SEGUNDA
FEIRA 16 JUNHO DE 2025Muitas pessoas ao
redor do mundo convivem com doenças que afetam o fígado, como cirrose, doença
hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), doença hepática alcoólica, câncer
de fígado, insuficiência hepática e hepatite.
Todos os anos, doenças
hepáticas causam quase 2 milhões de mortes no mundo todo.
Fatores de risco para
doenças hepáticas incluem o consumo excessivo de álcool, níveis altos de açúcar
no sangue, obesidade, pressão alta, viroses, níveis altos de triglicérides e
colesterol, entre outros.
As doenças hepáticas
podem ser tratadas de diversas maneiras, incluindo medicamentos, terapia
nutricional, imunoterapia, mudanças no estilo de vida, ressecção cirúrgica e
até transplante de fígado nas doenças hepáticas em estágio terminal.
Além dos tratamentos
padrões, muitas pessoas recorrem a terapias alternativas, como suplementos
fitoterápicos, na esperança de melhorar e proteger a saúde do fígado.
Aliás, cerca de 65%
das pessoas com doenças hepáticas nos Estados Unidos e na Europa tomam
suplementos fitoterápicos.
Aqui estão as 10
melhores plantas que comprovadamente melhoram a saúde hepática.
Uma observação importante
Muitas plantas,
incluindo algumas nesta lista, podem ser perigosas para pessoas com certos
problemas hepáticos.
Algumas delas têm sido
associadas a danos no fígado e outras complicações, por isso, é fundamental
consultar um médico antes de adicionar qualquer suplemento fitoterápico,
incluindo os desta lista, à sua dieta.
1 – CARDO-MARIANO
A silimarina, comumente chamada de cardo-mariano,
consiste em um grupo de compostos extraídos das sementes de cardo-mariano (Silybum
marianum), incluindo silibina,
silicristina e silidianina.
O cardo-mariano é
usado há mais de 2 mil anos para tratar problemas nos ductos biliares e no
fígado, e pesquisas mostram que ele pode ter propriedades que protegem o
fígado.
Sugere-se que a
silimarina tenha fortes efeitos antioxidantes e possa ajudar a promover a
regeneração das células hepáticas, reduzir a inflamação e beneficiar pessoas
com doenças hepáticas.
No entanto, estudos em
humanos tiveram resultados mistos.
Por exemplo, alguns
estudos mostraram que suplementar com silimarina pode ajudar a prevenir a
progressão das doenças hepáticas, prolongar a vida de pessoas com cirrose
alcoólica e melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças no fígado.
Porém, outros estudos
indicam que a silimarina não é mais eficaz do que tratamentos com placebo,
destacando a necessidade de mais pesquisas.
Não obstante, a
silimarina é considerada segura e não foi associada a efeitos colaterais
adversos, mesmo quando usada em doses altas.
2 – GINSENG
O ginseng é um suplemento natural popular,
conhecido pelas propriedades anti-inflamatórias poderosas.
Diversos estudos em
tubos de ensaio e em animais demonstraram que o ginseng tem efeitos
antioxidantes e pode auxiliar na proteção contra lesões hepáticas causadas poo
vírus, toxinas e pelo álcool.
Além disso, pode
estimular a regeneração das células hepáticas após cirurgias.
Ademais, alguns
estudos em humanos mostraram que o tratamento com ginseng pode melhorar o
funcionamento do fígado e reduzir a fadiga e a inflamação em pessoas com
doenças e disfunções hepáticas.
Por exemplo, um estudo
de 2020 com 51 homens com níveis elevados de alanina aminotransferase (ALT), um indicador de danos no fígado, descobriu que aqueles que tomaram três
gramas de extrato de ginseng por dia durante 12 semanas tiveram reduções
significativas na ALT, em comparação com o grupo de
controle.
Os níveis de
gama-glutamil transferase (GGT), outro indicador de danos hepáticos,
também reduziram significativamente.
Embora estes
resultados sejam promissores, são necessárias mais pesquisas que investiguem os
efeitos do ginseng na saúde do fígado.
Quando usado
isoladamente, o ginseng é considerado relativamente seguro para a saúde do
fígado.
Porém, pode haver
reações quando usado com medicamentos, podendo causar lesões hepáticas e outros
efeitos colaterais potencialmente perigosos.
3 – CHÁ VERDE
Embora tecnicamente
não seja uma planta, o chá verde e seu principal composto polifenólico, o
epigalocatequina-3-galato (EGCG), são frequentemente incluídos em
análises de estudos focados em remédios naturais para tratar problemas no
fígado.
Alguns estudos
descobriram que a suplementação com extrato de chá verde pode ajudar a tratar
pessoas com doenças hepáticas.
Um estudo de 2016 com
80 pessoas com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) descobriu que a suplementação com 500 mg de extrato de chá verde por dia
durante 90 dias reduziu significativamente os indicadores de danos hepáticos ALT
e aspartato
aminotransferase (AST).
Embora o grupo de
controle também tenha apresentado reduções nos níveis de AST
e ALT, estas não foram
significativas.
Outro estudo de 12
semanas envolvendo 80 pessoas com DHGNA observou que aquelas que tomaram 500
mg de extrato de chá verde diariamente apresentaram melhoras significativas nos
níveis de AST, ALT e dos indicadores inflamatórios, em comparação com o grupo de controle.
Este tratamento também
reduziu as alterações gordurosas no fígado.
Também foi demonstrado
que o consumo de chá verde protege contra várias doenças hepáticas, como câncer
de fígado, hepatite, cirrose, esteatose hepática e doença hepática crônica.
Embora beber chá verde
seja considerado seguro para a maioria das pessoas, em casos raros, a
suplementação com chá verde foi associada a lesões hepáticas agudas.
4 – ALCAÇUZ
Embora balas
mastigáveis geralmente vêm à mente quando pensamos no alcaçuz (Glycyrrhiza glabra), na verdade esta é uma planta com
propriedades medicinais poderosas.
Estudos científicos
demonstraram que a raiz de alcaçuz tem efeitos anti-inflamatórios, antivirais e
protegem o fígado.
O principal componente
ativo da raiz de alcaçuz é o composto saponínico glicirrizina, e a planta é
comumente usada na medicina tradicional chinesa e japonesa para tratar muitas
doenças, incluindo as hepáticas.
Alguns estudos
demonstraram que o tratamento com extrato de alcaçuz pode beneficiar pessoas
com certos problemas hepáticos.
Um estudo mais antigo
envolvendo 66 pessoas com esteatose hepática descobriu que a suplementação com
duas gramas de extrato de raiz de alcaçuz durante dois meses reduziu
significativamente os níveis de ALT e AST, em comparação com o tratamento com
placebo.
Em um estudo menor,
seis pessoas saudáveis tomaram um produto com glicirrizina antes de consumir
vodca todas as noites durante 12 dias, e seis pessoas apenas consumiram vodca
todas as noites durante 12 dias.
No grupo que bebeu
apenas vodca, os indicadores de danos ao fígado, incluindo ALT,
AST e GGT, aumentaram
significativamente.
No grupo que tomou
glicirrizina, estes marcadores não aumentaram de forma significativa, sugerindo
que esta substância pode ajudar na proteção contra os danos hepáticos
relacionados ao álcool.
Embora essas
descobertas sejam promissoras, mais pesquisas são necessárias.
Além disso, algumas
pessoas são mais sensíveis ao alcaçuz, e o uso crônico de produtos com alcaçuz
pode resultar em efeitos colaterais perigosos, como pressão alta e níveis
baixos de potássio no sangue.
5 – CÚRCUMA
A cúrcuma e seu
principal componente ativo, a curcumina, têm sido associados a uma variedade de
benefícios impressionantes para a saúde.
É bem documentado que
a cúrcuma tem fortes propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e
anticancerígenas, tornando esta planta uma escolha popular para pessoas com
doenças hepáticas.
Um estudo em pessoas
com DHGNA demonstrou que o
tratamento diário com 500 mg de um produto com curcumina por oito semanas
reduziu significativamente a quantidade de gordura no fígado e os níveis de AST e ALT, em comparação com o grupo de
controle.
Outro estudo com 70
pessoas que tinham DHGNA descobriu que aquelas que
suplementaram com 500 mg de curcumina e 5 g de piperina por dia durante 12
semanas tiveram reduções significativas nos níveis de ALT,
AST, LDL (colesterol ruim) e nos indicadores inflamatórios, em
comparação com o grupo de controle.
A piperina é um
composto encontrado na pimenta-do-reino que aumenta a absorção de curcumina.
Também foi observado
que o tratamento com curcumina melhorou significativamente a gravidade da DHGNA
em comparação com o
grupo de controle.
A suplementação com
cúrcuma e curcumina geralmente é considerada segura.
Porém, alguns casos de
lesão hepática aguda foram relatados.
Entretanto, não está
claro se estes casos foram causados por produtos com curcumina contaminados ou
pelos produtos em si.
6 – ALHO
Embora botanicamente
seja considerado um vegetal, o alho é um componente popular de muitos remédios
naturais.
É rico em compostos
vegetais antioxidantes e anti-inflamatórios potentes, como alicina, aliina e
ajoene, que podem auxiliar na saúde do fígado.
Um estudo de 2020 com
98 pessoas que sofrem de DHGNA descobriu que aquelas que tomaram
800 mg de alho em pó por dia durante 15 semanas apresentaram reduções
significativas nos níveis de ALT, ASR, LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos, em comparação com o grupo de controle.
Além disso, 51% dos
participantes do grupo que consumiu alho apresentaram melhora na gravidade do
acúmulo de gordura no fígado, em comparação com apenas 16% do grupo de
controle.
Outro estudo, feito
com mais de 24 mil adultos, descobriu que os homens que consumiram alho cru
mais de sete vezes por semana tiveram uma redução de até 29% no risco de
desenvolver doença hepática gordurosa.
Embora a ingestão de
alho cru tenha sido inversamente associada à DHGNA nos homens, esta associação não foi
observada nas mulheres.
Além disso, outro
estudo relacionou a ingestão de alho cru a riscos menores de câncer no fígado.
Comer alho cru duas ou
mais vezes por semana foi associado a uma redução de 23% no risco de câncer de
fígado, em comparação ao consumo de alho cru menos de duas vezes por semana.
Embora o alho cru
seja, em geral, considerado seguro, suplementos de alho concentrado induziram
lesões hepáticas no estudo de caso de um paciente.
7 – GENGIBRE
A raiz de gengibre é
um ingrediente culinário popular e também costuma ser usada como tratamento
medicinal para muitos problemas de saúde, incluindo doenças hepáticas.
Um estudo de 12
semanas com 46 pessoas com DHGNA descobriu que a suplementação com
1500 mg de gengibre em pó por dia reduziu significantemente os níveis de ALT, colesterol total e LDL (colesterol ruim), os níveis de açúcar no sangue em jejum e o indicador de inflamação da
proteína C-reativa (PCR), em comparação com o grupo de
controle.
Outro estudo observou
resultados semelhantes.
Pessoas com DHGNA
que suplementaram com
duas gramas de gengibre por 12 semanas apresentaram reduções significativas nos
níveis de ALT e GGT, nos indicadores de inflamação e no acúmulo de gordura no fígado, em
comparação com o grupo de controle.
A raiz de gengibre
contém compostos poderosos, como gingerol e shogaol, que ajudam a inibir a
inflamação e protegem contra danos celulares, o que pode contribuir para a
saúde do fígado.
Além disso, o gengibre
pode ajudar a proteger o fígado de toxinas como o álcool.
O gengibre geralmente
é considerado seguro, até para quem tem problemas no fígado.
No entanto, deve-se
sempre consultar um médico antes de suplementar com produtos à base de gengibre
em doses altas.
8-10.
Outras plantas com
propriedades que protegem o fígado
Além dos tratamentos
listados acima, muitas outras plantas têm sido associadas a melhora da saúde
hepática.
8 – DANSHEN
A danshen é uma
substância usada comumente na medicina tradicional chinesa.
É a raiz seca da
planta Salvia miltiorrhiza Bunge.
Estudos em humanos e
animas demonstraram que a danshen pode ter efeitos positivos na saúde do
fígado.
Estudos em animais
indicam que a danshen pode auxiliar na proteção de doenças hepáticas
relacionadas ao álcool e promover a regeneração do tecido hepático, ao passo
que estudos em humanos sugerem que injeções de danshen podem ajudar a tratar a
fibrose hepática quando usadas junto a outros medicamentos naturais.
9 – GINKO BILOBA
O ginko biloba é um
suplemento natural popular que tem sido associado à melhora da saúde hepática.
Por exemplo, um estudo
com roedores mostrou que injeções de ginko biloba reduziram a fibrose hepática
e melhoraram o funcionamento do fígado.
Embora o ginko biloba
tenha sido associado a efeitos colaterais adversos leves, não foi relacionado
especificamente a lesões hepáticas.
10 – ASTRAGALUS
A astragalus é uma
planta comestível comumente usada na medicina tradicional chinesa.
É rica em compostos
medicinais, como saponinas, isoflavonoides e polissacarídeos, que possuem
propriedades terapêuticas poderosas.
Em geral, é
considerada segura e não foi associada a lesões hepáticas.
Porém, pode interagir
com certos medicamentos.
Estudos com roedores
indicam que a astragalus pode ajudar na proteção contra a fibrose e a esteatose
hepática induzida por uma alimentação rica em gordura quando usada sozinha ou
em combinação com outras plantas.
Precauções
Embora alguns
tratamentos fitoterápicos possam ajudar a tratar ou prevenir problemas
hepáticos, é fundamental que qualquer pessoa interessada em usar medicamentos
naturais para a saúde do fígado converse primeiro com um profissional de saúde
qualificado.
Isso porque muitos
tratamentos fitoterápicos demonstraram ser tóxicos para o fígado e podem ser
perigosos, principalmente para pessoas com doenças hepáticas ou outras
condições médicas.
Aliás, medicamentos
fitoterápicos têm sido associados a problemas no fígado e até mesmo a mortes.
Tanto plantas isoladas
quanto misturas de plantas têm o potencial de causar danos sérios ao fígado.
Além disso,
suplementos fitoterápicos podem estar contaminados com metais pesados,
pesticidas, produtos farmacêuticos e bactérias que podem prejudicar o fígado.
Ademais, muitas
plantas podem interagir com medicamentos comuns, o que pode levar a lesões no
fígado e até à morte.
Embora algumas plantas
possam ser seguras para o uso, muitas outras não são, então deve-se sempre
consultar um médico antes de tomar qualquer suplemento fitoterápico.
Conclusão
Algumas plantas foram
associadas à melhora da saúde hepática, tornando-se uma escolha popular de
remédio natural para pessoas com problemas no fígado, bem como para aqueles que
desejam melhorar a saúde deste órgão.
Embora alguns
suplementos fitoterápicos sejam considerados seguros e podem até tratar doenças
hepáticas, muitos outros podem prejudicar a saúde do fígado.
Se você tiver dúvidas
a respeito dos tratamentos fitoterápicos para doenças hepáticas ou está
interessado em tomar suplementos fitoterápicos na esperança de melhorar a saúde
do seu fígado, consulte sempre um profissional da saúde experiente para obter
orientação.
Autor/Canal: Healthline
Fonte: https://www.healthline.com/nutrition/herbs-for-liver
Fonte secundária: https://eraoflight.com
Tradução: Sementes das Estrelas /
Mariana Spinosa
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2025/06/as-10-melhores-plantas-para-um-figado-saudavel-beneficios-e-precaucoes.html

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