No meu romance, “ Entre dois portões: a busca de um jovem por nascimento”
Encontrei inspiração e consolo tecendo nos
conceitos intrincados dos ensinamentos antroposóficos de Rudolf Steiner sobre a
jornada da alma da morte ao renascimento.
No centro desse conto está Samuel, um personagem
cuja jornada reflete o caminho transformador que acredito que meu próprio filho
Sam seguiu após sua morte prematura aos 32 anos.
Ao escrever este livro, incorporar as idéias de Steiner deu à
narrativa uma estrutura profunda e um senso mais profundo de significado e
catarse.
Rastreando
os passos de Samuel por esses reinos celestes, cada um representando diferentes
fases de desenvolvimento espiritual e reconciliação, senti como se estivesse
acompanhando meu filho em sua jornada em direção à compreensão e à paz.
Essa odisséia literária serviu como uma tapeçaria
complexa, onde a filosofia encontrou emoção e onde o eterno encontrou o
profundamente pessoal, permitindo-me sentir uma conexão espiritual mais forte
com meu amado filho.
A narrativa
a seguir explora o conceito de peregrinação celeste da alma através das sete
esferas planetárias, conforme descrito por Steiner.
Oferece uma
exploração imaginativa, porém acadêmica, dos reinos que a alma pode atravessar
em sua eterna jornada de crescimento, mudança e renascimento final.
O maior mistério da
vida, a jornada da alma da morte ao renascimento, fascina as mentes humanas há
séculos.
O filósofo e professor espiritual austríaco Rudolf
Steiner forneceu um dos pontos de vista mais cativantes dessa passagem mística.
Seus
ensinamentos antroposóficos nos dizem que a viagem da alma não termina apenas
com a morte ou flutua sem rumo em um mundo etéreo; em vez disso, embarca em uma
jornada transformadora por sete esferas planetárias enquanto se prepara para o
renascimento.
Vamos
explorar esse conceito fascinante.
Na visão de Steiner, a morte não é o fim, mas uma transição
— semelhante a um nascimento — em outra forma
de existência.
Quando a alma parte do plano terrestre, ela se move
para um reino espiritual, iniciando um novo capítulo em sua existência eterna.
O período inicial após a morte envolve uma revisão
da vida que acabou de viver, uma espécie de interrogatório cósmico ,
servindo como uma fase de limpeza e preparação para
a jornada da alma pela frente.
Depois de passar por uma fase inicial de reflexão e crescimento
espiritual, a alma está pronta para a próxima etapa de sua jornada, uma
peregrinação celestial através de sete esferas planetárias inspiradoras.
No
entendimento antroposófico, esses não são apenas planetas físicos orbitando o
sol; são realidades cósmicas vibrantes, cada uma cheia de suas próprias
energias e lições espirituais únicas.
A jornada da alma
começa na Esfera da Lua, um reino de reflexão silenciosa sobre sua existência
terrena.
A alma sente o peso de sua vida mais recente e a
miríade de vidas que levou antes.
O tempo se estende e se dobra aqui, permitindo
espaço para introspecção no composto de existências que compõem sua identidade
eterna.
Transição para a Esfera do Mercúrio, a alma se encontra em meio
a uma paisagem de aprendizado e purificação perpétuos. Linguagem, idéias e
intelecto ocupam o centro do palco enquanto a alma navega complexidades e
nuances que nunca havia considerado
A comunicação transcende as palavras,
manifestando-se como uma conexão quase telepática com outras entidades à medida
que a alma aprofunda sua compreensão dos diálogos cósmicos.
De Mercúrio, a alma se move para a Esfera de Vênus, onde é
envolvida em uma aura rosada de amor, compaixão e conexão interpessoal.
A alma se
vê revisando seus relacionamentos passados, amizades e laços familiares,
reconciliando e equilibrando energias que foram transferidas de encarnações
anteriores.
A viagem continua na
Esfera do Sol, que serve como ponto de apoio da jornada.
Aqui, banhada em luz e calor inimagináveis, a alma
é atingida por um profundo senso de seu próprio lugar dentro do grande esquema
cósmico.
Ocorre um momento de iluminação final, onde
perguntas que antes atormentavam a alma encontram respostas nos brilhantes
raios do sol.
Mais adiante, a alma chega à Esfera de Marte, onde é recebida
com oportunidades de coragem e bravura.
É um reino
desafiador, onde surgem raiva, agressão e tendências bélicas não resolvidas.
A alma
aprende a lidar com essas energias, transformando-as em forças que podem ser
usadas para o bem, curando cicatrizes passadas no processo.
A jornada então
ascende à Esfera de Júpiter, um domínio de sabedoria incompreensível e
consciência expandida.
A alma se torna um estudante do próprio universo,
aprendendo as leis cósmicas que governam não apenas o mundo que deixou,
mas a existência em sua totalidade.
É uma experiência humilhante, mas empoderadora,
lembrando a alma da interconectividade de todas as coisas.
Finalmente, a alma chega à Esfera de Saturno, o auge de sua
jornada celeste.
Uma
sensação de conclusão lava sobre a alma enquanto ela se prepara para voltar ao
reino terrestre.
Tendo
percorrido paisagens de conhecimento, amor e sabedoria cósmicos, a alma se
sente preparada, armada com as idéias espirituais necessárias para sua próxima
encarnação.
Assim, a alma viaja e
evolui através dessas sete esferas celestes,
preparando-se para o ciclo contínuo de morte e
renascimento que forma o cerne da existência humana.
A alma se prepara para o renascimento ao concluir sua jornada
pelas esferas planetárias.
Nesse
ponto, Steiner sugere que a alma molda ativamente as condições para sua próxima
vida, guiadas por princípios cármicos.
As
experiências e lições recolhidas nas sete esferas planetárias desempenham um
papel fundamental nesses preparativos, permitindo que a alma trace um curso de
vida voltado para a evolução espiritual.
A perspectiva de
Steiner oferece uma visão holística e cíclica da vida e da morte, mostrando-as
como pontos em um continuum eterno. Longe de ser uma jornada linear com um
começo e um fim definitivos, a existência da alma é uma espiral interminável de
aprendizado, crescimento e transformação.
Além das fases transformadoras pelas quais a alma passa, Steiner
também enfatizou a importância das conexões entre os vivos e os que partiram.
Ao empregar
práticas e exercícios espirituais, os seres humanos podem continuar seus
relacionamentos com aqueles que ultrapassaram o limiar, beneficiando as duas
almas no processo. Esse conceito ressoou profundamente comigo enquanto escrevia
“Entre dois portões.”
A experiência de criar
este romance foi nada menos que transformadora; serviu como uma ponte
espiritual entre dois mundos.
À medida que me aprofundava nos meandros de cada
reino celeste, algo extraordinário começou a acontecer.
Minha
conexão emocional e espiritual com meu filho Sam aumentou para um nível
emocionalmente carregado que eu nunca havia experimentado antes.
Partes
significativas do livro pareciam fluir através de mim e não de mim como se Sam
estivesse canalizando essas passagens diretamente para minha consciência.
As palavras nas
páginas serviram como eco e uma extensão do espírito de Sam, permitindo uma
forma de comunicação quase tangível.
Esse sentimento reforçou minha crença nos
ensinamentos de Steiner sobre a interconectividade dos vivos e dos que
partiram,
sugerindo que nossos laços podem realmente se
estender pelo véu, separando vida e morte.
O processo
de escrever o romance tornou-se não apenas um esforço criativo, mas também um
ato sagrado de comunhão,
aumentando
meu senso de conexão com Sam de maneira indescritível.
Em resumo, a concepção
de Rudolf Steiner da jornada da alma oferece uma visão abrangente e inspiradora
do que pode estar além da cortina da morte.
Ele nos fornece um roteiro, guiando-nos através da
peregrinação da alma da existência terrena através de reinos cósmicos e de
volta a uma nova vida na Terra em um ciclo perpétuo de morte e renascimento.
Através dessa lente espiritual, o desconhecido se torna um pouco
mais conhecido, incentivando-nos a abordar a vida e a morte com reverência,
reverência e um maior senso de propósito cósmico.
Autor: Neil Perry Gordon
Fonte Primária: https://
Fonte secundária: https://
Tradução: Sementes Das Estrelas/Cassiano Rossi
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2024/03/permanecendo-conectado.html
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