Um exemplo são os trechos do testemunho abaixo, uma espécie de
volta de aquecimento antes de partir para uma nova dimensão.
Talvez alguns extratos do meu diário pessoal possam ajudar
alguém que se encontra em um determinado período de crescimento, pode ser que
seja preciso esta experiência em particular para o estágio final…
“Ah,
este é o começo da transição para uma nova densidade…
Por dois anos, sonhei em ir para uma ilha deserta, tinha a
constante sensação de que a vida estava sendo desperdiçada nas coisas erradas.
Todos os critérios de uma vida feliz que nos são transmitidos –
segurança material, uma casa, um monte de filhos, um carro, férias no exterior,
etc., tornaram-se de alguma forma sem sentido.
Ficava me perguntando:
‘Para que tudo isso, se tudo acaba da
mesma forma para todos? Por que
nascem crianças pobres?
Para viver suas vidas de maneira tão estúpida, resolvendo
problemas domésticos triviais, e depois
bater as botas?
Este estado de espírito durou um ano.
Então, foram mais seis meses de busca.
Comecei a ler sobre o sentido da vida e coisas assim.
Mas
sendo uma pessoa autossuficiente e cautelosa, procurei ler “indiretamente”, apenas registrando, para não me tornar
fanático por determinada corrente.
Atualmente, conheço muitas das principais escolas esotéricas e
ensinamentos espirituais.
Ou seja, eu sei quem prega o quê.
Gradualmente,
com base nas informações recebidas, um quadro mais amplo começou a emergir.
Acontece que todas essas escolas e ensinamentos diziam a mesma
coisa, mas de formas diferentes.
Por mais seis meses, eu não quis nem sair de casa.
Era como se eu tivesse sido esfolado, e qualquer toque de fora
era muito doloroso.
No metrô, via as pessoas como um bando de macacos inquietos.
E não conseguia entender, por que era tão importante para elas ficar cutucando todos os
problemas delas?
Conversar com familiares e amigos estava ficando cada vez mais difícil.
Apenas
vestia a máscara do mesmo macaco inquieto e brincava com meus interlocutores
por inércia.
Ao mesmo tempo, outra pessoa começou a se destacar em mim,
um outro eu que sabia de TUDO: por que
estávamos neste mundo,
como continuar vivendo.
Não queria voltar para todos aqueles espinhos, estava ficando
sobrecarregado.
Lembro-me bem do dia em que acordei com a sensação de aceitação
total de tudo ao meu redor.
Tudo o que antes me incomodava tornou-se outra cor do mundo.
As cores podem ser diferentes – mais escuras, mais claras, mais
quentes, mais frias…
Temos
que tentar de alguma forma nos prender no “aqui e agora”.
O passado e o futuro nos desequilibram.
Ficamos constantemente preocupados por ter feito algo errado no
passado e com medo de fazer algo errado no futuro.
Não há passado ou futuro em nossas vidas.
Um já se foi, o outro ainda está por vir e não se sabe o que
estará lá.
Vivemos
apenas no momento presente.
Temos que aprender a consertá-lo.
Sentar-se na janela e começar a olhar a natureza, as pessoas e o
céu.
Encontrar o contemplativo em nós. Isso ajuda a sentir este estado
do “aqui e agora”, mais ou menos o mesmo estado que a meditação
nos traz.
Mas eu, por exemplo, não medito de propósito, não saio desse
estado; na verdade, faço um filme sutil sobre minha vida.
Imediatamente,
minha intuição é fortemente ativada, porque as decisões passam a ser tomadas
pelo verdadeiro eu, e não pela mente racional.
O cérebro consegue armazenar uma enorme quantidade de
informações.
E o mais importante, comecei a separar as emoções dos
sentimentos.
As emoções permanecem, mas emoções se vão.
Existe
uma certa ilusão de que sem emoções somos marionetes,
que as emoções são o motor tanto da criatividade quanto da
espiritualidade.
Mas não são.
Os sentimentos são o motor, e as emoções, ao contrário, os
esmagam e se transformam em formas feias.
Quando eliminamos as emoções negativas, sobra tempo para
sentimentos bonitos, que podemos reforçar com as emoções, se quisermos…
Me
recordo frequentemente de como a contagem final começou para mim… coisas que
antes pareciam significativas se desvalorizaram.
Sobreviver deixou de ser um problema.
Fiquei cada vez menos preocupado com como e onde vou viver, e
veio uma profunda sensação de que serei cuidado, e não abandonado, por alguém
lá em cima.
Lentamente, o passado começou a ser esquecido.
Ainda
converso com as pessoas de alguma forma, incluindo aquelas que surgiram do
passado; mas não vejo nada de errado em nos separarmos, já que eu,
pessoalmente, já não preciso mais me comunicar. Isso também se aplica a muitas
das pessoas em meu círculo íntimo.
Mas ainda tinha medo de ofender a pessoa e tolerava entrar em
contato com ela.
Antes, ficava horas remoendo os insultos dos outros, repetindo
para mim mesmo como a pessoa era péssima.
Aos poucos, estou deixando de me deixar afetar por esses
comentários.
Mas havia um sentimento de impotência, de não conseguir mudar.
As
pessoas ao meu redor continuavam vivenciando seus problemas domésticos
triviais, se preocupando com coisas que não merecem tanta atenção.
Minha perplexidade só crescia.
Estava cada vez mais consciente de que a realidade ao nosso
redor é, em grande parte, APROVADA pela
mente coletiva.
Desde a infância, todos são forçados a enquadrar-se em
estruturas estreitíssimas e estereótipos de comportamento que nos são impostos.
As
pessoas se fecham para o desconhecido, vivem com medo dele;
a reação delas é:
“Só acredito no que posso tocar.
Preciso de provas”.
Mas quando as provas aparecem, muitas vezes, não servem para
nada.
Mais do que isso, mesmo que consigam ver o que não cabe na
consciência, instantaneamente colocam uma barreira, uma proteção contra o novo,
e muitos acabam fugindo, esquecendo deste momento como se fosse um pesadelo
horrível.
Fiquei
horrorizado ao descobrir que as pessoas ao meu redor acreditavam piamente que
esta vida é real!
Mas eu já estava diferente.
Comecei a me distanciar da sociedade, porque conversar com as
pessoas tornou-se algo muito doloroso.
As pessoas sempre me magoam com sua estupidez espiritual.
Entendi porque, nos tempos antigos, muitos iluminados
abandonaram as pessoas, pois não conseguiam mais conviver com elas.
Tentei ser mais forte que os antigos, e isso me ajudou a entrar
no segundo estágio…
Ali,
senti que podia romper com as relações que me prendiam.
E algumas qualidades novas se abriram em mim, permitindo que eu
me desconectasse das pessoas para que não me ofendessem.
Todas saíram com muita facilidade, como se o próprio destino me
divorciasse delas assim que pensava em cortar os laços entre nós.
Eu
mesmo acelerei o processo mudando meu número de telefone e saindo de todas as
redes sociais.
Só dei meu telefone novo para as pessoas que queria.
Contei para minha família e amigos próximos, que começaram a
perceber que havia algo de errado comigo; eu os amava mas estava passando por
um momento difícil e precisava me afastar do meu círculo social por alguns
meses, mas que eles não precisavam se preocupar.
Ao mesmo tempo, estava pronto para que alguém se ofendesse.
E aceitei.
Foi
também nesta fase que o medo finalmente foi embora.
Medo da solidão, medo da instabilidade material, medo de não ter
sucesso nesta vida, medo de não ser compreendido.
Comecei a entrar em uma espécie de estupor e permaneci em um
estado de vazio emocional.
Se surgisse algum problema, olhava para ele de forma imparcial,
como se não fosse meu e não precisasse lidar com ele.
Por
alguns meses, observei os turbilhões na sociedade ao meu redor gerar situações
difíceis, mas eles se desintegravam por conta própria porque eu não me envolvia
mais emocionalmente neles, não os alimentava com minha energia, e eles
gradualmente desapareciam.
Foi assim que consegui acumular força interior.
Muitos pensamentos sobre a vida vinham à minha mente.
Eram meus pensamentos e descobertas.
Às vezes surgiam dúvidas: e se eu
estiver indo na direção errada?
Mas elas iam embora rapidamente.
Tentei com todas as minhas forças passar por este momento com
coragem e dignidade, sem reagir a nada, e então, logo senti que estava passando
para o terceiro estágio…
A
primeira coisa que senti foi a força das energias que passavam por mim.
Na minha presença, telefones descarregavam, lâmpadas acendiam
sozinhas ou queimavam e até explodiam, computadores travavam.
Meu corpo físico também reagiu: minha
garganta doía, o corpo era “picado por agulhas” em
vários lugares, tinha dores de cabeça que duravam muitos dias.
Parecia um resfriado, mas sem os sintomas habituais.
No nível da psique, tinha depressões periódicas, embora curtas, e
até falta de vontade de viver…
Ao mesmo tempo, coisas surpreendentes aconteciam: todas as
situações difíceis se resolviam sozinhas.
Minhas palavras, pensamentos e visualizações tornaram-se tão
poderosos que precisava controlá-los cuidadosamente para não prejudicar a mim
ou aos outros…
O
vazio dentro de mim estava começando a ser preenchido.
Novas pessoas entraram na minha vida e, além disso, de repente
passei a aceitar novamente todos ao meu redor sem aborrecimento,
respeitando o fato de terem outro tipo de vida.
Aceitei a maneira como elas vivem, mas comecei, muito gentilmente,
como quem não quer nada, a corrigir o comportamento daqueles que estavam
prontos.
Eles perceberam que todos os meus conselhos estavam funcionando.
E, meu Deus, finalmente, começaram a me dar ouvidos!
E
percebi algo muito importante.
Ajudando ou aconselhando, não devemos sentir nenhuma emoção,
e sim permanecer completamente neutros e amigavelmente
indiferentes.
Não devemos compartilhar e demonstrar simpatia, empatia ou
compaixão.
Nosso coração deve estar calmo no momento da exposição, para não
ferir a nós ou aos outros.
Quando
nossa consciência adquire uma sensibilidade elevada,
reage imediatamente a tudo que toca.
Em primeiro lugar, deixamos uma parte de nós mesmos, parte de
nossa energia na pessoa e, em segundo lugar, podemos atrair parte da energia
dela, incluindo emoções e doenças.
Simplificando, podemos arrastar qualquer coisa do mundo de outra
pessoa para o nosso mundo.
E via de regra, isso está longe de ser saudável, bonito e
agradável.
Por isso, devemos, também, ser responsáveis e atentos, tanto
conosco quanto com os outros….
Logo,
consegui um emprego com o qual sonhava há bastante tempo, uma oportunidade para
viajar, conhecer pessoas interessantes, obter conhecimentos que antes eram
inacessíveis…
todas as coisas que antes tinha medo de pensar.
Ao
mesmo tempo, eu não tinha um desejo intenso por nada.
Tudo veio na forma de presentes do destino.
Foram presentes agradáveis, claro, mas o que me deixou feliz foi
descobrir o Gosto pela Vida.
Antes, eu era um boneco sendo arrastado pelas pedras em um
riacho, e toda a minha vida consistia em desviar da próxima pedra.
Agora, estava em terra firme e podia ir aonde quisesse;
hesitante, a princípio, mas depois, de maneira cada vez mais rápida.
Descobri a capacidade de processar quantidades enormes de
informação em pouquíssimo tempo.
Comecei a entender coisas que antes pareciam incompreensíveis.
Toneladas de novos conhecimentos estavam sendo derramadas em mim…
Comecei
a sentir como a frequência vibratória do mundo ao redor tinha aumentado e
percebi que não precisava inventar algo especial para elevar próprias
frequências a fim de lidar com esse aumento,
forçando-me a ser gentil ou compreensivo.
Nossa consciência, abertura e prontidão mais profundas irão se
ajustar a novas vibrações.
E em nível mental, em nível de pensamento, devemos apenas ser honestos
e sinceros, acima de tudo, com nós mesmos.
Olhar profundamente dentro de nós para entender para onde
precisamos seguir, deixando o resto para o nosso subconsciente, nossos
mecanismos internos de sintonia.
E tudo ficará bem.
O que tem me guiado todo esse tempo?
Por que, ao cair, me levantei e continuei andando, sofrendo com
dores e incômodos, às vezes até
sem vontade de me movimentar?
O que me moveu, por que segui
em frente mesmo assim?
Eu não conseguia responder a estas perguntas.
E então, a resposta
veio por si só:
‘Você sempre foi conduzido por
seu caminho.
O teu caminho guiou-te, não te
deixou cair por completo, parar ou voltar atrás, na tentativa de fugir do
visível, na tentativa de esquecer, ou, pelo contrário, manter o que gostarias
de continuar.
Seu caminho sempre te conduziu, e
sempre te conduzirá, até o fim,
até o seu último minuto neste
mundo…’; descreverei o quarto estágio quando chegar nele…”
As
anotações no diário pararam aí… a transição ocorreu e anotações pessoais não
eram mais necessárias…
É bom, claro, ler ou ouvir pessoas que já entraram em outras
dimensões.
Mas isso não pode ser ensinado.
Só podemos levar em conta a experiência dos outros e adaptá-las
às nossas necessidades pessoais.
Todas as técnicas e práticas são úteis, como uma largada para se
compreender o novo.
Podemos entender e atingir algo APENAS por meio
de nossos próprios esforços, altos e baixos.
Jiddu Krishnamurti disse uma vez:
“Você se torna a coisa com que luta”.
Tudo o que aparece e se manifesta em nosso mundo se torna parte
de nós e nós, por sua vez, nos tornamos parte dessa manifestação.
Será que já pensamos no que exatamente estamos trazendo para o
nosso mundo, ou estamos fazendo as coisas de maneira mecânica,
obedecendo aos hábitos, à opinião pública, a cada desejo?
O
que trazemos para nós, manifestamos para nós, sempre afetará a nós, nossos
pensamentos, nossas percepções e atitudes com relação a qualquer coisa.
O aparecimento em nosso mundo de qualquer objeto, qualquer ideia,
qualquer pensamento mais ou menos estável, um desejo recorrente sempre nos
mudará, mudará nossas vidas, nosso mundo individual.
Isso que apareceu começará a ajustar todo o nosso espaço a nós
mesmos, procurando correspondências nele, atraindo semelhantes a nós.
Autor: Lev
Fonte: https://www.disclosurenews.it/
Fonte secundária: https://eraoflight.com/
Tradução: Sementes Das Estrelas/Mariana Spinosa
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2023/07/lev-de-3d-a-4-d-e-5d-volta-de-aquecimento.html
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