planeta do Deus da guerra.
Tradicionalmente, sempre pensamos sobre Marte
como Áries, o Deus da guerra que ama derramamento de sangue e batalha, porém
isso é devido ao quanto aquelas forças polarizaram negativamente na humanidade
degenerada. Quando aquelas forças polarizam positivamente na humanidade, Marte
é a força do amor.
A guerra é uma expressão de raiva, ódio.
O que é o oposto à guerra?
Amor.
A guerra não é uma expressão de amor, é a
condenação disso.
Então Marte/Áries nos dá o cognizante, o amor
inegoísta, o verdadeiro amor.
O amor real é martiniano, é ariano.
6. JUPITER
A
influência de Júpiter (Anjo Zacarias) concede a cada alma a capacidade de ser feliz
por outra pessoa.
Isso também
é muito raro experimentarmos em nós, uma vez que ao sabermos que alguém obteve
algo bom, dizemos: “parabéns, fico muito feliz
por você”, mas em
nossos corações sentimos: “gostaria que eu tivesse aquilo”
Isso não é
alegria pelos outros.
Isso é
inveja.
O oposto da alegria pelos outros é
a inveja
A alegria real pelos outros não tem ego embutido.
É uma forma de amor que queremos dá-la.
Eis porque é tão rara uma manifestação disso
no mundo.
Se observarmos nossa sociedade ao olharmos os
anúncios comerciais, e todas as demais coisas que funcionam nela, poderemos ver
que tudo está enraizado na inveja.
Tudo isso se mostra em: “eu quero o que eles têm”.
ma vasta maioria deste planeta inclina-se a
esse caminho em relação a América.
É desse modo que as pessoas amam ou odeiam a
América.
Por décadas, séculos, pessoas têm desejado vir
para a América, norteados por: “eu quero o que eles têm”,
Entretanto, os americanos querem o que as
celebridades e executivos da Wall Street têm, ou
querem o que os chamados povos espirituais têm (como na
Índia ou Tibet)...
Ninguém
está satisfeito com o que tem.
Quem dentre nós está satisfeito, verdadeiramente
contente, com real alegria íntima pelo que tenha?
Quem dentre nós sente verdadeira alegria por aqueles
que têm o que não temos?
Quando
realmente sentimos que os outros verdadeiramente merecem aquilo e pensamos: (estou tão feliz que eles
conseguiram aquilo, estou muito feliz por eles”?
Não
externamos alegria por eles por que temos inveja.
Na maioria
das vezes somos guiados pela inveja.
Reflitamos
sobre nossas escolhas e decisões na vida e comprovemos quantas vezes fomos
guiados pela inveja.
7. SATURNO
Saturno, o sétimo planeta (Anjo
Orifiel) nos
dá a temperança.
Temperança é autocontrole, auto moderação.
Isso é a habilidade de sermos comedidos, eficientes, não gastadores, não sendo
demasiado comedores, usuários do que seja necessário e não tomando nada a mais.
Raramente vemos isso.
O que tendemos a ver em nós é gula que tem
diferentes formas.
Gostamos de comprar tudo o que nossas mãos
consigam carregar e encher nossos armários com coisas de que não precisamos.
Comemos, compramos e gastamos demasiado.
Gastamos muito e acumulamos excessivamente.
Isso é gula.
Como
o sétimo e último planeta, Saturno é o final do que começamos com a Lua. Como
uma virtude, a qualidade de Saturno toma o que as seis anteriores influência
dão e a usa toda sabiamente: isso é temperança; usar sabiamente sua virtude
conjugada com as outras virtudes.
Infelizmente,
ao invés disso usamos o que nos é dado não para consciência ou para os outros,
senão para nosso egoísmo.
AÇÕES NA MATÉRIA E ENERGIA
Quando chega o tempo para a
manifestação em existência, nas regiões mais elevadas de matéria e energia,
esses sete planetas põem na consciência suas qualidades e formam um tipo de
equilíbrio psicológico nos mais altos níveis de nossos Seres, em nossos
Espíritos.
Então, nossos Espíritos descem para a matéria
e manifestam-se em almas, que é a essência, aquele embrião das almas que entra
na matéria e estabelece residência nos corpos lunares (mente, coração, fisicalidade) começando a agir e adquirir as consequências
da ação. Por conseguinte, aquelas sete virtudes se tornam condicionadas pelas
consequências de nossas ações.
Onde
tenhamos agido com a qualidade da temperança, ao invés de motivados pelo desejo
e agido com gula, então a qualidade de Saturno, condicionada na gula, torna-se
um defeito, um agregado de desejo preenchido pelo pensamento, emoção e impulso.
Nossa
consciência permanece então armadilhada nisso.
Quando tenhamos atuado com amor,
ao invés do ressentimento e raiva; aquela qualidade de Marte torna-se
condicionada e polarizada na raiva.
Nossa consciência permanece então armadilhada
nisso.
Assim temos guerras. Aquela qualidade da
alegria pelos outros se torna invertidamente condicionada em inveja, no desejo
de termos o que os outros têm.
É por isso que temos lutas, fome, roubos,
assaltos, mentiras, adultérios, decepções, traições, etc.
A qualidade da preguiça é o condicionamento
daquela qualidade da diligência.
A consciência está armadilhada nos desejos da
preguiça.
Então,
todas as diferentes qualidades que podemos observar em nós próprios em base
diária são reflexos [invertidos] do que deveriam ser qualidades superiores.
Essa é a
chave. Essa é a dica.
Se
desejarmos mudar então transmutemos nossas mentes.
Quando nos pegamos a nós próprios
com aquele desejo de luxúria que quer ser saciado, indica adentrarmos na
sensação de observar outra pessoa, pensar e imaginarmos possuindo a luxúria
dela, ao invés de lembrarmos de Deus (a fé) e transformarmos aquela
energia.
Lembremos o que é ser casto, puro, com fé na
Mãe Divina.
Quando sentimos a raiva a nos tomar, ao
agirmos com ela, viremos fortalecê-la e nos tornamos mais acostumados a ela.
Isso somente produzirá mais sofrimento.
A raiva somente cria dor. Porém, ao invés
disso, ao transmutarmos aquela experiência, e a transformarmos em amor,
conseguiremos libertar a consciência armadilhada naquela raiva. Isso é uma
causa de grande alegria não somente para nós, mas também para os outros. Ao
agirmos sem a raiva estaremos agindo numa via amorosa.
Naturalmente que chegar a isso virá requer
sabermos como.
Não
é fácil fazermos isso, mas podemos aprender estando treinados pelo grande
instrutor desta Era, que é Marte / Áries / Samael.
Mas vejamos
que Marte tem uma parceira.
TRANSFORMAÇÕES PLANETÁRIAS
Ao lermos a mitologia antiga
encontramos que Áries está sempre perseguindo Afrodite / Vênus.
Temos
todos ouvido da psicologia popular sobre os homens de Marte e mulheres de Vênus
e há verdade naquilo. Marte tem uma qualidade masculina e Vênus uma qualidade
feminina.
Entretanto,
o que é mais verdadeiro é que cada um de nós tem aspecto martiniano e aspecto
venusiano em nossa mente.
Quando
trabalhamos com eles juntos, podemos encontrar caminhos para resolver os nossos
problemas.
Marte traz-nos a habilidade de
ganharmos a guerra.
Marte é nosso lutador, o guerreiro que nos dá
o espírito marechal, a habilidade de nos tornarmos um grande guerreiro, um
lutador; espiritualmente precisamos disso.
Porém, essa habilidade tem de ser temperado
por Vênus a fim de que essas forças trabalhem em harmonioso equilíbrio em torno
do Sol.
Observemos as posições dos sete planetas em
relação mútua: Marte e Vênus estão em cada lado do Sol. Marte e Vênus são
forças que se equilibram uma à outra.
Nesses sete
planetas jaz um grande mistério alquímico que é muito belo e que se encontra
muito bem oculto.
Há uma
relação entre os planetas e como eles funcionam em nossas psiques. Quando
aprendemos sobre isso, eles nos dão uma chave para transformarmos as nossas
vidas.
Saturno, o último planeta, é o planeta da morte, dos términos, do
fechamento.
“O velho do tempo”, dizem.
Ao passo que a Lua, a primeira, é aquela que
traz a concepção e nasce de novo. Vemos então no começo a Lua sendo a
iniciadora da vida; no final, Saturno sendo o finalizador da vida.
Ainda, esses dois formam um ciclo.
Se a Luz começa e Saturno encerra, então a Lua
deve começar de novo.
A vida é assim: morte e vida estão conectadas,
elas são uma integração. Observemos a natureza e veremos que isso é verdade.
A morte é o caminho da vida.
Tudo o que vive depende da morte de outras
coisas.
Não há exceção sobre isso.
Daí que espiritualmente é também verdade: a
vida espiritual, do mesmo modo, depende da morte.
Através
do processo de transmutação, tudo aquilo que é velho em nós, tudo aquilo que
está morrendo e decaindo em nós – nosso ego – tem de morrer, e através dessa
transmutação trazemos a Lua: novo nascimento, nova vida.
“...o que semeias, não nasce, se primeiro não morrer...”
1 Corinthians
15:36
Isso não é uma teoria.
É algo que acontece em nossa psique através do
processo da Alquimia.
Júpiter, o planeta alquímico, representa nosso mais profundo Ser – nosso Buda interno, o rei, o guerreiro, rei Artur – em nossa consciência que, através da Alquimia, da transmutação,
torna-se transformado em Mercúrio.
Mercúrio, o grande segredo da Alquimia.
Mercúrio é aquela substância que permite a
Alquimia ser possível.
É ele que empodera a transmutação.
Aqui não damos o mesmo significado com que os
cientistas consideram o elemento físico mercúrio.
Ao invés, o mercúrio alquímico é a força vital
em nosso órgãos sexuais que é modificada por nossa vontade e eleva-se através
da pureza, ou então cai na degeneração de acordo com nossas ações, sexualmente
falando.
O uso que damos a nossa energia sexual traz
dramáticas consequências.
Marte,
o guerreiro, quando condicionado negativamente, ama o derramamento de sangue e
cria guerra, conflito e problemas, tais como de tudo o que temos intimamente e
fora de nós.
Ainda, através
do processo mágico da Alquimia, Marte se transforma no planeta do amor, em
Vênus.
Todas essas transformações
alquímicas são equilibradas e harmonizadas ao redor de um centro, o Sol, o
planeta que equilibra, que cria harmonia na lei.
AS ARTES MARCIAIS
Obviamente, Marte / Áries é a raiz
das artes marciais (a palavra marcial vem de Marte).
Contudo,
nos dias de hoje, as artes marciais são meramente variedades degeneradas de
violência.
A
verdadeira arte marcial é sobre o despertar da consciência.
Esta imagem antiga é de Áries guiando sua
carruagem, puxada por quatro cavalos (um deles não está mostrado nessa figura, mas tradicionalmente
são quatro cavalos), estando com sua esposa Afrodite (Vênus) ao seu lado.
Aquela pequena criatura montada no cavalo é Eros (Cupido), o sexo.
Aqui temos representado nos mistérios gregos, a
chave gnóstica.
É a chave que precisa ser implementada não somente
em nossos relacionamentos, mas também no íntimo de nossa psique.
Nesta figura vemos os deuses movendo guerra contra
os gigantes.
Os deuses representam aquelas forças cósmicas que
são enviadas do alto para nossa psique, que lutarão a nosso favor contra os
gigantes que representam nosso ego ou nosso carma.
Porém, temos de fazer a nossa parte.
Precisamos ter fé em Deus.
Temos de saber como receber esse treinamento.
Quando
Áries está temperado por Vênus,
Áries (Marte) ensina-nos como lutar. Em outras palavras: quando o espírito marcial
está equilibrado pela força do amor, então podemos tomar o treinamento de Áries-Vênus e aprender
como sermos guerreiros espirituais.
Esse
treinamento consiste de muitos níveis.
Eis porque
vimos falando sobre defesa espiritual e o que são as ferramentas de defesa:
mantras e orações.
Entretanto,
a principal ferramenta está em nossa atitude psicológica.
Nossas artes marciais não são
físicas.
Ou seja, não estamos interessados em bater ou
chutar, pois sabemos que o nosso maior inimigo não está fora de nós.
O inimigo mais perigoso que temos é nossa
mente real.
Em
seguida, há aqueles que usarão nossa mente viciada contra nós, manipulando com
nosso orgulho, luxúria, medo, etc.
Entretanto,
esses inimigos secundários não reunirão ameaça se não tivermos vulnerabilidade
interior.
Então,
nossa arte marcial – conforme instruído pelo deus Marte / Áries – é o
método para a consciência libertar-se da mente.
Por
conseguinte, nossa arte marcial é um treinamento da consciência.
Isso,
afinal, é a única coisa em nós que é eterna, pois o corpo morre, mas a
consciência não.
ARMAMENTOS E ARMAS
Quando estudamos a tradição
gnóstica nos são dadas muitas ferramentas; são armamentos, armas.
Esses armamentos e armas nos chegam de muitas
formas.
Os livros são cheios de conhecimentos, cheios
de armas: os mantras, as orações, as práticas, todos são armas.
Através de seus usos desenvolvemos nossas
armas interiores e ferramentas na forja da Alquimia
Nessa forja, começamos a criar a alma, e criar
recipientes para aquela alma habitar e que são grandes armamentos e armas de
que necessitamos na batalha.
A arma e a armadura de Perseus foram feitas
pelos deuses a fim de que degolasse a tentadora Medusa: a cabeça-serpente
tentação (a mente).
Deixemos
algo bem claro.
Necessitamos
de corpos solares, de corpos do espírito, de corpos do Logos. Necessitamos
desenvolver todos esses vasos da Árvore da Vida inteira; mas serão inúteis se
tivermos uma atitude ruim – na verdade eles se tornarão perigosos.
Vemos que uma armadura não será
boa se o guerreiro não tiver treinado adequadamente.
Se alguém nos dá a mais preciosa e perfeita
armadura que possa existir e não saibamos como usá-la, ela nos será inútil.
Se alguém chega e nos dá uma espada poderosa,
bela, reluzente, mas sejamos como uma imatura criança, nos cortaremos a nós
próprios, ou pior, a alguém mais.
Eis
porque mencionei que tradicionalmente os ensinamentos eram dados em estágios
Agora não há mais tempo.
O que
encontramos nessa tradição são ferramentas muito poderosas e podemos facilmente
nos destruir com elas.
Eu
testemunhei isso.
Oro para
que eu não faça isso comigo próprio, porque é fato que sou um idiota. É fácil
prejudicarmos-nos. Uma arma é poderosa.
Necessitamos
treinar para saber como usa-la adequadamente.
O CAMPO DE BATALHA
O fundamental, o treinamento mais
importante é psicológico: aprender de nosso próprio Áries interior, o Ser
íntimo mais profundo.
Temos de aprender a sermos um guerreiro dele.
Nos
antigos mitos, nosso Ser (a sefira Chesed) é representada pelo Rei
Arthur.
Sua alma
humana (a sefira Tiphereth) é representada por Lancelot, o cavaleiro. Nossa consciência (a sefira Geburah) é representada por Guinevere.
Nós, como
alma humana, o cavaleiro, o guerreiro, temos de aprender a lutar no campo de
batalha contra o dragão, contra os cavaleiros do mal, contra aquelas forças que
estão em nossas mentes, para a glória de nossa donzela e nosso rei.
Essa é a
batalha contra o quê temos de lutar.
Não é fora
de nós, contra outras pessoas, grupos, religiões, governos, etc.
A guerra
está em nossa mente, coração e corpo.
O treino é aprender como
transmutar os sete vícios em virtudes.
É uma guerra psicológica, e muito difícil.
O treino com que temos de nos desempenhar é
vigoroso e nos exige um longo, longo processo.
Se pensarmos que seja fácil superar a raiva e
transformá-la em amor, necessitaremos encarar a realidade.
Se pensarmos que fácil suplantarmos a luxúria
e transformá-la em castidade, necessitaremos sentar e pensar mais profundamente
nisso.
Não é fácil.
Isso
não é algo que possamos fazer em “meio expediente”.
Vocês acham
que podemos fazer dez minutos de meditação por dia ou uma hora por semana, e
talvez lermos uma dupla de anúncios, ou irmos a uma escola de vez em quando, e de vez em quando meditarmos
pensando que conseguiremos algo a mais?
Não
conseguiremos, prometo-lhes.
Esse trabalho a fim de ser
realizado envolve tudo o que tenhamos.
O que seja que tentemos reter, manter em nós,
deixando de lado nossa vida espiritual, isso nos impedirá a avançarmos.
Muitos
dizem a si próprios:
“Eu darei tudo de mim em favor de minha prática espiritual; farei isso
com tudo, darei de tudo, exceto assistir filmes (como exemplo).
Eu realmente quero estar em condições de assistir filmes”,
Ou dizem: “Bem, tudo em minha vida farei espiritualmente,
exceto na cama (sexo)”.
Ou pensam: “Tudo em minha vida darei a Deus, exceto quando
estiver tentando ganhar dinheiro, então me concentrarei nisso”.
Perdoem-me, mas vocês estão mentindo a si
próprios, condenando-se a si próprios.
Essas “exceções”
quando dadas a nós próprios são precisamente o quanto estamos hipnotizados,
encarcerados, armadilhados por nossos desejos.
Eis
porque no Mahabharata, Arjuna hesitou perante a grande batalha: ele não podia suportar em ter de matar
seus amados “parentes”, que simplesmente representavam todas aquelas partes dele próprio que mantivera
amando. Krishna (Cristo) diz-lhe
para matar a todos, não demonstrar piedade: fazer a sua obrigação.
Ainda
assim, ninguém está inclinado a acabar com seus desejos: nós os sentimos como a
“nós próprios”
Nessa mesma
ação, em relação com toda a humanidade, “Golias” está vencendo.
TREINANDO E O MAIOR TREINADOR
A primeira coisa que o guerreiro
tem a fazer é saber de suas fraquezas.
Um homem disse-me certa vez que quando se
começa o treino marcial, o estudante acredita que ele já tenha certas
qualidades e valores; ele pensa: “eu possuo uma boa pegada de esquerda. Eu sou realmente bom atirando com
um rifle.
Eu sou realmente bom nessa técnica em particular”.
O instrutor disse que essa é a grande fraqueza
daquele estudante.
Um verdadeiro guerreiro precisa ter igualmente
todas as qualidades.
Se
ele treina, por exemplo, artes marciais e chega a pensar: “eu vou me tornar um grande nos chutes”, um bom professor jamais o deixará chutar.
Ele o
forçará a aprender pegadas com os punhos, aprender desvios e outras
ferramentas, uma vez que ele vê a necessidade do aluno desenvolver aquelas
partes que tem sempre ignorado.
A mesma coisa encontraremos nas
tradições gnósticas.
Um bom professor nos colocará para
desenvolvermos as coisas de que não desejamos tratar, porque essas são as
situações onde estaremos mais vulneráveis.
Por que sempre insistimos em aprender
como meditar e aprender da cabala? Porque não
somente são esses duas as mais fundamentais ferramentas necessárias à
compreensão como também é onde toda a humanidade está mais enfraquecida.
Nenhum de
nós precisa fortalecer o intelecto, ainda que isso seja o que todos queiram
fazer.
Essa é a
maior fraqueza da moderna humanidade: o intelecto já está demasiadamente
desenvolvido.
Ainda, as
pessoas erradamente pensam que isso é o seu maior bem.
Mas, na
realidade, essa é a nossa maior fraqueza.
Todos os que vêm para esses
ensinamentos aspiram encontrar um instrutor. Necessitamos de instrutores, sem
dúvida.
Porém, professores como nós são somente bons
até um determinado ponto. Ou seja, podemos explicar o ensinamento, mas isso é
tudo.
Somos como professores de jardim da infância:
ensinamos o básico, exatamente como num jardim da infância em que um professor
explica as letras do alfabeto.
Entretanto, para dar sentido as letras,
formando palavras e frases é necessária instrução mais avançada.
E isso não chega de professores como nós. Isso
somente virá de nosso íntimo. O professor que realmente necessitamos é nosso
mais profundo íntimo e não um professor físico. Nosso verdadeiro guru está
dentro de nós.
Uma
vez que saibamos os ensinamentos básicos (os três
fatores essenciais) temos de treinar a nós próprios.
Temos de
escutar Deus.
Somente
nosso mais profundo íntimo conhece-nos por dentro e por fora. Nenhum professor
físico conhece nossa mente.
Só nosso
Deus interior a conhece.
Daí, para nosso benefício, nosso
mais profundo íntimo nos envia um “personal trainer”.
O treinador que ele nos envia é Lúcifer, um reflexo de Samael / Áries em nosso fluido mental.
Isso é explicado na Bíblia, no livro de Jó.
Lúcifer é uma palavra latina que
significa “o portador de luz”.
Séculos de
más traduções (e políticas da igreja) têm levado as pessoas a pensarem erradamente que Lúcifer seja o mal.
A Bíblia
original certamente não diz isso.
Lúcifer desempenha um papel: ele treina as almas a se
tornarem purificadas
Quando falhamos no treinamento então o
culpamos.
Mas não é
culpa dele que falhamos quando tentados.
Lúcifer é também chamado Mefistófeles.
Ele é o
único que vem e diz a Deus:
“Vejo que
seu devoto Jó o ama muito quando tudo em sua vida está bem, mas o amará de fato
se eu tirar tudo dele, e ainda será cheio de fé?”
Deus
diz: “Teste-o. Vamos descobrir
Mas não toque o seu corpo
Tire tudo o mais dele, mas deixe
somente o seu corpo”.
É
assim que Lúcifer faz conosco.
Lúcifer vem
e diz; “Oh! Você
pensa que é um gnóstico bonzão?
Como será se eu
fizer o seu computador parar de funcionar hoje?
Você ficará tão
espiritual?
Irá manter sua
serenidade quando não conseguir entrar nos seus Emails?”.
Ou
se perdemos nossa condução, ou ferimos nosso dedo, ou derramamos nossa comida
no chão.
Perdemos
nossa paciência com essas coisas estúpidas.
Ficamos
facilmente aborrecidos, facilmente zangados, facilmente ofendidos.
Adoramos
pensar que somos “espirituais”, sem dúvida, mas somos terrivelmente fracos.
Lúcifer
diz: “Você irá
ficar tão sereno quando eu atrasar sua refeição por uma hora extra ou duas e
você não possa comer?
Ou ficará
realmente transtornado?
Ou quando eu
trouxer-lhe um problema com sua esposa e ela o acuse disso e daquilo?
Ou quando seus
amigos o acusarem disso e daquilo achando que você esteja fazendo alguma coisa
realmente ruim?
Eles
estarão dizendo que você deixou o caminho!
Você manterá sua serenidade e sua fé em Deus?
E se você perder
todo o seu dinheiro e suas posses?
Chorará e
pranteará?
Esquecerá de
Deus?”.
E se Lúcifer obter permissão de Deus
para também tocar o seu corpo?
Dar-lhe um
mal, uma doença, fazê-lo parecer um idiota diante do mundo inteiro; ainda assim manterá sua
fé e serenidade em Deus?
E se ele mandar sua esposa embora?
Ou se tirar a vida dela?
Poderá você manter sua serenidade, poderá manter sua
fé em Deus?
Ele já fez isso com outros.
Não há razão para acreditar que sejamos uma
exceção nesse caminho. Precisamos pagar o que devemos e nos purgarmos de nosso
amor próprio (nossa auto indulgência).
É
assim que nosso treinador trabalha: ele cutuca, incita, provoca, insulta,
afaga, sussurra, grita, mais que tudo ele nos tenta com nossos próprios
desejos.
Se
sucumbimos na tentação, falhamos.
Não podemos
reclamar dele: ele somente nos mostra o que há em nossa mente.
Então, não
precisamos de um instrutor físico para fazer isso.
Unicamente
nosso instrutor interior pode verdadeiramente nos treinar.
E ele nos
fará isso a todos; é só uma questão de estarmos treinando.
Não acreditemos um só instante na
ideia do ego de que agora que estamos no caminho, daqui em diante tudo estará “dourado” e que estamos numa estrada de “eterna felicidade”.
Não é assim.
O caminho real é uma via de eterna amargura e
lutas, e é doloroso por que atingir o outro lado, emergir dessa vida como um
Ser conscientemente desperto, tudo o que seja impuro em nós precisa morrer, e
esse processo de morte não é nada agradável.
E o processo tem de acontecer diariamente.
Se não estivermos morrendo psicologicamente
não estaremos nascendo espiritualmente. Simples assim.
ATITUDE DE DAVI
Soa
sombrio, mas a guerra é sombria, não é fácil.
E uma
guerra espiritual é a mais dura.
É mais dura
do que uma guerra física.
Mas
deixem-me dar-lhes algo que pode ajuda-los.
Vemos que Davi venceu.
Percebem isso?
Davi foi uma pequena criança com nada.
Quando ele alçou-se ao campo de batalha e
encarou o maior guerreiro de sua época, um gigante totalmente armadurado e
tendo uma longa vida de assassinatos, Davi foi lá e disse:
“eu tenho fé em Deus e isso é tudo”.
E venceu.
É
o que necessitamos.
Necessitamos
de ferramentas e técnicas.
Precisamos
aprender a meditar, transmutar, observar-nos, sacrificarmos-nos pelos outros.
Esses
fatores devem ser praticados diariamente, porém mais do que isso, precisamos
suportar isso, fortalecer isso; necessitamos da atitude correta, o correto
estado de consciência.
Samael Aun Weor nos disse bem claramente que a melhor defesa,
a melhor arma é o correto estado psicológico.
Não conseguimos perceber isso agora, porém se
realmente trabalhamos seriamente com essa ciência, viremos sentir que sempre
teremos uma escolha.
Em cada situação que encaremos, não importa
quão difícil, dolorosa ou sutil, estará em nós sentir como sentirmos.
Estará em nós agir como agirmos.
Estará em nós pensar como pensarmos.
Assim
sendo, quando sentirmos o imbróglio, aquele peso-pesado psicológico em nossa
mente, coração e corpo oferecendo-nos o problema,
apropriemos-nos
de nós próprios e geremos a situação correta.
O atalho, a
ferramenta mágica para fazermos isso é lembrarmos-nos de nosso mais profundo
íntimo; e chamarmos Deus.
A única e mais poderosa ferramenta
para isso é a Oração do Senhor (o Pai Nosso).
Quando estivermos face a momentos de tentação,
em grandes provações, quando realmente nos sentirmos com se fôssemos morrer ou
estando a matar alguém, rezemos a Oração do Senhor com todo o nosso coração.
Rezemos o Pai Nosso.
Chamemos o nosso mais profundo Íntimo.
Entreguemos-nos a tudo mais, como Davi no campo de batalha, a sós, quase nu, com nada
mais além da fé em Deus.
Então entenderemos o quanto de poder realmente
há em nós.
Agora,
o que isso enfatiza em mim é a confusão em muitas tradições esotéricas a
ressaltar que os estudantes absolutamente devem aprender certas técnicas ou
absolutamente desenvolver os corpos solares, ou pertencer a certos grupos a fim
de acontecerem, e caso não tenham essas coisas estarão alijados do caminho, não
se tornando um Buda.
Isso é realmente uma mentira.
Sim, necessitamos daquelas coisas, mas podemos
realmente ter sucesso sem elas.
Podemos alcançar grandes alturas de
desenvolvimento espiritual sem corpos solares; podemos não ir por todo o
caminho, mas podemos ir a longa distância. Podemos alcançar grandes alturas sem
tal e tal escola, ou sem tal e tal mestre. Eles podem nos ajudar, mas não podem
estancar-nos se não os desejarmos. (É absurdo
acreditar que somente aqueles poucos que pertencem a certos grupos serão os
salvos; Deus realmente
ama somente àqueles poucos?
Não!)
E
há muitas orações e mantras; não precisamos memorizar todos eles.
A coisa
principal que necessitamos é a atitude psicológica correta; é despertar a
consciência; é ter fé em Deus e trabalhar com nossa energia que nos irá elevar
até acima.
Vemos esse ponto enfatizado: mesmo
se alguém tiver os corpos solares, mas tiver má atitude estará indo para o
inferno.
Em outras palavras, se alguém usar aquelas
ferramentas de modo errado estará condenado.
Alguém pode ter os corpos solares, pode
alcançar grandes níveis de iniciação,
mas se o orgulho, a gula, a ganância, a
luxúria, a inveja, etc., essas coisas o dominarem ele cairá; então qual lhe será o bem
dos corpos solares?
Por
outro lado, se dominarmos e aprendermos bodhichita, a verdadeira compaixão e o
amor aos demais com verdadeira serenidade, podemos facilmente ultrapassar
aquelas pessoas com corpos solares e caminhar longamente, deixando-os para
trás, e então passarmos a desenvolver aquelas outras ferramentas.
É nossa atitude interior que faz a
maior diferença.
O ponto aqui é: não pensar que temos de ter
uma esposa para poder avançar nesse ensinamento.
Não pensar que temos de ter uma escola ou uma
segunda câmara ou um corpo astral que nos leve a avançarmos.
Eles são de utilidade, mas a coisa principal
nessa via é o relacionamento com nosso mais profundo Íntimo e a atitude
correta.
Isso é o mais importante.
INVOCANDO SAMAEL
Há
uma oração muito interessante de mais ou menos o século sétimo antes de Cristo;
é de cerca de 3.000 anos.
É uma oração
dos gregos que invoca Samael:
“Áries, excedente em força, condutor da
carruagem, elmo de ouro, coração destemido, portador do escudo, salvador de
cidades, ajaezado em bronze, braço forte, incansável, poderoso com a lança,
defensor do Olimpo, pai das conquistas guerreiras, aliado de Themis, inflexível
comando das rebeliões, líder dos homens justos, cetro real da masculinidade;
aquele que faz girar a esfera ardente em meio a planetas em sétuplos cursos
pelo éter; onde seus corcéis fogosos o conduzem sempre acima do terceiro
firmamento do paraíso:
ouve-me, amparador de homens, concedente da
juventude intrépida!
Faz descer generoso raio em minha vida, que eu
fortalecido de luta possa ser capaz de eliminar a amarga covardia de minha
mente, abatendo os traiçoeiros impulsos de minha alma.
Impede também a aguda fúria de meu coração que
provoca em mim percorrer os caminhos dos aterrorizantes conflitos.
Em vez disso, Ó abençoado, dá-me a ousadia de
habitar sob as leis harmoniosas da paz, evitando lutas e ódios e os violentos
demônios da morte”.
[The Homeric Hymns and Homerica with an
English Translation by Hugh G. Evelyn-White. Homeric Hymns. Cambridge,
MA.,Harvard University Press; London, William Heinemann Ltd. 1914.]
Vemos, então, quão belo é isso; ilustra tudo dessa leitura.
Desejaria ressaltar, especificamente, que a oração chama-se Marte “Aliado de Themis”.
Themis significa “lei divina” e é um nome de uma deusa grega, um símbolo.
Themis é Ma’at do egípcios, que é a deusa da justiça, a lei do carma.
Áries
é o pai de Nike, “vitória”.
Queremos justiça?
Queremos vitória?
Ambas vêm
de Áries, A oração clama pela habilidade e não a sermos guerreiros, mas sermos
serenos, um campeão do amor.
Esse é
realmente o objetivo gnóstico
Estejamos alerta de que trabalhar
com esta força é trabalhar com muito poder, ela é de muita efetividade.
Forças assim estão debaixo de nossa pessoal
psique e podem provocar grandes mudanças em nossas vidas se trabalharmos com
elas de modo efetivo.
Porém, se estivermos adormecidos e invocarmos
essas forças de Samael começando a trabalhar com elas, traremos mais raiva e
ódio.
Eis porque podemos ver a expansão da luta,
guerra, raiva e ódio nos movimentos gnósticos com diferentes nomes, pois são
invocadas as forças de Samael não se trabalhando com elas numa via positiva.
Realmente,
é absurdo ver lutas entre religiões.
É absurdo e
somente existe uma pessoa a se culpar, que somos nós.
Então, a
fim de mudar isso, precisamos mudar a nós próprios.
De todos os
modos, a principal coisa que queremos dizer é que para nos defendermos
espiritualmente devemos começar a partir de nossa própria mente, e o treino de
que necessitamos podemos recebê-lo de dentro da mente. Olhando-nos e
observando-nos no dia a dia aprenderemos como mudarmos.
UM EXERCÍCIO DE TREINAMENTO PRÁTICO
Então, vou oferecer-lhes um
desafio. Um amigo deu-me uma grande ideia, que amei e desejo compartilhar com
vocês, esperando que consigam usá-la. Pela próxima semana não reclamem. (risos da audiência).
Vocês
riem, certo, é por que conseguem entender como isso é difícil.
Então,
façamos um pouco mais fácil.
Encontrem
um parceiro, talvez a esposa, talvez seu colega de trabalho ou mais de um, e diga-lhe:
“Se você ouvir-me reclamando eu terei de dar-lhe um dólar; se me ouvir
criticando também lhe darei um dólar”.
Se não desejarem isso desse modo,
combinem-se então usando um “cofrinho”, e cada vez que se
pegarem criticando ou reclamando, com a boca ou com a mente, doem aquele dólar
para uma boa causa.
Verão o quão rápido irão superar aqueles
hábitos.
Vocês
não conseguem observar o quanto reclamamos, o quanto criticamos outros.
Reclamando
e criticando são sintomas de falta de paz interior.
Sabiam disso?
Se
quisermos paz interior então trabalhemos com o sintoma, diretamente na causa.
A causa
reside em nossa mente.
Mas não
conseguimos ver a causa até vermos o sintoma.
Essa
técnica é realmente uma excelente ferramenta a fim de começarmos a reconhecer o
sintoma da desarmonia em nossa mente, da infelicidade e da doença em nós
próprios.
Todos
riem e sorriem: “Caramba, não posso fazer isso. Vou quebrar em
dois dias!”.
Bem,
tentemos, e apliquemos essa técnica.
Estaremos quebrados em um dia?
Tentemos e
sejamos sinceros.
Estejamos
certos de que a qualquer causa que decidamos doar nosso dinheiro isso nos trará
alegria e estaremos sendo muito honestos conosco [risos].
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. P. –Sabemos que cada planeta (...inaudível)...
Haverá algum
exercício prático que possamo usá-lo (...inaudível)... ?
R. – A influência de cada
planeta é um fluxo contínuo; afeta-nos em muitos níveis.
Psicologicamente, nos influenciam durante todo
o tempo e tudo o que fazemos e que vemos a partir de nossas percepções mentais
está relacionado com as influências planetárias.
Quando sentimos ressentimento ou raiva isso é
Marte polarizado negativamente.
Quando sentimos luxúria isso é Vênus
polarizado negativamente.
Em adição, os dias da semana estão
relacionados com os planetas de tal forma que há mais influências nisso bem
como nas horas do dia.
Porém, pensamos que tentar observar o relógio
para as influências torna-se complicado e nesse estágio é melhor trabalhar
interiormente, tentando descobrir as nossas coisas íntimas em vez de tentar
impor uma prática externa, uma vez que podemos nos distrair pelo “que dia é hoje mesmo?”, etc.
O melhor é nos mantermos atentos em nós
próprios.
Nos livros de astrologia de Samael Aun Weor e nas tabelas astrológicas essa informação
existe e pode nos guiar, porém melhor nos focalizarmos inicialmente em nós
próprios.
2. P. –Quantas influências realmente nosso Golias interior tem a fim de
atuar em outras pessoas, e o coletivo total de todos aqueles Golias interiores
fazem aquele coletivo estar inconsciente...?
R. – Sim, é a mesma coisa.
Nosso Golias interior faz igualmente em nós,
como na vasta maioria, a pensarmos como se fôssemos “nós pessoalmente”.
Estamos constantemente interagindo com outras
pessoas.
Assim, o que existe em nós que está interagindo com
os outros?
É nosso Golias; é um tanto óbvio, mas o que
não entendemos é que enorme percentual de nossa consciência está armadilhado no
ego, que está ativo o tempo todo, e sem nossa percepção consciente.
É
assustador.
Temos ouvido de estudantes que, ao virem
estudar gnose e ouvirem certos conceitos, isso os
assusta e dizem:
“Estou com medo de sair de meu corpo, estou com medo de meditar”
Isso deixa-nos atônitos; compreendo por que
sinto isso também, mas me é estonteante por que minha resposta a isso é que:
mais assustador ainda é não sabermos!
Se estamos num quarto e saibamos
que há alguma coisa ruim no banheiro, o não sabermos é pior do que sabermos o
que há por lá.
Quando éramos crianças, sabíamos que havia um
monstro no banheiro ou debaixo da cama, mas não sabíamos o que exatamente era.
Isso nos assustava, terrificava e não
conseguíamos dormir.
Ficávamos com medo de fazer qualquer coisa.
Mas quando ficávamos corajosos o suficiente
para irmos lá ver e saber, víamos que não havia nada; então o medo ia-se
embora.
Aquele medo era auto gerador.
Nosso medo da meditação, nosso medo de sairmos
do corpo é auto gerador. Da mesma maneira é nosso medo da morte.
Então, sim, nosso ego definitivamente afeta a
todos em derredor, tudo em nosso derredor, o tempo todo.
Porém, é mais assustador quando não temos
consciência disso.
É uma ideia assustadora que egos estejam
afetando outras coisas e não vejamos isso, mas, realmente, é mais assustador
que não vejamos isso.
3. P. –Temos ainda realmente tempo, se formos novatos nesse trabalho, a fim de
fazermos mudanças em nossas vidas?
R. – Absolutamente, sim.
Esses ensinamentos vêm das mais antigas raízes
e nos estão sendo dados por compaixão porque realmente temos uma chance.
Não damos medicamento ou tratamento a alguém
que está morrendo; seria um desperdício.
Em vez disso, damos a medicina preciosa
somente para aqueles que podem sobreviver.
Com esses ensinamentos estamos conseguindo
medicina, conseguindo tratamento.
Estamos ministrando medicina que cura nossos
males visto que há uma chance para nós, e não é uma medicina que nos deixa deitados
na cama, esperando; não é assim que trabalha.
Essa medicina requer nossa participação.
É uma demanda muito vigorosa que pede um
trabalho bastante poderoso que temos de fazê-lo.
Se fizermos temos esperança.
É isso que nos conduz a nos mantermos ensinando.
É isso que conduz a todos os professores a se
manterem ensinando.
É o que conduziu Samael Aun Weor a digitar seus livros de tal monta que ele
não pode mais usar seus dedos no final de sua vida.
Ele arruinou seus dedos por compaixão a nós
por que ele sabia que havia uma chance para nós e é por isso que há tantos
advogados lutando a nosso favor,
por que há uma chance.
Eis porque nosso Ser está lutando
por nós.
Se estamos escutando esses ensinamentos, se
temos acesso a esses ensinamentos é porque temos uma chance, e aqueles que não
têm acesso estão perdidos, Soa duro, mas é evidente, é claro, temos uma chance,
uma esperança, mas essa esperança é interior.
É dito que se dermos um passo em
direção a Deus ele dará mil passos em direção a nós.
É absolutamente verdade.
Então vamos fazer isso.
4. – P.Você falou em
como ao curso das Eras os ensinamentos foram fracionados em níveis que foram
treinados de acordo com nossas pessoais habilidades, e a última coisa que
aprenderíamos seria a transmutação, a Magia Sexual?
R. –Agora não há mais tempo a esperar, eis porque
estamos dando os ensinamentos por inteiro, integrados num todo.
Agora os estudantes em qualquer parte do mundo
podem aprender sobre os mistérios da transmutação sexual e daquelas práticas, mas como saberemos se
estamos prontos?
Estamos, simples assim.
Alguns
dizem: “a humanidade não está preparada”.
Outros
dizem: “esses
ensinamentos tem de ser retidos por que a humanidade não está preparada”
Isso é um modo bastante Era Pisciana de se pensar.
Esse modo de pensar pertence a Era passada.
Terminou.
Na Era Pisciana a humanidade não estava
preparada, porém a Era Pisciana foi um tempo no qual a humanidade veio sendo
preparada, mas aquele tempo acabou.
A humanidade agora está pronta.
Estamos agora na Era de Aquário.
Nesse momento a humanidade está sendo ensinada
por que já foi preparada.
Nossa personalidade pode não estar
pronta, pode ter problemas e conflitos,
mas a sua alma, aquela onda, a raça humana,
está pronta e é por isso que Samael Aun Weor iniciou a Nova Era, trouxe ensinamentos públicos,
escreveu livros públicos e deu os ensinamentos públicos por que a humanidade
precisa disso agora.
As pessoas que escondem esses
ensinamentos e os conservam para si próprias estão cometendo um crime contra a
alma, contra o Ser.
Quando o Ser conduz a alma para aquele
ensinamento é por que a alma precisa dele e se alguém obstrui essa via, essa
transmissão, está cometendo um grave crime contra aquela alma, um crime
terrível.
Os professores estão aqui agora porque
precisamos deles.
Temos de dar aos alunos com clareza e
conhecimento.
É desse modo que Samael explicava em seus
livros que aqueles ensinamentos da nona esfera (transmutação) têm de ser ensinados
através da cabala, de modo a fazer sentido para as pessoas.
Os professores têm de ensinar cientificamente
com conhecimento compreensível de todas as religiões – aberto e claramente – o
que ele agora ensinou e que temos de seguir aquele exemplo ensinando do mesmo
modo.
Ademais, quando ouvimos isso, temos
de começar a aprender e compreender praticando.
Sendo uma só pessoa, praticamos como uma só
pessoa.
Não há absolutamente razão para qualquer um
continuar com seus velhos hábitos de fornicação.
Aqueles que assim fazem estão escravizados por
seu próprio Satan interior, simples assim,
e aqueles que encorajam outros a fazer isso estão também escravizados por seu
próprio Satan
interior.
Nunca haverá uma desculpa para uma pessoa
dizer-se não estar pronta para a magia sexual e se permitir continuar fornicando;
como podemos
dizer tal coisa? Como uma pessoa pode dizer isso?
Como pode uma pessoa condenar uma alma ao
sofrimento?
Ainda assim as pessoas fazem isso.
Desse modo os ensinamentos nos são
dados por que os necessitamos e essa é a Era em que agora estamos.
Esses ensinamentos vêm sendo agora ensinados
publicamente por mais de sessenta anos; seis décadas que têm estado na esfera
pública e ainda há pessoas que dizem não estar prontas, que a humanidade não
está pronta. Desculpem-nos, eu humildemente discordo.
Estamos prontos.
Podemos não gostar disso, podemos não querer
isso por que nossos desejos claramente têm outros interesses, mas se os
ensinamentos estão aqui é porque deles os necessitamos.
Esses são os ensinamentos que
revolucionarão nossa vida espiritual.
Se evitamos esses ensinamentos é nossa
escolha.
Cada um pode escolher; cada pessoa tem o
direito de escolher o que queira em sua vida. Isso é simples.
Mas sem transmutação, sem magia sexual as
pessoas não terão nada, exceto a mesma coisa – nada senão sofrimento – a mesma
velha trilha.
5. P. –Como lidar
quando nossas esposas não cooperam?
R. – Nenhuma
mudança vem pela noite.
Conforme já dissemos antes, não podemos mudar
imediatamente da luxúria para a castidade.
Isso não acontece assim.
Se nossas parceiras não concordam com esses
ensinamentos e não concordam com as práticas, então precisamos aceitar isso.
É nosso carma.
Ademais, temos de respeitar suas vontades.
Respeitemos e as amemos.
São nossas esposas.
É duro, não há questionamentos sobre isso, mas
também é um teste de fé e amor.
É um teste de vontade.
É Lúcifer entrando rápido em nosso coração.
É um desafio muito forte.
Temos de encarar isso, não há como evitarmos.
Se essa é a situação, manobremos com ela.
Não é
exatamente rejeitando a esposa dizendo: "ela não me apoia, tenho de larga-la”.
Em nenhum lugar dos ensinamentos é
verdadeiramente permitido isso.
Jesus disse concisamente que não podemos fazer
isso e Paulo disse o mesmo.
Eles são grandes almas, temos de seguir seus
ensinamentos.
Paulo
disse: “não sabeis que podeis salvar vossas esposas”.
Se elas os largarem é outra coisa, se forem
embora é por vontade delas, elas podem fazer; ainda que devamos lutar a fim de
salvar o relacionamento.
Daí, como fazer nessas circunstâncias?
Dia após dia, com fé, façamos o melhor
possível.
Talvez possa ser como Samael Aun Weor nos tenha dito que podendo praticar em
segredo, que tenhamos de agir como se não estivéssemos praticando a fim de
acalmar o ego de nossa esposa; assim podemos ter de dissimular.
Pode ser feito, não é fácil, mas pode ser
feito.
Faríamos isso?
Eu não sei. Isso é algo que teremos de
encontrar por nós mesmos.
Toda as pessoas que entram nesse
trabalho estarão face aos degraus do caminho de acordo com seus próprios
carmas.
Não podemos nos comparar com outros.
Cada um irá encarar sua própria situação, sua
própria recorrência, sua própria ex esposa, seus próprios erros e terá de
manobrar com eles do modo como seu Ser o guiar.
Nenhum de nós tem o direito de julgar o
próximo e quando damos alertas é porque temos de dá-los com uma grande dose de
precaução.
Assim, em nosso caso, tentemos
ouvir o que nosso Ser nos diz e se alguém aqui está face a um daqueles desafios
ouça seu Ser.
Não nos apressemos, sejamos pacientes,
esperemos e ouçamos.
Deus sempre nos dá a direção, embora algumas
vezes nos faça aguardar um pouco mais, mas ele sempre está ali.
POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO
VER PARTE 1 no link:
https://arcadeouro.blogspot.com.br/2017/08/defesas-para-guerra-espiritual-1_57.html
Fonte: https://gnosticteachings.org/courses/defense-for-spiritual-warfare/3409-defense-for-spiritual-warfare-part-2.html
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
https://arcadeouro.blogspot.com.br/2017/10/defesas-para-guerra-espiritual-2.html
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