JESHUA
"TERAPEUTA E PACIENTE"
MAIO/2018
sexta-feira, 1 de junho de 2018
Querido amigo,
Eu sou Jeshua, e o saúdo hoje.
Estou perto de você em meu
coração, porque estamos profundamente conectados um ao outro.
Existe um nível no qual nós
somos um em consciência, uma consciência indivisa, livre, grandiosa e criativa,
que é nosso verdadeiro refúgio.
Você está aqui, manifestado em uma forma corporal, localizada no tempo e
espaço, mas é muito mais do que isso, e lhe peço que se conecte com essa
consciência maior, indefinida e mais ampla, que o conecta com a sua origem, com
o seu Lar.
Sinta Deus dentro de si, e
perceba como esta energia é realmente simples. Deus não está acima de você, ele
é uma energia que flui através de você, através de toda a vida na Terra, e até
através dos objetos e coisas materiais que o rodeiam. Deus é tudo, e Deus não
se sente limitado por formas.
Deus é consciência pura e não
adulterada.
Entretanto, o poder divino
deseja vivenciar todas estas formas diferentes, todas estas manifestações no
tempo e espaço.
Sinta agora, por um momento, quem você é em todo esse fluxo…
uma centelha de luz num imenso oceano de consciência, mas uma centelha
de luz imperecível, que oferece uma contribuição única para o todo.
Sinta o poder indestrutível
dentro de si, que sempre é, sempre foi e sempre será a centelha da vida eterna.
E nessa centelha de luz, você é parte do Criador, parte de Deus.
Você possui uma consciência
criativa, e escolhe as experiências da sua vida, o caminho de vida com o qual
você se compromete.
Nas profundezas do seu ser, há
um ponto central, no qual você está consciente do projeto da sua vida e atrai
as coisas que deseja experimentar a fim de se desenvolver e aprender.
É por isto que, essencialmente, você nunca é vítima do mundo.
Em essência, você nunca é totalmente impotente ou vulnerável,
porque, no fundo do seu ser, essa centelha de Deus está presente,
essa centelha de Deus que diz “sim” para tudo que você está passando em sua vida, e que, inclusive, sabe
que você é capaz de aprender e se desenvolver a partir dessas experiências e se
tornar maior e mais inclusivo.
Diga “sim” para essa força dentro de você,
essa fonte de luz através da qual você atraiu para si a vida que você vive
agora, com tudo que faz parte dela.
Você disse “sim” uma vez e, internamente, sabe que possui o poder de realizar essa vida,
esse destino, de uma forma positiva,
lembrando-se de quem você é, em
meio às suas preocupações terrenas, no seu dia-a-dia, em que enfrenta problemas
e resistências.
Voltar para o Lar, para si
mesmo, e compartilhar esse conhecimento e luz com outros, lhe trará a mais
profunda satisfação.
Você deseja ser terapeuta espiritual, o que significa que deseja
espalhar luz e consciência na Terra, a partir da sua alma.
E este é um desejo puro e autêntico do seu coração e da sua alma.
Isto vem diretamente da centelha de Deus que você é, porque, para Deus,
é natural compartilhar alegria, sabedoria e entendimento.
Isto faz Deus feliz, e faz você feliz, porque você é Deus em seu coração
e em sua alma.
E agora você pergunta: “Como
exatamente se faz isso?…’espalhar a luz’, oferecer cura aos outros?”
É sobre isto que desejo falar
hoje, porque na sua sociedade, existe uma estranha dicotomia entre doente e
saudável, inteiro e fragmentado.
O terapeuta supostamente se
encontra do lado saudável, aquele que é inteiro e oferece luz e cura aos que
estão fragmentados ou doentes.
Visto por esta perspectiva, o terapeuta é maior e está muito à frente,
enquanto o paciente está atrasado e é menor.
E o maior tem algo que o menor não possui e que ele compartilha com o
menor.
Entretanto, do ponto de vista espiritual, esta é uma imagem falsa.
O que acontece, então, é que, mesmo antes de a pessoa ser tratada por um
médico ou terapeuta, ela já está se apresentando como menor do que aquele que a
irá tratar, ou seja, o paciente tem um problema e vai ao terapeuta para que
este lhe ofereça uma solução
Esta imagem do relacionamento entre
terapeuta e paciente permeia toda a assistência convencional à saúde.
O médico que você procura tem o “conhecimento e competência” e, portanto, você, como paciente, é menor e
inferior a ele, porque precisa do conhecimento dele (de algo que está fora de você), para ficar bom. Involuntariamente, este
modelo também é usado com frequência na “saúde mental”
Gostaria de sugerir que você
arrancasse esta imagem “pela raiz”,
porque é uma ideia completamente
falsa de como é um relacionamento entre paciente e terapeuta.
A verdade é justamente o contrário: você é um
bom terapeuta, se souber fazer-se pequeno e devolver, àquele que vem buscar sua
ajuda, a grandeza dele.
Isto é algo que essa pessoa perdeu involuntariamente.
Uma pessoa que tenha problemas
espirituais graves está, de certa forma, convencida de que é impotente, de que
não consegue suportar a resistência e negatividade da vida, e, por isto,
sente-se pequena e indefesa.
Você, como terapeuta espiritual,
é aquele que convida essa pessoa a reencontrar e experimentar novamente sua
própria força.
Você a encoraja a descobrir sua
própria grandeza, e manter acesa sua centelha divina interior.
E como faz isto?
Não é lhe oferecendo algo que a
faça sentir-se melhor, alguma coisa que venha de fora dela, mas acreditando no
poder da alma dessa pessoa.
Você faz isso conectando-se com
a alma dela, e, a partir daí,
mostrando-lhe, através dos seus
olhos, de suas palavras, gestos e olhar, que acredita nela; mostrando-lhe que
você reconhece a força,
a beleza e a sabedoria de sua
alma.
E graças a esse reconhecimento,
e através da sua fé e confiança no que essa pessoa realmente é, ela também
recebe esperança e confiança.
Este é o caminho da cura espiritual: devolver ao outro a grandeza dele
mesmo.
É tentar, de várias maneiras, reconectá-lo com o poder de sua própria
alma e, inclusive, desta forma, devolver-lhe totalmente a responsabilidade.
A grande força do trabalho espiritual é mostrar à outra pessoa que ela é
a única responsável por seu próprio caminho de vida, e que sua necessidade de
cura não é um ponto de fraqueza; que o que ela está enfrentando não é algo que
ela não possa administrar, que justamente a aceitação da responsabilidade é que
poderá ajudá-la a libertar-se de seus fardos.
Devolver ao paciente a
responsabilidade por sua própria vida não quer dizer abandoná-lo à sua própria
sorte.
Significa que você o encoraja a
descobrir e experimentar o poder que existe dentro dele; a perceber que ele é
muito maior, mais sábio e mais poderoso do que imagina.
Ser um terapeuta espiritual
significa receber o outro de alma para alma.
Visto da perspectiva humana, pode parecer que você é mais forte ou sabe
mais do que a outra pessoa, e que ela está em apuros e precisa da sua ajuda.
Mas do ponto de vista da alma, vocês dois estão em um caminho e,
neste momento, uma alma tem mais dor do que a outra, o que não tem nada
a ver com o caminho no qual se encontram como almas, nem com o nível de
realizações de cada uma.
Simplesmente uma alma fez uma escolha diferente da outra. Portanto não
há nenhum julgamento a ser feito, e também não é útil fazê-lo.
Você realiza um trabalho
espiritual porque, no nível da alma, deseja compartilhar a luz.
O que acontece, quando faz este
trabalho, é que a sua luz interior brilha mais intensamente e você experimenta
uma satisfação profunda.
Neste sentido, não é tanto o que
você faz pelos outros, mas algo que você realiza porque é seu destino
realizá-lo, da mesma forma que uma flor em botão deseja desabrochar.
É por isto que você faz isso; é
simplesmente o curso natural dos acontecimentos.
A luz sempre deseja irradiar e
aumentar.
Portanto, o verdadeiro trabalho de luz é irradiar sua luz para os outros
sem nenhum julgamento.
Você não tenta resolver os problemas do seu paciente, porque isto é algo
que você não pode fazer, e esta não é a sua intenção.
Você permite que sua luz se irradie sobre a essência dele, ajudando-o a
despertar para sua própria essência, para sua própria luz.
Isto é a coisa mais importante que você pode fazer por outro ser humano.
E quando isto se torna disponível por seu intermédio, você descobre
imediatamente um aumento de alegria nesse ser, porque ele pode se aproximar
mais da sua própria essência, da sua própria força vital, que lhe dá coragem e
confiança.
Nada pode incutir mais coragem e confiança numa pessoa, do que sentir
que ela é o mestre de sua própria vida, e é capaz de moldar sua vida a partir
da sua própria força interior.
E eu gostaria de acrescentar mais uma coisa: percebo que você, que faz este
trabalho espiritual ou deseja fazê-lo, às vezes tem dificuldade para liberar a
energia negativa da outra pessoa, sua dor e sofrimento.
Tanto que às vezes fica oprimido
pelo sofrimento do outro e até se sente sobrecarregado por ele.
Nesse momento, você se afasta da
sua própria grandeza, da sua centelha divina, e desliza para o seu lado humano.
Você salta para seu modo antigo: “Ai!
Essa pessoa precisa da minha
ajuda!
Não posso suportar isto, tenho
que lhe estender a mão!”
Veja o que esta abordagem faz para a outra pessoa: você a considera pequena e
indefesa, uma vítima que é preciso salvar.
Mas, ao agir assim, você
realmente não faz justiça a ninguém e, no fim, não ajuda em nada.
Manter-se verdadeiramente em seu poder como ajudante espiritual
significa dar um passo para trás.
Como ser humano, você pode ser tentado a dar um passo à frente e querer
suavizar a dor do outro.
Mas como ajudante espiritual, como alma, você dá um passo para trás.
Você se mantém totalmente presente, tem compaixão pelo outro e
geralmente entende muito bem o processo pelo qual ele está passando, mas não se
deixa envolver por esse processo.
Você se mantém fora do problema.
Você é um farol de luz e, ao retroceder, demonstra que é possível não
ser atraído por pensamentos que envolvam pequenez, fraqueza e desamparo.
Dando um passo para trás, você abre espaço para a outra pessoa assumir
sua própria força.
Você a encoraja a assumir essa força, embora esta atitude possa ir
contra tudo que você aprendeu como ser humano.
Esta abordagem pode parecer dura
ou cruel, mas não é, se a enxergarmos do ponto de vista da alma.
Imagine que você se encontre num
momento de muita fraqueza, no qual vivencia muita dor e se sente bastante
impotente, ou quando a vida parece demais para ser suportada.
O que lhe pode ser mais útil?
Alguém que lhe ofereça ajuda a
partir do nível vibracional no qual se encontra e, desse nível, lhe dê um tapinha nas costas?
Ou alguém que tente ajudá-lo
partindo da ideia de que você não é capaz de fazer isso por si mesmo?
Como ajudante, você geralmente dá conselhos bem-intencionados a partir
da sua própria visão de como resolver o problema da outra pessoa.
Mas não alcança realmente a alma dela, porque não está conectado a ela
no nível da alma.
Pense nos momentos em que você
se sente extremamente vulnerável, triste ou ansioso.
O que mais o ajuda nessas horas
é alguém que continua acreditando no seu poder, que ainda continua percebendo a
força da sua alma, do seu ser, mesmo que você não se enxergue totalmente dessa
maneira.
Este é o verdadeiro trabalho de
um terapeuta espiritual.
E isto algumas vezes significa
ter que se apegar à imagem da outra pessoa como um ser poderoso, criativo,
livre e amoroso, mesmo que ela não seja capaz de fazer isto sozinha.
Pode significar que você tenha que esperar pacientemente, enquanto mantém
essa imagem em mente.
Mas é essencial, no nível da alma, que ambos permaneçam como iguais.
Senão, você desliza de novo para a antiga imagem do maior comparado ao
menor, do indefeso diante do poderoso; e esta é uma imagem destrutiva, pois
mantém a pessoa afastada do seu poder verdadeiro.
No momento em que se sentir
fragilizado pela dor ou negatividade dos outros, lembre-se do que está
realmente acontecendo.
Tenha a coragem de dar um passo
para trás e não veja isto como insensibilidade ou crueldade, mas como uma
reavaliação na qual você coloca em perspectiva a verdadeira relação entre você
e aquele que está sofrendo.
Mantenha-se presente no seu
próprio poder, na sua própria luz.
Isto é benéfico para você; não
só para a sua mente, mas também para as suas emoções e o seu corpo.
E beneficia também a outra
pessoa, porque, deste modo, você lhe apresenta um farol de luz no qual ela pode
se espelhar.
O trabalho espiritual, no qual você se relaciona com outra pessoa alma a
alma, requer que você faça uma conexão interior com ela,
especialmente com a grandeza dela.
E significa, ao mesmo tempo, que você libera completamente a outra
pessoa para ser sua própria grandeza.
E isto é muito importante que seja lembrado, porque liberar o outro é um
ato de confiança e é tão importante quanto fazer a conexão.
Eu acredito em todos vocês.
E embora não esteja aqui para
resolver seus problemas, estou aqui para dizer que cada um de vocês é uma
estrela de luz; que sua luz e irradiação são ilimitadas; que você pode
acreditar na sua luz e aproveitá-la, e viver plenamente aqui na Terra.
Este é o trabalho de luz para o
qual você veio.
Obrigado por sua presença.
Canal:
Pamela Kribbe
Tradução:
Vera Corrêa - veracorrea46@gmail.com
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