INTRODUÇÃO
Esse
é o resultado condensado de oito partes do trabalho anteriormente desenvolvido
nas páginas do Arca de Ouro – agora também revisto e revigorado.
Achamos
interessante tê-lo novamente num seguimento natural com as partes
sucessivamente encaixadas, e sem a preocupação de contextualizar com capítulos
e subtítulos.
A
exposição é uma só, objetivando o Antakarana.
Porém,
para não nos determos a um aspecto unicamente técnico,
somente
coligido e automatizado, sem outras inserções na existência dessa
infraestrutura poli dimensional interagente no homem, achamos por bem voltar o
tema para algumas interpolações que ampliam a noção do processo.
O
homem, na projeção espaço-tempo, será sempre um enigma.
Admitem
os ocultistas que as vidas mais adiantadas viventes na dimensão em que Deus ou
o Logos Criador opera a partir de seu laboratório, esse enigma já tenha sido
desvelado, pelo menos em grande parte.
O
que sabemos da Mônada são pequenas parcelas; idem do Grande Plano da Criação,
mas sabemos, no entanto, que quanto mais nos internarmos pelos caminhos da
evolução espiritual, mais e mais esse enigma abrirá véus.
O Antakarana é
uma das mais importantes vias, senão a única que leva aos umbrais interiores e
derradeiros do conhecimento e vivência do Homem Total neste ciclo de
consecutivas iniciações.
Consideremos,
então, que todos os passos investigativos em direção dos múltiplos aspectos do
Ego são dados sobre as
trilhas do Antakarana, e finalmente do Sutratma na
sua mais alta expressão.
Entretanto,
dúvidas e questionamentos ainda emergem.
Será
mesmo que o enigma do homem se desfará ao avançarmos em consciência do âmbito
da Alma-Espiritual, para
o âmbito de Atma e da Mônada?
O
que sabemos mesmo é que a trilha deixada pelo Antakarana é
um livro onde toda a sabedoria das idades ali se acha escrita e vencer o Antakarana é
vencer o mundo; é conhecer tudo o que o homem sempre aspirou.
Que seja.
E graças à
Fraternidade Branca esse tesouro do conhecimento oculto iniciático está diante
de nós para que abramos o baú, o leiamos e possamos aspirar a sair da
ignorância parcial, do “Quem Sou EU?”
I
Para seguidores do
esoterismo teórico o conhecimento do Antakarana representa mais um
importante subsídio acerca do Ego e seus vários segmentos estruturais.
Conhecer e saber,
guardadas as devidas proporções daquilo ao que temos acesso é importante por que
o exercício da pesquisa obriga a meditar e a reflexionar sobre os diferentes
temas, e assim transportam para outra realidade não alcançada pelos
malabarismos comuns do intelecto voltado às causas unicamente materiais.
Para
os esotéricos que nos acompanham, pretendemos destacar que o Antakarana não
é meramente uma figura metafórica, produto de elucubrações de místicos para
justificar certas possibilidades a que o ser humano esteja incurso em seus
diversos estados mentais.
Embora
todo esotérico e ocultista necessite saber cada vez mais, desejaria aqui
acentuar que as denominações de esoterismo e ocultismo nem sempre significam
exatamente as mesmas coisas, embora sejam comumente referidas como sinônimos.
O
esoterismo é amplo e natural, avança para a ciência concreta e oculta num leque
bastante diversificado, enquanto o ocultismo cuida mais especialmente de verter
os segredos da magia e suas forças, através,
basicamente,
da prática coordenada pela experiência.
Entretanto,
não existe uma demarcação rígida entre um e outro.
Acima
dos estágios de aspirante, místico e iniciado menor, o conhecimento equivale-se
por que, ao natural avanço nas iniciações, o caminhante precisará já estar de
posse das principais experiências facultadas pelos sete raios.
Naturalmente
falamos do conhecimento acumulado na alma.
Sabemos
que a imaginação ocupa papel preponderante na vida do estudante esotérico, pois
todo o conhecimento oculto necessita ancorar-se na mente mais elevada do
investigador e não unicamente nas limitações de seu intelecto relacionado
diretamente com o cérebro físico tridimensional.
Esta
é a principal linha divisória que separa o ceticismo do ocultismo, por que o
investigador e materialista cético, de modo geral, é incapaz de usar a
imaginação senão unicamente evocar a racionalidade do cérebro.
O
cético vive basicamente de seu cérebro e mente concreta e raramente vai além,
recusando-se a aceitar uma realidade transcendente à matéria,
vivendo
num círculo fechado, não desenvolvendo outros canais que ligam a personalidade
ao verdadeiro Ego.
Sabe,
no entanto, que a origem da matéria como causa é nebulosa para a ciência, por
que a matéria em última instância, não é um princípio – é nada relativamente –
não existindo numa realidade definitiva senão em formas temporais de energia
concentrada.
E,
contudo, o ceticismo não consegue negar por suas próprias pesquisas que os
elementos ultramicroscópicos do átomo não são capturados, e nem se sabe
exatamente como se apresentam, por que passam instantaneamente de um estado
energético desconhecido para outro,
deixando
unicamente rastros de seus trânsitos.
Diz-nos
H.P. Blavatsky sobre o Antakarana:
“Esse
término tem vários significados que diferem em cada seita e escola de
filosofia.
Assim
é que Zankarâchârya traduz esta palavra no sentido de entendimento; outros de ‘o
órgão ou instrumento interno, a Alma,
formada
pelo princípio pensador e o egotismo (ahankâra)’, ainda que os ocultistas o definam como o sendero ou ponte entre o Manas (mente) superior
e inferior, o Ego Divino e a Alma pessoal do homem”
É
sabido que o homem tem uma estrutura chamada material, uma intermediária entre
o material e o imaterial e a divina isenta de qualquer formação ou subordinação
à matéria conhecida.
As
três grandes emanações do Logos ao construir os mundos e torná-los o campo das
experiências e evolução das vidas, propiciam às correntes de energia e força
por Ele direcionadas o sentido involutivo, o de aparente estática e o sentido
evolutivo.
As
vidas trazidas para os estágios de experiências nesse grande círculo de
manifestação cósmica do Logos Criador, descem inicialmente de um estado para
nós subjetivo – embora já seja objetivo a partir do momento em que o Logos
imprimiu seu desejo de manifestar a vida num Plano de Criação – se materializam
por inerência de leis fora do real alcance de nosso entendimento, e por um
longo período ascendem do objetivo de novo para o subjetivo, operando
simultaneamente em ambos os planos. Finalmente, num terceiro estágio, as vidas
que se adiantam deixam para trás as leis regentes da matéria e meio do mundo, e
se elevam sobre si mesmas para mundos superiores.
Em
outras palavras, ascensionam.
Essas
longuíssimas experiências de muitos bilhões de anos terrenos,
contados
desde o nascimento, apogeu e fim de um sistema solar, somam-se na posterior
encarnação do mesmo sistema solar, como é o caso do nosso.
As
vidas que não conseguiram alcançar os objetivos traçados para o primeiro
sistema solar, voltaram para este com suas necessidades duplicadas, uma vez que
cada manifestação de um sistema solar traz uma diferente mensagem que no
aspecto evolucionário das almas elas devam incorporar.
Assim,
tanto numa como noutra manifestação do Logos, em seus grandes e menores manvantaras (1) há um mecanismo de reingresso das vidas com
suas origens, considerado um processo de recordação para o posterior avanço a
novos estágios.
As
vidas que cumprem os planejamentos traçados pelos mestres raciais avançam no
carma, objetivando principalmente a expansão da consciência e libertação dos
liames aprisionantes da matéria.
(1) Manvantaras, terminologia oriental, são as manifestações
de universos que o Deus Incognoscível traz á objetividade, mesmo considerando
as diversas dimensões ou diferentes estados da matéria.
Há grandes e menores manvantaras.
Aqueles relativos, por exemplo, a um período de 8.640.000.000
anos,
representam somente um dia e uma noite de Brahmâ.
Por outro lado, uma idade de Brahmâ ou uma centena de seus anos divinos iguala-se a
311.040.000.000.000 de nossos anos terrenos.
Um manvantara menor pode representar a manifestação de uma
galáxia,
um sistema solar, uma cadeia planetária, etc.
(Rayom Ra)
As
três grandes correntes do Logos, estabelecem os diferentes estágios em que as
vidas se acham incursionadas para a obtenção de suas experiências, sendo o
Terceiro Logos o responsável pela plasmação dos mundos.
Nesse
estágio, a consciência dos grupamentos de vidas e da própria matéria em
múltiplas formações ainda não se define.
Isso
somente ocorre com o trabalho magnético do Segundo Logos que vem formar os
reinos desde regiões muito acima onde atua na matéria chamada elemental, até o
mais profundo da matéria físico-densa representado pelo reino mineral.
Daí,
já no arco ascensional, virá edificar os demais reinos, em todos eles anexando
suas qualidades que, basicamente, identificarão a nota crística com seus
subtons que o Logos faz penetrar e externar em todo o sistema solar.
Quando
as vidas iniciadas – em transição para o meio do mundo – atinjam a etapa do
conhecimento consciente entre matéria e alma, o Antakarana é
mais fortemente ativado, por ser justamente a ponte entre um estado e outro.
Depois,
num terceiro estágio, a presença do Primeiro Logos virá finalmente ativar as
vidas de um poder permanente, o que significa para elas a posse gradual e cada
vez maior das glórias de Deus.
A
estrutura básica do homem como Personalidade, Ego e Espírito,
tecnicamente
falando, é análoga às características introduzidas pelas três expressões
maiores do Logos Solar.
Na
primeira encarnação do sistema solar, o Logos enfatizou a necessidade de as
vidas recém criadas em suas manifestações finitas, desenvolverem o conhecimento
da matéria, o que implicaria também no uso de seus poderes em ambas as
polaridades.
Ao
mesmo tempo em que se manifestassem no mundo das formas mais densas, e dele
obtivessem seus invólucros, as vidas se aprofundariam nas leis de regência da
matéria estabelecidas pela ação construtora do Terceiro Logos.
Essa
necessidade e o posicionamento de muitas vidas rebeldes às leis naturais
resultariam para elas no adernamento das vias para a ascensão, o estancar de
seus momentos evolucionários e o conhecimento da magia negra.
Evidente
que as forças cósmicas do mal agiram com maior sucesso sobre essas vidas
estagnadas, devido à imaturidade delas e a falta de um escudo mais poderoso da
alma.
Os
poderes da personalidade foram exaltados e levados a ações extremamente
eficientes nos confrontos com os opostos, quase se igualando aos poderes da
magia negra desenvolvidos na Atlântida com maior eficiência pelos mesmos egos
em seus retornos ao plano físico, estimulados pelas mesmas forças cósmicas malignas.
É
sabido que os egos implementados pelo conhecimento e práticas da magia branca,
ou negra, trabalham basicamente nos poderes da matéria física.
A
magia negra age incorporando os poderes da matéria em seu arco descendente e
negativo.
A
magia branca, através de seus verdadeiros magos, mestres do conhecimento, age
na matéria com suas forças incorporando unicamente os poderes da polaridade
positiva do arco ascendente.
As
conquistas de ambos os lados, no bem ou no mal, impressionam mais pelos
resultados visíveis e rápidos, dando a falsa visão de que os poderes
espirituais sejam exatamente esses – da matéria – e o mais poderoso é aquele
que celebra os maiores resultados tangíveis na forma.
Esse
engano foi o principal móvel que levou milhões de egos à derrocada e os
aprofundou ainda mais na ilusão, arrastando-os pelos caminhos unicamente da via
contrária. Mesmo os praticantes comuns coordenados nos princípios da magia
branca, porém imaturos ainda quanto ao conhecimento da alma e da curva
ascensional a que devam submeter às personalidades na edificação consciente da
manjedoura ou gruta para o nascimento da criança, caíram e ainda caem se
afundando nas tentações dos efêmeros poderes materiais e egolatria. Isso de
fato acontece por que amantes dos poderes do ego-personalidade – polarizados
unicamente na magia – se recusam a abandonar a idéia da conquista de tais
efêmeros e ilusórios poderes pessoais, e a morrer simbolicamente no tempo
finito, a fim de renascer sob os verdadeiros poderes infinitos de Cristo nas
iniciações maiores.
Como
não são Mestres Maiores, agem muitas vezes em ambas as polaridades, movidos por
desejos ou ilusões, mas não sabendo ainda como compensar ou balancear o
equilíbrio dessas forças naturais, adquirindo carma.
E
se não renascem em Cristo, renascem sempre diante da encruzilhada onde seus
adversários da magia negra tomaram a tentadora via da mão esquerda.
Eis
a tênue linha umbralina que normalmente desafia os magistas: cair ou resistir, porém até quando sem Cristo?
Temos
assim que no primeiro sistema solar o
Antakarana foi alcançado e conscientemente trabalhado por
poucos iniciados, justamente os de vanguarda e em número bem menor, que teriam
vindo de outras cadeias planetárias com iniciações de oitavas vibratórias acima
daquelas externadas pelas vidas de nosso sistema solar.
Quaisquer
que tenham sido essas alternativas, as Hierarquias estabeleciam as metas dos
que avançavam bem adiante da grande massa de egos e passavam a se constituir em
seus mestres e guias.
No
atual sistema solar, em nossa cadeia planetária cujo ponto focal e principal é
a Terra, a vinda de Cristo estabeleceu indelevelmente para toda a humanidade a
definitiva linha demarcatória entre os que se mantinham internados nos poderes
físicos da matéria e os que buscariam desenvolver os poderes do Cristo
Imanente.
A
novíssima mensagem traria o significado único de que num andamento bem mais
rápido do que os avanços de milênios até então, a oblação à Cristo
proporcionaria a bilhões a visão e experimentação de um mundo espiritual antes
desconhecido.
A
criança nasceria nos estábulos do mundo, em qualquer lugar, sob quaisquer raças
ou culturas.
Cresceria
e traria o ego-personalidade a seguidos embates e derrotas para dar lugar ao
homem do meio do mundo, morador em dois
campos simultâneos: o da matéria e o do espírito, sob a tutela de um
ego pensador, uma alma dentro de outra alma, descrita na filosofia oriental
como o
Antakarana ou ponte entre dois mundos.
II
Para
uma ideia mais aproximada possível do que seja a figura do Antakarana e
suas elevadas funções, não basta tão somente fazer-se uso da filosofia
hermética, atendo-se a algumas máximas repetidamente coletadas de outros
autores.
Ao
desejar que o
Antakarana represente algo - além de um item a mais do
conhecimento esotérico - é necessário então meditar por algum tempo sobre sua
existência no sentido de que esse esforço, configurado na própria energia do
praticante, venha de fato preencher mais uma lacuna no conhecimento do
gênesis da alma.
Nessa
aplicação pessoal, o caminho mais eficiente é o da imaginação trabalhada em
dois níveis principais: o da personalidade, segundo seus aprofundamentos, e o
da alma propriamente, embora seja preciso, além do esforço, uma determinação
mais acentuada porque no início esse entendimento é bastante nebuloso e não se
chega às suas bases com facilidade.
Entretanto,
pela frequência com que reflexione e medite, o esotérico avançará mentalmente
para a ponte que liga às duas manifestações do Ego e por essa persistência
certamente virá colher algumas reações das correntes de energia e força que
automaticamente evoca.
É
sabido que, sob as luzes e normas do esoterismo, o exercício da imaginação
sobre um determinado tema, conjugado à reflexão ou meditação, aproxima
conscientemente, despertando, cada vez mais, o conhecimento intuicional do
assunto e de sua realidade.
Não
obstante, para aquilo que diretamente estamos aqui tratando, um retrospecto se
torna necessário no que concerne a natureza da alma para melhor nos situarmos
com o
Antakarana.
Recordemos algumas definições e ampliemos outras:
“A alma é o filho de Deus, o produto da união do espírito com
a matéria”
(D.K.)
Essa
tradicional definição nos remete ao condicionamento da energia-alma tanto nos
planos intermediários, quando o ser em evolução já começa a dissolver suas
ligações com “o
filho do homem”, como aos planos superiores no instante em que a
vida se prepara para assumir sua identidade como “o filho de Deus”.
Esse
comentário pode parecer excessivamente ortodoxo e enigmático,
algo
bíblico, porém retrata as vias por onde todas as Mônadas passam ou um dia
haverão de passar.
O
filho do homem é a alma terrena – o eu personalidade – ao passo que o filho de
Deus é a Alma-Espiritual já sob o domínio da tríade superior em
atma-buddhi-manas.
Entre
um e outro se situa o
Antakarana que cumprirá o seu papel enquanto a chama imortal
– a essência das essências, o princípio, o meio e o fim da manifestação-vida
integrada – se descartará de todos os seus invólucros que constituem todas as
suas almas.
O
exemplo mais eloqüente desse avanço está no homem Jesus – a personalidade
unificada – que simbolicamente morreu na cruz, voltado para o Cristo mais acima
que representa e se constitui na expressão integral da alma externa e interna
do próprio homem.
Então
o
Antakarana, cumprida a sua existência como a ligadura entre
o abaixo e o acima, volta-se também e completamente ao corpo causal ou alma
cristificada.
“A união do espírito com a matéria resultou inicialmente numa
alma universal, anima mundi, que detém todas as unidades de vida em todos os
reinos, num véu único de matéria e consciência em diferentes graus de
manifestação.
Anima mundi podemos considerar como a própria existência da
Mãe do Mundo, porque dela emergem todas as almas que povoam os sete mundos.
Em Akaza ou Aether dos gregos, anima mundi, a substância
original imaculada em seu princípio de existência, está associada à Mãe Cósmica
ou Virgem Maria, sendo o impulso que realiza no éter.
Essa substância virginal, conhecida pelos orientais por
Mulaprakriti, permaneceu e permanece em seu manancial saída de Parabrahman ou
Deus Incognoscível, como o princípio do Deus feminino”
(Rayom Ra).
“A palavra alma emprega-se também para designar a soma total
psíquica – o corpo vital, a natureza emocional e a substância mental, mas é
também mais do que isso, uma vez que se chegou à etapa humana;
constitui uma entidade espiritual, um ser psíquico
consciente, um filho de Deus que possui vida, qualidade e aparência, uma
manifestação única; em tempo e espaço, das três expressões da alma que acabamos de
definir:”
1. “A
alma de todos os átomos que compõem a aparência tangível.”
–portanto
o corpo físico biológico (r/r).
2. “A alma pessoal ou a soma total sutil e
coerente, a que chamamos Personalidade, composta dos corpos sutis etérico ou
vital, astral ou emocional e o mecanismo mental inferior.
Esses três veículos têm semelhanças com os do reino animal no
que respeita à vitalidade, sensibilidade e mental potencial; com o reino
vegetal no que se refere à vitalidade e à sensibilidade e com o reino mineral
no que respeita à vitalidade e sensibilidade potencial.” –portanto
o ego inferior (/r/r).
3. “A
alma é também o ser espiritual ou união da vida e da qualidade.”
–portanto
o ego superior (r/r).
E, “Quando se estabelece a união das três almas, assim
chamadas, temos um ser humano.” – portanto,
a perspectiva do Homem Total (r/r).
(Minha Alma Sua Alma - Rayom Ra – D.K.)
Essa
pequena amostra já nos dá a idéia do grau de dificuldade para se conhecer
virtualmente a alma, senão por experimentações ou diretamente pela intuição,
mas nesse último caso, quando se detém o alcance de suas perspectivas pelo
alinhamento correto através de seguidas considerações, reflexões, meditações ou
apropriadas pesquisas.
Tecnicamente,
no entanto, podemos nos sair melhor quando entendemos o que sejam as tríades e
os três setores que compõem a totalidade do ser humano acima referidos, tais como;
1.
Alma-espiritual.
2.
Entidade intermediária.
3. Um ser
também tríplice.
Esse
último, organiza-se com um princípio intelectivo, com um princípio sensitivo
emocional e com um princípio etérico-físico encarnado no seu reino, chamado na
tríplice totalidade de personalidade ou ego inferior,
cujo
habitat ele precisa conhecer e transformar para poder crescer e tornar-se numa
entidade integrada e autoconsciente.
Basicamente,
a manifestação-vida conhecida genericamente por homem,
é
formada dos seguintes princípios temporais, idealizados pela Mônada e tomados
respectivamente das leis aplicadas a cada mundo ou plano no que concerne à
matéria segundo as estruturas, rotações e vibrações de seus átomos.
Para
a constituição das tríades que darão a formação dos corpos do homem, a Mônada
trabalha com seus dispositivos hierárquicos.
Os
planos do universo onde se acha instalado e em plena manifestação o nosso
sistema solar, são
sete.
O
esquema a seguir representa veículos que a entidade homem vem possuir,
retirados de cinco planos construídos e trabalhados pelo Logos,
embora
com desdobramentos, pois o plano mental é um só, porém sob dois aspectos, e o
plano etérico é também considerado físico.
Os
dois outros mundos conhecidos são o plano Adi e o plano Anupadaka segundo a
terminologia oriental.
A MÔNADA DIVINA INCRIADA OU ESPÍRITO
--------------II--------------
Corpo
Átmico – Espiritual
Corpo
Búdico – Intuicional
Corpo Manas
– Mental Abstrato
Corpo
Manas – Mental Concreto
Corpo
Astral – Emocional
Corpo
Etérico – Éteres
Corpo
Físico – Matéria
------------------------------
DIAGRAMA I
(Rayom Ra)
O
plano Adi, é a residência do Logos, onde o Logos estabeleceu o Laboratório para
suas atividades a fim de reger os mundos por Ele mesmo construídos com a
matéria universal.
Neste
plano ou mundo, as Mônadas aqui também se encontram, tendo vindo à existência
com o próprio Logos, estabelecidas sob sete variações básicas ou raios.
As
Mônadas também chamadas de espíritos puros conhecem os propósitos do Logos
Criador, vindo se constituir de imediato numa Hierarquia operante em favor do
Grande Plano da Criação.
Por
motivos que desconhecemos, as Mônadas não podem descer além do plano imediatamente
inferior – Anupadaka – ali se estabelecendo para seu trabalho.
Cada
manifestação-vida, trazida a esse sistema solar para evoluir dentro dos
parâmetros firmados pela inteligência e necessidade do Logos é uma Mônada na
sua origem.
Os
bilhões de Mônadas e o Logos na sua generalidade necessitam obter experiências
destes mundos criados, para avançar em consciência e poderes, mas devido às
leis cósmicas e condições irremovíveis, as vidas,
elas
mesmas, precisam tomar para si as rédeas do progresso sob todas as condições e
poderes dimanados pelo Logos Criador.
Isso
leva às vidas monádicas a buscar o conhecimento de seus habitat, de si mesmas e
de suas origens sob os múltiplos e enganadores véus tecidos pela natureza.
As
vidas ao avançar para a autoconsciência começam a entrar num estágio mais
dinâmico do processo evolucionário, mas ao mesmo tempo pleno de percalços, pelo
fato de poderem trabalhar com certa desenvoltura com polaridades duais.
O
conhecimento das potencialidades dos reinos quer sob a experimentação
científica com o móvel objetivo quer pelo desnudamento dos véus de uma ciência
oculta, trazem o homem para campos aparentemente opostos, sob parâmetros e
visões de ângulos diferentes.
Os
verdadeiros avanços das vidas no processo evolucionário não caminham
necessariamente com a ciência material como muitos supõem.
Os
caminhos desta ciência são resultados das necessidades naturais para amparar
material e socialmente as vidas e alavancar o processo da polarização mental.
Os
caminhos espirituais não se fazem dependentes da ciência e sua tecnologia,
estas no máximo auxiliam, mas em nada determinam.
Bilhões
de vidas encontraram seus verdadeiros caminhos ao longo da história sem os
confortos modernos, ao passo que muitos homens da ciência, e os seguidores de
suas irreverentes premissas e axiomas, sendo reconhecidamente capazes
intelectualmente, estancaram espiritualmente ante as metas estabelecidas pelo
processo evolucionário.
Pois
na medida em que exploram as inesgotáveis fontes da matéria com ela se
polarizam muito além do necessário e com ela cada vez mais se identificam,
bloqueando as vias sensíveis de seus egos, afastando-se da fonte única e
espiritual da qual são originários, e que necessitam reconhecer para nela
avançar internamente.
Hoje
há enormes enganos sobre a questão da evolução sob os aspectos religiosos,
esotéricos e científico tecnológico.
O
homem afasta-se da sua simplicidade ao redescobrir as intermináveis vias das
pesquisas de um universo microscópico e paralelo, conceituando em todas as
minúcias possíveis as descobertas como novas e redentoras.
Os
impulsos da ciência atual são assustadores por estarem manipulados pelas mãos
de homens despreparados espiritualmente que visam um caminho estritamente
material.
Os
parâmetros se invertem e a ciência cética acusa os homens do espírito de
retrógrados e responsáveis pelas misérias humanas que a história oficial
testemunhou.
No
entanto, os caminhos iniciáticos do espírito são os verdadeiros e em certas
proporções os das religiões, por que nada restará do mundo quando a ambição do
homem dominar todos os postos das poderosas organizações quer sejam elas
reconhecidas como úteis e filantrópicas ou não.
Já
se esgotou o tempo de o homem moderno ter acabado com as misérias humanas sob
abismais diferenças sociais e raciais por que há recursos monetários sobrando e
tecnologia suficiente para vencer muitos dos agudos desafios.
Mesmo
com todas as pesquisas inúteis de centros tecnológicos especiais que gastam
fábulas astronômicas e pouco produzem, bem como de experiências com foguetes
espaciais que consomem inacreditáveis recursos, e por tantas outras pesquisas
desnecessárias sumamente dispendiosas, sobram economias para transformar o
mundo, estabelecer melhores metas para todos os povos e instituir um controle
racional e humano da natalidade.
A
ciência também é de Deus!
Não
vamos nos aprofundar nesse tema, já trabalhado noutros textos de nossa autoria
para não fugirmos do cerne deste assunto.
Entretanto,
as alusões não foram ao acaso por que o Antakarana e o
que a ele envolve, representam para a humanidade avançada a sinalização de uma
vertente que conduz à libertação de todas as limitações.
Quando
a humanidade compreender de fato que todos os recursos para seu
autoconhecimento e felicidade estão dentro dela mesma, embora vivendo em dois
mundos, poderá usufruir do potencial da matéria através da verdadeira ciência
sem apegos, ambições e perigos.
III
Em nossa obra “Minha
Alma Sua Alma, Parte II”
(ver
partes I e II no Arca de Ouro, clicando abaixo), expomos o seguinte:
“Já a construção elaborada pela humanidade é um produto de
grande soma de energia e vontade coletiva, levado a cabo por todas as
aspirações superiores e sistematicamente trabalhadas pelas mentes de intelectos
acurados e sublimações de almas avançadas que conduzem as demais nos diversos
processos investigativos de autoconhecimento, aspirações religiosas e
científicas”
Desejamos
esclarecer uma vez mais que o
Antakarana é de todos, mesmo construído individualmente pela
ação de cada Mônada.
Nessa
empreitada, as Mônadas contam com o auxílio das Hierarquias Criadoras no
sentido de habilitar o homem com veículos e linhas de forças que possibilitem à
consciência responder adequadamente às experiências individuais.
O homem
jamais existiria não fosse através de seu coletivo.
Assim
também são as Mônadas, como são as almas.
As
vidas monádicas, nascidas com o Logos Solar no grandioso Plano da Criação,
incorporam diferentes atributos e qualidades.
As
Mônadas pertencem a sete principais variações, naturezas ou raios estando
separadas unicamente por véus.
Quando
o homem manifestado no seu reino natural age e reage em busca de pessoais
necessidades, ele estabelece continuadas correntes de energia nos seus
veículos, que com o tempo virão formar uma personalidade cada vez mais
responsiva e fortalecida em si mesma. Entretanto, suas energias inatas e forças
concentradas estabelecem instantâneos contatos com outras que mesmo com
diferentes inclinações se desenvolvem juntas num grande campo energético ou
alma humana coletiva.
Porém, onde se localiza esse campo energético e de forças
coletivas?
No
interior de círculos concêntricos girantes, onde ali se plasmam as ideações dos
arquétipos ou modelos trabalhados pelas hierarquias para a concretização e
atendimento segundo as necessidades do Plano.
Embora
com muitas colorações há um só contexto evolucionário para as vidas
aprisionadas em corpos objetivos conscencionais, sejam eles corpos biológicos
densos ou de matéria sutil.
Isso
pode parecer cada vez mais intrincado por que nossos sentidos observam a
natureza por partes, por múltiplas unidades de vidas em grupamentos afins e
mais ou menos afins, e nem sempre como uma vertente única que vem prolongada
até o plano tridimensional.
O
homem está mergulhado nesses planos ou modelos girantes circunscritos aos seus
respectivos círculos de presença e vida, e todos se acham limitados a um
circulo maior e mais abarcante chamado no ocultismo moderno de “círculo não se passa”.
Na
medida em que as vidas dos reinos avançam em suas experiências
–
simplesmente vivendo e transformando – em cada plano ressoam suas notas
vibratórias que se sintonizam, não obstante possuir cada uma a sua própria
síntese.
Assim,
toda a natureza canta e vibra e todos os planos detêm subtons em seus
respectivos subplanos.
Essas
ações de reinos não são independentes das forças e energias cósmicas que
penetram e permeiam os planos ou mundos, embora por si mesmas gerem e imprimam
atributos de consciência que “anima
mundi” estimula a desenvolver nos átomos dos reinos.
Mediante
isso, reagem automaticamente os corpos das personalidades em seus campos de
atividades físicas, emocionais e mentais, dentro de seus padrões de
comportamentos por faixas vibratórias nesse grande complexo de energias
polarizadas nos arquétipos.
O
homem, em todos os seus corpos de manifestação, que no conjunto edificam uma
personalidade, possui cordões de finas e delicadas tessituras criados com
matéria que se ajusta a cada corpo e transcende os seus limites, passando de um
para outro corpo a conduzir energias.
Agem,
nessa geografia interna, em várias direções, e rigorosamente de cima para baixo
e em sentido inverso.
Os
vários de seus segmentos tomam diversos nomes nas terminologias do ocultismo, o
que em nada atrapalha ao entendimento de seus trabalhos pelos estudantes de
todas as raças.
Dessa
maneira, a humanidade, mediante seus próprios esforços, vem desenvolvendo e
transformando esse grande campo de energias e forças numa casa ou abrigo onde
opera o gênero humano.
Entretanto,
o momento evolucionário que atravessamos, exige a identificação dos diversos
coletivos do mundo com padrões já bem definidos.
Esses
padrões integrados aos egos atrelam os coletivos afins numa faixa mental que
precisa ser estendida e ampliada com objetivo de atingir estados de consciência
mais elevados.
O
processo, nesse ponto, então exige a construção de uma ponte para o traslado.
Entretanto, o percentual geral da humanidade avançada não é desperta ao fato,
estando ainda inconsciente dessa necessidade, por desconhecer e não saber
trabalhar essa passagem do
Antakarana senão num sentido único mediante força e
pressão natural da vida.
Assim,
até chegar a esse despertar para a construção final da ponte virá decorrer
muito mais tempo do que se trabalhasse desde logo atenta e conscientemente.
Já
os iniciados no ocultismo, que avançam no Plano com posturas de alerta e
conhecimento gradativo, precisarão trabalhar a edificação da ponte
individualmente com exercícios práticos, o que lhes demandará, como sempre,
imaginação, articulações mentais e apropriadas disciplinas.
“A estrutura do Antakarana está indissociada ao Fio Sutratma,
aos átomos-mestres ou permanentes e ao corpo causal do ego.
Sabemos que as Hierarquias Criadoras edificaram os corpos de
manifestação das mônadas a partir do mundo de Atma, anexando a uma ligadura ou
Fio Sutratma um átomo básico com poderes de atrair e magnetizar outros átomos
de seu mundo e constituir corpos segundo a ideação cósmica para o homem.
Esse processo foi repetido por todas as Hierarquias de cada
mundo com relação às respectivas matérias e assim as estruturas do ego superior
e do ego inferior permaneceram até que o homem viesse à encarnação e passasse a
dinamizar esses veículos e assim começasse a despertar e se reconstruir segundo
seu conhecimento da matéria e de sua própria vida.
Desse
modo, o Antakarana é um elemento que liga a mente inferior,
através
de uma unidade especial chamada unidade mental, vitalizante da mente concreta,
ao átomo de manas, construtor da mente abstrata,
passando
a formar um triângulo com o corpo causal ou loto egóico em sua constituição
também tríplice”
A
existência das Mônadas e suas necessidades de obter experiências num sistema
solar que veio à manifestação através de um Logos estão associadas a algumas
das revelações dos mestres mais adiantados do ocultismo.
Por
que as Mônadas não puderam descer, elas mesmas, aos mundos que ajudaram a
construir sendo obrigadas a criar artifícios a fim de deter experiências e sensações de mundos mais
densos?
O
mistério parece estar somente mais perto das mentes que alcançaram altas
iniciações, pois já trabalham próximas ao Logos nas consecuções do Grande
Plano.
E saberiam as Mônadas também a isso responder?
Essas
questões nos levam a outras questões e a outras, mas nunca a respostas
definitivas e completas.
“As Mônadas procederam do Primeiro Logos e são também
chamadas de “Chispas
do Fogo Supremo”.
A elas assim se refere a Doutrina Secreta, relativamente ao
‘catecismo oculto’.
- Levanta tua cabeça, Ó, Lanu!
Vês uma ou inumeráveis luzes acima de ti, ardendo no céu escuro da meia-noite?
- Eu percebo uma chama, Ó, Gurudeva: vejo inumeráveis e
inseparáveis centelhas que nela brilham!
A chama é Ishvara em Sua manifestação como Primeiro Logos; as
chispas não separadas são as Mônadas humanas e outras.
Há de se notar especialmente as palavras ‘“não
separadas’”, pois significam que
as Mônadas são o próprio Logos”.
( O Monoteísmo Bíblico...- Rayom Ra).
As
Mônadas seriam oniscientes do Plano da Criação por estarem ou existirem na
inerência do Logos, mas não oniabarcantes por não poderem abandonar seus
redutos para penetrar e conhecer de perto a todos os mundos inferiores e suas
relações com as diferentes vibrações da matéria. E muito menos se identificar
com a matéria.
Para
esse mister, assim que o Logos manifestou-se com o sistema solar, as diversas
Hierarquias operantes cada uma num dos sete mundos, se estabeleceram para levar
adiante o Plano da Criação, auxiliando as Mônadas a construir seus artifícios,
ou seja, o homem na sua totalidade finita.
Esse
acontecimento nos leva a outra ideação justaposta ao Plano de nosso Logos
Criador para Lhe dar amparo e sustentação, sem dúvida provinda de outro Logos
ainda maior e com poderes superiores
-- o Parabrahman ou Logos Cósmico!
Não
entendamos, porém, que as Mônadas não estejam presentes e nem sejam auferidoras
das experiências comuns ou das significativas na matéria.
Esse
mistério aos poucos já vem sendo desvelado pelas investigações mais recentes.
Sabemos
que as Mônadas conseguem irradiar de suas vidas aos mundos inferiores, sob
vários recursos, e deles buscam auferir, embora nem sempre consigam os
resultados almejados devido à relativa autonomia dos egos nas escolhas de seus
próprios caminhos.
Uma
Mônada se liga aos planos ou mundos inferiores pelo conduto de um cordão
principal chamado pelos orientais de sutratma, conforme já vimos.
As
Mônadas, sendo de sete tipos segundo cada um dos raios, penetram e imprimem
suas energias por toda a natureza, possuindo três aspectos principais, que são
comuns e inerentes ao próprio Logos.
O
Logos ao criar o sistema solar se manifestou sob seus três aspectos
reconhecidos pelos gnósticos e esotéricos como Primeiro, Segundo e Terceiro
Logos, traduzidos para o nosso entendimento como Vontade-Sabedoria-Inteligência
Ativa.
Esses
mesmos aspectos as Mônadas também possuem, irradiando ou refletindo para os
planos abaixo sob energias e forças traduzidas por Vontade Espiritual-Intuição-Mente.
Nesses
dispositivos engendrados por um gênesis infinitamente distante das premissas da
ciência material, o homem é edificado para obter o conhecimento dos mundos e da
divindade de que é portador
Ao
término do ciclo de seu aprendizado, a Chispa Divina que nele habitou no mais
recôndito de seu ser e nas suas estruturas mais externas, se recolhe de volta e
definitivamente ao Pai nos Céus – a Mônada indissociada do Logos Criador
Nessa
viagem de ida e volta, a Chispa Monádica enriqueceu o aspecto mais inferior do
homem, envolto sob as vestiduras da Personalidade Terrena, libertando-a da
prisão da matéria
Depois,
a abandonou em troca da sublime Luz da Alma Crística,
deixando,mais
tarde, a Alma Crística ser crucificada pela sua própria Sabedoria e serviço à
natureza e humanidade, vindo reinar absoluta e liberta como Alma-Espíritual,
nas glórias do Tríplice Logos, sobre os mais profundos segredos e mistérios da
criação.
Pelo
Sutratma, a Mônada desvenda os segredos dos mundos e pelo Sutratma o homem
adquire a Luz da Alma que o eleva até onde virá dissolver-se na Chispa
Monádica, mergulhando no oceano infinito de inextinguível sabedoria e paz.
O
Sutratma é, portanto, o elo indissociado do homem com Deus e através da criação
do Antakarana mental, fortalecido pelos demais elos ou ligaduras nas
fisiologias de seus corpos, ele ascende pelo mesmo Sutratma que o criou.
“Portanto, o sendero da vida se estende da mônada à
personalidade, por conduto da alma, sendo esse fio da alma uno e indivisível.
Imparte a energia da vida e se ancora finalmente no centro do
coração humano e em algum ponto focal central em todas as formas da expressão
divina.
O fio da consciência (Antakarana) é o resultado da união da vida e
substância, ou das energias básicas que constituem a primeira diferenciação em
tempo e espaço, o qual produz algo diferente que só emerge como uma terceira
manifestação divina, depois de ter havido a união das dualidades básicas”
(D.K./A.A.B).
“Sutratma, literalmente ‘Fio do Espírito’; o Ego Imortal, a
Individualidade que se reencarna no homem vida após vida, na qual suas
inumeráveis personalidades estão enfiadas como contas de um rosário num cordão.
É o fio prateado que ‘se reencarna’ desde o princípio ao fim do manvantara,
trazendo em si mesmo as pérolas da existência humana, ou em outros termos, o
aroma espiritual de cada personalidade que segue de um extremo a outro da
peregrinação da vida”
(H.P.B.).
IV
“Do
luminoso oceano de Atma se desprende um fino cordão de luz, separado do resto
por uma película de matéria búdica; desta emerge uma chispa que se encerra numa
envoltura em forma de ovo, de matéria pertencente aos subplanos sem forma do
plano mental (1).
A
chispa destacada da Chama pelo fio mais fino de Fohat (2)”
(O Livro de Dzyan).
(1) A citação não deve ser entendida unicamente em relação ao
Plano Mental Superior, ou Manas Superior, onde não haveria corpos de
manifestação, pois é sabido que nos mundos superiores à Manas, as vidas
chamadas Arhat e Asekha, por exemplo, os organizam com as mentes.
A designação Arupa é oposta a Rupa que subentende esta
última, um veículo, um revestimento ou corpo
(Rayom Ra).
(2) Fohat
foi o primeiro princípio do qual o Logos se utilizou para estabelecer condições
apropriadas à matéria pregenética.
Todos os
demais princípios que vieram após e adicionaram particularidades à matéria,
derivaram-se de fohat.
Fohat é o
fogo elétrico que produziu dois outros fogos que se entranharam na matéria e
que passaram a participar indissociavelmente de sua natureza.
Não há
matéria que não conduza a presença ígnea de fohat.
Assim, o
fogo (a luz)
foi o primeiro elemento a surgir do caos para vir participar da construção dos
mundos.
Fohat, na
realidade, não é somente um princípio, como são os sete princípios cósmicos que
o Logos introduziu na matéria do universo, pois neste caso, fohat seria um
oitavo princípio.
Fohat é
mais do que isto.
É, em
síntese, a raiz de todos os demais princípios emanados do Logos,
pois fohat
realiza na matéria cósmica diferenciada a sua verdadeira alma energética,
através do eterno fogo que faz a matéria fusionar.
(Considerações Sobre a Criação – Rayom Ra)
Conforme
vimos, Sutratma é o fio da vida que se estende desde o plano de Atma, pela
irradiação da Mônada em Anupadaka, até ao mundo físico.
Como a Mônada possui três aspectos que são:
Vontade-Sabedoria-Atividade (resultando na tríade espiritual em:
Vontade Espiritual-Intuição-Mente)
eles serão trabalhados na matéria dos três planos imediatamente inferiores ao
Anupadaka, pelas Hierarquias Criadoras.
Desse
modo, a Hierarquia operante em Atma aprisionará um átomo deste plano,
magnetizando-o e o anexando ao Fio Sutratma, imprimindo neste átomo os
atributos do aspecto vontade (vontade espiritual) da
Mônada.
O
mesmo acontecerá em Buddhi sob a influência do aspecto sabedoria (intuição) e
em Manas Superior em relação ao aspecto atividade (mente) irradiado
pela Mônada.
Daí
virá se formar a tríade superior ou tríade espiritual, Atma-Buddhi-Manas, em
sentido de descenso do Fio Sutratma.
Devemos
assinalar que os átomos respectivos aos três planos citados em nada se parecem
com os átomos químicos estudados e trabalhados pela ciência acadêmica material,
uma vez que aqueles são de contexturas superiores, têm diferentes movimentos e
se caracterizam por sua enorme facilidade nos seus trânsitos, em agregar-se ou
desagregar.
Os átomos anexados
ao Sutratma conformadores da tríade superior são chamados no esoterismo moderno
de átomos permanentes, átomos vidas, átomos principais, átomos mestres, etc.
A energia com que
foram magnetizados, através da alta ciência empregada pelas Hierarquias
Criadoras, deixou em suas contexturas a memória de um protótipo universal que
dará formação aos corpos que as vidas possam futuramente utilizar
E uma vez
magnetizados, aqueles átomos têm o poder de atrair outros átomos de seus
respectivos planos para formar os corpos com cujas aparências as vidas desejem
se manifestar.
ESQUEMA SIMPLIFICADO DA TRÍADE SUPERIOR
O -Átomo de
Atma
|- Sutratma
O --Átomo
de Buddhi
| -Sutratma
O --Átomo
de Manas
Diagrama II
(Rayom Ra)
Ao
exemplificarmos a tríade superior e adentrarmos em algumas informações a
respeito desses planos mais elevados, pouca utilidade teremos para nosso estudo
uma vez que a maioria dos esotéricos e pesquisadores da ciência oculta está
ainda centrada na personalidade.
Entretanto,
como veremos mais adiante, noutra parte deste trabalho, o Sutratma e o Antakarana
estão interligados, tanto nos aspectos inferiores,
onde
se constrói a ponte entre o mental inferior, o superior e a alma, bem como numa
ligação direta entre o que está acima e o que está abaixo,
entre
a Mônada e a personalidade.
Até
certo estágio da evolução do ser humano os três setores que o estruturam no
espaço-tempo não estão em direta comunicação e simultânea atividade, senão
através dos mecanismos do subconsciente, ou não
A
personalidade vai se tornando uma estrutura bastante poderosa durante seus
percursos no mundo através dos milênios, até que se aproxime de um novo momento
cíclico, quando perderá grande soma de poder em prol da Alma.
As
leis da natureza que se refletem em todas as coisas criadas para evoluir
obrigam as Mônadas a avançar sempre com suas criações.
Isso
acontece também com a personalidade humana. Algumas Mônadas,
no
entanto, perdem o controle temporário quando as personalidades permanecem
empedernidas, vindo se tornar necessário a articulação de artifícios extras –
quando conseguem – para novamente trazê-las de volta ao adestramento e
alinhamento com suas potencialidades espirituais.
O
grande perigo acontece quando a personalidade desenvolve em demasia seus
próprios conceitos sobre o materialismo, trancafiando-se em valores pessoais,
criando uma verdadeira carapaça com a matéria mental inferior, impenetrável
pela luz da alma em níveis conscientes ou subconscientes.
Então
nada é possível se fazer em termos de avanços ao Antakarana enquanto esses
obstáculos não sejam removidos.
Essas
personalidades de poderosos intelectos, por livre arbítrio adernadas do
processo evolucionário espiritual, constituem as grandes obstaculizadoras dos
avanços da luz da alma entre os povos, pois devido sua desenvolvida
inteligência transitam com facilidade por todos os setores dos organismos e
estruturas sociais.
E é
no setor do ensino que se dá sua maior contribuição destrutiva, pois convencem
as mentes jovens com teorias e elocuções pragmáticas que exaltam o concretismo
da ciência e a lógica da filosofia materialista.
E
por aparente paradoxo, as religiões e organizações ocultistas demonstram também
existir em suas hostes, percentuais consideráveis desses tipos mentais
obsessivos que materializam o espírito.
O
processo evolucionário vem acontecendo para toda a humanidade em todas as
nações ou raças indistintamente.
Quando
um ego já percorreu 2\3 de
sua caminhada ele está habilitado a entrar no estágio mais inferior do
conhecimento oculto dos mistérios da vida e vir a entender sobre sua pessoal
existência como entidade humana.
Esse
é na realidade um pré-estágio de sua aspiração consciente e despenderá algumas
vidas para sedimentar os conhecimentos básicos em atividades correlatas,
trilhando ao mesmo tempo um caminho paralelo de provações, agora sob o amparo e
orientação da Hierarquia dos Adeptos que vela pela humanidade.
Tendo
constância, o iniciante começará a encurtar a necessidade de outras
experiências através de cansativas encarnações uma vez que passa a trabalhar de
maneira mais direta e disciplinada, lapidando conscientemente o ego e reunindo
melhores qualidades.
A
humanidade avançada segue atrás em seus lentos processos do conhecimento
limitado da alma.
A
ciência com suas conotações materialistas atrai imensos coletivos e os exercita
mentalmente para seus desempenhos profissionais.
No
entanto, não é tudo o que a humanidade necessita para verdadeiramente evoluir
como alma conscientizada num mundo de personalidades.
Pois
com pragmatismo científico, descobertas e facilidades tecnológicas,
essas
introduções modernas não suprem ao grande vazio que se instala no íntimo das
multidões clamantes por uma realidade interna verdadeira.
Nesses
tempos atuais em que os valores se chocam e se debatem e mediante as claras
necessidades de muitos milhões, a ciência materialista por sua incapacidade de
atenuar os sofrimentos da alma mundial, e não conseguindo deter a pressão recorrente
e orientada por um processo evolucionário que não compreende, vem deixando
grandes brechas para a entrada de alguns segmentos da ciência de antigos
ocultistas e iniciados,
principalmente
orientais. Isto representa um grande avanço para o entendimento da humanidade
sobre as curas de certos males físicos,
emocionais
e mentais conectados com a realidade da alma, quer os mais arrogantes e
ortodoxos da ciência materialista admitam ou não.
Quando
o entendimento da construção do Antakarana ou “ponte arco-íris” é
administrado e visualizado pelos estudantes conscientes, há reações bem mais
intensas nas suas linhas de comunicação, pois o Antakarana precisa
ser trabalhado pela personalidade nos vários segmentos que conduzem os fluxos
de energias para os três principais setores que edificam o homem total.
A
orientação para a construção consciente da ponte entre o mental inferior e o
mental superior, precisará, no entanto, vir precedida da desobstrução dos
condutos que se espalham nos corpos etérico, astral e mental da personalidade.
Em
determinados pontos, esses condutos se ligam ou se transpassam,
levando
energias de um para outro corpo, conforme já fizemos referência noutra parte
desse trabalho
Como se sabe, a personalidade é constituída de quatro corpos ou
veículos:
o corpo físico, o etérico, o astral e o mental,
ou como são estes veículos chamados noutras filosofias de corpo denso, corpo
vital, corpo emocional e corpo mental concreto.
Por
longos milênios os aspirantes e neófitos, os iniciados menores e os mais
graduados, vêm exercitando os fluxos de energias através do emaranhado desses
condutos. Isso se dá com métodos de acordo com cada escola, com meditações
esotéricas dirigidas e orientadas para os plexos sensíveis, por vocalizações de
mantras, por rituais ou trabalhos concretos de magia.
São
muitos milhões desde um passado distante que resistem e insistem em palmilhar
conscientemente esses caminhos, conseguindo realmente avançar quando não
enganam a si mesmos.
Hoje,
no entanto, por fraternidades ocultistas, grupos esotéricos ou divulgadores
independentes, criou-se o falso conceito ou presunção de que o conhecimento
teórico de lições do ocultismo abre os portais das iniciações.
A
teoria para alguns estudantes mexe com a reflexão, estimulando cada vez mais às
ardentes pesquisas para o verdadeiro aprendizado, mas quando não se observam as
regras simples das práticas diárias, e das realizações objetivas no mundo, as
montanhas da teoria não servem para nada.
O
orgulho e a ilusão do “saber
teórico” abrirão as portas unicamente para o indesejável
hóspede do infortúnio que levará o estudante cada vez mais para fora da
habitação natural da alma – a sua própria casa – a fonte verdadeira e abrigo
espiritual.
Devemos
sempre nos lembrar, e se possível repetir muitas vezes, que jamais alguém
galgou as montanhas da glória alcançando os reinos superiores unicamente pela
teoria.
Devemos
considerar também que o
Antakarana representa, juntamente com o sutratma, o caminho
de volta ao Pai, como representou o sutratma o caminho de descida da Mônada aos
mundos inferiores.
O Antakarana
pode ser considerado a trilha de retorno do peregrino no mundo quando o
buscador constrói a ponte entre o mental inferior e o mental superior
Nas
suas linhas superiores o
Antakarana leva à realização do homem total, depois de
cumpridas as cinco grandes iniciações.
Buda
foi o primeiro produto de nossa humanidade no planeta a desbravar esse caminho.
O “Caminho do Meio”
experimentado e palmilhado mentalmente pelo Gautama trouxe ao discipulado, e à
humanidade em geral, a verdade interna que nem todos viam ou vislumbravam, mas
que todos precisavam vivenciar para cumprir o ciclo das experiências da Mônada
neste segundo sistema solar onde a nota do amor-sabedoria vibra e entoa por
todo o nosso cosmos.
Já
Cristo absorveu a parte mais difícil da missão de vivenciar e mostrar aos
seguidores presentes e futuros como trabalhar no sentido de construir em si
mesmos uma personalidade integrada conducente à ponte do Antakarana.
Devemos
também ressaltar que o cristianismo religioso e o cristianismo esotérico lançam
a personalidade até a região limítrofe da ponte.
Daí
em diante o aluno individual atravessa por meio de seus próprios esforços,
voltamos a isso enfatizar.
Jesus
ensinou à humanidade como tratar o mundo para que o mundo entendesse a mensagem
de Cristo, porém ensinou aos seus diversos grupos de discípulos como exercitar
os fundamentos ocultos para edificar a ponte.
E
esses ensinamentos ele os recebeu dos monges budistas quando de suas
peregrinações e passagens pelos mosteiros do oriente, principalmente do Tibet.
Note-se
aqui a integração de Buda com Cristo, pois é sabido que ambos trabalharam em
conjunto nos planos espirituais para que a mensagem conducente ao caminho da
libertação pudesse ser praticada em duas etapas distintas sob dois ciclos
astrológicos diferentes, segundo as energias propícias para os eventos.
Tem-se
no ocultismo que Cristo assistiu Buda em seu período de trabalho e realização
pela meditação e Buda assistiria Cristo quando da vinda de Jesus-Cristo na Galiléia com
a missão de continuar o projeto iniciado por ele – Buda - no distante oriente.
De
todas as formas, a revelação do
Antakarana vem dissolver a ilusão de que unicamente por
seguir as regras da educação, da bondade e da caridade religiosa se chega à
realização total.
Esses
elementos são importantes e necessários, mas representam ainda alavancas para
se chegar aos umbrais da verdade num quadro de harmonia e amor, pois se não os
cultivam, trabalha-se com a força integral ou mista de polaridades opostas, o
que conduz à rudeza e às vias da magia negativa.
Desse
modo, essas revelações iniciadas com as pregações de Buda sobre as quatro
nobres verdades, os oito nobres caminhos do discipulado e o método da meditação
sistemática, foram continuadas com Cristo nos seus ensinamentos sobre a
preparação e trabalho dos discípulos no mundo.
E
após o recebimento das duas primeiras iniciações, vêm à luz toda a profundidade
do Antakarana como o real caminho e
o próprio caminhante.
“Eu sou o Caminho A
Verdade e a Vida e Ninguém Vai ao Pai a Não Ser por Mim”
Com
essa máxima Cristo sintetizou toda a realidade da preparação interna do
discipulado para a identidade com sua alma – o Cristo Interno em cada um – e ao
objetivo final da peregrinação humana no retorno à mônada.
V
Em
relação aos átomos permanentes, formadores da tríade superior,
podemos
ainda considerar que em se tratando de átomos especialmente trabalhados pela
ciência das Hierarquias Criadoras, detiveram diferentes condições nos mundos a
que pertencem, fundamentando toda uma endógene do super-homem ou Alma
Espiritual que se relaciona diretamente com a Mônada via Atma.
Os
átomos são vitais em todos os aspectos da criação, e foram definidos nos tempos
de Demócrito como partículas indivisíveis, “A-Tomos”.
Hoje
essa definição não atende às necessidades de um conhecimento sempre crescente
do átomo químico pela ciência humana, conforme assim já comentamos:
“Há algum tempo não se define mais o átomo, pura e
simplesmente, como sendo a menor partícula da matéria.
Com o avanço das pesquisas surgiram definições mais
aprofundadas comprovando a existência de partículas ainda menores no próprio
átomo em níveis subatômicos.
Algumas partículas subatômicas são denominadas férmions,
bósons,
hádrons, léptons e quarks, e diante de novas descobertas
também se incluem nesse rol as partículas chamadas de antimatérias do domínio
das pesquisas quânticas”
(Nossas Vidas Atômicas – Rayom Ra).
Os
átomos químicos, por oportuno, não têm as mesmas disposições,
formas
ou funções dos átomos dos planos superiores de que estamos tratando, pois a
matéria de cada plano de nosso universo tem suas particularidades e vibrações
que diferem de um plano para outro.
Os
átomos citados, ao longo de suas encarnações e segundo os objetivos traçados
para toda a natureza são somente correlatos entre si por artifícios, no tocante
a evolução do homem.
E
os objetivos são alcançados segundo ao que as rondas impulsionam nos processos
evolucionários de nossa cadeia planetária, em estreita relação com os átomos.
As
rondas são os giros que os fluxos de vida provocam em cada uma das 10 cadeias
planetárias esotericamente conhecidas em nosso sistema solar
Cada
cadeia possui sete planetas com diferentes condições vibratórias da matéria
universal.
Os
enormes fluxos de vida, dimanadas do Logos Criador, um a um durante bilhões de
anos percorrem os sete planetas de cada cadeia, e a cada ancoragem nos planetas
oferecem às vidas que neles vêm agregadas, as condições para as obtenções de
suas necessárias experiências
Nesse
particular, temos o arco de descida em que os fluxos percorrem planeta a
planeta em sentido do superior para o inferior.
No
percurso, após respectivos estágios nos planetas anteriores, se ancoram no
quarto planeta, o mais inferior da escala, por um tempo incrivelmente longo,
para mais tarde começarem a galgar o arco de subida dos três seguintes
planetas, chegando ao sétimo, o extremo do arco.
Quando
isso acontece, um giro terminou ou uma ronda foi completada.
Nesse
instante de nossas existências, estamos no decurso da quarta ronda de nossa
cadeia, em que o quarto planeta, a Terra, concentra as atividades de quase
todas as vidas da cadeia.
O
processo evolucionário não é aleatório em nenhuma particularidade e todos os reinos
se acham integrados com suas vidas atômicas
Os
átomos dos planos acima do físico possuem nas suas estruturas cordões
denominados no ocultismo de espirilas por onde circulam energias.
Em
direta ligação com as vidas, a cada ronda que exemplificamos, novas séries de
cordões de espirilas são ativados nos átomos permanentes, ao decurso das raças.
Como
atravessamos a quarta ronda, a humanidade adiantada já detém a quarta série de
espirilas ativada, motivo pelo qual um percentual dessa mesma massa humana já
atravessa os umbrais da iniciação, trabalhando a construção do Antakarana,
ainda que inconscientemente – o que os mestres do conhecimento auxiliam-na a
isto realizar.
Ampliemos
mais um pouco o tema para sentirmos a importância da integração, rondas-átomos-espirilas-iniciações.
“O ordenamento das espirilas no interior dos átomos
permanentes varia em cada plano e aqueles mais frequentemente descritos são os
do plano físico.
O ordenamento desses minúsculos vórtices de forças e suas
economias internas em cada plano é um dos segredos da iniciação e não pode ser
revelado.
Os átomos permanentes não têm a forma de um coração conforme
desenhado em certos livros.
Certo número de átomos são daquele tipo, mas não são átomos permanentes,
os quais, os permanentes, são mais definitivamente esferoidais sendo
ligeiramente achatados no alto, onde a correspondência com a depressão polar
pode ser encontrada, e igualmente achatada sob a superfície”
(D.K.-AAB).
Em
réplica à tríade superior temos a tríade inferior, formada com a unidade
mental, localizada no mental concreto da personalidade, juntamente com um átomo
astral permanente e outro átomo permanente etérico-físico
Pela
unidade mental é por onde se construirá a ponte do Antakarana, que ligará a
personalidade com a alma.
A
unidade mental polariza todos os elementos do conhecimento intelectual terreno
que a personalidade necessita para desenvolver valores em seu mundo.
No
passado, o homem evolui em ciclos que lhe serviram para desenvolver seus
veículos físico e etérico, na raça lemuriana, e o veículo emocional
– astral – durante o período atlante.
Até
mais ou menos o meio do atual estágio da raça ariana que sucedeu a atlante, muitos
milhões não tinham ainda despertado suficientemente o mental concreto, para se
dizer propriamente personalidades.
Grandes
contingentes populacionais estão ainda atrasados em relação a isto ou vivem
adernados ao processo.
Filosoficamente,
o homem começou a ser uma personalidade somente quando despertou o mental
concreto, e já deu início ao trabalho intelectual intenso e continuado sob
a guarda de sua pessoal consciência.
A
personalidade, conforme sabemos, é um reflexo imperfeito da alma,
cuja
visão e consciência abarcam valores mais amplos e completos.
O
homem moderno ao trabalhar os vários e diversificados recursos do intelecto, o
transforma na ferramenta sutil para sua ascensão através do Antakarana
até a alma, e desta até a Mônada.
O
enigma do homem prende-se também a símbolos numéricos na sua infraestrutura.
O
homem interno é basicamente três, a exemplo das projeções do Logos Solar em
três aspectos.
A
personalidade representa o Terceiro Logos, o construtor na matéria.
A
alma é análoga ao Segundo Logos, pois representa o Cristo, a segunda pessoa da
trindade, sendo o amor-sabedoria incorporado no mundo através do seu magnetismo
sob a nota vibratória do atual sistema solar.
A
alma espiritual, ou individualidade, em contato direto com a Mônada, é
correlata ao simbolismo do Primeiro Logos, O Deus-Pai, O Criador.
Quando
o processo da construção do
Antakarana avança para a alma, da terceira iniciação para a
quarta, a personalidade queda temporariamente subjugada pelos poderes e
sabedoria da alma desde a sua dimensão ou plano de existência, e a alma passa a
se manifestar pela mente da personalidade.
A
unidade mental polarizadora dos valores intelectuais é então destruída, não
havendo mais a necessidade de sua existência, uma vez que a alma vem atuar
diretamente na personalidade.
Então
o três - a personalidade, a alma e a mônada - passa a ser o dois,
anulando-se
a ação isolada da personalidade, que absorve a sabedoria da alma.
O
intelecto, como todos os demais aspectos dos corpos que constituem o ser humano
total, é também finito, pois os corpos edificados pela Mônada somente são
necessários até que se alcance a etapa seguinte e superior durante o
progressivo caminho do homem de volta ao Pai.
Dizer-se
que o homem é eterno é uma verdade somente relativa, porque ele é assim no
espaço-tempo, e sempre se transformando, deixando de existir nesse mesmo
espaço-tempo após a Mônada possuir todas as experiências a que se lançou para
consegui-las.
Assim,
ao dissolver o intelecto amparado que fora pela unidade mental, o homem volta
ao mesmo ponto na espiral evolucionária das raças, porém em situação mais
elevada, porque o homem de antanho vivia as experiências tanto
físicas-etéricas, na Lemúria, quanto às astrais e suas projeções, na Atlântida,
sem verdadeiramente compreendê-las
O
intérprete – o intelecto – somente lhe adviria como o mais concentrado analista
objetivo, durante seu percurso na quarta raça, a ariana.
A
alma passa então ao estágio imediato de ser absorvida pela personalidade,
usando seus próprios valores acumulados por numerosas interpolações terrenas,
para definir e projetar os novos caminhos da Mônada no mundo.
Mais
tarde, da quarta para a quinta iniciação, a alma e tudo o que a organiza
deixará de existir como demonstrado na crucificação de Jesus, tendo
alcançado a quarta iniciação.
Sob
o aspecto oculto (e mesmo físico), Jesus
não morreu na cruz, porém o Cristo foi quem morreu – ou começaria a morrer – por
ser o verdadeiro crucificado.
Jesus
representa justamente o iniciado que constrói o Antakarana
durante sua terceira iniciação, crucificando-se simbolicamente em favor de
Cristo –a alma no iniciado Jesus.
Na
quarta iniciação, é Cristo, a Alma, que morre em favor da Mônada, permanecendo
ainda a tríade superior em estreita ligação com a Mônada
Então
a Mônada vem assumir todos os aspectos da sua manifestação no mundo físico
sem intermediações, embora se projete pela tríade e Antakarana,
transformando-se em um, a personalidade gloriosa.
E
esse é um dos segredos dos nascimentos de grandes avatares no mundo terreno,
pois não serão mais humanos na acepção comum do termo
Desejamos,
no entanto, ressaltar, uma vez mais, que Cristo em alma,
Reside
em todos nós, "vidas
evolucionantes personificadas",
mas também existe como indissociada energia monádica pelo gênesis natural do
Segundo Aspecto do Logos.
Cristo-Homem,
conforme imaginamos ou conhecemos, é aquele mestre da sétima iniciação que
ocupa no momento esse papel ou atributo na Hierarquia Planetária.
Atualmente,
a Presença de Cristo está dividida entre o Senhor Jesus e o Senhor Kuthumi.
O
Senhor Maytréia que foi Cristo, o Divino Mestre de Jesus em sua missão na
Terra, hoje cumpre o papel de Senhor Buda Planetário, ao passo que o Senhor
Buda Gautama, hoje assume o papel de o Senhor do Mundo, no lugar de Sanat
Kumara.
Essas
abordagens obtidas pelos iniciados da quarta à nona iniciações são de
aspectos gerais e permitidas as divulgações pela Hierarquia de Adeptos, pois as
relações exatas entre as Mônadas e tríades e os artifícios detalhados em todas
as suas minúcias de suas descidas aos mundos inferiores, serão ainda, de muitas
maneiras, inacessíveis aos mestres até que eles subam todos os degraus das
iniciações.
No capítulo VIII de nossa obra, “No Arco das Iniciações”,
aprofundamos um pouco mais o tema Iniciações Maiores, baseados nos ensinamentos
de D.K./AAB.
Vejamos
agora como representar de maneira simples essa montagem básica da Mônada e seus
veículos, ligados ao corpo egóico e às duas trindades no homem
A MÔNADA E A TRÍADE SUPERIOR
O
--A
Mônada
| - Sutratma
O
-- Átomo de Atma
| - Sutratma
O
-- Átomo de Buddhi
| - Sutratma
O
-- Átomo de
O
Antakarana Superior
O -- Átomo
de Manas
| - Antakarana
O -- Lótus
Egóico
| - Antakarana
O -- Unidade
Mental
Diagrama III
(Rayom Ra)
Notamos
no esboço acima que a tríade superior liga-se ao lótus egóico,
que
faz ponta com a unidade mental.
O
lótus egóico é em última análise o corpo causal da alma, ou como dizem os
ocultistas o “Ego
no Corpo Causal”.
A
unidade mental não é um átomo, mas sim uma concentração de energia modelada de
tal forma e figura, a possuir unicamente quatro séries de espirilas, diferentemente
de os átomos-vidas que possuem sete séries. Já a unidade mental forma,
justamente, o ponto de contato entre os dois egos, o inferior, representado
pela personalidade terrena com seus quatro corpos, e o superior, apoiado na
alma e seu lótus egóico construído pela ação da tríade superior
Atma-Buddhi-Manas
É
sobre a unidade mental que tanto a personalidade de baixo para cima,
como
a alma de cima para baixo atuam juntas sob a orientação da Mônada, na
construção da ponte arco íris do
Antakarana.
A denominação
de arco íris deve-se ao fato de a ponte estar atuada pelos sete raios em suas
diferentes colorações, o que se vê nas estampas representando o corpo causal.
A TRÍADE INFERIOR
O
-- Unidade Mental
| - Sutratma
O
-- Átomo Astral
| - Sutratma
O
-- Átomo Etérico Físico
Diagrama IV
(Rayom Ra)
Vemos no diagrama III o
que se convencionou chamar tríade inferior que implica na formação da
personalidade propriamente, onde o átomo físico responde ao corpo etérico e
este ao físico denso.
O
processo de construção do
Antakarana, conforme já ressaltamos,
relaciona
a personalidade à alma pela unidade mental, e o prosseguimento da sua
construção conduz à Mônada.
No diagrama IV,
vemos a construção completa onde a personalidade e a alma se ligam diretamente
pela ponte construída e o fio sutratma se transforma também na ligação Antakarana,
conforme veremos noutra parte deste tema.
Do
mesmo modo, onde a alma ou corpo causal se manifesta – no terceiro subplano do
plano mental abstrato - o Antakarana, no seu aspecto superior, é construído em
ligação triangular envolvendo o átomo mental,
o
lótus e a unidade mental.
O
átomo de manas, nesse caso, realiza também a função intermediária para a tríade
superior formada por ele mesmo, pelo átomo de Buddhi e o átomo de Atma, embora
essa disposição e intermediações sejam diferentes das existentes para a ponte
construída entre a personalidade e a alma.
Vejamos isso num só segmento:
O
A Mônada
| - Sutratma-Antakarana
O
-- Átomo de Atma
| - Sutratma-Antakarana
O
-- Átomo de Buddhi
| - Sutratma-Antakarana
Evolução para a Tríade Superior
O
-- Átomo de Manas
| - Sutratma-Antakarana
O -- Lótus
Egóico (Corpo Causal)
| - Sutratma-Antakarana
A
Ponte Antakarana
O
-- Unidade Mental
| - Sutratma-Antakarana
O
-- Átomo Astral
I - Sutratma-Antakarana
O
-- Átomo Etérico Físico
Diagrama
V
(Rayom Ra)
Vemos,
portanto, que no conjunto, os três setores estão implicados diretamente em todo
o processo do
Antakarana, pois o primeiro relaciona a personalidade (Físico-Astral-Mental Inferior) à
alma
(Lotus Egóico-Mente Superior)
pela Unidade Mental, depois se dá a intermediação do átomo permanente de Manas
a um terceiro segmento do
Antakarana, ou seja, a alma mortal à tríade superior (Manas-Buddhi-Atma) ou
Alma Espiritual, energizada pela Mônada.
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