TERÇA FEIRA ,03 DE NOVENBRO DE 2020
Muitos séculos se passaram e filósofos, pensadores
e homens comuns já se pegaram pensando sobre a verdade em si.
O que seria, enfim, a tal verdade que todos buscam?
Como ela deve ser?
Será muito além do que os nossos cérebros limitados
podem conceber?
Antigamente, a
busca pela verdade era um exercício nobre e intelectual.
Homens e mulheres buscavam, por meio da
mentalidade, conceber e explicar racionalmente o que é a verdade e qual roupa
ela veste.
Entretanto, essa perseguição intelectual pela
verdade ficou enterrada junto às sepulturas dos antigos filósofos e homens
nobres de coração.
Hoje presenciamos uma sociedade mergulhada na
matéria, no conforto e no prazer.
Nunca, na história da humanidade, tivemos tanta
abundância material.
Claro, é de suma importância dizer que não há nada
de errado nisso, até porque a matéria também faz parte dessa realidade e está
inserida na Verdade Maior.
O conforto e o prazer, desde que equilibrados, vem
auxiliar nossa caminhada terrena.
Afinal, o
que seria então a verdade que tanto foi buscada ao longo de séculos e hoje se
encontra abandonada nos porões empoeirados da nossa memória coletiva?
Alguns até acham uma profunda perda de tempo
procurar entendê-la.
Pois bem!
Antes de adentrarmos na Verdade, precisamos falar
sobre os níveis de entendimento que uma consciência suporta.
Vamos partir do início.
O nosso universo é construído pela mente do Todo,
Deus, Deus-Pai-Mãe, o Grande Arquiteto do Universo, ou qualquer nome que goste
para se referir a Ele.
Tudo está regido sob a consciência infinita e
benévola de Deus.
Em outras palavras, somos parte
da consciência dEle. Dito de outro modo:
não há nada fora da Consciência Universal assim
como tudo está dentro.
Portanto, todas as criações, ações ou pensamentos,
sejam eles negativos ou positivos, são uma “criação” dEle.
Nada é inútil ou injusto dentro da Fonte Criadora.
Tudo é abençoado por ela.
Dito isso, e entendendo que somos parte da
Consciência Maior, no momento em que fomos concebidos por ela, viemos puros e
ignorantes.
Pode-se comparar com uma criança recém-nascida que
busca, a todo o momento, entender como é o mundo físico, quais são as sensações
que existem e como utilizar suas habilidades corporais para lidar com a
complexidade material.
Ora, o surgimento de uma nova consciência (nós) não é muito diferente do nascimento de um
bebê: precisamos passar por inúmeras experiências, testes e desafios para ampliar nossa consciência.
Isso inclui viver a escuridão e a Luz.
Em outras palavras, viveremos sempre os dois polos
da dualidade.
Talvez agora você esteja começando a entender aonde
eu quero chegar.
Como nascemos puros e ignorantes, a expansão de
consciência se concretiza na obtenção de experiências por todo o Universo.
A cada vivência que passamos – como espírito ou ser
encarnado, – vamos somando e incorporando em nossa Biografia
Individual (a nossa consciência).
Sendo assim, cada indivíduo, seja encarnado ou não,
está buscando o seu modo de desenvolver mais experiências para agregar ao seu
registro histórico.
Entendendo toda essa questão, entramos agora na
ideia da verdade relativa e seus entendimentos.
Conforme vamos vivenciando e ampliando a nossa
Biografia Cósmica com inúmeras situações – seja encarnados ou desencarnados – a
compreensão sobre determinados assuntos, em específico, vai se tornando cada
vez mais relativa.
Dito de outro modo, o ser começa a entender que uma
determinada situação, em diferentes contextos, pode conter infinitos meios de
interpretações e ações.
Para ser mais simples e didático:
Eu jogo um dado no chão e vejo o número 4 virado
para mim, porém, o meu companheiro que está do outro lado do dado enxerga o número 1.
E agora?
Quem está com A Verdade Universal e absoluta?
Quem é o mais entendido sobre o “assunto dado”?
Eu que vi o número 4 ou aquele que viu número 1?
Ambos têm a verdade relativa consigo e as duas são
fragmentos da Verdade Maior.
Carrega-se então, um pedaço da realidade Maior em
cada verdade relativa.
Eu que vejo o número 4 carrego uma visão sobre o
dado, e o meu companheiro, o complemento do que eu vejo.
Assim são os entendimentos no Plano Físico e
Espiritual.
Não há nada autossuficiente, porque tudo faz parte
de uma Verdade Maior.
Vamos contextualizar essa ideia para a realidade da
Terra: seria possível um
nutricionista solucionar todos os problemas que um médico tem dificuldade de
resolver?
Ou seria o contrário?
Ou, até mesmo, um
psicólogo conseguiria solucionar todas as patologias com o estudo da mente?
Fato é que nenhum dos três resolverá todas as nuances
terrenas, até porque cada um carregará apenas meia verdade consigo.
As três áreas do conhecimento não contemplam o todo
em si.
Elas suportam apenas uma fração da Verdade
Superior.
Agora vamos complicar um pouco mais?
Dentro de cada meia verdade que carregamos, temos
níveis e subníveis de entendimento.
Em outras palavras: uma pessoa só compreenderá o
que a sua consciência está preparada para absorver.
“(Lembra que nascemos puros e ignorantes?)”
Assim, um nutricionista pode resolver um problema
alimentício de forma diferente do outro profissional da mesma área, pois eles
carregam dentro de si um determinado entendimento e interpretação sobre a
ciência dos alimentos.
Portanto, os modos como irão exercer suas curas
através da comida serão de formas diferentes.
Isso significa que um é melhor ou pior do que o
outro?
Não, necessariamente, porém, existe sempre um
nutricionista que estará mais perto da verdade relativa mais pura.
Comparativamente, é como se um nutricionista
estivesse enxergando “melhor” o número 4 do que o outro que está enxergando apenas o número de
forma embaçada, assim como os indivíduos que têm alguma deficiência na visão.
Por fim, significa
que o nutricionista que enxerga a verdade relativa está melhor ou superior ao
que está enxergando mal?
Definitivamente NÃO!
Eles apenas estão em fases diferentes da evolução
da consciência, portanto, a expansão para uma verdade maior.
Talvez você me pergunte: “o que acontecerá com o primeiro nutricionista
depois que descobrir que a sua verdade é relativa?”
Simples: ele buscará uma outra verdade relativa para somar às suas verdades já
contempladas e apreendidas.
A longuíssimo prazo, este nutricionista, ou melhor,
este espírito irá aumentar a sua bagagem de experiências físicas em sua
Biografia Cósmica.
“E o segundo nutricionista que está enxergando o
número 4 ainda embaçado, o que acontecerá com ele?
Continuará enxergando mal?” –
É claro que ele não continuará enxergando mal; isso
é apenas uma metáfora.
O que acontecerá com ele está dentro do mesmo
conceito do primeiro, ou seja, ele continuará vivendo, experimentando,
estudando e vislumbrará o número 4 do dado com a mesma facilidade que o
primeiro.
Logo ele entenderá o mesmo que o outro compreendeu.
Futuramente.
Assim é o funcionamento das verdades no universo.
Ninguém está 100% correto nem 100% incorreto.
Tudo faz parte da Verdade Maior, pois esta abarca
todas as verdades relativas.
Para a melhor compreensão: um quebra-cabeça montado
com todas as peças em seu devido lugar é A Verdade Universal, porém, cada pecinha
do quebra-cabeça separada uma das outras contém uma verdade relativa, que cada
indivíduo carrega dentro de si.
Portanto, para chegarmos à verdade Absoluta,
devemos experimentar e vivenciar cada pecinha deste grande enigma, e montá-la.
Para que esse conhecimento seja aplicado na prática
terrena, devemos fazer o seguinte: vamos respeitar o livre arbítrio de cada ser
humano, pois ele está vivenciando as verdades relativas e seus subníveis
Você e eu não podemos, JAMAIS, interferir nos desdobramentos da jornada
daquele indivíduo.
Assim como ele, você e eu estamos experimentando
verdades relativas que serão somadas em nossa Biografia Cósmica.
Assim, ao ver que pessoas estão indo às ruas
protestando por algo que você não concorda, apenas respeite e deixem-nas viverem
à sua maneira.
Você não tem, como humano, todas as ferramentas
justas e precisas para julgar a verdade que o outro carrega.
Jamais deixe que a soberba da meia verdade nutra o
teu coração, pois isso se tornará um veneno tanto para si quanto para os outros
que o cercam.
Mantenha a sua firmeza na verdade do teu coração,
pois somente ele o guiará para as vivências necessárias que expandirão a sua
consciência para novas verdades e, por fim, chegar A Verdade Superior.
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