sexta-feira, 29 de junho de 2012
Sou
Sanza-Bix.
Tinha
por volta de oitenta anos terrestres de idade (mas
tinha a aparência de um homem da Terra entrando na casa dos vinte anos)
quando
nossa espaçonave aterrissou no planeta Maldec.
Mais
de 300 anos de vôos espaciais (milhares deles) entre os
planetas Gracyea e Maldec precediam nosso vôo.
Eu
nunca visitara Maldec.
Durante
a jornada a partir de Gracyea, que durou aproximadamente 12 dias terrestres,
meus companheiros e eu recapitulamos inúmeras vezes nossos planos para a
construção de edificações de projeto sagrado no planeta por vocês chamado Marte.
Devíamos
nos reunir a nossos colegas maldequianos e fazer os arranjos finais para
iniciar a fase marciana de nosso projeto.
Talvez
lhes interesse saber que um de nossos propósitos ao construir as pirâmides na Terra, Marte e Vênus era usar as estruturas acabadas para transportar
pessoas (corpo e alma) e produtos instantaneamente de um planeta a
outro, eliminando,
assim,
espaçonaves e o tempo gasto em viagens interestelares.
Os
maldequianos nos falaram a verdade quando disseram que fora o desejo de nossos
professores comuns, o uranianos, estabelecer essa forma de transporte, usando
portões estelares, entre os povos de vários sistemas solares visando ao
benefício de todos.
Sabe-se
agora que os uranianos haviam concluído com êxito uma dessas conexões por meio
de portão estelar* com o
terceiro planeta do sistema solar/estelar Bantavalia.
Essa
conexão ficou desestruturada depois que eles, repentinamente, romperam relações
com os maldequianos, recolhendo-se a um estado no qual não mais reproduzirão
sua própria espécie, nem terão qualquer relação com outras raças
(com exceção raramente os nodianos).
Embora
nossa intenção fosse concluir o projeto de portão estelar anteriormente
proposto pelos antigos professores de Urano, os maldequianos tinham outros
planos, que não nos revelaram, de construir pirâmides na Terra, Marte e Vênus.
Fui
um dos 36 gracianos que chegaram a Maldec durante
minha primeira vida.
Permanecemos
a bordo de nossa nave até que Karyo-Belum, à época o embaixador graciano em Maldec, entrou em contato fisicamente conosco.
Dentro
de uma hora Karyo-Belum chegou juntamente com seu assistente graciano,
Halp-Donax, e dois maldequianos
(um era darmin, o outro quain).
O quain Ottannor-Micdin foi designado nosso guardião e guia.
Os
dois pequenos aéreos carros gracianos tiveram de fazer aproximadamente 15
viagens para levar a nós e nossos pertences pessoais a residência que nos foi
designada.
Cada
viagem de ida e volta levava mais que uma hora.
A
residência era uma bela estrutura de mil anos de idade que fora construída
pelos uranianos.
Estendia-se
sobre e sob mais de 12 hectares de‘terra.
Podia-se
transpor montes de capim ceifado e, de repente, dar com uma parte do edifício
que parecia estar irrompendo ou nascendo do subterrâneo.
De
vez em quando, encontrava-se uma clarabóia no topo de um monte.
Essas
clarabóias consistiam de uma membrana transparente que se expandia e contraía
lentamente.
Durante
sua expansão a membrana silenciosamente expelia qualquer molécula de gás
dispensável ao ambiente vital dentro do edifício.
Ao
entrar na estrutura, encontramos uma variedade do que vocês chamariam animais
selvagens que podiam vagar livres pelo edifício.
Esses
grandes felinos, canídeos, paquidermes e várias outras espécie (todos animais de Maldec)
não exibiam nenhuma forma de comportamento agressivo para com as pessoas ou
entre si
— ou seja, contanto que estivessem dentro do
edifício.
Contudo,
quando estavam ao ar livre apresentavam seus comportamentos agressivos
naturais.
Vários
dos animais de Maldec eram semelhantes aos da Terra atual, só que
tinham aproximadamente duas vezes o seu tamanho.
A
única criatura maldequiana de que tenho notícia nunca existiu na Terra: tinha
pelagem com pequenas manchas brancas e azuis.
Parecia
um cruzamento entre um coelho e um dinossauro de língua bifurcada.
Dava
saltos e tinha cerca de 1,2 metro de altura.
Nosso
guardião e guia maldequiano, Ottannor-Micdin, como
qualquer outro de sua raça, não entrava no edifício.
Deixou-nos
na entrada depois de nos entregar aos cuidados de um simm chamado
Pallobey.
Sempre
apreciei a companhia dos simms.
Seu
planeta natal, como vocês sabem, localiza-se no mesmo sistema solar /estelar (Lalm)
que o meu planeta natal de Gracyea.
Aproximadamente
200 simms e 500 gracianos moravam naquela antiga maravilha
arquitetônica uraniana.
Os
corredores, saguões e aposentos de nossa residência eram construídos tanto de
materiais naturais como sintéticos.
Alguns
blocos de material sintético absorviam os gases desprendidos pelas membranas da
clarabóia descrita anteriormente.
Outros
produziam luz quando tocados.
Alguns
produziam ar frio ou aquecido.
Ao
se tocar uma pedra sintética emoldurada por esmeraldas naturais, podia-se ouvir
uma linda música, mas apenas a pessoa que tocara na pedra a ouvia.
Pensamentos
simples podiam aumentar o volume ou interromper a música.
Quem
me dera saber agora a composição dessas pedras sintéticas,
e
de onde vinha aquela música. confortante.
Nós,
gracianos, fazíamos nossas comidas com os simms em
qualquer das várias salas de jantar.
A
comida era obtida, preparada e servida pelo simms.
Nós,
gracianos, cada qual tinha um quarto e banheiro privativos.
O
interior desses aposentos, bem como todos os demais cômodos ou corredores do
edifício podiam ter seu tamanho aumentado ou diminuído.
No
centro da maioria dos cômodos havia um bloco de pedra sintética que batia mais
ou menos na cintura.
Encaixados
no bloco havia vários diapasões.
Ao
se fazer soar um ou mais deles, as paredes de pedra, que chegavam a pesar 100
toneladas, silenciosamente se deslocavam para cima, para baixo ou para os
lados.
O
conhecimento dos tons corretos permitia que a pessoa ampliasse ou reduzisse o
tamanho de um cômodo.
Muitas
vezes me perdi quando um corredor no qual passara anteriormente já não existia,
pois alguém deixara lá uma parede,
fechando
o corredor.
Acabei
aprendendo o que significavam os antigos símbolos uranianos de ― siga nesta
direção.
Era
verão nesta latitude e todas as manhãs (de um dia de
34 horas) nós,
gracianos, reuníamos numa grande tenda verde com vários maldequianos que eram
nosso elo com seus líderes.
Durante
nossas reuniões discutíamos o que seria necessário para dar início a nossas
construções em Marte.
Depois
de aproximadamente dois meses e meio terrestres,
concluímos
que estávamos prontos para começar.
Como
presente de despedida nós, gracianos, fomos levados por nosso guardião
maldequiano, Ottannor-Micdin, a uma excursão aérea monitorada a alguns dos
antigos edifícios uranianos que pontilhavam a superfície do planeta.
Mais
de 30% desses edifícios estavam vazios — ou seja, o maldequianos não entravam
neles.
Diziam
ser sua maneira de demonstrar respeito e reverência aos que os construíram.
Os
restantes 70% dos edifícios eram usados pelo maldequianos.
Descobrimos
depois que o quains não conseguiam tolerar as vibrações benignas
originadas do campo vital universal atraídas por alguns dos edifícios.
Também
ficamos sabendo (tarde demais) que os edifícios utilizados pelos maldequianos
tinham sido remodelados de forma imperceptível mesmo a olhos altamente
treinados.
Os
maldequianos tencionavam alterar todos os antigos edifícios de seu planeta.
Quando
deixamos Maldec, todos os gracianos, exceto nosso embaixador, Karyo-Belum e seu assistente, partiram rumo a dois destinos
separados — Terra e Marte.
Essa
foi minha primeira e última visita ao planeta Maldec.
Foram
necessários cerca de oito dias terrestres para alcançar o planeta Marte,
dada a velocidade por ele atingida em sua órbita solar.
Nossa
viagem a partir de Maldec finalmente terminou quando nós,
gracianos,
em número de 334, aterrissamos na planície marciana por vocês chamada
Cidônia.
Fomos
saudados por dois integrantes de nossa raça, um dos quais tinha um olho preto.
Os
dois portavam escudos marcianos.
Disseram
que passaram a carregar os escudos para desviar as pedras atiradas às vezes
pelas crianças marcianas contra eles.
Mostraram
uma pilha de escudos ali perto, aconselhando-nos, a cada qual de nós, a pegar
um.
Os
escudos eram presente do zone-rex marciano Rancer-Carr.
Ao
entardecer, o topo dos muros do complexo de edificações por vocês denominado
Cidadela (a sede do zone-rex) era
iluminado por tochas que ardiam até o amanhecer.
Os
que chegaram antes de nós, os recém-chegados gracianos,
disseram-nos
para tirar da cabeça qualquer pensamento de entrar na Cidadela.
Ficamos,
obviamente, muito decepcionados ao ficar sabendo que não éramos bem-vindos para
observar e estudar os numerosos edifícios antigos uranianos existentes dentro
por trás de seus muros.
Nós,
gracianos, passamos nossa primeira noite em Marte a bordo
de nossa espaçonave.
Quando
nos levantamos ao amanhecer para contemplar o sol nascente e fazer nossas
preces, reparei numa solitária figura parada a considerável distância ao lado
de um camelo ajoelhado.
Quando
concluímos nossas orações, vi o homem montar seu camelo e conduzi-lo rumo à
Cidadela.
Quando
se aproximou, os grandes portões se abriram e dois guardas marcianos
ajoelharam-se numa perna enquanto seguravam firme com ambas as mãos o punho de
grandes espadas de folha larga fincadas no solo diante deles.
Não
nos foi difícil concluir que o cavaleiro montado no camelo era Rancer Carr, o zone-rex do planeta Marte.
Entre
os gracianos que chegaram primeiro em Marte estava Tixer-Chock que, juntamente com vários outros, já concluíra a
― afinação dos materiais naturais da região, tendo fabricado os diapasões dos
quais, nós, os construtores, precisaríamos como ferramentas para cortar,
desbastar e polir, deslocar e assentar os blocos de construção em suas
respectivas edificações.
Quando
Tixer-Chock foi-se embora para a Terra,
aconselhou-nos com veemência a não visitar a montanha sagrada marciana de Daren e
usarmos de toda nossa diplomacia com os marcianos.
O
procedimento para resolver qualquer problema com os marcianos locais era enviar
Gike-Nex, nosso colega que falava marciano, aos portões da
Cidadela para gritar nossas inquietações.
Se
dentro de uma hora saísse da Cidadela um cavaleiro montado num camelo e viesse
na direção da cidade de Graniss, poderíamos ter certeza de que o zone-rex
estava fazendo algo em relação a nosso problema.
Se
não saísse nenhum cavaleiro da Cidadela, considerávamos isso um sinal de que o
zone-rex esperava que cuidássemos da situação como pudéssemos.
Cerca
de um mês terrestre depois de minha chegada em Marte,
nossa
mão-de-obra reltiana (vinda dos planetóides de Júpiter)
começaram
a chegar em várias fases.
Depois
que os reltianos e todo nosso equipamento de construção foram acomodados na
planície de Cidônia, iniciamos nosso trabalho.
Em
honra de nossos antigos professores uranianos começamos a esculpir a face
daquele que fora o chefe dos primeiros professores a vir a nosso planeta natal,
Gracyea.
Seu
nome era Sormel.
Nossa
esperança era que esse monumento agradasse os professores e os trouxesse de
volta a nós de onde quer que se encontrassem.
Queremos
que eles vejam que nós, seus alunos, estávamos levando adiante seu plano
divino.
O
zone-rex marciano aprovou esse monumento aos professores.
Os
maldequianos secretamente não aprovavam, mas nada podiam fazer a esse respeito
na época.
Se
o plano maldequiano para as pirâmides tivesse sido bem-sucedido, eles
provavelmente teriam destruído uma boa parte de Cidônia ou de algum modo a
teriam desfigurado.
Tenho
certeza de que teria sido uma emoção diabólica a qual eles não conseguiriam
resistir.
Foi
na época em que estávamos esculpindo a grande face do professor Sormel
que conheci Nisor de Moor, que viera a Marte de Wayda (Vênus) na
qualidade de representante da casa de comércio nodiana de Domphey.
Vi,
com meu amigo Soakee-Loom, Nisor indo
embora de Marte numa espaçonave evidentemente em mau estado de
funcionamento pertencente à casa de comércio nodiana de
Cre‘ ator.
Nosso
trabalho em Marte teve início aproximadamente 18 meses terrestres antes de
começarmos a construção das pirâmides de Mir (Egito) e
da cidade de Miradol (Teotihuacán, México) na Terra.
Muito
pouco tínhamos a concluir em Marte quando Maldec
foi destruído.
Era
noite em Cidônia quando se deu a tragédia.
Durante
o trágico acontecimento vários de nossos edifícios que tinham sido construídos
segundo a ordem da geometria sagrada emitiram sons ensurdecedores.
Nuvens
de pó elevaram-se acima da região, tornando muito difícil enxergar mais que uns
poucos metros à frente.
De
manhã, todos sabiam o que acontecera.
Comunicamo-nos
telepaticamente com nossa gente na Terra,
apenas
para descobrir que ela estava sendo massacrada pelos krates maldequianos.
Dispúnhamos
de apenas quatro espaçonaves em Marte, que foram
imediatamente enviadas à Terra juntamente com todos os carros aéreos que tínhamos
para ajudar nossa gente no que fosse possível.
A
maior parte de nossa frota espacial local estava baseada em Maldec.
Ao
meio-dia daquele dia, o zone-rex convocou-nos a nós, gracianos, para uma
reunião na Cidadela.
Depois
de entrar no complexo, demos com a visão de uma espaçonave negra exibindo os
símbolos das casas de comércio nodianas de Cre‘ ator e Vonnor.
A
nave aterrissara em algum momento durante a noite, sem que víssemos.
Numa
plataforma de pedra no centro do complexo, encontrava-se o zone-rex marciano Rancer-Carr, e cinco nodianos.
Um
nodiano que falava nosso idioma nos contou que logo chegariam a Marte
espaçonaves provenientes de Nodia para levar os gracianos que desejassem
retornar a nosso planeta natal. Informaram-nos que sentiam não poder ajudar
nossa gente na Terra nem levar a qualquer de nós para lá.
Nos
dias que se seguiram, chegaram naves nodianas, conforme prometido.
Fui
um dos gracianos que se encontravam a bordo do primeiro
― pássaro negro (como
chamávamos as espaçonaves nodianas)
que
saiu de Marte.
Nunca
passei toda uma vida no planeta Terra, portanto não serei de nenhuma ajuda para descrever épocas passadas da Barreira de
Freqüência no planeta.
Vários
outros fatos poderiam interessar quem vem acompanhando as várias narrativas de
acontecimentos passados na Terra depois da
destruição de Maldec.
O
marido de Doy de Maldec, conhecido como príncipe Andart em
sua primeira vida, foi identificado durante uma recente corporificação na Terra como
coronel Claus von Stauffenberg.
Sabe-se
que o coronel von Stauffenberg foi responsável pela colocação e detonação de uma
bomba no lugar em que se encontrava Adolf Hitler.
Essa
tentativa de assassinato fracassou e Stauffenberg (Andart) foi posteriormente capturado e executado.
Parece
que Andart ainda estava tentando parar a matança.
Este
texto é parte do livro Conexões ET - Através de
Olhos Alienigenas.
Wesley
H. Bateman, Telepata da Federação.
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